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sábado, 26 de julho de 2014

Jacob Dolinger reage 'a diplomacia brasileira sobre o conflito em Gaza

Cabe deixar claro, em primeiro lugar, que existe uma guerra em Gaza, nao um genérico conflito Israel-Palestina. Cabe, em segundo lugar, esclarecer os diversos sentidos da palavra proporcionalidade. Se, por hipótese, mas plausível, os 2 mil foguetes do Hamas tivessem vitimado centenas de civis inocentes israelenses, inclusive mulheres e crianças, a nota brasileira não poderia mais usar o argumento da "desproporcionalidade", certo?
O Brasil teoricamente deseja um maior número de vítimas israelenses para aí estar conforme à sua "teoria" da proporcionalidade?
Paulo Roberto de Almeida 

A propósito do ‘anão diplomático’



Israel colocou em perigo seus soldados, sacrificando alguns deles, no esforço de minorar ao máximo as vítimas civis do inimigo
Assim que o Ministério das Relações Exteriores do Brasil condenou energicamente Israel pelo “desproporcional uso de força na Faixa de Gaza” e convocou seu embaixador em Tel Aviv a retornar a Brasília para consultas, o governo israelense, por seu Ministério do Exterior, lamentou que o “Brasil, um gigante cultural e econômico, permaneça um anão diplomático”.
Realmente lamentável o comportamento do governo da sra. Dilma.
Gostaria que nosso chanceler explicasse como ele mede “proporcionalidade” no campo bélico. Saberia ele que se Israel enviasse o mesmo número de mísseis que o Hamas lançou sobre Israel nos últimos anos, Gaza estaria totalmente destruída?
Sabe ele os cuidados que Israel tomou na semana passada avisando centenas de milhares de palestinos para abandonarem suas residências, possibilitando com isso que o Hamas soubesse exatamente onde o Exército israelense se preparava para atacar e causando assim quedas que não ocorreriam se os ataques fossem realizados de surpresa? Ou seja, Israel colocou em perigo seus soldados, sacrificando alguns deles, no esforço de minorar ao máximo as vítimas civis do inimigo.
Têm Sua Excelência e a presidente que ele serve a menor noção da barbárie dos dirigentes de Hamas forçando seu povo a permanecer em casa, enviando mísseis de hospitais e de áreas residenciais, para conseguir que a reação defensiva israelense cause vítimas civis entre o povo palestino?
Aliás, conhece o ministro alguma guerra que não causou vítimas civis? E que sempre houve desproporcionalidade entre o número de vítimas das partes envolvidas no conflito?
Não compreende o chefe do Itamaraty que em Israel praticamente não caem vítimas civis porque o Estado protege seus cidadãos, com o mais sofisticado sistema de alarme e refúgio?
Não está evidente aos olhos do governo brasileiro que esta, como as anteriores guerras entre Israel e Hamas, foi provocada pelos terroristas fanáticos que governam a Faixa de Gaza como déspotas medievais?
Fez o chanceler a mais elementar pesquisa para se assenhorar do que diz a Constituição do Hamas sobre seu desiderato de destruir Israel e eliminar toda a sua população?
A equipe do Ministério de Relações Exteriores se assenhorou dos longos e sofisticados túneis pelos quais os bárbaros se preparavam para atacar covardemente a população civil do Sul de Israel? Qual o nível do sistema de informação de que dispõe nossa chancelaria?
E tem o governo brasileiro uma equipe jurídica sofisticada que poderia adverti-lo de que condenar Israel por sua defesa contra o terrorismo pode perfeitamente constituir cumplicidade com os terroristas e as atrocidades que praticam? Aliás, o mesmo se aplica aos governos dos países da União Europeia. Será que isso traz conforto ao governo brasileiro?
E o povo brasileiro, os intelectuais, os estudantes universitários, os jornalistas, saberão aquilatar o fenômeno psíquico que reside atrás desta discriminação contra Israel?
Quanto mais o Estado de Israel progride em alta tecnologia, no avanço de sua medicina, de sua ciência; quanto mais Israel comparece para ajudar populações vitimadas por desastres naturais; quanto mais Israel contribui para minorar o sofrimento de certas populações africanas via todo tipo de assistência, quanto mais os judeus concentrados em Israel lutam por uma paz séria e duradoura com seus vizinhos — apresentando propostas irrecusáveis — sempre ignoradas pelos árabes, que por sua vez nunca oferecem contrapropostas; quanto mais Israel se revela um pais com o mais alto nível de democracia; quanto mais a Suprema Corte israelense atende a reclamações de palestinos; enfim, quanto mais Israel se destaca no plano intelectual, moral e jurídico, mais é vitimado pela hipocrisia das potências democráticas que, em vez de apoiar o Estado Judeu, lançam-se contra ele com mentiras, cinismo e má-fé.
Qual a razão mais profunda desta injustiça gritante e vergonhosa? Ninguem desconfia?
Que cada um examine sua alma, sua história familiar, sua educação, sua visão do mundo e responda honestamente por que a demonização do Estado Judeu, por que a campanha injusta, cruel e perversa contra o Estado construído pelos sobreviventes do Holocausto?
Jacob Dolinger é professor

Troca de cartas entre Israel Klabin e o chanceler Luis Figueiredo

Troca de cartas entre Israel Klabin e o ministro Luiz Alberto Figueiredo

Ao Excelentíssimo Senhor
Ministro das Relações Exteriores
Luiz Alberto Figueiredo Machado
Sempre tive, bem como a minha família, íntima relação com o Itamaraty através de dois chanceleres: Horácio Lafer e Celso Lafer, ambos judeus, que honraram não apenas o nome da família, mas o Brasil e sua política externa.
Não preciso lembrá-lo também da importância de Oswaldo Aranha, quando Embaixador junto a ONU, na criação do Estado de Israel, trazendo com isso o agradecimento de todos os judeus do mundo.
É, portanto, com estranheza que acabei de ler a séria ofensa feita ao Estado de Israel e a todos nós judeus, pelo Itamaraty, quando “chamou o Embaixador para consulta”.
Tanto meus pais quanto eu, fazemos parte das gerações que atravessaram o holocausto e herdaram a missão de prestar serviços à humanidade e aos países que agasalharam os judeus na fuga milenar das perseguições oriundas de preconceitos, de ódios raciais e religiosos.
A nota do Itamaraty demonstra claramente um retrocesso da política fracassada de levar o Brasil para um envolvimento errado e desnecessário, antagônico ao princípio de não intervenção, o que tem sido um dos pilares da política externa brasileira através dos tempos.
A análise preconceituosa do que realmente está acontecendo no conflito em Gaza, seguramente levou o Itamaraty a conclusões apressadas e equivocadas.
Israel se defende de ataques de grupos terroristas, do Hamas associado ao Hezbollah, ao Irã e de tudo aquilo que é mais odiento na evolução política do Oriente Médio. Estranho o Brasil omitir-se em relação a esses grupos que tentam, pelo terror, “jogar os judeus ao mar”. Isto seguramente não acontecerá.
Ninguém mais do que o próprio Estado de Israel e as comunidades judaicas do mundo lamentam a perda inútil de vidas humanas provocadas pelo uso suicida das populações civis de Gaza, pelos terroristas de Hamas. Por outro lado, choramos também pelos soldados israelenses que tombaram lutando pela segurança do Estado e de suas famílias.
Pela admiração que tenho por V. Exª., gostaria que fosse levado em conta não apenas pressões políticas imediatistas, internas ou externas ao Itamaraty, mas também os grandes serviços que a comunidade judaica brasileira vem prestando ao nosso país no passado, no presente, bem como nosso compromisso com o futuro do Brasil, nosso país, e de Israel como centro da nossa cultura.
Respeitosos cumprimentos,


Meu querido Israel,
Muito agradeço sua mensagem, pois me permite dar explicações ao amigo de tantos anos, a quem sempre respeitei e respeitarei. Sinto muito ter causado ofensa, pois isto jamais foi minha intenção. Peço sua paciência para arrolar algumas considerações:
- Em nota do dia 17 deste mes o Itamaraty condenou tanto os ataques de foguetes pelo Hamas contra Israel, quanto o ataque desproporcional israelense a Gaza, mantendo nossa postura de equilíbrio e reclamando o cessar fogo imediato e a solução de dois Estados, Israel e Palestina, vivendo em paz e segurança;
- a nova nota, datada de ontem, se prende à tragédia humanitária da morte de crianças, mulheres e idosos, em grande número, como consequência da luta;
- hoje dei várias declarações à imprensa, em que ressalto e reitero nossa condenação aos ataques do Hamas e defendi o direito de auto-defesa de Israel. Esclarecei que nossa nota se prende à proporcionalidade da resposta israelense, diante da elevada perda de vidas na população civil. Morreram cerca de 200 crianças palestinas. Sejam palestinas, sejam israelenses, são 200 crianças.
- apesar de declarações destemperadas de um porta-voz israelense, optei por não polemizar, dizendo que povos e países amigos podem discordar eventualmente, e que isso deve ser feito sempre de maneira respeitosa;
- ressaltei que a amizade e as relações com Israel devem ser preservadas.
Você me conhece e sabe que não sou dado a radicalismos. Nem teria por que fazê-lo com relação a Israel. O Brasil é um belo exemplo de como as comunidades de origem judaica e árabe convivem em paz e harmonia.
Acho apenas que criticar as ações de um governo não quer dizer criticar um país ou um povo. Não aceito que essas coisas se confundam. Tenho muitos amigos de origem judaica que são críticos do atual governo israelense, e em termos muito duros. Nem por isso suas críticas são consideradas ofensas.
Eu agradeço muito sua franqueza e respeito suas colocações. Peço ao amigo que também aceite as explicações que dou. Muito longe de mim ofender amigos tão queridos como meus amigos judeus. Muito menos, ofender uma pessoa como você.
Mas quero ter o direito de discordar respeitosamente do governo israelense, quando for o caso, sem que isso seja lido como uma ofensa a todo um povo. A morte de um número elevado de mulheres, crianças e idosos é uma perda para todos, pouco importa sua origem.
Um abraço muito afetuoso 
Luis Figueiredo

Nossos novos grandes amigos: H para os bons companheiros...

www1.folha.uol.com.br
A facção palestina Hamas, que controla a faixa de Gaza, elogiou nesta quinta-feira (24)...

Diz-me com quem andas...


Reinaldo Azevedo, 25/07/2014
O Hamas e a Jihad Islâmica, que são grupos terroristas, e a Autoridade Palestina, reconhecida internacionalmente como governo legal dos palestinos, convocaram nesta sexta um “Dia de Fúria”, desta feita na Cisjordânia, o território controlado pelo Fatah, grupo ao qual pertence Mahmoud Abbas, presidente da AP. O esforço, como se vê, é para levar o caos da Faixa da Gaza, onde se dá a guerra entre Israel e o Hamas, para a Cisjordânia, que vivia dias naturalmente tensos, mas estava relativamente em paz. Que líder, com um mínimo de responsabilidade, faz essa escolha? Confrontos com as forças israelenses fizeram cinco mortos. Na Faixa de Gaza, a Al Aqsa, televisão controlada pelo Hamas, começou a divulgar canções pró-Intifada, pró-levante.
O confronto, até agora, já matou mais de 800 palestinos. São 36 os soldados israelenses mortos, maior número de baixas desde a Guerra do Líbano, em 2006. É lamentável? É. Faz-se necessário um cessar-fogo imediato? Sim. E quem não permite que isso aconteça? O Hamas, que é, desde sempre, a força agressora nesse conflito — pouco importa o que cada um de nós pense sobre a questão israelo-palestina. Para um cessar-fogo, o Hamas exige o fim do bloqueio a Gaza. Ora, isso é o que eles já pediam, usando essa reivindicação como justificativa para jogar seus milhares de foguetes contra Israel. Se, antes da reação militar, Israel não cedeu — no que fez muito bem —, por que cederia agora?
Contabilidade de mortos não confere superioridade moral a ninguém, especialmente quando um dos lados do conflito, como é sabido, recorre a escudos humanos. Israel hesitou em dar início à ofensiva terrestre — e tratei aqui desse assunto — porque é claro que o resultado seria terrível, dadas as características demográficas de Gaza e a forma de luta escolhida pelo Hamas, que não distingue civis de homens em guerra.
O governo brasileiro continua a produzir delinquências políticas a respeito. Marco Aurélio Garcia, assessor especial da presidente Dilma para assuntos internacionais, afirmou, por exemplo, que há um “genocídio” em Gaza. É ideologia rombuda misturada a ignorância. Acusar os judeus, que foram vítimas da tentativa de extermínio nazista — este, sim, genocida —, de tal prática é só uma das formas de negar o Holocausto. Mas nada me surpreende nessa gente.
Garcia, um prosélito vulgar de causas ruins, escreveu um texto com ataques a Israel num desses panfletos de esquerda de que se serve o governo. A política externa brasileira virou uma chanchada macabra. O Itamaraty, como se sabe, emitiu uma nota em que condena explicitamente a ação israelense, ignorando solenemente os ataques do Hamas. A chancelaria de Israel afirmou que a opinião do governo brasileiro era irrelevante. Indagado a respeito, Garcia diz que não responderia ao “sub do sub do sub”. A ignorância é sempre arrogante.
Se há mesmo vozes dispostas a falar em nome da paz, a única coisa sensata a fazer neste momento é apelar para que o Hamas aceite o cessar-fogo para que se possa abrir um corredor humanitário em Gaza para atender as vítimas. E termino com uma questão que pede uma resposta. O Hamas jogava milhares de foguetes em Israel sob o pretexto de pedir o fim do bloqueio a Gaza. Israel não cedia porque o grupo quer as fronteiras abertas para que possa se armar com o propósito de atacar o país. A situação estava se tornando insustentável, e uma nova incursão a Gaza seria fatal se os terroristas não suspendessem seus ataques. O mundo ficou calado diante da escalada do Hamas. Nesse contexto, o que restava a Israel senão se defender?
Os que se calaram antes diante da ação terrorista agora se dizem chocados com o número de mortos? Isso não é piedade, mas cinismo.




sexta-feira, 25 de julho de 2014

O Golias anao e o David gigante: apenas um conflito de egos em torno do conflito Israel-Palestina? (sic)

24/7/2014 14:44
Por Redação, com agências internacionais - de Jerusalém

segundo o porta-voz israelense Yigal Palmor, o Brasil não passa de um "anão diplomático"
segundo o porta-voz israelense Yigal Palmor, o Brasil não passa de um “anão diplomático”
Além das mortes de mais de 700 palestinos, o governo de Israel conseguiu, nesta quinta-feira, ferir gravemente a diplomacia brasileira ao afirmar, por intermédio de sua Chancelaria, que o “comportamento” do Brasil “ilustra a razão por que esse gigante econômico e cultural permanece politicamente irrelevante”. Além disso, o governo disse que o país escolhe “ser parte do problema, em vez de integrar a solução” e, segundo o porta-voz israelense Yigal Palmor, o Brasil não passa de um “anão diplomático”. O “comportamento” que mereceu as duras críticas de Tel Aviv trata-se do comunicado distribuído na noite passada, no qual o Itamaraty condena o “uso desproporcional da força” por parte de Israel e não faz referência às agressões de palestinos contra israelenses.
– Essa é uma demonstração lamentável de por que o Brasil, um gigante econômico e cultural, continua sendo um anão diplomático – afirmou Palmor ao diário israelense The Jerusalem Post.
Outra medida que irritou o Estado judeu foi a reprimenda diplomática brasileira ao chamar o embaixador de Israel em Brasília, Rafael Eldad, para expressar seu protesto, e convocar o embaixador brasileiro em Tel Aviv, Henrique Pinto, de volta a Brasília. Segundo as regras da diplomacia, o protesto feito a Eldad e a convocação de Pinto mostram sinais de forte desagrado. Em sua página na internet, a diplomacia israelense acusou o Brasil de “impulsionar o terrorismo” e afirmou que isso, “naturalmente”, afeta a “capacidade do Brasil de impulsionar influência”.
Na nota, Israel se diz “decepcionado” com a convocação do embaixador brasileiro e observa que a atitude “não reflete” o nível das relações bilaterais, além de “ignorar o direito de Israel de se defender”. “Israel espera apoio de seus amigos em sua luta contra o Hamas, reconhecido como uma organização terroristas por muitos países”, afirma o documento.
Apenas algumas horas após a crítica sem precedentes do governo israelense, o chanceler brasileiro, Luiz Alberto Figueiredo, colocou panos quentes na crise ao afirmar que a “discordância entre amigos é natural”. Figueiredo acrescentou que o comunicado do Itamaraty na noite passada, que recebeu o aval da presidenta Dilma Rousseff, segundo apurou o diário conservador paulistano Folha de S. Paulo, “não apaga as críticas feitas anteriormente ao Hamas só porque não as menciona”.
– O gesto que tinha que ser feito foi feito. O Brasil entende o direito de Israel de se defender, mas não está contente com a morte de mulheres e crianças – explicou.
Fontes citadas pela Folha afirmam que o Itamaraty e o Palácio do Planalto ainda estudam a melhor reação para um comentário considerado “tão duro”. “Se, de um lado, alguns diplomatas brasileiros alertam para que não se ‘bata boca’ com Tel Aviv, outros analisam ser necessário uma resposta enérgica da própria presidente da República para responder a crítica à altura. Em Gaza, o gesto brasileiro foi recebido com festa. Palestinos se aproximaram da reportagem da FSP para expressar gratidão ao governo Dilma Rousseff”.
– Obrigado por convocar seu embaixador. O Brasil é melhor do que os países árabes, como o Egito, que não fazem nada – disse Tawfiq Abu Jamaa, em Khan Yunis.
Desde que começou a operação israelense Margem Protetora, no dia 8 deste mês, mais de 700 palestinos, na grande maioria civis, foram mortos. Do lado israelense, morreram 32 militares e três civis, sendo um cidadão tailandês. O intuito da operação é desmantelar o movimento radical islâmico Hamas, que governa a Faixa de Gaza.

quarta-feira, 23 de julho de 2014

Existe um conflito Israel e Palestina? Nota do Itamaraty

Por certo, que existe, e ele é velho, ou antigo, longo, terrível, mas no momento atual o que parece existir é uma invasão da faixa de Gaza por tropas do IDF contra terroristas do Hamas, e certamente Israel está exercendo força desproporcional, vitimando um número enorme de civis inocentes.
Tudo isso é certo, mas não deveria impedir que as palavras, os conceitos, os termos exatos fossem empregados, certo?
Enfim, cada um tem o direito de interpretar a realidade como vê, mas quanto mais exatas forem as palavras, me parece melhor...
Ao que parece, além do "conflito entre Israel e Palestina", existe um conflito de conceitos e um uso estranho das palavras...
Paulo Roberto de Almeida

Conflito entre Israel e Palestina
Nota do Itamaraty, 23/07/2014 -

O Governo brasileiro considera inaceitável a escalada da violência entre Israel e Palestina. Condenamos energicamente o uso desproporcional da força por Israel na Faixa de Gaza, do qual resultou elevado número de vítimas civis, incluindo mulheres e crianças.

O Governo brasileiro reitera seu chamado a um imediato cessar-fogo entre as partes.

Diante da gravidade da situação, o Governo brasileiro votou favoravelmente a resolução do Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas sobre o tema, adotada no dia de hoje.

Além disso, o Embaixador do Brasil em Tel Aviv foi chamado a Brasília para consultas.
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Addendum, em 24/07/2014:

Agencia EFE 24/07/2014 10h27 - Atualizado em 24/07/2014 15h09

Israel chama Brasil de 'anão diplomático' por convocar embaixador

Brasil classificou de 'inaceitável' a violência em Gaza e pediu explicações.
Declaração foi feita por porta-voz do ministério das Relações Exteriores.

Do G1, em São Paulo
   Israel lamentou nesta quinta-feira (24) a decisão do Brasil de chamar para consultas seu embaixador em Tel Aviv, uma decisão que, segundo o governo israelense, "não contribui para encorajar a calma e a estabilidade na região" e chamou o país de "anão diplomático" por causa do gesto.
O porta-voz do ministério das Relações Exteriores, Yigal Palmor, disse que a decisão brasileira “não reflete o nível de relação entre os países e ignora o direito de Israel defender-se”. De acordo com a publicação "The Jerusalem Post", Palmor afirmou que a medida "era uma demonstração lamentável de como o Brasil, um gigante econômico e cultural, continua a ser um anão diplomático".
“Israel manifesta o seu desapontamento com a decisão do governo do Brasil de retirar seu embaixador para consultas", diz comunicado da chancelaria israelense. "Esta decisão não reflete o nível das relações entre os países e ignora o direito de Israel de se defender. Tais medidas não contribuem para promover a calma e estabilidade na região. Em vez disso, elas fornecem suporte ao terrorismo, e, naturalmente, afetam a capacidade do Brasil de exercer influência. Israel espera o apoio de seus amigos na luta contra o Hamas, que é reconhecido como uma organização terrorista por muitos países ao redor do mundo".
O governo brasileiro convocou para consultas o embaixador em Tel Aviv após considerar "inaceitável a escalada de violência" e condenar "energicamente o uso desproporcional da força por Israel na Faixa de Gaza".
O ministro das Relações Exteriores, Luiz Alberto Figueiredo, afirmou nesta quinta-feira (24), em entrevista à TV Globo, que o Brasil reconhece o direito de defesa de Israel, mas que as ações militares na Faixa de Gaza devem ser feitas com "proporcionalidade". O ministro criticou mortes de crianças e civis e as classificou como "inaceitáveis".
"O Brasil, desde o início, condenou tanto o lançamento de foguetes pelo Hamas, e nós fomos abundantemente claros com relação a isso, como condenamos tambem a reação de Israel. Nós não contestamos o direito de defesa que Israel tem. É um direito que ele tem. Nós contestamos a desproporcionalidade entre uma coisa e outra. Morreram cerca de 700 pessoas na Faixa de Gaza, a grande maioria delas civis e um número também bastante alto de mulheres e crianças. Isso não é aceitável e é contra isso que nós nos manifestamos", afirmou o ministro.
A Confederação Israelita do Brasil também divulgou uma nota nesta quinta manifestando sua “indignação” com a posição brasileira. A confederação diz compartilhar da “preocupação do povo brasileiro e expressa profunda dor pelas mortes nos dois lados do conflito. Assim como o Itamaraty, esperamos um cessar-fogo imediato.”
Entretanto, o grupo critica o governo brasileiro por eximir “o grupo terrorista Hamas de responsabilidade no cenário atual. Não há uma palavra sequer sobre os milhares de foguetes lançados contra solo israelense ou as seguidas negativas do Hamas em aceitar um cessar-fogo. Ignorar a responsabilidade do Hamas pode ser entendido como um endosso à política de escudos humanos, claramente implementada pelo grupo terrorista e que constitui num flagrante crime de guerra, previsto em leis internacionais.”
Nos 17 dias de ofensiva militar em Gaza, pelo menos 733 palestinos e 35 israelenses morreram. Além disso, 4.600 palestinos ficaram feridos.
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quarta-feira, 12 de março de 2014

Israel-Iran: armas do segundo contra o primeiro - alguma nota a respeito?

MIDDLE EAST

Israel Displays Arms It Says Were Headed to Gaza




Prime Minister Benjamin Netanyahu of Israel, right, and Defense Minister Moshe Yaalon on Monday amid arms from a ship.CreditAbir Sultan/European Pressphoto Agency

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JERUSALEM — Israel’s seizure last week of a merchant vessel said to be carrying an Iranian arms shipment had two goals, according to Prime Minister Benjamin Netanyahu: to prevent the cargo from reaching Palestinian fighters in Hamas-run Gaza, and to expose what he called “the true face of Iran.”
With the first goal in hand, the Israeli government and military on Monday orchestrated a public relations spectacle in an effort to realize the second.
Mr. Netanyahu, accompanied by his minister of defense and the navy chief, toured a display of the seized weapons and munitions laid out at the naval base in the port of Eilat, Israel’s southernmost point, and then gave a news conference. The event was broadcast live on Israeli television.
For Israel’s leaders, the timing of the shipment — with which Iran has denied any involvement — was opportune, coming as world powers are engaged in talks with Iranian officials over the country’s nuclear program. Mr. Netanyahu has criticized the negotiation effort as being too friendly toward a country he maintains is resolutely seeking to develop nuclear weapons for possible use against Israel and the West, despite Iranian officials’ claims to the contrary.
On Monday, against a backdrop of rows of rockets, mortar shells and boxes of bullets, Mr. Netanyahu excoriated the international players in the Iran talks as engaging in hypocrisy.
“There are some in the international community who prefer us not to be holding this event,” Mr. Netanyahu said. “They do not want us to show the world what is really happening inside Iran. We exposed the truth behind Iran’s fake smiles. They want to continue nurturing the illusion that Iran has changed its direction, but the facts we see here, including those presented on these docks, prove the complete opposite.”
Rather than hearing international criticism of Iran over the arms shipment, Mr. Netanyahu said, “We have seen smiles and handshakes between representatives of the West and Iranian regime representatives in Tehran, precisely while these rockets were making their way to Eilat.”
Although Mr. Netanyahu did not specifically name Catherine Ashton, the European Union’s foreign policy chief, during the news conference, he did so a day earlier in Jerusalem. In remarks to his cabinet about the seized merchant ship, the Klos C, he said: “I call this to the attention of Catherine Ashton, who is now visiting Tehran. I would like to ask her if she asked her Iranian hosts about this shipment of weapons for terrorist organizations, and if not, why not.”
The military listed the weapons found on board, hidden behind sacks of cement, as 40 Syrian-manufactured rockets with a range of up to 100 miles, 181 mortar shells and about 400,000 7.62-millimeter rifle rounds.
Officials said that the 122-millimeter mortar shells found on board were of a type made in Iran. Some of the bags of cement bore the words “Made in Iran.” The military displayed magnified copies of the ship’s manifests, saying they showed a crude attempt to falsify the cargo’s provenance. The officials said that the papers tried to show that all 150 containers aboard had been loaded during a stop at a port in Iraq, when 100 of them had apparently been loaded earlier, at the Iranian port of Bandar Abbas.
“We have clear-cut and incriminating evidence that Iran and the Quds forces are behind the smuggling attempt,” a senior Israeli intelligence official told reporters in a phone briefing on the condition of anonymity, in line with protocol. He was referring to an elite international operations unit within the Islamic Revolutionary Guards Corps of Iran.
The official also said Israel was “100 percent positive that the address of this shipment was the Gaza Strip.” He said that he could not reveal delicate intelligence to the news media, but that Israel would be sharing the evidence with colleagues in intelligence organizations abroad. Last week, the State Department said that the United States military had helped monitor the vessel and was prepared to take part in the interception, but that Israel had chosen to take the lead.
Still, many Israelis were skeptical that their government’s publicity campaign would do much to change opinions abroad.
“It is hard to see that the international community’s interests will change because of what Israel has shown today,” Yoaz Hendel, a former director of communications in Mr. Netanyahu’s office, said in a telephone interview. “But Israel has an obligation to show what it has.”

domingo, 13 de outubro de 2013

Sugestao para as obras de infraestrutura do Brasil: contratar engenheiros do Hamas

É só uma sugestão, mas como as nossas obras de infraestrutura andam sendo construídas muito lentamente, se poder aventar a hipótese de o governo, assim como ele está importando médicos cubanos, importar alguns engenheiros do Hamas, que já provaram que são muito bons em qualquer tipo de construção.
Vejam a excelência desse túnel, que permite a um homem (OK, não pode ser jogador de basquete) circular tranquilamente, por vários quilometros, sem problemas, com direito a luz, sinalização, bolachas no caminho, etc.
O Hamas poderia, por exemplo, terminar a transposição do São Francisco: aposto como levaria menos tempo e custaria bem menos. Eles poderiam também fazer as estradas que o DNIT se mostra incapaz de fazer, construir pontes, construir barragens, portos, enfim, tudo aquilo de que o Brasil precisa e que o governo não consegue fazer.
Vamos começar um movimento em favor da vinda de engenheiros do Hamas: como para o caso dos médicos cubanos, faz-se uma medida provisória e aí não precisa nem de registro no CREA para começar a trabalhar. Basta depositar os salários na conta do Hamas, Faixa de Gaza...
Paulo Roberto de Almeida 

AS FORÇAS DE DEFESA DE ISRAEL DESCOBRIRAM UM TÚNEL DE 1,7 KM LIGANDO GAZA A ISRAEL
Dentro do túnel : Cimento, cabos e embalagens de doces israelenses.
O IDF relata que o túnel descoberto na fronteira com Gaza atingiu a profundidade de 22 metros, escavado em dois anos, e nunca concluído. Construtores, planejadores - todos vão pagar o preço ", promete general israelense
Por -Yoav Zitun (YNET)
Eles cavaram por dois anos. Usando martelos, brocas e pás, colocando milhares de arcos e blocos de cimento – usando inclusive alguns produtos israelenses  - com um peso total de 500 toneladas, instalação de cabos elétricos e de telefone.
O túnel descoberto e apresentado  pela IDF , na fronteira com a Faixa de Gaza, é excepcionalmente sofisticado e longo, medindo aproximadamente 1,7 km.
"Esta é a primeira vez que identificamos a localização de um túnel e expomos as fotos", disse um funcionário do Ministerio de Defesa, neste domingo. Nos últimos dias, as forças de engenharia de grande porte, empregando tratores e caminhões, descobriram aberturas e a trajetória do túnel, e revelaram um túnel de sofisticação surpreendente.

Dentro do túnel (Foto: Herzl Yosef)

O túnel começa perto da aldeia de Absan al-Zarir, a leste de Khan Yunis. A saída - 300 metros dentro do território israelense, dá num campo de trigo cultivado.
A profundidade média do túnel é de 18 metros, e atingiu uma profundidade máxima de 22 metros abaixo do solo, no lado palestino. No interior, o túnel era alto o suficiente para permitir que um homem pudesse andar livremente.
 Os cabos que cobriam as paredes do túnel permitiam as comunicações ininterruptas com a base, bem como ampla iluminação com lâmpadas alógenas para poupança de energia.

Sacos de material de construção, algumas deles feitos no Egito, mostram que a construção não tinha acabado, e não está claro o quão longe em Israel os palestinos planejavam entrar. Os construtores estão identificados por seus nomes inscritos nas paredes internas do tunel.
Soldados encontraram vários comestíveis e embalagens dentro do túnel, que testemunham o longo tempo que os construtores, provavelmente, gastaram dentro: salsichas, embalagens de chocolate datados de junho, laticínios e bebidas, que expiraram em 22/6/2013.
O túnel não foi exposto por acidente, como nos casos anteriores, mas devido a Divisão de Gaza do IDF, e às estimativas do Comando Sul e relatórios de patrulhas terrestres.
Em janeiro de 2013, algumas semanas após o término da Operação Pilar de Defesa, um grande túnel desabou em território israelense perto da cerca da fronteira, como resultado da chuva que inundou a área. As tropas da IDF foram chamadas para a área, e descobriram que o túnel fazia parte de um vasto sistema de tocas, estimando-se, assim, que muitos outros túneis podem estende-se desde a Faixa de Gaza até o território israelense.
A Brigada de Gaza começou a traçar prováveis túneis que poderiam ter sido construídos, utilizando a inteligência e ferramentas tecnológicas israelenses. 

Cerca de duas semanas atrás, as tropas de engenharia começaram a vasculhar um campo de trigo entre Ein Hashlosha e a cerca da fronteira. Na sequência de uma operação completa exploratória, de várias centenas de metros, as tropas foram determinado um túnel debaixo do campo.
O local foi então isolado e declarado zona militar fechada. As Brigadas Golani Brigade e a Brigada Blindada garantiram o complexo, com os tratores expostos nas rotas subterrâneas. Soldados de combate, em seguida, entraram nos túneis para garantir que nenhum explosivo estivesse colocado nas tocas.
O Chefe do Comando Sul, major-general Sami Turgeman, notou que este é o terceiro túnel descoberto este ano, e advertiu: "Esta é uma grosseira violação da soberania israelense, e se o Hamas continuar com suas intenções terroristas, especialmente através da construção de túneis, eles vão pagar um pesado preço, e Gaza não será a mesma. "
De acordo com Turgeman, "Eles estão cavando muitos túneis e é uma grande indústria que inclui casas e terrenos locados, planejadores, escavadoras e engenheiros. É uma indústria do terror, e todas as partes, desde os trabalhadores, até os planejadores, vão pagar o preço."

(Foto: Herzl Yosef)

Turgeman disse, recentemente, que o Hamas tem funcionado como um fator de restrição a ataques contra Israel, desde a operação Pilar de Defesa, em novembro de 2012, e repetiu esse comentário na manhã deste domingo. O major-general observou que o grupo ainda evita ataques contra Israel, mas acrescentou algumas críticas: ". Hamas investe dezenas de milhões de dólares em túneis, em vez de investi-los na comunidade, na construção de casas e escolas, empresas e indústria"

"O Hamas continua a se fortalecer, e tem aproveitado cinicamente nossas boas intenções quando deixamos materiais de construção entrarem na Faixa de Gaza para o setor privado, para os civis".
Após a exposição do túnel, o Coordenador de Atividades do Governo nos Territórios (COGAT), Eitan Dangot, ordenou que os embarques de materiais de construção para a Faixa cessem, até novo aviso.
Turgeman observou que túneis do tipo exposto podem ser utilizados para aequestros, ataques contra as forças IDF ou contra alvos civis: "O túnel pode estar ativo o tempo todo, não apenas em tempos de guerra, pois o Hamas está sob pressão depois de perder o apoio estratégico da Irmandade Muçulmana  do Cairo ".
O general acrescentou que o egípcios estão atualmente trabalhando ", e cortando as ligações da península do Sinai com a Faixa de Gaza."
O porta-voz do braço militar do Hamas, o Izz al-Din al-Qassam, comentou sobre a descoberta do túnel, "O desejo nas mentes e nos corações dos membros da resistência é muito mais importante do que os túneis que são escavados no solo. Este desejo é capaz de produzir milhares de túneis. "
O Comitê de Resistência Popular, disse que as alegações de Israel sobre a descoberta do túnel são uma tentativa de justificar uma futura agressão militar contra a Faixa de Gaza. O grupo deixou claro que a descoberta do túnel prova que Gaza pretende continuar suas operações com o objetivo de seqüestrar soldados israelenses para serem usados ??em troca de prisioneiros palestinos.

segunda-feira, 31 de maio de 2010

Flotilha da "Liberdade" e ataques de Israel: duas notas a imprensa

(A) Uma nota do MRE:

Nota à Imprensa do MRE nº 349
31 de maio de 2010

Ataque israelense à "Flotilha da Liberdade"

Com choque e consternação, o Governo brasileiro recebeu a notícia do ataque israelense a um dos barcos da flotilha que levava ajuda humanitária internacional à Faixa de Gaza, do qual resultou a morte de mais de uma dezena de pessoas, além de ferimentos em outros integrantes.

O Brasil condena, em termos veementes, a ação israelense, uma vez que não há justificativa para intervenção militar em comboio pacífico, de caráter estritamente humanitário. O fato é agravado por ter ocorrido, segundo as informações disponíveis, em águas internacionais. O Brasil considera que o incidente deva ser objeto de investigação independente, que esclareça plenamente os fatos à luz do Direito Humanitário e do Direito Internacional como um todo.

Os trágicos resultados da operação militar israelense denotam, uma vez mais, a necessidade de que seja levantado, imediatamente, o bloqueio imposto à Faixa de Gaza, com vistas a garantir a liberdade de locomoção de seus habitantes e o livre acesso de alimentos, remédios e bens de consumo àquela região.

Preocupa especialmente ao Governo brasileiro a notícia de que uma brasileira, Iara Lee, estava numa das embarcações que compunha a flotilha humanitária. O Ministro Celso Amorim, ao solidarizar-se com os familiares das vítimas do ataque, determinou que fossem tomadas providências imediatas para a localização da cidadã brasileira.

A Representante do Brasil junto à ONU foi instruída a apoiar a convocação de reunião extraordinária do Conselho de Segurança das Nações Unidas para discutir a operação militar israelense.

O Embaixador de Israel no Brasil está sendo chamado ao Itamaraty para que seja manifestada a indignação do Governo Brasileiro com o incidente e a preocupação com a situação da cidadã brasileira.

O original desta nota encontra-se disponível no seguinte endereço:
http://kitplone.itamaraty.gov.br/sala-de-imprensa/notas-a-imprensa/ataque-israelense-a-201cflotilha-da-liberdade201d


(B) Um Comunicado à Imprensa da Embaixada de Israel
31 de maio de 2010

Enviamos abaixo as reações oficiais do governo de Israel acerca dos eventos ocorridos nesta madrugada entre as Forças de Defesa de Israel (FDI) e a flotilha que seguia em direção à Faixa de Gaza.

1. Atividades e declarações do Ministro das Relações Exteriores de Israel, Avigdor Liberman

O Ministro das Relações Exteriores de Israel, Avigdor Liberman, segue conduzindo uma série de diálogos com Chanceleres de vários países e informou nesta manhã em Israel que os membros da embarcação não estavam em missão de paz e são, na verdade, terroristas que atacaram os militares das FDI quando estes abordaram a embarcação que se dirigia à Faixa de Gaza.

O Chanceler também explicou que todas as tentativas de Israel para dialogar e alcançar um entendimento com os organizadores da flotilha foram rejeitadas. Lembrou também que todas as solicitações de Israel ao Hamas para que fosse autorizada a entrada da Cruz Vermelha na Faixa de Gaza, com o fim de visitar e atender o soldado israelense seqüestrado, Gilad Shalit, foram negadas. O que aconteceu nesta manhã foi uma violência pré-planejada pelo grupo que atacou as FDI e Israel não permitirá qualquer ofensiva ao seu Estado por parte de grupos terroristas ou seus apoiadores.

2. Reação do Vice-Ministro das Relações Exteriores de Israel, Danny Ayalon.

O Vice-Ministro das Relações Exteriores de Israel, Danny Ayalon, informou nesta manhã em Israel, durante uma coletiva de imprensa, que “a armada de ódio e violência em apoio à organização terrorista Hamas foi uma provocação premeditada e ultrajante”. Os organizadores da flotilha são bem conhecidos por suas ligações com o Jihad, Al-Qaeda e o Hamas, tendo em sua trajetória um histórico de contrabando de armas e outros materiais bélicos. Ayalon informou ainda que “a bordo do navio, foram encontradas armas que estavam preparadas com antecedência e usadas contra as FDI. A intenção dos organizadores era a utilização de métodos violentos e, infelizmente, houve fortes resultados”.

Ayalon também informou que a chamada ajuda humanitária não tinha uma finalidade pacífica e se assim fosse, os organizadores teriam aceitado a oferta israelense em realizar a entrega dos materiais através dos canais apropriados, como a ONU ou a Cruz Vermelha. Na verdade, o grupo afirmou repetidas vezes que a intenção era romper o bloqueio marítimo em Gaza. Este bloqueio, realizado por Israel, é legal e justificado, levando em consideração o terror imposto pelo Hamas em Gaza. Permitir que esses navios entrassem de forma ilegal no território teria aberto um corredor de contrabando de armas e terroristas na Faixa de Gaza, resultando em morte de milhares de civis e a disseminação da violência em toda a área.

Após os repetidos avisos aos organizadores de que não seria permitido romper o bloqueio e de acordo com a lei marítima, Israel impôs o seu direito. Infelizmente os membros da flotilha não atenderam nenhuma das propostas israelenses, incluído a de hoje pela manhã, onde as FDI solicitaram que a flotilha os acompanhasse, encerrando de forma pacífica este evento.

Nenhum país soberano iria tolerar este tipo de violência contra sua população civil, contra a sua soberania, contra a lei internacional. Israel lamenta as vítimas e informa que foram usadas todas as opções e alternativas para evitar esta situação.

Informações Adicionais (em inglês)

Clique aqui http://www.youtube.com/watch?v=bU12KW-XyZE&feature=player_embedded veja um vídeo onde membros da flotilha utilizam de alta violência contra os soldados israelenses durante a embarcação destes no navio. O evento ocorreu nesta manhã.

Clique aqui http://www.terrorism-info.org.il/malam_multimedia/English/eng_n/pdf/hamas_e107.pdf acesse um documento que aponta ligações do grupo IHH (Insani Yardim Vakfi, IHH, “Fundo de Ajuda Humanitária”) com os grupos terroristas Hamas, Irmandade Mulçumana e Al-Qaeda.

Clique aqui http://www.youtube.com/watch?v=Q8zVD6C3C1k veja um vídeo onde um soldado israelense é atacado com golpes de pé-de-cabra.

Clique aqui http://www.youtube.com/watch?v=qKOmLP4yHb4 veja um vídeo onde as Forças de Defesa de Israel abordam a embarcação que se aproxima da Faixa de Gaza e oferecem o Porto em Ashdod como alternativa para que a flotilha desembarque os suprimentos e estes sejam transportados por via terrestre à Faixa de Gaza sob supervisão. A opção de transporte via terrestre é a mais segura, haja visto que algumas embarcações que supostamente levam suprimentos à Faixa de Gaza, transportam também armamentos e outros materiais bélicos. No vídeo, claramente vê-se que a embarcação recusa a proposta. Após a recusa, a flotilha atacou as FDI.

Clique aqui http://www.livestream.com/newchannel/popoutplayer?channel=insaniyardim&clip=pla_f18a073c-35dc-4288-92b0-bd0f9c37c61d assista um vídeo, feito antes dos recentes acontecimentos, onde os organizadores da flotilha admitem utilizar a força caso os soldados israelenses embarquem em algum navio da flotilha.

Clique aqui http://www.mfa.gov.il/MFA/Government/Law/Legal+Issues+and+Rulings/Gaza_flotilla_maritime_blockade_Gaza-Legal_background_31-May-2010.htm acesse o documento “The Gaza flotilla and the maritime blockade of Gaza - Legal background”, com informações acerca da legalidade do bloqueio marítimo em Gaza.

Departamento de Comunicação
Embaixada de Israel no Brasil


(C) Uma Nota à Imprensa do Embaixador de Israel no Brasil
31 de maio de 2010

O Embaixador de Israel no Brasil, Giora Becher, encontrou-se hoje com a Subsecretária-Geral de Assuntos Políticos I do Itamaraty, Embaixadora Vera Lúcia Barrouin Crivano Machado, às 17 horas, no Itamaraty, após ser convocado.

Durante a reunião, a Embaixadora Vera Machado reiterou a posição brasileira informada, nesta data, em nota emitida pelo Ministério das Relações Exteriores do Brasil.

Em resposta, o Embaixador de Israel reafirmou a posição Israelense de que a flotilha não seguia com uma ação humanitária, mas chegou como uma provocação com o intuito de apoiar o regime ilegal e terrorista do Hamas em Gaza.

O Embaixador manifestou ainda que não existe crise humanitária em Gaza, uma vez que todo o tipo de ajuda tem ingressado diariamente na região. Israel ofereceu aos organizadores da flotilha a alternativa de seguirem para o porto de Ashdod, onde os suprimentos de ajuda humanitária seguiriam para Gaza por via terrestre. Os organizadores não aceitaram esta opção.

Foi mencionado ainda, pelo Embaixador, que os soldados israelenses embarcaram sem empunhar suas armas e foram atacados violentamente, com ameaças às suas vidas, pelos manifestantes que não foram pacifistas. Somente após sofrerem os violentos ataques, os soldados israelenses reagiram em legítima defesa.

O Brasil manifestou ainda sua preocupação sobre as negociações de paz com os Palestinos. O Embaixador Giora Becher informou que Israel quer continuar com o processo de paz, mas o Hamas está contra estas negociações contando com o apoio dos organizadores da flotilha.

Questionado sobre a cineasta Iara Lee, o Embaixador informou ao Itamaraty que minutos antes do encontro ocorrer em Brasília, Israel localizou seu nome na lista de passageiros, mas como cidadã norte-americana. O Embaixador certificou o Itamaraty de que Israel trabalhará para localizar a cineasta e que tão logo tenha novas notícias, a Chancelaria brasileira e a imprensa serão informadas.

Assessoria de Imprensa
Embaixada de Israel