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quinta-feira, 12 de setembro de 2019

Ministério das Alucinações Exteriores se supera a si mesmo na Heritage Foundation

A palestra do chanceler na Heritage Foundation já se encontra disponível no YouTube do MRE.
Para quem não conhece a Heritage Foundation é aquele think tank americano, conservador racionalista, que divulga os relatórios anuais do Fraser Institute sobre “liberdades econômicas no mundo”, em cujo ranking o Brasil infelizmente passou a ocupar a última classificação (depois de décadas no terceiro quartil), aquela em vermelho, ou seja, “países não livres” (sendo que todos os demais Brics são amarelos, isto é, “parcialmente não livres).
Pois bem, o discurso do chanceler foi tão destrambelhado, mesmo para quem é de direita, extrema direita, conservador, reacionário, ou o que for, que deve ter deixado toda a audiência (e agora os que visualizarem o vídeo) perfeitamente atônita, estupefata, horrorizada, com o que foi transmitido, emitido, aos borbotões.
Como é possível a uma pessoa minimamente acostumada a discursos diplomáticos emitir uma tal quantidade de non sense, em doses tão concentradas, em tão pouco tempo, sem sequer exibir alguma noção de lógica elementar, um mínimo de sentido de realidade?
Eu gostaria realmente de conhecer a opinião dos americanos presentes à sessão qual a impressão que lhes causou o show de non sense transmitido all over the world.
O comentarista internacional do Washington Post, Ishaan Tharoor, fez comentários em seu Twitter, que são de causar arrepios em quem lê: eu segui todo o fio dos seus tweets e depois todos os comentários (continuam sendo feitos), com um imenso sentimento de desconforto e daquela sensação de vergonha alheia, que me deixam realmente consternado, pela humilhação que isso causa, imagino, em TODOS os diplomatas brasileiros (com a possível exceção do próprio, mas nem disso estou seguro).
Pressinto que deve ser extremamente difícil para o próprio chanceler desempenhar esse papel inventado, artificial, ou até mesmo hipócrita, de fiel seguidor das loucuras olavo-bolsonaristas, com mínimo de consciência — se ele realmente leu todos aqueles autores que cita, num estilo mais “name-dropping” do que analítico — sobre a tremenda incoerência em torno dos conceitos destrambelhados que emitiu em sua palestra. Imagino que tenha sido um sofrimento emitir todo aquele festival de desacertos, que, na linha de uma famosa composição de um dos mais celebrados cronistas de humor do período do regime militar, Stanislaw Ponte Preta (de seu verdadeiro nome Sérgio Porto), ficou eternizado sob o título de “Samba do Crioulo Doido”.
É mais ou menos o equivalente disso que se tem na palestra do ministro na Heritage Foundation.
A postage de Ishaan Tharoor no Facebook está aqui.
O thread de Ishaan Tharoor no Twitter está aqui:

Ishaan Tharoor (@ishaantharoor): Hard right Brazilian Foreign Minister Ernesto Araujo, who believes climate change is a Marxist conspiracy, is speaking at @heritage right now. Currently complaining about left "infiltration" in the system. https://twitter.com/ishaantharoor/status/1171859029225869313?s=17

O vídeo pode ser visto no YouTube do MRE:
https://www.youtube.com/watch?v=i2PDyry8F_M&feature=push-sd&attr_tag=CLxjwqQZSnOPUYLF%3A6
Divirtam-se.
Paulo Roberto de Almeida
São Paulo, 12/09/2019

domingo, 19 de fevereiro de 2017

Brasil, um pais socialista; China, um pais capitalista, e mais livre que o Brasil - Economic Freedom of the World

Brasil despenca em ranking de liberdade econômica: somos mais socialistas do que China e Rússia

Instituto Liberal de São Paulo
http://www.ilisp.org/noticias/brasil-despenca-em-ranking-de-liberdade-economica-somos-mais-socialistas-do-que-china-e-russia/

Lançada hoje, a versão 2017 do Índice de Liberdade Econômica da Heritage Foundation mostra o efeito do desastre criado pelos últimos anos do governo Dilma Rousseff (e até o momento não revertido por Michel Temer) na liberdade econômica do país.
Apenas em um ano, o país caiu 3,6 pontos percentuais no ranking, estando agora na 140a posição. Em outras palavras, somos tão socialistas quanto Togo (138°), Burundi (139°), Paquistão (141°) e Etiópia (142°), e mais socialistas do que países como Gabão (103°), Tadjiquistão (109°), China (111°, ainda controlada pelo Partido Comunista), Rússia (114°, o coração da antiga União Soviética), Nigéria (115°), Congo (117°), Senegal (120°), Zâmbia (122°), Tunísia (123°), Grécia (127°) e Quênia (135°).
Comparação da liberdade econômica de Brasil (cinza), China (amarelo) e Rússia (azul) nos últimos anos em relação à média mundial (rosa) Fonte: Heritage Foundation
De acordo com a análise da Heritage Foundation em relação ao Brasil, a interferência do estado na economia brasileira tem sido crescente, enquanto os serviços estatais continuam sendo de péssima qualidade. A implantação de qualquer reforma tem sido difícil e as barreiras ao empreendedorismo incluem altas taxas, excesso de regulação e uma rígida legislação trabalhista (a fascista CLT). Os escândalos de corrupção fizeram a população acreditar cada vez menos nas instituições, contribuindo para a queda do país no Ranking de Competitividade do Fórum Econômico Mundial (uma das 42 variáveis que compõem o ranking da Heritage). O aumento dos gastos do governo (39,5% do PIB), o contínuo aumento da burocracia para abertura ou expansão de empresas e o excessivo protecionismo governamental em relação às importações contribuíram para a queda do país no ranking.
Em relação à China, a análise da Heritage Foundation destaca que o país continua majoritariamente socialista (com o estado controlando todas as terras, por exemplo), mas que os avanços feitos no sentido de reduzir impostos, a manutenção de certa liberdade trabalhista (maior do que a brasileira) e uma maior liberdade para importação e exportação colocaram o país à frente do Brasil no ranking.
No caso da Rússia, a análise destaca que o país está igualmente longe de ter liberdade econômica (com uma crescente intervenção do estado na economia gerando problemas para empresas privadas e maior inflação), mas que o país tem impostos menores do que o Brasil – alíquota de imposto de renda para pessoas físicas fixa em 13% e uma alíquota máxima de 20% para empresas, em comparação com as alíquotas de até 27,5% para pessoas físicas e até 34% de impostos para empresas -, menores gastos e dívida pública (17,7% do PIB na Rússia contra 73,7% do PIB no Brasil), maior liberdade para abertura e fechamento de empresas do que o Brasil e maior facilidade para importação e exportação, garantindo a Rússia na 114a posição do ranking.
Os países com maior liberdade econômica (ou seja, com maior liberdade para trocas capitalistas e menor intervenção do estado na economia em comparação com os demais) do mundo continuam sendo Hong Kong, Singapura, Nova Zelândia, Suíça e Austrália. No continente americano, os países com maior liberdade econômica atualmente são Canadá (7°), Chile (10°) e Estados Unidos (17°, a cada ano caindo mais no ranking).

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Liberdade Economica na AL: alguns vao para a frente, outros para tras...


América Latina entra en las diez primeras posiciones del último índice publicado en 2012 por la Fundación Heritage, que contó con la colaboración del diario estadounidense The Wall Street Journal con Chile, que se ubica en el 7º lugar, con un puntaje de 78,3, que la convierte en una nación "mayormente libre".

Por esse índice, o Brasil é um país de economia "majoritariamente controlada", situando-se em 99. lugar , de um total de 179 países, ao passo que a Argentina despencou para um distante 158. lugar, precedendo ainda assim a Venezuela, que se situa nos últimos lugares...