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segunda-feira, 8 de novembro de 2021

Un Mundo made in China: La larga marcha hacia la creación de un nuevo orden global - Gustavo A. Girado

Um livro importante sobre a China atual, que vou tratar de adquirir. Não está disponível na Amazon, vou tentar livreiros em Buenos Aires: 

No results for Gustavo Girado, Un Mundo made in China: La larga marcha hacia la creación de un nuevo orden global in Books.

Paulo Roberto de Almeida 

Un Mundo made in China: La larga marcha hacia la creación de un nuevo orden global 

Nueva obra del sinólogo argentino Gustavo A. Girado

Observatorio de la política china, 5/11/2005

https://politica-china.org/secciones/un-mundo-made-in-china-la-larga-marcha-hacia-la-creacion-de-un-nuevo-orden-global


 El mundo que se configuró luego de la Segunda Guerra Mundial adquirió la forma de los vencedores. China, sumida en ese entonces en un largo conflicto armado, no fue parte de esa definición: sus valores y sus intereses, como los de la mayoría de los Estados asiáticos, no fueron tenidos en cuenta. El país, que supo ser un imperio, transitaba un “siglo de humillación”. Pero las cosas cambiaron, y China cree que ha llegado el momento de volver a ocupar el lugar que nunca debió haber dejado. Para conseguirlo, sabe que no puede seguir dependiendo de Occidente.

China despliega una serie de políticas de alcance global condensadas en la Nueva Ruta de la Seda, el fabuloso proyecto de infraestructura que hoy abarca a más de 70 países. Y acelera el salto tecnológico a través del desarrollo científico y el 5G. Al hacerlo, va modelando un mundo a su imagen y semejanza, un mundo Made in China. Esto la hace más interdependiente, la conecta más y más con el resto del planeta, a la vez que limita los intentos de EEUU por detenerla. Su ascenso es imparable.

En “Capital intelectual”, Buenos Aires, Argentina.

ISBN: 978-987-614-638-8

Páginas: 248.




sábado, 17 de abril de 2021

Reflexão sobre grandes tiranos e um protótipo incompleto - Paulo Roberto de Almeida

 Frequentemente leio comparações acerca do degenerado que nos desgoverna com outros tiranos do passado e concluo que elas não se aplicam, não porque lhe falte vontade de ser déspota, mas porque não tem sequer condições de aspirar a ser um.

Mussolini e Hitler possuíam realmente projetos de nação, ainda que patológicos e demenciais. Mao Tsetung também, ao lançar o seu Grande Salto para a Frente, que produziu mais mortos do que todos os demais tiranos reunidos, incluindo Stalin, que levou adiante seu projeto de nação a ferro e a fogo, à base de uma moderna escravidão. 

Não é o caso de Bolsonaro: ele não tem qualquer projeto de nação, qualquer programa de governo, qualquer doutrina legitimadora, como tinham todos os demais monstros. 

Ele é a negação absoluta de qualquer projeto, programa ou ação pensada, ele é a pura expressão dos instintos mais primitivos, e o resultado é esse, demolição, eliminação, destruição, muitas vezes sem a intenção expressa de fazê-lo, a não ser em direção daqueles que ele vê como inimigos (e são muitos, todos os que não concordam com sua visão torpe do mundo e que não se lhe submetem). 

Ele é o niilismo no estado mais antifilosófico do termo, a extirpação de qualquer pensamento ou razão, a selvageria de alguém acometido de loucura incurável. Ele consegue reunir em si mesmo vários cavaleiros do apocalipse, mas sequer tem consciência disso. 

O Brasil foi entregue a um demente!

Gostaria de complementar o que escrevi, e postei, abaixo, dando nomes, ou pelo menos “profissões”, aos “bois” (com perdão da palavra, talvez sugestiva demais):

“Diagnóstico da situação: creio que o terreno já está mapeado e claro. Todos os sensatos já desembarcaram da nau desgarrada do capitão. Só sobraram os muito ignorantes, os fanáticos de sempre e os oportunistas de todos os matizes. O homem vai ficar desesperado, mas é o que sobrou!”

Era isso, apenas, mas vamos aos bois:

A principal base política do capitão é constituída pela segunda categoria , ou seja, o gado propriamente dito, que também pode compreender elementos bípedes da primeira e da terceira categorias. Mas não se sabe bem quantos seriam: tem muitos idiotas das três categorias que participam de marchas e manifestações, e o curralzinho do Alvorada tem ficado cada vez mais rarefeito (será que muitos já morreram, com o “kit Bolsovirus?); eles parecem muito mais numerosos nas redes sociais, pois aí tem algum trabalho dos mercenários que manipulam robôs e replicadores, o que pode dar essa impressão de quantidade (quando de fato pode ser dez ou cem vezes menor o volume do gado).

Os evangélicos se distribuem por todas as três categorias, mas a diferenciação se faz pelas faixas de renda: os pobres estão na primeira, os pastores na dos espertalhões, o que não os impede também de serem cavalgaduras completas.

Os milicos entram majoritariamente na terceira categoria, mas de suboficiais para baixo, e nas PMs, também devem entrar ignorantes e fanáticos. Uma coisa não impede a outra entre fardados, mas dificilmente oficiais que fizeram os cursos de Estado-Maior poderiam ser sinceramente bolsonaristas: seria muito difícil para gente instruída.

Capitalistas, do campo ou da cidade, se situam igualmente na terceira categoria, o que não impede empresários e ruralistas bolsonaristas de serem perfeitamente estúpidos, como ele próprio aliás.

Nem o pessoal do chamado Gabinete do Ódio é fanático: eles apenas estão fazendo o seu trabalho mercenário, e não podem ser tão estúpidos quanto os chefes da famiglia: eles precisam ser pelo menos eficientes, para abastecer as redes e alguns ministros mais idiotas.

Se contarmos que, com o mau exemplo do capitão, sua nau vai ficando sem grumetes, remadores ou marinheiros, que vão morrendo ou desistindo pelo caminho, talvez tenhamos um “navio fantasma” até o final do ano. Vai navegar a esmo pelos mares do Brasil? É provável!

Vai sobrar aquilo que Barbara Tuchman poderia chamar de marcha dos insensatos! 

Titanic já era: virou uma caravela toda estropiada, dentro em pouco um barquinho desmilinguido, a jangada de Medusa...

 

Paulo Roberto de Almeida

Brasília, 3893, 17 de abril de 2021


terça-feira, 13 de abril de 2021

O cinismo de Mao: sem a mortandade provocada pelos japoneses, o PCC não teria chegado ao poder - livro de Ian Buruma

 

Year Zero by Ian Buruma. China’s Communist Party prevailed against Chiang Kai-shek and China’s Nationalists in some part because of the damage inflicted upon the Nationalists by Japan in World War II:

"And in China? When the Japanese prime minister Tanaka Kakuei, in 1972, apologized to Chairman Mao for what his country had done to the Chinese during the war, Mao, who was not without a macabre sense of humor, told his foreign guest to relax: It is us who should thank you, he said; without you we would never have come to power.

"Mao was right. What happened in China was the most dramatic example of unintended consequences. The Japanese shared with Chiang Kai-shek's Nationalists a horror of communism; there were even some attempts at collaboration; one faction of the Nationalists did, in fact, collaborate. But by fatally wounding the Nationalists, the Japanese helped the Communists win the civil war which was simmering in 1945 and came to a climax soon after."

Year Zero: A History of 1945
 
author: Ian Buruma 
title: Year Zero: A History of 1945 
publisher: A Penguin Random House Company 
date: Copyright 2013 by Ian Buruma 
page(s): 102