O que é este blog?

Este blog trata basicamente de ideias, se possível inteligentes, para pessoas inteligentes. Ele também se ocupa de ideias aplicadas à política, em especial à política econômica. Ele constitui uma tentativa de manter um pensamento crítico e independente sobre livros, sobre questões culturais em geral, focando numa discussão bem informada sobre temas de relações internacionais e de política externa do Brasil. Para meus livros e ensaios ver o website: www.pralmeida.org. Para a maior parte de meus textos, ver minha página na plataforma Academia.edu, link: https://itamaraty.academia.edu/PauloRobertodeAlmeida.

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terça-feira, 18 de junho de 2019

A Lei de Murphy ultrapassa a Linha de Tordesilhas e chega ao cerrado central - Editorial do Estadao

A Lei de Murphy, como todos sabem, é implacável: o que puder dar errado, dará, da pior forma possível.
Mas isso apenas para os que deixam a Lei de Murphy leve, livre e solta, para exercer todos os seus efeitos deletérios à vontade. Parece ser o caso do governo atual.
Quando se demite o Secretário de Governo no mesmo dia em que se apresenta o relatório da reforma da Previdência, e se voltam todas as baterias para coisas relevantes como armamento da população, alívio para os contraventores do trânsito, biquinho contra a tomada de três pinos, e obsessões com "caixas pretas" e inimigos ideológicos, é inevitável: a Lei de Murphy passeia resplandecente por latitudes e longitudes nunca antes percorridas.
Esse governo tem um brilhante passado de recessão pela frente: a Dilma de calças não apenas contratou a Lei de Murphy para seus passeios pelo país, como também assegurou cadeiras confortáveis para o Peter Principle na Caravana Brasil.
Simão Bacamarte começa a ficar preocupado com a concorrência.
Paulo Roberto de Almeida

A crise e os pinos da tomada

Um enorme fiasco marcará a primeira metade do governo Bolsonaro, se os fatos confirmarem as avaliações do mercado

Editorial O Estado de S. Paulo, 18 de junho de 2019

Continuam caindo velozmente as previsões de crescimento econômico para este ano e para 2020. Um enorme fiasco marcará a primeira metade do governo Bolsonaro, se os fatos confirmarem as avaliações do mercado. Na semana passada já estava em 1% a expansão prevista para o Produto Interno Bruto (PIB) em 2019. Agora, nem isso. No meio de muita confusão política e de muita incerteza sobre os negócios, a nova projeção, divulgada ontem, já está em 0,93%. A pesquisa entre economistas do setor financeiro e de grandes consultorias foi fechada na última sexta-feira. Naquele dia, as atenções do Congresso e do mercado estavam centradas no trabalho apresentado pelo relator do projeto de reforma da Previdência, deputado Samuel Moreira. Outras preocupações, no entanto, dominavam o presidente da República e vários de seus principais auxiliares. Uma dessas preocupações era a tomada de três pinos, como foi noticiado no começo daquela noite. 
No mercado, as apostas para o próximo ano também continuaram em queda. Pela nova estimativa, o PIB crescerá 2,20% em 2020. Quatro semanas antes a projeção ainda estava em 2,50%, cálculo ainda mantido para 2021 e 2022, segundo a pesquisa Focus do Banco Central (BC).
A visão cada vez mais sombria das condições econômicas nos próximos meses começou a contaminar claramente, há pouco mais de uma semana, as expectativas em relação ao próximo ano. Indústria, varejo e serviços continuam muito mal, pela maior parte dos dados conhecidos até agora, e o comércio externo tem perdido vigor. Há poucas dúvidas sobre a aprovação da reforma da Previdência, mas nem isso estimula empresários a assumir riscos além dos indispensáveis para continuar operando. 
O desempenho do setor industrial deve continuar muito ruim neste ano e estabilizar-se em nível medíocre nos próximos, segundo as expectativas apontadas pela pesquisa Focus. A produção industrial deve crescer 0,65% em 2019, segundo o boletim publicado ontem. A taxa é maior que a registrada na pesquisa anterior, de 0,47%, mas ainda inferior a metade da publicada quatro semanas antes, 1,47%. Mesmo esta previsão já era muito baixa. As estimativas para os dois anos seguintes também têm caído. Agora se estimam taxas de 2,80% para 2020, 2,75% para 2021 e 2,85% para 2022, num cenário de evidente estagnação. 
A mensagem vem sendo transmitida pelos economistas há meses. A reforma da Previdência é indispensável, mas insuficiente para livrar o País do marasmo econômico. Não há sinal claro, no entanto, de providências para tornar os negócios mais dinâmicos. 
Além de algumas ações para simplificar a vida empresarial e de uma promessa de reforma tributária, poucas medidas economicamente importantes aparecem na pauta do Executivo. Mesmo sobre a reforma tributária poucas informações claras, organizadas e convincentes foram divulgadas. 
Não há, também, sinais de providências para movimentar a economia a curto prazo, nem depois de aprovada a reforma da Previdência. O governo continua agindo como se a prolongada estagnação, os resultados muito ruins deste ano e o desemprego de cerca de 13 milhões de trabalhadores fossem questões secundárias agora nos próximos meses. 
Distante das questões mais urgentes para o mercado e para as famílias empenhadas em sobreviver, o presidente se ocupa da tomada de três pinos e do armamento da população. Demite o ministro-chefe da Secretaria de Governo por ter contestado seu guru Olavo de Carvalho. Por motivo ideológico, leva à demissão o presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Atropelado, o ministro da Economia se cala, reforçando as dúvidas sobre quem manda em sua área. Pode haver alguma surpresa, se as expectativas econômicas pioram a cada semana?

segunda-feira, 28 de julho de 2014

Sanatorio Bolivariano do Caribe: agravando a loucura geral...

Quando eu vejo uma chamada desse tipo, eu penso imediatamente tratar-se de uma brincadeira, de uma gozação de jornalistas, dessas mentiras que se prestam a sorrisos.
Sou obrigado a me beliscar, quero dizer, a clicar na notícia para ler, e perder um pouco do meu preciso tempo de leitura ou escrevinharão, para me certificar que, sim, não estou num mundo de loucos, e sim no mundo real dos bolivianos, o que dá mais ou menos na mesma coisa...
Eu me pergunto como vivem as pessoas normais, na Venezuela e alhures, quando ouvem essas coisas: apenas sorriem e deixam passar ou se desesperam ao constatar, mais uma vez, que estão, sim, entregues a um bando de loucos. O pior é que esses malucos são também assassinos e criminosos, enfim um bando de mafiosos, como temos vários por aí, alguns até bem perto...
Paulo Roberto de Almeida

Venezuela sin Chávez

Maduro dice que el “pajarito” se le rapareció y le dijo: Chávez está feliz


Infolatam/Efe
Caracas, 29 de julio de 2014
Las claves
  • Maduro habló así durante una fiesta organizada en Barinas, el estado natal de Chávez, al cumplirse este lunes 60 años del nacimiento del presidente fallecido el 5 de marzo de 2013.
  • Maduro, que desde el fin de semana pasado también tiene el cargo de presidente del gobernante Partido Socialista Unido de Venezuela (PSUV), aseguró que siente "presente" a Chávez, a quien definió como un "gran profeta".
El presidente de Venezuela, Nicolás Maduro, dijo que “otra vez” se le apareció un “pajarito” y que en esta ocasión le dijo que Hugo Chávez “está feliz y lleno de amor de la lealtad de su pueblo”.

Maduro habló así durante una fiesta organizada en Barinas, el estado natal de Chávez, al cumplirse este lunes 60 años del nacimiento del presidente fallecido el 5 de marzo de 2013.

“Les voy a confesar que por ahí se me acercó un pajarito, otra vez se me acercó y me dijo (…) que el comandante (Chávez) estaba feliz y lleno de amor de la lealtad de su pueblo (…) debe de estar orgulloso”, dijo Maduro.
En el acto se cortó una inmensa torta que reproducía una imagen del paisaje del Llano venezolano, donde Chávez creció, y además fue desvelada una estatua del presidente fallecido financiada por la petrolera rusa Rosfnet.
Maduro, que desde el fin de semana pasado también tiene el cargo de presidente del gobernante Partido Socialista Unido de Venezuela (PSUV), aseguró que siente “presente” a Chávez, a quien definió como un “gran profeta”.
El presidente celebró además la presencia de un conjunto musical ruso que dedicó varias canciones al gobernante fallecido, y aseguró que al otro lado del mundo “ha llegado la llamarada del calor del amor que el mundo siente por Chávez”.
“De Siberia a Sabaneta (ciudad de nacimiento de Chávez) corre el amor por todo el mundo”, afirmó.
En abril de 2013, Maduro aseguró que Chávez se le apareció en una pequeña capilla católica, también en Barinas, en forma de “pajarito chiquitico” y lo bendijo antes de arrancar la campaña para las elecciones de ese mismo mes, y se granjeó toda clase de críticas y burlas.
Maduro se defendió diciendo que estaba feliz por haber compartido su “espiritualidad” con el pueblo.

domingo, 2 de maio de 2010

Grandes contribuicoes a cultura universal: frases de impacto (e como...)

Não tenho nenhum mérito pela seleção, apenas recolhi no Blog do jornalista Augusto Nunes, na revista Veja.
Independentemente de quem seja, ou de quem fez a seleção, as frases EXISTEM, elas foram pronunciadas e, como tal, servem para enriquecer ainda mais (ou não, você julga, caro leitor) a nossa cultura, o nosso conhecimento da língua e seus infinitos meandros, a nossa compreensão deste mundo complicado que nos cerca...
Certas frases dos personagens políticos (e um futebolista) aqui selecionados se parecem muito com argumentos de filósofos franceses, os tais de desconstrucionistas.
Ou, como diria o Chacrinha: "Eu não vim para explicar, eu vim para confundir".
Divirtam-se...
Paulo Roberto de Almeida

Augusto Nunes
SEÇÃO » Direto ao Ponto
O Sanatório Geral entra na festa
1 de maio de 2010

Em homenagem ao 1° aniversário da coluna, os médicos e enfermeiros do Sanatório Geral decidiram republicar, em ordem cronológica, uma coletânea de palavrórios internados neste ano.

A desgraça de lá está sendo uma boa pra gente aqui, fica conhecido. Acho que de tanto mexer com macumba, não sei o que é aquilo. O africano em si tem uma maldição. Todo o lugar que tem africano tá foda”.
Gerge Samuel Antoine, cônsul do Haiti em São Paulo, antes do começo da entrevista ao SBT, sem saber que o que dizia estava sendo gravado.

Eu estava no Guarujá, caiu uma chuva na quinta-feira que eu pensei que ia encher o mar. Eu falei: tudo bem, quando o rio transborda, a água vai para o mar. Primeiro, passa na casa das pessoas que moram na periferia, depois ela vai para o mar. Eu falei: se o mar encher, vai para onde?
Lula, revelando, como atesta a profunda reflexão reproduzida pelo Blog do Noblat, o que se passa na cabeça de quem vai à praia com um isopor daquele tamanho.

Tudo isso só aconteceu porque o Zelaya esteve na nossa embaixada”.
Celso Amorim, chanceler de bolso de Hugo Chávez, revelando que, se o Brasil não tivesse instalado Manuel Zelaya na Pensão do Lula, o governo hondurenho não precisaria tirar Manuel Zelaya da Pensão do Lula.

“O PAC 1 não tinha capacidade estrutural, essa coisa estruturante que tem o PAC 2 por não termos dinheiro
”.
Dilma Rousseff, numa reunião com prefeitos do Paraná, ao explicar a diferença entre o PAC 1 e o PAC 2 a 170 convidados que continuam reunidos até agora tentando descobrir o que é que ela quis dizer.

Todos os partidos têm desvios éticos porque são formados por seres humanos”.
José Eduardo Dutra, explicando que as bandalheiras do PT só deixarão de acontecer quando o partido, em vez de um ajuntamento de seres humanos, transformar-se, por exemplo, numa floresta.

Sou vítima de uma campanha difamatória que atinge níveis jamais vistos na vida pública brasileira”.
José Roberto Arruda, em carta divulgada quando estava a caminho da cadeia, suspeito de roubo de fraldas quando ainda estagiava no berçário, ladrão irrecuperável, disposto a atingir níveis de cinismo jamais vistos na vida pública brasileira.

Uma pessoa chique ganhando cachaça é algo chique. Um metalúrgico ganhando cachaça é cachaceiro”.
Lula, em Goiás, explicando que um cachaceiro é identificado pela primeira anotação na carteira de trabalho, não pela quantidade de garrafas que derruba.

Há problemas de direitos humanos no mundo inteiro”.
Marco Aurélio Garcia, sobre a morte do preso político Orlando Zapata Tamayo, informando que quem vê o mundo com as lentes da canalhice não há diferenças entre Cuba e Dinamarca, Irã e Holanda, Venezuela e Suécia, Brasil e Suiça.

Que horas vamos votar isso? Estou de saco cheio de ficar aqui”.
Ideli Salvatti, musa da bancada companheira no Senado, ansiosa por aprovar a desconvocação de Dilma Rousseff pela Comissão de Constituição e Justiça, mostrando que também merece o título de Miss Elegância.

Eu digo sempre o seguinte: eu acordo todo dia pedindo a Deus que cada dia mais apareça chinês comendo, indiano comendo, africano comendo, latino-americano comendo, porque quanto mais o povo comê, mais o Brasil vai ter que produzir, porque não tem nenhum país no mundo que tenha a quantidade de terras agricultáveis que tem o Brasil, nem tão pouca quantidade de sol e chuva na combinação perfeita para formar a fotossíntese que a agricultura mundial precisa”.
Lula, em entrevista a TV Tem, de São Paulo, depois de um almoço da pesada.

Não fico arrependido, mas, quando a gente põe a cabeça no lugar, percebe que não é uma coisa legal”.
Vágner Love, atacante do Flamengo, explicando que só é escoltado por traficantes armados de fuzis na favela da Rocinha, na zona sul do Rio, quando está com a cabeça fora do lugar.

Acredito que com os presos cubanos a situação seja diferente porque o acesso que eles têm à mídia é muito grande”.
Dilma Rousseff, ao comparar os presos políticos cubanos aos brasileiros punidos pela ditadura militar, explicando que quem está na cadeia e no noticiário dos jornais é muito mais feliz do que quem está só na cadeia.

Mesmo quando é para um artefato nuclear, é também para fins pacíficos porque é para dissuasão”.
José Alencar, ao justificar o projeto atômico do companheiro iraniano Mahmoud Ahmadinejad, ensinando que a corrida nuclear ocorrida durante a Guerra Fria foi, no fundo, uma bonita demonstração de amor à paz protagonizada em parceria pelos Estados Unidos e pela União Soviética.

Nós, brasileiros, acostumados com nosso calor suarento, sempre louvamos termos sido preservados por Deus dos violentos fenômenos da natureza: vulcões, furacões, terremotos ─ mas não nos livramos das secas nem das enchentes. E a miscigenação nos deu a mulata!
José Sarney, ao discorrer na Folha desta sexta sobre as cinzas do vulcão Eyjafjallajokull, explicando que um par de mulatas vale meia dúzia de enchentes no Rio e uma centena de secas no Nordeste.

É com satisfação que nos reunimos aqui na quadra da Mangueira”.
Luiz Sérgio, presidente do PT do Rio, ao saudar a comitiva de Dilma Rousseff na quadra da Portela.

(Deve ter mais frases dessas por aí. Quem souber, por favor, pode mandar que eu publico, tudo em nome da cultura universal...; PRA)