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quarta-feira, 22 de agosto de 2018

Livro de Rubens Ricupero vence o Premio Jose Ermirio de Moraes

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Livro de Rubens Ricupero vence o Prêmio José Ermírio de Moraes

O livro “A diplomacia na construção do Brasil – 1750-2016” é o vencedor do Prêmio José Ermírio de Moraes em 2018.
De autoria de Rubens Ricupero, o livro foi escolhido pela Academia Brasileira de Letras, dentre todos os gêneros literários, como o melhor editado no Brasil em 2017 por autor brasileiro e por editora brasileira.
O prêmio será entregue ao autor em sessão solene e pública da ABL, em data ainda não definida.

INFORMAÇÕES SOBRE O LIVRO
Obra única sobre a história das relações do Brasil com o mundo.
Poucos países devem à diplomacia tanto como o Brasil. Além da expansão do território, em muitas das principais etapas da evolução histórica brasileira, as relações exteriores desempenharam papel decisivo. Com seus acertos e erros, a diplomacia marcou profundamente a abertura dos portos, a independência, o fim do tráfico de escravos, a inserção no mundo por meio do regime de comércio, os fluxos migratórios, voluntários ou não, que constituíram a população, a consolidação da unidade ameaçada pela instabilidade na região platina, a industrialização e o desenvolvimento econômico.
Até recentemente, a história das relações diplomáticas do Brasil se refugiava quase em notas ao pé da página ou, no melhor dos casos, em parágrafos esparsos dissociados do eixo central da grande narrativa. Com uma carreira dedicada ao serviço público, especialmente ao Itamaraty e à ONU, o diplomata e professor Rubens Ricupero enfrentou o desafio de “inserir o fio da diplomacia na teia sem costura da vida nacional,da qual é indissociável”.
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Ricupero publicou A diplomacia na construção do Brasil (Versal Editores) em 2017, quando completou 80 anos de idade. O livro analisa a diplomacia como causa e consequência da política interna e da economia do período colonial até os dias de hoje, incluindo a atual crise brasileira. Mostra, ao mesmo tempo, como a política externa contribuiu para a definição dos valores e ideais da identidade do país, de como os brasileiros se veem a si mesmos e sua relação com o mundo.
Com documentos originais dos arquivos norte-americanos, o livro traz revelações novas sobre episódios como a intervenção militar de 1964 nos seus aspectos externos. Recorre a perspectivas comparativas com países latino-americanos e os Estados Unidos e renova a maneira de examinar a diplomacia em estreita ligação com os fatos políticos e as condições econômicas. “A ambição da obra é dialogar com os estudantes etambém com aqueles que se interessam pela história do Brasil e sentem curiosidadepela forma como o país se relacionou com o mundo exterior e foi por ele influenciado”,explica o autor.
Com 784 páginas, o livro foi publicado em duas edições: ilustrada, com cerca de 80 imagens e mapas) e brochura

SOBRE O AUTOR
Nascido em São Paulo em 1937, Rubens Ricupero ingressou no Instituto Rio Branco em 1958 e iniciou a carreira diplomática em 1961.
Embaixador do Brasil junto às Nações Unidas em Genebra, Suíça, nos Estados Unidos e na Itália, foi ministro do Meio Ambiente e da Amazônia Legal, ministro da Fazenda durante a implantação do Real, subchefe da Casa Civil e assessor especial do presidente José Sarney. Atuou como assessor de política externa de Tancredo Neves na campanha para a Presidência da República, em 1984/5, e registrou a experiência no livro Diário de bordo: a viagem presidencial de Tancredo Neves (2010). Entre 1995 e 2004, dirigiu, como Secretário Geral, a Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento (UNCTAD), em Genebra.
Diretor, mais tarde Decano, da Faculdade de Economia e Relações Internacionais da Fundação Armando Alvares Penteado (FAAP), professor do Instituto Rio Branco e da Universidade de Brasília, colaborador dos mais influentes órgãos de imprensa do país e de publicações especializadas nacionais e estrangeiras, Ricupero é autor de nove livros sobre história diplomática, política, comércio e economia internacional, entre os quais se destacam Rio Branco: o Brasil no mundo (2000), O Brasil e o dilema da globalização(2001), Esperança e Ação A ONU e a busca de desenvolvimento mais justo (2002). A diplomacia na construção do Brasil é sua mais recente obra.
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PARA MAIS INFORMAÇÕES
José Enrique Barreiro 
Diretor Editorial da Versal
jbarreiro@versal.com.br
(21) 2239 4023
(21) 9 8123 8764
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terça-feira, 15 de maio de 2018

Seminario ‘Brasil, brasis’ na ABL: Gustavo Franco e Jorge Caldeira


Acadêmico Merval Pereira coordena na ABL o Seminário ‘Brasil, brasis’ de maio 2018 intitulado ‘As riquezas do Brasil’

A Academia Brasileira de Letras abre sua série de Seminários “Brasil, brasis” de 2018 com o tema As riquezas do Brasil, sob coordenação do Acadêmico e jornalista Merval Pereira (oitavo ocupante da cadeira 31, eleito em 2 de junho de 2011) e as participações do economista Gustavo Franco e do cientista político Jorge Caldeira. O coordenador-geral dos Seminários “Brasil, brasis” de 2018 é o Acadêmico e professor Domício Proença Filho.
O Seminário Brasil, brasis, com entrada franca e transmissão ao vivo pelo Portal da ABL, tem patrocínio do Bradesco.
OS CONVIDADOS
Bacharel (1979) e mestre (1982) em economia pela PUC do Rio de Janeiro e PhD (1986) pela Universidade de Harvard, Gustavo H. B. Franco é professor da PUC desde 1986 e está entre os mais importantes e influentes economistas do país.
Franco começou sua carreira no setor público em maio de 1993, como Secretário Adjunto de Política Econômica quando Fernando Henrique Cardoso assumiu o Ministério da Fazenda. Foi presidente do Banco Central do Brasil, e também diretor da Área Internacional do Banco Central entre 1993 e 1999.
O mais jovem entre os presidentes do Banco Central no período democrático, Franco presidiu a instituição em 1998, quando se observou a menor taxa de inflação de todo o período de existência do Banco Central: 1,6% ao ano de acordo com o IPCA. Teve participação central na formulação e condução do Plano Real, bem como nos debates associados à estabilização e às reformas que se seguiram.
Depois de deixar o Banco Central em 1999, fundou a Rio Bravo Investimentos, instituição líder em investimentos alternativos no Brasil, desde 2016 associada à Fosun, um dos mais destacados grupos privados chineses. Participa e participou de diversos conselhos consultivos e de administração. É autor ou organizador de dezoito livros, não apenas sobre economia, mas também sobre temas históricos e aspectos da obra de Machado de Assis, Fernando Pessoa, Goethe e Shakespeare.
Escreve regularmente para jornais e revistas desde 1988, em veículos como o Jornal do BrasilFolha de S. PauloVeja e Época. Hoje, é colunista do Globo e do Estado de S. Paulo.
Doutor em Ciência Política, mestre em Sociologia e bacharel em Ciências Sociais (FFLCH–USP), Jorge Caldeira é escritor, sócio-fundador da Mameluco Edições e Produções Culturais e possui ampla experiência profissional na área jornalística e editorial. Foi publisher da revista Bravo!, consultor do projeto “Brasil 500 Anos”, da Rede Globo de televisão, editor-executivo da revista Exame, editor da Ilustrada e da Revista da Folha, do jornal Folha de S. Paulo, editor de economia da revista Isto É e editor da Revista do Cebrap.
Jorge Caldeira é autor de Noel Rosa, de costas para o mar (Brasiliense), Mauá, empresário do Império (Companhia das Letras), Viagem pela história do Brasil (Companhia das Letras), A nação mercantilista (Editora 34), Ronaldo: glória e drama no futebol globalizado (Editora 34), O banqueiro do sertão (Mameluco), A construção do samba (Mameluco) e História do Brasil com empreendedores (Mameluco), além de organizar Brasil, a história contada por quem viu(Mameluco) e dos volumes Diogo Antonio Feijó e José Bonifácio, que integram a Coleção Formadores do Brasil (Editora 34). Escreveu, ainda, Júlio Mesquita e seu tempo (Mameluco), Nem Céu Nem Inferno (Três Estrelas), 101 Brasileiros que fizeram História (Estação Brasil), e História da Riqueza no Brasil (Estação Brasil). Caldeira ocupa a cadeira nº 18 da Academia Paulista de Letras.
15/05/2018

sábado, 17 de março de 2018

Centenario de Oliveira Lima - textos de 1967

Manoel de Oliveira Lima nasceu há mais de 150 anos atrás (25/12/1867), no Recife, e morreu, há quase 90 anos (24/03/1928) em Washington.
Foi, sem qualquer sombra de dúvida, o maior historiador diplomático brasileiro (até aqui, mas dificilmente será superado).
Aos cem anos de seu nascimento, em 1967, o Itamaraty, aliado à Academia Brasileira de Letras e ao Instituto Histórico e Geográfico Brasileiros, instituições às quais o diplomata-historiador foi filiado, lhe prestavam uma homenagem, ao publicar uma série de conferências, palestras, discursos, ensaios preparados ou pronunciados especialmente para essa ocasião.
Tenho o prazer de colocar à disposição do público interessado o livro publicado 50 anos atrás, por meio deste arquivo em pdf carregado na plataforma Academia.edu. Bastante pesado (mais de 40MB), está na forma em que foi scannerizado, mas pode ser objeto de uma rotação no sentido do relógio em qualquer leitor de arquivos desse tipo.
Neste link:
https://www.academia.edu/36185370/Centenario_de_Oliveira_Lima_1867-1928_

Paulo Roberto de Almeida 
Brasília, 17 de março de 2018




domingo, 5 de agosto de 2012

Concurso Barao do Rio Branco (MRE-ABL): contemplados


ABL e Itamaraty divulgam resultado do concurso de redação em homenagem ao centenário de morte do Barão do Rio Branco
A Academia Brasileira de Letras e o Ministério das Relações Exteriores (Itamaraty), por intermédio da Fundação Alexandre de Gusmão (Funag), acabam de divulgar oficialmente a relação dos dez vencedores do “Concurso de Redação Barão do Rio Branco – 100 anos”, que se insere na celebração do primeiro centenário de morte de José Maria da Silva Paranhos Júnior, Barão do Rio Branco. A cerimônia de premiação está prevista para o dia 28 de agosto, na sede da ABL, no Rio de Janeiro. O Presidente da Comissão Organizadora das Comemorações do Centenário de Morte do Barão do Rio Branco é o Acadêmico e diplomata Alberto da Costa e Silva.
Os vencedores foram: Bruno de Gouvêa Marti Ferrão, Colégio Pedro II (Unidade Humaitá II), Rio de Janeiro; Lílian Morais Leite, CE – José de Anchieta, Maranhão; Arthur Almeida Campanha, Escola Estadual do Ensino Médio Professor José Veiga da Silva, Espírito Santo; Robson Lousa dos Santos, Instituto Federal de Goiás – Campus Uruaçu, Goiás; Beatriz Pêgo Damasceno, Colégio Pedro II (Tijuca), Rio de Janeiro; Patrícia Camargo de Sousa, Colégio Objetivo, Rondônia; João Lucas Ismael, Colégio Atenas, Minas Gerais; Maristela Cristina Gomes, Escola Estadual Marquês de Sapucaí, Minas Gerais; Devid Richer Araújo Coelho, Colégio Estadual Miguel Couto, Rio de Janeiro; e Aléxia Duarte Torres, Escola Estadual do Ensino Médio Professor José Veiga da Silva, Espírito Santo.
O objetivo do concurso foi o de avaliar a capacidade de expressão escrita e o conhecimento dos estudantes sobre a vida e a obra de Rio Branco, Patrono da Diplomacia Brasileira. Cada um dos ganhadores, alunos do 1º ao 3º ano do Ensino Médio, regularmente matriculados em escola reconhecida, receberá o prêmio de R$ 2mil, a ser depositado na conta bancária fornecida quando da inscrição, em nome do beneficiário. O concurso foi aberto a estudantes de todos os estados brasileiros, e o candidato podia participar com apenas uma redação. A Fundação Alexandre de Gusmão arcará com os custos das passagens aéreas dos autores premiados, bem como de hospedagem. Aos que são menores de idade serão fornecidas passagem em classe econômica e hospedagem para um acompanhante.

quinta-feira, 21 de julho de 2011

Homenagem a Jose Guilherme Merquior - ABL

ABL inaugura exposição sobre José Guilherme Merquior
Annaclara Velasco
Jornal do Brasil, 19/07/2011

Ele começou a escrever nas páginas do JB aos 19 anos e se tornou um dos maiores pensadores do Brasil

Foi inaugurada, nesta terça-feira, na sede da Academia Brasileira de Letras (ABL), no Centro do Rio, a exposição que homenageia o crítico, escritor, diplomata, sociólogo e filósofo José Guilherme Merquior. O acervo da vida do intelectual, que morreu prestes a completar 50 anos, em 1991, vítima de câncer, é montado por fotos pessoais, livros publicados, depoimentos de seus colegas da ABL e um vasto material cedido pelo Cpdoc do JB, como fotos e páginas do Suplemento Dominical do Jornal do Brasil, onde ele publicava suas críticas. Era naquele espaço que, segundo José Mario Pereira, curador da exposição, Merquior "separava o joio do trigo".

"Suas frases eram mortais. Uma delas me marcou muito, quando ele escreveu uma crítica sobre o texto Pão e Vinho. Ele disse 'Seu pão é dormido e seu vinho não nos embriaga'. Genial, polêmico", lembra.

Em 2011, Merquior completaria 70 anos de vida, além de marcar os 20 anos de seu repentino desaparecimento. Pereira, que foi grande amigo pessoal do intelectual afirma que “a ideia é dar um retrato da vida e obra de um dos mais importantes críticos literários e de ideias já nascidos no Brasil”.

"Merquior começou a escrever nas páginas do Suplemento Dominical do Jornal do Brasil na década de 60, quando fez uma verdadeira revolução nas artes e nas ideias do Brasil na época. Este trabalho deu notoriedade a ele, que começou a ser convidado para colaborar em outras revistas".

Com o passar do tempo, segundo Pereira, ele se transformou em um crítico de várias formas de racionalismo e terminou como um dos mais importantes liberais do Brasil. O carinho entre os dois amigos, que se conheceram em 1979 quando Pereira, jornalista, procurou Merquior para fazer uma matéria, transparece na montagem da exposição.

"O trabalho está lindo, claramente feito com muito amor. Ninguém melhor do que ele para organizar esta homenagem", declara a escritora Nélida Piñon. “Comecei a conviver com Merquior quando éramos muito jovens, talvez em 62. E ele sempre foi brilhante, andava muito elegante, de camisa de seda. Já parecia anunciar ao mundo que havia chegado”, lembra a escritora e amiga, que o descreve como polêmico, eloquente e corajoso.

A obra de Merquior também fascina a Marcus Vinicios Vilaça, atual presidente da ABL.

“A gente se morde de pena por ele ter ido tão cedo. Ele foi um grande pensador e sua obra está aí para explicar e mostrar toda a sua polivalência. Ele escrevia sobre literatura, filosofia, história, sempre com muita inteligência”, conta.

A viúva do escritor, Hilda, sua filha, Julia e a neta, Ana Beatriz, também prestigiaram a inauguração da exposição. Julia descreu o trabalho como “uma homenagem muito bem escolhida da vida do meu pai”. Mas brincou que toda sua obra não caberia em apenas uma exposição.

“Talvez em uma dissertação de doutorado”, brinca ela, emocionada.