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terça-feira, 4 de outubro de 2022

Lula pretende continuar apoiando o tirano de Moscou?

 Do Bozo eu Não Espero NADA! Mas dos companheiros anti-imperialistas se esperava um mínimo de comportamento ético nessa guerra de agressão do imperialismo russo.

Paulo Roberto de Almeida 

Soldado ucraniano com fuzil na mão dentro de uma trincheira no sul da Ucrânia

Ucrânia avança em território anexado ilegalmente pela Rússia

 

Forças ucranianas dizem ter retomado áreas ao longo da margem ocidental do rio Dnieper, em Kherson. Moscou admite que "inimigos conseguiram penetrar defesa".

https://wwwdw.com/pt-br/ucr%C3%A2nia-avan%C3%A7a-em-territ%C3%B3rio-anexado-

As forças ucranianas relataram que conseguiram recapturar cidades ao longo da margem oeste do rio Dnieper, no sul da Ucrânia, perto da cidade de Kherson, capital da província de mesmo nome – uma das quatro regiões anexadas ilegamente por Moscou.

O comunicado sobre novas conquistas territoriais das tropas ucranianas foi divulgado na segunda-feira (03/10), poucos dias depois que Kiev tomou o principal centro logístico de Lyman – o ganho no campo de batalha mais significativo da Ucrânia em semanas.

Além da confirmação oficial pela Ucrânia, fontes russas reconheceram que uma ofensiva de tanques ucranianos penetrou dezenas de quilômetros ao longo da margem oeste do rio Dnieper. Vários vilarejos foram recapturados ao longo do caminho.

O porta-voz do Ministério da Defesa da Rússia. Igor Konashenov, disse que, "com unidades de tanques superiores na direção de Zolotaya Balka, Aleksandrovka, o inimigo conseguiu penetrar nas entranhas de nossa defesa".

No entanto, ele acrescentou que as tropas russas "ocuparam uma linha defensiva previamente preparada e continuam a infligir danos maciços de artilharia" às forças ucranianas.

"A informação é tensa, vamos colocar dessa forma, porque, sim, houve avanços, de fato", disse Vladimir Saldo, líder russo instalado na província de Kherson, em entrevista à emissora estatal russa. "Há um assentamento chamado Dudchany, bem ao largo do rio Dnieper, e ali mesmo, naquela região, houve um avanço. Há assentamentos ocupados por forças ucranianas."

Rob Lee, membro sênior do instituto de pesquisa Foreign Policy Research Institute, citou blogueiros militares russos informando que as tropas de Moscou haviam recuado até Dudchany – 40 quilômetros rio abaixo de onde estavam estacionados no dia anterior.

"Quando tantos canais russos estão soando o alarme, geralmente significa que eles estão com problemas", escreveu Lee em sua conta no Twitter.

Sucessos recentes de Kiev

O avanço no sul da Ucrânia reflete os sucessos recentes das forças de Kiev no leste – e que mudaram a maré na guerra contra a Rússia.

Essa guinada ocorre apesar de Moscou tentar aumentar as apostas ao anexar ilegalmente território ucraniano, ordenar uma mobilização parcial e ameaçar com uma retaliação nuclear. Os avanços militares ucranianos prepararam o terreno para avanços destinados a cortar ainda mais as linhas de abastecimento das forças russas.

Kherson tem sido um dos campos de batalha mais difíceis para os ucranianos. Na semana passada, o presidente russo, Vladimir Putin, assinou tratados de anexação de Kherson e outras três regiões, após a realização de pseudorreferendos orquestrados pelo Kremlin. A medida foi ratificada pelo Parlamento russo.

Nações ocidentais condenaram a ação de Moscou e classificaram os "referendos" como uma farsa, conduzidos sob a mira de armas.  

pv/ek (DPA, AFP, Reuters, AP)


sexta-feira, 22 de julho de 2022

Um balanço provisório da ausência de politica externa de 2019 a 2022 - Paulo Roberto de Almeida

Preparei um artigo mais longo, para a imprensa internacional, escrito diretamente em francês, em torno do balanço desastroso da (falta de) política externa no desgoverno Bolsonaro, assim como dos prejuízos incorridos pela diplomacia profissional. Já traduzi para o Português, mas aguardo as eleições para publicar no Brasil. 

Paulo Roberto de Almeida

Um balanço provisório da ausência de politica externa de 2019 a 2022


O Bozo não estará mais no poder para assumir os custos da política externa insana que impôs ao país, sobretudo no periodo do chanceler acidental, de janeiro de 2019 a março de 2021.
A perda de investimentos e a ausência de cooperação bilateral, ao lado de possíveis boicotes comerciais determinados por empresas e consumidores, são os prejuízos mais visíveis. Mas existem desgastes invisíveis e outros recuos intangíveis também, devido a ações erráticas e completamente fora dos padrões normais que se esperam de um grande país.
O Brasil de Bozo deixou de ser um Estado confiável, sobretudo na própria região onde sua diplomacia profissional costumava assumir a liderança de iniciativas de Integração. 
Foi como se um país inteiro tivesse sumido do mapa pela falta de diálogo e mesmo de presença com que o incapaz, ignorante e mal educado dirigente penalizou uma diplomacia outrora prestigiada na região e no mundo. 
O Brasil se apequenou, diminuiu de tamanho, se ausentou de interações e exibiu uma postura não cooperativa nas frentes ambientais, de direitos humanos e de contatos diretos entre chefes de governo durante o período do mais medíocre chefe de Estado de toda a história do Estado independente.
Não haverá NADA a comemorar no bicentenário; ao contrário, representará uma tentativa de sabotar o próprio sentido dessa data simbólica no itinerário da nação, dada a obsessão do dirigente em face de sua derrota iminente.