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Este blog trata basicamente de ideias, se possível inteligentes, para pessoas inteligentes. Ele também se ocupa de ideias aplicadas à política, em especial à política econômica. Ele constitui uma tentativa de manter um pensamento crítico e independente sobre livros, sobre questões culturais em geral, focando numa discussão bem informada sobre temas de relações internacionais e de política externa do Brasil. Para meus livros e ensaios ver o website: www.pralmeida.org. Para a maior parte de meus textos, ver minha página na plataforma Academia.edu, link: https://itamaraty.academia.edu/PauloRobertodeAlmeida;

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segunda-feira, 26 de março de 2012

Dinheiro vivo parece ser mais seguro...

Havia um tempo, muito tempo atras, em que dinheiro no Banco era mais seguro. Sobretudo com bandidos correndo soltos por aí.
Estranho que um dirigente de um Fundo de Pensão, e outro do Banco do Brasil, não acreditem na segurança que podem dar um banco...
Vai ver eles o conhecem por dentro, e temem uma quebradeira, sei lá.
O que a Receita, esse órgão fascista por excelência, teria a dizer a respeito?
Nós, que somos trouxas, deixamos o dinheiro no banco.
Não sabemos o perigo que corremos...
Paulo Roberto de Almeida

Presidente da Previ compra casa com dinheiro vivo 

Por Andreza Matais, na Folha (15/03/2012)
O presidente da Previ, Ricardo Flores, usou R$ 190 mil em dinheiro vivo para comprar uma casa em Brasília em 2010. Flores afirma que tomou o dinheiro emprestado de um empresário conhecido, que negou a informação.  (…)
[Flores] comprou a casa de uma dentista por R$ 1,65 milhão. Na semana passada, Flores disse à Folha que pagou R$ 900 mil com um empréstimo da Previ e R$ 750 mil com recursos “disponíveis”. Flores ganha R$ 50 mil brutos por mês. A dentista Angela Françolin disse que parte do pagamento foi feito em espécie. “Fui um dia, à tarde, buscar na imobiliária. O dinheiro estava num envelope pardo.”
(…)
Segundo documentos que Flores exibiu à Folha, o empresário [que emprestou o dinheiro] é Jorge Ferreira, dono de restaurantes em Brasília e amigo de políticos do PT. 
Ferreira disse conhecer Flores, mas afirmou que nunca emprestou dinheiro a ele. “Nunca. Para o presidente da Previ? Me tira disso.”
(…)
O presidente do BB, Aldemir Bendine, também usou dinheiro vivo num negócio em 2010, quando pagou R$ 150 mil em espécie por um apartamento em São Paulo. Flores e Bendine são protagonistas de uma disputa política que tem alimentado trocas de acusações.

quarta-feira, 14 de março de 2012

Os marajas da Republica! Marajas?? Republica???

Nem mandarins eles são, pois os mandarins costumavam ser uma classe digna, unificada pelos mesmos princípios de servir fielmente ao Imperador -- ainda que, de vez em quando, eles recolhessem um pouco para si mesmos, mas sempre vigiados pelos pares, que podiam denunciá-los -- e de contribuir para o engrandecimento do Império.
Nossos assaltantes dos recursos públicos só têm como objetivo servir a si mesmos, contribuindo assim para o afundamento geral da Nação...
Paulo Roberto de Almeida 

Planilha revela indenizações milionárias a 5 desembargadores do TJ-SP

Fausto Macedo, de O Estado de S. Paulo, 13 de março de 2012

Magistrados de SP têm 15 dias para explicar pagamentos elevados, incluindo os de assessores

SÃO PAULO - Planilha intitulada “indenizações excepcionais superiores a R$ 400 mil” aponta os valores exatos concedidos a cinco desembargadores do Tribunal de Justiça de São Paulo. Os maiores pagamentos foram feitos em favor de dois ex-presidentes do TJ, Roberto Antonio Vallim Bellocchi (2008/2009) e Antonio Carlos Viana Santos (2010), que morreu em janeiro de 2011.
Os dois receberam durante sua própria gestão na presidência. Bellocci ficou com R$ 1.440.536,91, assim divididos: R$ 585.446,16 no ano de 2008 (seu primeiro ano como presidente), R$ 738.404,37, em 2009 (segundo ano no poder) e mais R$ 90.557,20 em 2007, R$ 26.129,18 em 2010.
Vianna Santos ficou com R$ 1.260.369,51, a maior parte (R$ 914.831,91) em 2010. Ele havia recebido R$ 233.584,40 em 2009 (gestão Bellocchi), além de R$ 51.953,20 em 2007 e R$ 60 mil em 2006.
Outros três desembargadores fazem parte do rol que o próprio TJ classifica de “casos graves”. Ele integraram a Comissão de Orçamento e Finanças da corte. Servidores dos ordenadores de despesa foram contemplados com contracheques elevados. Por isso, o TJ decidiu intimar novamente esses desembargadores para que, no prazo de 15 dias, justifiquem desembolsos que teriam autorizado também para assessores no período entre 2006 e 2010.
O desembargador Alceu Penteado Navarro, presidente do Tribunal Regional Eleitoral (TRE), que presidiu a Comissão de Orçamento do TJ, recebeu um total de R$ 640.309,96 - em 2010 ficou com R$ 170 mil; em 2009, R$ 412.246,92 e, em 2008, R$ 58.063,04.
Os desembargadores Fábio Monteiro Gouvea e Tarcisio Ferreira Vianna Cotrim receberam juntos R$ 1.344.853, 31. Gouvea, sozinho, recebeu R$ 713.222,64. Cotrim ficou com R$ 631.630,67.

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Conselhos aos governantes: por que nao confiar nos arapongas da Casa?

Eu fico estarrecido ao constatar como os companheiros se deixam enredar nas patifarias dos outros (se já não bastassem as próprias...).
Por que não solicitar aos arapongas que estão aí sem fazer quase nada -- jogando xadrez e gamão nas horas de trabalho, que não hão de ser muitas -- fazer uma pequena verificação na ficha policial e criminosa do candidato a ministro?
Isso evitaria alguns constrangimentos, não é mesmo?
Essa coisa de ficar respondendo à imprensa, de ter dizer que confia absolutamente no transgressor da vez, que seu passado é impoluto, que tudo é invenção dos inimigos, que a imprensa é maldosa, etc., que coisa mais chata tudo isso.
Por que não telefonar ali mesmo, quatro número de ramal, e pedir (dar uma ordem, seria o termo mais exato) ao pessoal da bisbilhotagem, mais ou menos assim:

-- Olha aí, pessoal, dá uma olhada na ficha desse último candidato a qualquer coisa -- o que é mesmo?, para onde ele vai?, onde fica isso? -- para ver se esse gajo também não está mais enrolado do que caracol. Façam um pente fino, pois não estou a fim de ficar defendendo o oitavo ou nono meliante que esses partidecos safados da minha base me apresentam. E olha que eu ainda tenho dois ou três balançando. Isso por que vocês não se anteciparam ao anúncio. O que vocês ficam fazendo, afinal?: jogando gamão?

Pois é, esses cuidados preliminares evitariam muitos dissabores.
De nada, de nada, meus conselhos aos governantes são sempre de graça...
Paulo Roberto de Almeida



Ministro das Cidades assume o cargo sendo alvo da imprensa

Na manhã desta segunda-feira, 6, foi realizada a cerimônia de posse de Aguinaldo Ribeiro (PP) como ministro das Cidades. Porém, desde o primeiro dia em que assumiu a pasta, o político é alvo de denúncias na imprensa. Em reportagens, veículos levantam a possibilidade do escolhido para o ministério durar pouco tempo no cargo.

“Aguinaldo Ribeiro assume cargo na corda bamba”, foi o título da matéria assinada por Luciana Marques e publicada na tarde de segunda pela Veja.com. No decorrer do texto, o site informa que o novo ministro é acusado de destinar emendas para Campina Grande (PB), cidade em que sua irmã, a deputada estadual Daniella Ribeiro, também do Partido Progressista, é pré-candidata à prefeitura.

A matéria da Veja.com ressalta que a oposição vai cobrar que Ribeiro preste esclarecimentos sobre as denúncias em que está envolvido. Além disso, o site da Editora Abril cita que o ministro das Cidades responde a dois inquéritos no Supremo Tribunal Federal (STF); um referente a emissão de cheque sem fundo e outro a respeito do convênio firmado pela Secretaria de Agricultura da Paraíba.

Seguindo a mesma conduta do veículo da Abril, outros sites repercutiram as denúncias que envolvem o novo ministro das Cidades. Estadão (primeiro a noticiar a questão das emendas repassadas para Campina Grande), Folha de São Paulo, IG, Portal Terra, O Globo e G1 estão entre outros veículos de comunicação, deram destaque ao suposto envolvimento de Ribeiro em irregularidades. O UOL relembrou as quedas dos ministros durante o ano de 2011 e a saída de Mário Negromonte (PP) da pasta das Cidades, já este ano.

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Aguinaldo Ribeiro é o novo ministro das Cidades. (Imagem: José Cruz/Agência Brasil) 

terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

Governo da Mae-Joana? Ou governo de mae nenhuma?

Está, ao que parece, mais para filho de mãe nenhuma, bastardo enjeitado, vagabundo errante numa terra sem lei, como se dizia nos romances de antigamente, eivados da falsa moralidade de um anacrônico romantismo.
Pois é isso que parece a governança atual no Brasil, algo que nos faz tremer, ao pensar que todo o aparato do Estado, nos seus mais altos escalões, está entregue ao mais tosco prebendalismo de botequim, a decisões tomadas de afogadilho em reuniões partidárias mais parecidas com conclaves de sociedades caracterizadas pela omertà, traçadas no conluio de partidários de causas obscuras, abandonados os antigos ideais e concentrados unicamente na retenção dos despojos da máquina pública, como se esta fosse um cadáver a ser devidamente esquartejado por hienas sedentas de poder e de dinheiro (uma coisa vai com a outra, bien sûr).
Uau! Estou romântico, moi aussi, pelo menos no estilo, pois o espírito é o pior possível, ao ler matérias como essa do editorial do Estadão desta terça-feira 7 de Fevereiro de 2012. 
Como é possível que a governança no Brasil tenha descido tão baixo?
Como é possível que o Estado esteja dominado por seres amorais, dedicados única e exclusivamente a extrair benefícios pessoais e partidários de cargos que eles não hesitam em converter em fontes de rendosas transações ilegais?
Como é possível termos chegado a esse Estado de liquefação de valores -- e de princípios legais -- que nos aproximam de um Estado mafioso?
Como é possível suportar, TODOS OS DIAS, uma denúncia de um "malfeito" -- como pudicamente alguém já se referiu a atos de verdadeira ladroagem -- sem que se faça correção radical de todas essas malversações com o dinheiro público (o nosso dinheiro, vale lembrar) e sem que os bandidos sejam punidos?
Pois eu pergunto: de todos os personagens que foram denunciados PELA IMPRENSA, não pelos órgãos de controle, de corregedoria e de investigação do governo, QUANTOS foram processados? Quantos alimentam sequer o temor de ser um dia incomodados e cobrados pelo que desviaram, subtrairam, roubaram direta ou indiretamente dos cofres públicos?
Até quando os brasileiros vão aceitar passivamente pertencer a uma República Mafiosa?
Paulo Roberto de Almeida 


Addendum
Parece que ter sido prisioneiro político é prova de competência administrativa: não se pede mais CV, e sim ficha policial? Isso basta para assegurar que o trabalho seja bem feito? PRA


Pró-reitora de extensão da Universidade Federal de São Paulo, Eleonora Menicucci vai substituir Iriny Lopes no cargo. Ela foi presa política junto com a presidenta na década de 70 Leia mais


Casa da Moeda ou da mãe joana?

Editorial O Estado de S.Paulo07 de fevereiro de 2012 | 3h 07
Todos ficaram mal no bate-boca sobre a nomeação do último presidente da Casa da Moeda, Luiz Felipe Denucci Martins, demitido, há poucos dias, depois de denúncias sobre movimentação de recursos em paraísos fiscais. Investigações poderão determinar se ele cometeu algum malfeito ou se foi vítima de acusações sem fundamento. Mas o governo e seus aliados já expuseram à luz, mais uma vez, uma das maiores aberrações políticas brasileiras - o loteamento administrativo como forma rotineira e "normal" de ocupação do setor público. A aberração, neste episódio, chegou a um nível nunca atingido na série de escândalos iniciada com a divulgação das bandalheiras no Ministério dos Transportes, no ano passado.
O fio de ligação entre todas essas histórias sempre foi a partilha de postos federais como um grande butim conquistado por tropas de assalto. A novidade, agora, foi a espantosa troca de acusações entre o ministro da Fazenda, Guido Mantega, e a liderança de um grupo aliado, o PTB. Ninguém assume a responsabilidade pela indicação de um indivíduo para presidir nada menos que a Casa da Moeda, o departamento responsável pela impressão e pela cunhagem do dinheiro em circulação no País. Só não é exatamente uma piada pronta porque isso ultrapassa a imaginação dos melhores humoristas.
Segundo o presidente do PTB, Roberto Jefferson, o ministro da Fazenda pediu ao líder do partido na Câmara, deputado Jovair Arantes, um aval ao nome de Luiz Felipe Denucci. "Ele não é do PTB", disse Jefferson. "É do Mantega." O ministro contestou. Declarou desconhecer o possível candidato ao posto, nunca tê-lo encontrado e ter recebido seu currículo do deputado Jovair Arantes. Segundo Mantega, o currículo era adequado e Denucci até conseguiu modernizar a Casa da Moeda. Além disso, ele atribuiu ao partido as denúncias de operações irregulares no exterior.
O ministro da Fazenda disse isso cumprindo ordem da presidente Dilma Rousseff para se manifestar sobre a demissão e esclarecer a participação do PTB na história. E, segundo se informou em Brasília, a cúpula do Planalto aprovou seu desempenho. Em outras palavras, a presidente e seus conselheiros mais próximos teriam ficado satisfeitos porque o ministro se eximiu da responsabilidade pela escolha de um presidente da Casa da Moeda e a lançou sobre um partido aliado. Segundo as mesmas fontes, a presidente da República teria cobrado a nomeação de um técnico para o posto.
A presidente pode insistir na nomeação de um técnico, mas isso de nenhum modo elimina a questão básica: a quem cabe a responsabilidade pela nomeação de ministros, de dirigentes de estatais e de autarquias e, de modo geral, de ocupantes de postos de confiança? Ao jogar para o PTB a responsabilidade pela nomeação de Luiz Felipe Denucci, o ministro da Fazenda reiterou de forma inequívoca a resposta conhecida até agora: as nomeações são sujeitas a critérios de loteamento. O encarregado de assinar o ato oficial - no caso, o ministro - pode até rejeitar algum nome, mas a indicação, de toda forma, cabe a um partido, de acordo com algum critério de partilha.
Em outras condições de normalidade, um ministro julgaria humilhante assumir publicamente o papel de mero carimbador de uma nomeação para um cargo vinculado ao seu gabinete. Mas os critérios dominantes em Brasília são de outra natureza. As palavras "não conhecia, nunca tinha visto o Luiz Felipe Denucci" estão no segundo parágrafo de uma nota divulgada sexta-feira no portal do Ministério da Fazenda. Não constam de uma acusação ao ministro. São elementos - quem diria? - de sua defesa.
Mas o ministro age segundo critérios considerados normais para a gestão pública brasileira. Esses critérios foram reafirmados pela presidente, ao manter sob controle do PP o Ministério das Cidades. Partidos têm cotas no governo. Obviamente, só brigam pela conquista e pela manutenção de cotas porque esperam servir-se da administração pública. Presidencialismo de coalizão é isso, no Brasil, e a presidente nunca renegou essa concepção. Apenas a aperfeiçoou, ao aceitar que um ministro negue sua responsabilidade pela nomeação do presidente da Casa da Moeda.

sábado, 19 de novembro de 2011

Falta de vergonha na cara, no corpo, na instituicao, em tudo...

Antigamente, muito antigamente, se dizia de alguém que não se arrependia de seus malfeitos, que não reconhecia ter errado ou cometido uma impropriedade que esta pessoa "não tinha vergonha na cara".
Essa frase tinha algum efeito, pois supostamente os assim classificados eram objeto de discriminação social e passavam a esconder-se do distinto público, para não serem reconhecidos e apontados como os tais aos quais "faltava vergonha na cara".
Mas isso foi muito antigamente.
Depois, mais especificamente uns dez anos atrás, chegou o tal de partido da ética e simplesmente desmantelou esses pruridos existenciais, passou a ignorar qualquer vergonha, sua ou dos outros. Pura e simplesmente desmantelou qualquer sentido de razoabilidade no trato da coisa públicou, eliminou completamente as fronteiras entre o certo e o errado, e ultimamente até passou a condenar "campanhas de moralização", como se estas fossem... imorais!!!
Pois é, deu no que deu: políticos sem vergonha, que não têm vergonha de não terem vergonha na cara...


Os desavergonhados

11 de novembro de 2011 | 3h 04

Nelson Motta - O Estado de S.Paulo
O errado e o malfeito, a incompetência e o desleixo, a estupidez e a má-fé são próprios da condição humana. A diferença está entre os que se envergonham e os desavergonhados. No Japão civilizado, a vergonha é o pior castigo para uma pessoa e sua família, mais temida do que as penas da lei. Homens públicos se suicidam por pura vergonha. Embora seja só meio caminho para não errar de novo, o sentimento de vergonha ajuda a civilizar. Já os que não se envergonham, nem por si nem pelos outros, são determinantes para que suas sociedades sejam as que mais sofrem com a corrupção, a criminalidade e a violência, independente de sua potência econômica ou regime politico.
Em brilhante estreia no Blog do Noblat, o professor Elton Simões analisou pesquisas internacionais sobre as relações entre o sentimento de vergonha social e familiar e a criminalidade.
Nas sociedades em que a violência e o crime são vistos como ofensas à comunidade, e não ao Estado, em que a noção de ética antecede a de direito, em que o importante é fazer o certo e não meramente o legal, há menos crime, violência e corrupção, e todo mundo vive melhor - por supuesto, o objetivo de qualquer governo. Nas sociedades evoluídas e pacíficas, como o Japão, a principal função da Justiça é restaurar os danos e relações entre as pessoas, e não punir ofensas ao Estado e fabricar presos.
"Existe algo fundamentalmente errado em uma sociedade quando as noções de legalidade ou ilegalidade substituem as de certo ou errado. Quando o sistema jurídico fica mais importante do que a ética. Nesta hora, perdemos a vergonha", diz o professor Simões. Como os políticos que, antes de jurarem inocência, bradam que não há provas contra eles. Ou que seu crime foi antes do mandato.
Não por acaso, no Brasil, onde a falta de vergonha contamina os poderes e a administração pública - apesar de todo nosso progresso econômico e avanços sociais -, a criminalidade, a violência e a corrupção crescem e ameaçam a sociedade democrática. Não há dinheiro, tecnologia leis ou armas que vençam a sem-vergonhice. Só o tempo, a educação e líderes com vergonha.

Entao ficamos assim: nao demito o larapio apenas por birra...

Falando pelos outros...


Não vou me dobrar a toda essa imprensa golpista que acha que pode ditar os meus gestos e decisões. Vou ficar com esse larápio desclassificado apenas por birra, para provar que quem manda aqui sou eu...
Aguentem, papudos...


[Sorry, contribuintes, mas vocês estão sendo chamados a continuar pagando a conta dos muitos bandidos que infestam a paisagem cotidiana...]

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Cronicas da realidade cotidiana - Luiz Alberto Machado

O título acima é meu, mas o título original, abaixo, é do autor, Luiz Alberto Machando, um bom amigo da FAAP, cujo inicio de artigo reflete uma conversa que tivemos recentemente em SP, num jantar, em seguida a uma palestra que fiz na FAAP, da qual ele participou como debatedor, junto com Georges Landau, outro bom amigo de SP.
De fato, o título de artigo é essencial para capturar a atenção do leitor e fazê-lo deter-se um instante na leitura de uma peça de texto, um pedaço de realidade (ou não), algo accrocheur, ou appealing, que permita competir com outras atividades mais interessantes.
Isso me lembra que fiquei de encaminhar ao Roberto Macedo as referências exatas de uma frase do Raymond Aron, nos idos de 1950, ou meados dessa década, quanto o pensador francês começou a dar aulas na Sorbonne, e confessava estar impressionado pela vetusté des locaux.
Eu também vou dar aulas na Sorbonne, mas no Institut de Hautes Etudes de l'Amérique Latine, dois cursos apresentados aqui: http://www.pralmeida.org/11CursosPRA/IHEAL-Paris.html
Boa leitura (e eu preciso ver este documentário: Inside job).
Paulo Roberto de Almeida


Artigo: Como castelos de areia
Por Luiz Alberto Machado (*)
17 de November de 2011


“Eu fico feliz ao olhar para a minha mãe,
minha esposa, minha filha e a senhora,
presidente, e dizer: eu sou inocente.”
Orlando Silva
(ex-ministro dos Esportes)

Conversando recentemente com os amigos Roberto Macedo e Paulo Roberto de Almeida, o primeiro economista, o segundo diplomata, ambos articulistas de primeiríssima qualidade, ouvi os dois dizerem algo que não me saiu da cabeça: “Se você tem um título, você tem um artigo”.
Acompanhando o noticiário político e econômico da Europa nas últimas semanas e do Brasil ao longo deste ano, não houve como não me lembrar da referida frase.
Mas, o que há de comum no noticiário europeu nas últimas semanas e no brasileiro ao longo deste ano?
A resposta é que tanto lá como aqui ocupantes de altos postos governamentais caíram, deixando seus cargos até então por muitos considerados inatingíveis e revelando a fragilidade de determinadas estruturas, lembrando verdadeiros castelos de areia, incapazes de resistir às ondas que se desfazem na praia.
E o que há de diferente no noticiário sobre a queda de ocupantes de importantes postos nos governos da Europa e do Brasil?
A diferença é que na Grécia e na Itália, os primeiros-ministros George Papandreou e Silvio Berlusconi foram obrigados a renunciar pela incompetência demonstrada na gestão da economia de seus respectivos países. De forma um pouco diferente, o mesmo já havia acontecido alguns meses antes em Portugal, onde o ex-primeiro-ministro José Sócrates teve que antecipar as eleições diante da situação insustentável em que se encontrava. O mesmo poderá acontecer na Espanha, onde as eleições também foram antecipadas para o dia 20 de novembro e em que as pesquisas eleitorais apontam ampla vantagem para o Partido Popular, que deverá retornar ao poder depois dos oito desastrados anos em que o país foi governado por José Luis Zapatero.
Já no Brasil a queda de inúmeros ministros que posaram ao lado de Dilma Rousseff na foto oficial com a equipe ministerial que assumiu o governo em 1º de janeiro deste ano está relacionada ao envolvimento com diversos esquemas de corrupção. Um após o outro, foram deixando o governo por envolvimento com desmandos e corrupção o reincidente Antonio Palocci, que ocupava a chefia da Casa Civil, e os ministros Alfredo Nascimento, dos Transportes, Pedro Novais, do Turismo, Wagner Rossi, da Agricultura, e Orlando Silva, dos Esportes. O mais recente acusado de também estar envolvido com corrupção é o ministro do Trabalho, Carlos Lupi. Por enquanto, ele está “prestigiado”, jargão utilizado no futebol para técnicos em vias de serem demitidos por seus clubes. Por mais que a presidente Dilma Rousseff procure minimizar os atos de seus ministros chamando-os de “malfeitos”, o povo não se deixa enganar e tem plena consciência de que a rapinagem que culminou com o afastamento dos ministros chama-se “corrupção”.
Nem o que está ocorrendo na Europa nem o que está ocorrendo no Brasil é digno de louvor ou de comemoração. Ao contrário. Ainda que por razões diferentes, a queda de pessoas que ocupam postos relevantes no governo de tantos países é algo a se lamentar e a se refletir.
Nesse sentido, fica a pergunta: o que é pior, a incompetência verificada nesses países europeus ou a corrupção, existente praticamente em todos os lugares e muitas vezes combinada com a impunidade, como bem mostrou o filme Trabalho interno, mas que, no Brasil, é praticada numa escala quase inacreditável?
Com a palavra o amigo internauta.
Iscas para ir mais fundo no assunto
Referências e indicações bibliográficas
CHADE, Jamil. Pressão da UE derruba governo grego. O Estado de S. Paulo, 7 de novembro de 2011, p. B 1.
ROGOFF, Kenneth e REINHART, Carmen. Oito séculos de delírios financeiros. Rio de Janeiro: Campus, 2010.
ROSENFIELD, Denis Lerrer. Moral e política. O Estado de S. Paulo, 7 de novembro
de 2011, p. A 2.
SAAB, Paulo. Sugestões para melhorar o País. Diário do Comércio, 5, 6 e 7 de novembro de 2011, p. 2.
Referências e indicações webgráficas
CRISE europeia derruba líderes no poder. Disponível em www.pbagora.com.br/conteudo.php?id=20111...dreou-jose-socrates.
DINIZ, Arthur Chagas. O ovo da serpente. Disponível emwww.institutoliberal.org.br/comentario.asp?cdc=3831.
_______________ Corrupção direta ou ONGs? Disponível emwww.institutoliberal.org.br/comentario.asp?cdc=3844.
Referência cinematográfica
TRABALHO interno (Inside job). Documentário, EUA, 2010, dirigido por Charles Ferguson, com duração de 120 minutos.

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Entao, ficamos assim: sai o larapio, mas fica a quadrilha...

Bem, eu também poderia escrever mais ou menos isto:


Desculpe, distinto público: somos infelizmente obrigados (contra a nossa vontade, claro), a despedir o ladrão de casaca -- mas ele sai com todas as garantias, depois de ter pedido demissão, depois que renovamos três vezes nossa confiança nele e na sua banda de gatunos -- mas prometemos que vamos manter a máfia instalada, uma vez que ela serve muito bem aos nossos altos propósitos e objetivos gerais.


Tenho dito...


Para bom entendedor...

domingo, 13 de novembro de 2011

Movimento Desentorta Brasil (vai ser dificil, mas vamos colaborar)

Não creio que a sociedade civil, por meio de simples manifestações de rua, venha a convencer o conjunto da classe política da necessidade de acabar com a corrupção.
Seria como os políticos darem um tiro no pé, o que acho que eles nunca farão, a menos de serem pressionados diretamente pelos eleitores, e pela Justiça, com processos por corrupção e condenações.
Não acredito, portanto, nessas campanhas alegres e descompromissadas.
Em todo caso, vamos colaborar....



15 de Novembro ˆ 14:00 horas ˆ Av. Paulista - MASP

12 de Outubro foi um SUCESSO.
Agora falta VOCÊ.

Um milhão de pessoas na Avenida Paulista pelo Fim da Corrupção !!!
Avise seus amigos !!!

Promova em sua cidade também, no mesmo dia e horário, através das redes sociais.

Este e-mail vai circular hoje e será lido por centenas de milhares de pessoas. A guerra contra o mau político, e contra a degradação da nação está começando. Não subestimem o povo que começa a ter conhecimento do que nos têm acontecido, do porquê de chegar ao ponto de ter de cortar na comida dos próprios filhos! Estamos de olhos bem abertos e dispostos a fazer tudo o que for preciso, para mudar o rumo deste abuso.
Todos os ''governantes'' do Brasil até aqui, falam em cortes de despesas - mas não dizem quais despesas - mas, querem o aumentos de impostos como se não fôssemos o campeão mundial em impostos.
Nenhum governante fala em:
1. Reduzir as mordomias (gabinetes, secretárias, adjuntos, assessores, suportes burocráticos respectivos, carros, motoristas, 14º e 15º salários etc.) dos poderes da República;
2. Redução do número de deputados da Câmara Federal, e seus gabinetes, profissionalizando-os como nos países sérios. Acabar com as mordomias na Câmara, Senado e Ministérios, como almoços opíparos, com digestivos e outras libações, tudo à custa do povo;
3. Acabar com centenas de Institutos Públicos e Fundações Públicas que não servem para nada e, têm funcionários e administradores com 2º e 3º emprego;
4. Acabar com as empresas Municipais, com Administradores a auferir milhares de reais/mês e que não servem para nada, antes, acumulam funções nos municípios, para aumentarem o bolo salarial respectivo.
5. Acabar com o Senado e com as Câmara Estaduais, que só servem aos seus membros e aos seus familiares. O que é que faz mesmo uma Assembleia Legislativa (Câmara Estadual)?
6. Por exemplo as empresas de estacionamento não são verificadas porquê? E os aparelhos não são verificados porquê? É como um táxi, se uns têm de cumprir porque não cumprem os outros? E como não são verificados como podem ser auditados?
7. Redução drástica das Câmaras Municipais e das Assembléias Estaduais, se não for possível acabar com elas.
8. Acabar com o Financiamento aos partidos, que devem viver da quotização dos seus associados e da imaginação que aos outros exigem, para conseguirem verbas para as suas atividades; Aliás, 2 partidos apenas como os EUA e outros países adiantados, seria mais que suficiente.
9. Acabar com a distribuição de carros a Presidentes, Assessores, etc.., das Câmaras, Juntas, etc., que se deslocam em digressões particulares pelo País;
10. Acabar com os motoristas particulares 24 h/dia, com o agravamento das horas extraordinárias... para servir suas excelências, filhos e famílias e até, as ex-famílias...
11. Acabar com a renovação sistemática de frotas de carros do Estado;
12. Colocar chapas de identificação em todos os carros do Estado. Não permitir de modo algum que carros oficiais façam serviço particular tal como levar e trazer familiares e filhos, às escolas, ir ao mercado a compras, etc.;
13. Acabar com o vaivém semanal dos deputados e respectivas estadias em  em hotéis de cinco estrelas pagos pelos contribuintes;
14. Controlar o pessoal da Função Pública (todos os funcionários pagos por nós que nunca estão no local de trabalho). HÁ QUADROS (diretores gerais e outros) QUE, EM VEZ DE ESTAREM NO SERVIÇO PÚBLICO, PASSAM O TEMPO NOS SEUS ESCRITÓRIOS DE CONSULTORIAS A CUIDAR DOS SEUS INTERESSES....;
15. Acabar com as administrações numerosíssimas de hospitais públicos que servem para garantir aos apadrinhados do poder - há hospitais de cidades com mais administradores que pessoal administrativo... pertencentes Às oligarquias locais do partido no poder...
16. Acabar com os milhares de pareceres jurídicos, caríssimos, pagos sempre aos mesmos escritórios que têm canais de comunicação fáceis com o Governo, no âmbito de um tráfico de influências que há que criminalizar, autuar, julgar e condenar;
17. Acabar com as várias aposentadorias por pessoa, de entre o pessoal do Estado e entidades privadas, que passaram fugazmente pelo LEGISLATIVO.
18. Pedir o pagamento da devolução dos milhões dos empréstimos compulsórios confiscados dos contribuintes, e pagamento IMEDIATO DOS PRECATÓRIOS judiciais;
19. Criminalizar, imediatamente, o enriquecimento ilícito, perseguindo, confiscando e punindo os ladrões que fizeram fortunas e adquiriram patrimônios de forma indevida e à custa do contribuinte, manipulando e aumentando preços de empreitadas públicas, desviando dinheiros segundo esquemas pretensamente "legais", sem controle, e vivendo à tripa forra à custa dos dinheiros que deveriam servir para o progresso do país e para a assistência aos que efetivamente dela precisam;
20. Não deixar um único malfeitor de colarinho branco impune, fazendo com que paguem efetivamente pelos seus crimes, adaptando o nosso sistema de justiça a padrões civilizados, onde as escutas VALEM e os crimes não prescrevem com leis à pressa, feitas à medida;
21. Impedir os que foram ministros de virem a ser gestores de empresas que tenham beneficiado de fundos públicos ou de adjudicações decididas pelos ditos.
22. Fazer um levantamento geral e minucioso de todos os que ocuparam cargos políticos, central e local, de forma a saber qual o seu patrimônio antes e depois.
23. Pôr os Bancos pagando impostos e, atendendo a todos nos horários do comércio e da indústria.
24. Proibir repasses de verbas para todas e quaisquer ONGs.
25. Fazer uma devassa nas contas do MST e similares, bem como nos partidos políticos.
26.REVER imediatamente a situação dos Aposentados Federais, Estaduais e Municipais, que precisam muito mais que estes que vivem às custas dos brasileilros trabalhadores e, dos Próprios Aposentados.
27. REVER as indenizações milionárias pagas indevidamente aos "perseguidos políticos" (guerrilheiros).
28. AUDITORIA sobre o perdão de dívidas que o Brasil concedeu a outros países.
29. Acabar com as mordomias  (que são abusivas) da aposentadoria do Presidente da Republica, após um mandato, nós temos que trabalhar 35 anos e não temos direito a carro, combustivel, segurança ,etc.
30. Acabar com o direito do prisioneiro receber mais do que o salario mínimo por filho menor, e, se ele morrer, ainda fica esse beneficio para a família.  O prisioneiro deve trabalhar para receber algum benefício, e deveria indenizar a família que ele prejudicou.
31. Rever verbas para UNE e outras entidades estudantis que, atualmente, só aplaudem o governo.
Ao "povo", pede-se o reencaminhamento deste e-mail.
Se tiver mais algum item, favor acrescentar
''O QUE ME INCOMODA NÃO É O GRITO DOS MAUS, E SIM, O SILÊNCIO DOS BONS''(Martin Luther King)

15 de Novembro ˆ 14:00 horas ˆ Av. Paulista ˆ MASP
12 de Outubro foi um SUCESSO.
Agora falta VOCÊ.
Um milhão de pessoas na Avenida Paulista pelo Fim da Corrupção !!!
Avise seus amigos !!!

Promova em sua cidade também, no mesmo dia e horário, através das redes sociais.

MOVIMENTO DESENTORTA BRASIL.

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

"O ministro tem minha inteira confianca...": o que vai ocorrer, uma vez mais...

Minha pergunta não é bem uma pergunta, mas uma afirmação: vamos assistir ao mesmo cenário patético das "n" vezes anteriores -- sim, eu sei, já deveriam ter sido dez, e foram apenas seis, e estão nos devendo pelo menos mais quatro que escaparam pela tangente, por enquanto -- com aquelas declarações tristes de hipócritas -- tipo "o princípio da inocência se aplica", "não existem provas formais", "nunca soube desses pequenos erros", "foram equívocos que já estão sendo corrigidos" -- e as mesmas acusações e posturas defensivas de rigor:
"A imprensa golpista...", "meus inimigos...", "estou sendo massacrado, caluniado", etc. etc. etc...


E vamos assistir também ao mesmo roteiro que pensa que todos os brasileiros são idiotas.
O indiciado em questão pede demissão, para cuidar da sua "defesa", tem todas as honras da Casa, os elogios de praxe, sai fartamente aplaudido, e o mesmo grupo de meliantes se perpetua no aparelho, preparando assaltos mais bem planejados, para não sofrer os mesmos constrangimentos dos métodos primários adotados anteriormente.


Querem apostar como será assim?
Valem dois livros novos...
Paulo Roberto de Almeida 


PS 1: Adesistas anônimos: acho que vocês já desistiram de escrever xingando este modesto blogueiro, não é mesmo?
PS 2: Companheiros, militantes da causa, membros da máfia: vocês não sentem nem um pouco de vergonha, pessoal e alheia, ao assistir esse mesmo espetáculo tantas vezes repetido? Não se perguntam, ou ao travesseiro, quando vão dormir, como é que vocês, o Brasil, nós todos, chegamos a essa situação verdadeiramente constrangedora, de termos verdadeiras máfias instaladas no centro de tudo?

terça-feira, 1 de novembro de 2011

Curso rapido (presencial e a distancia) de corrupcao pelo metodo mais rapido, pratico e eficaz

Raras vezes se tem um depoimento tão eloquente, tão sincero, tão direto sobre como fazer desvio de dinheiro, roubalheira declarada, falcatruas, enfim (uma professorinha da UnB diria enfins) corrupção direta.
Quase como um "Idiot's Guide to Brazilian Corruption", ou então "Corruption for Dummies in Brazil".
Nada como aprender com profissionais:

http://www.istoe.com.br/reportagens/172411_O+ESQUEMA+DE+AGNELO?pathImagens=&path=&actualArea=internalPage

Sem mais comentários.
Paulo Roberto de Almeida

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Nepoti: vamos escolher o novo capo...

Curiosa essa atitude, aliás incompreensível, a menos que a intenção seja essa mesma: dar uma aparência de mudança, fingir que se está passando a vassoura da faxina (muito porca, por sinal), empurrar a sujeira para baixo do tapete, e continuar como sempre foi: vamos escolher o novo chefe da tropa, pois "sujou" com os antigos capii. Continuemos, pessoal, tem dinheiro para todo mundo, e vocês não precisam se preocupar...
Estão pensando que somos idiotas ou a intenção é mesmo a de nos chamar de idiotas?
Se era para não ficar a reboque das acusações publicadas na imprensa, por que não se investigou antes, quando as primeiras denúncias de que havia uma tropa de mafiosos assaltando os cofres desse reduto de espertalhões que é o ministério das jabuticabas esportivas foram publicadas?
Se é para "limpar", por que colocar os mesmos mafiosos que organizaram o assalto sistemático?
Onde estavam a ABIN, a PF, a Corregedoria, ou a Casa Civil da antiga tropa mafiosa?
Paulo Roberto de Almeida


Dilma perde o sexto ministro e negocia com o PC do B o substituto de Orlando

Ex-dirigente do Ministério do Esporte deixou cargo após 12 dias sob denúncias de desvio de dinheiro público; Aldo Rebelo e Flávio Dino estão entre os cotados para assumir pasta

26 de outubro de 2011 | 23h 08
Vera Rosa e Tânia Monteiro, de O Estado de S.Paulo, 
BRASÍLIA - Às vésperas de completar um ano de sua eleição ao Palácio do Planalto, a presidente Dilma Rousseff demitiu o sexto ministro em apenas dez meses de governo. Alvejado por acusações de desvio de dinheiro para abastecer o caixa do PC do B, o titular do Esporte, Orlando Silva, entregou o cargo na noite desta quarta-feira, 26, um dia depois de o Supremo Tribunal Federal (STF) anunciar a abertura de inquérito para investigar denúncias de seu envolvimento em crimes contra a administração.
Dilma se reúne nesta quinta-feira, 27, com a cúpula do PC do B para definir o substituto de Orlando, depois do impasse que marcou as últimas tentativas de negociação com o partido aliado. São cotados para a pasta os deputados comunistas Aldo Rebelo (SP), Luciana Santos (PE) e o presidente da Embratur, Flávio Dino (MA). O secretário executivo do Esporte, Waldemar de Souza - também filiado ao PC do B - assumirá interinamente o cargo.
Orlando conversou com Dilma por meia hora, nessa quarta, no Palácio do Planalto. Jurou inocência e só deixou o cargo porque foi pressionado pelo governo. Sua intenção era resistir, mas, logo cedo, Dilma pediu ao ministro-chefe da Secretaria Geral da Presidência, Gilberto Carvalho, que o alertasse sobre a necessidade do pedido de demissão após a decisão do Supremo. A presidente alegou, ainda, que a crise política poderia abalar a credibilidade do Brasil na organização da Copa do Mundo de 2014.
"Eu saio com a consciência do dever cumprido, para me defender de todas as calúnias e mentiras", disse Orlando, com os olhos marejados. "Minha honra foi ferida. Foram 12 dias de ataque baixo e vil . Saio para defender a minha honra e a do meu partido", emendou. O prolongamento da crise, porém, trouxe à tona uma série de fraudes no programa Segundo Tempo, reveladas pelo Estado, e problemas em convênios com organizações não-governamentais (ONGs).
Dominó. Dos seis ministros que caíram até agora na equipe de Dilma, cinco estavam envolvidos em denúncias de corrupção. Mas foi a primeira vez que a turbulência atingiu o tradicional aliado do PT. Num primeiro momento, o PC do B se recusou a indicar nomes para substituir Orlando, que assumiu o Esporte em 2006, no governo de Luiz Inácio Lula da Silva. O partido voltou atrás quando percebeu que o desgaste era irreversível.
A presidente planejava demitir Orlando desde a semana passada, mas, na sexta-feira, ao retornar de uma viagem à África, decidiu lhe dar um voto de confiança para evitar o rito sumário e não ficar a reboque de acusações publicadas na imprensa.

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Corrupcao: todos devem lutar contra - Petrobras


Artigo no Alerta Total – www.alertatotal.net
Por João Vinhosa

Inegavelmente, o que mais dificulta o combate à banda podre de uma instituição é o corporativismo – aqui entendido como a relutância dos integrantes da instituição em denunciar o envolvimento da mesma em atos lesivos ao interesse público. 

Por isso, grande esperança foi criada com o abalo do corporativismo na Petrobras, provocado pelas impressionantes denúncias feitas pelo sindicato dos trabalhadores na indústria do petróleo (Sindipetro) contra a Gemini – sociedade da Petrobras com uma empresa privada para produzir e comercializar gás natural liquefeito (GNL).

Porém, a esperança se transformou em frustração: sintomaticamente, o Sindipetro – que havia denunciado, de maneira contundente, a prática de corrupção na Gemini – desistiu de continuar exigindo a apuração do autêntico crime de lesa-pátria que já causou, continua causando, e ainda causará incomensuráveis prejuízos ao país. 

Na realidade, a desistência do Sindipetro de exigir a apuração da entrega do cartório de GNL a uma multinacional pertencente a um grupo norte-americano é bem mais que sintomática. Principalmente, ao se considerar que o Sindipetro é o mentor e grande comandante da campanha “O petróleo tem que ser nosso”.

Diante dos procedimentos do Sindipetro, lícito torna-se inferir: existe uma poderosa rede de cumplicidade para evitar a apuração de atos lesivos ao interesse públicos praticados no caso Gemini.

Diferentemente do Sindipetro, a Associação de Engenheiros da Petrobras (Aepet) nunca discutiu o assunto Gemini. Parece até que as gigantescas vantagens dadas à sócia da Gemini em detrimento do interesse público contam com total aprovação da combativa Aepet.

A suspeição da existência de um forte tráfico de influência para blindar a Gemini – sociedade arquitetada no período em que Dilma Rousseff acumulava os cargos de Ministra de Minas e Energia e Presidente do Conselho de Administração da Petrobras – fica ainda mais reforçada com os procedimentos da alta administração da Petrobras.

É de se destacar que, em 2 de dezembro de 2010, por meio da carta DG&E n° 75/2010, a diretora de Gás e Energia da Petrobras, Maria das Graças Foster, declarou que as denúncias contra a Gemini já eram do conhecimento dos conselheiros do Conselho de Administração da Petrobras, e afirmou que todos os esclarecimentos sobre o assunto já haviam sido “exaustivamente prestados, não restando mais nada a ser acrescentado”. Ninguém pode ter qualquer dúvida sobre a gravidade da situação: tamanha agressão à verdade indica que a diretora Foster está escondendo fatos altamente comprometedores. 

Em 12 de setembro de 2011, por meio do artigo “O Conselheiro Gerdau e a corrupção na Petrobras”, o conselheiro Jorge Gerdau, representante dos acionistas minoritários no Conselho de Administração da Petrobras, foi alertado para um fato gravíssimo: as brechas existentes no Acordo de Quotistas vinculado ao Contrato Social da Gemini possibilitam a prática de enormes superfaturamentos contratualmente “legais” contra a Petrobras.

A propósito, em 17 de outubro de 2011, o acionista minoritário da Petrobras Romano Guido Allegro protocolou, na Comissão de Valores Mobiliários (CVM), um pedido de “afastamento imediato” do conselheiro Gerdau por conflito de interesses; no pedido, dirigido à presidente da CVM, Maria Helena Santana, nos autos do processo RJ- 2011-5450, o conselheiro é acusado de “negligência com os seus representados”.

Relativamente a órgãos fiscalizadores, especial atenção deve ser dada às denúncias sobre a Gemini protocoladas no Ministério Público Federal (MPF) e na Polícia Federal.

Quanto às denúncias encaminhadas contra a Gemini ao MPF, um relevante fato veio, recentemente, à tona: o requerimento feito pelo servidor do Ministério Público do Estado do Amapá José Francisco de Oliveira Teixeira ao Corregedor Nacional do Ministério Público em 18 de agosto de 2011. Por meio de tal documento, citado servidor requer as providências cabíveis em relação à matéria intitulada “Perguntem ao Procurador Roberto Gurgel” de autoria do engenheiro João Vinhosa.

Devido ao fato de não ter tido notícias vindas do MPF, o autor da matéria acima citada, também autor do presente artigo, encaminhará cópia do mesmo ao Corregedor Nacional do Ministério Público.

Quanto à Polícia Federal, o autor prestou depoimento na delegacia de Campos dos Goytacazes em 29 de setembro de 2011. Além de se colocar à disposição para responder qualquer pergunta relativa à suas acusações, o autor apresentou um relatório de 10 folhas e 21 anexos.

Como não sabe quais foram as providências tomadas pela PF, e tendo tomado conhecimento da campanha “Brasil: País rico é País sem corrupção” a ser lançada no próximo dia 26 de outubro pela Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal (ADPF), o autor encaminhará cópia deste artigo à ADPF para que, sob o impulso de citada campanha, sejam apurados os fatos relativos à banda podre da Petrobras.

João Vinhosa é engenheiro e ex-conselheiro do extinto Conselho Nacional do Petróleo (CNP) joaovinhosa@hotmail.com