Acadêmicos estudam, discutem e apoiam a política externa do lulopetismo diplomático, com a qual tenho diferenças conceituais e operacionais. Nem por isso deixo de ler, refletir, reagir a essas posturas.
Paulo Roberto de Almeida
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Temas de relações internacionais, de política externa e de diplomacia brasileira, com ênfase em políticas econômicas, em viagens, livros e cultura em geral. Um quilombo de resistência intelectual em defesa da racionalidade, da inteligência e das liberdades democráticas.
Este blog trata basicamente de ideias, se possível inteligentes, para pessoas inteligentes. Ele também se ocupa de ideias aplicadas à política, em especial à política econômica. Ele constitui uma tentativa de manter um pensamento crítico e independente sobre livros, sobre questões culturais em geral, focando numa discussão bem informada sobre temas de relações internacionais e de política externa do Brasil. Para meus livros e ensaios ver o website: www.pralmeida.org. Para a maior parte de meus textos, ver minha página na plataforma Academia.edu, link: https://itamaraty.academia.edu/PauloRobertodeAlmeida.
Acadêmicos estudam, discutem e apoiam a política externa do lulopetismo diplomático, com a qual tenho diferenças conceituais e operacionais. Nem por isso deixo de ler, refletir, reagir a essas posturas.
Paulo Roberto de Almeida
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Identidade e Identitarismo
Academia Brasileira de Letras, 14/06/2023
Sob a coordenação de Edmar Bacha, com a participação de Eduardo Gianetti e Antonio Risério.
https://www.youtube.com/watch?v=RpIXowLAgxs
Identidade e Identitarismo" foi o tema do debate dessa semana do ciclo “Ponto e Contraponto – discursos em tensão”, que ocupará o Teatro R. Magalhães Jr. durante o mês de junho. O Acadêmico Eduardo Giannetti e o antropólogo Antonio Riserio, que participou de forma online, discutiram, entre outros temas ligados ao assunto, a fronteira entre identidade e identitarismo.
O inevitável e o imprevisível: o Brasil e a questão da neutralidade num grande conflito global
Paulo Roberto de Almeida
Nota sobre as posturas adotadas pelo Brasil nos dois grandes conflitos globais do século XX e agora em face da guerra de agressão da Rússia contra a Ucrânia.
Certas coisas são previsíveis: o Brasil se declarar neutro ao início de um grande conflito, como em 1914 e em 1939.
Mas terá sido inevitável o país ficar do lado dos agredidos contra as potências agressoras, como finalmente ocorreu em 1917 e em 1942-43?
Para isso concorreram dois fatores, um objetivo, o outro subjetivo: o fato de termos sido igualmente agredidos pelas potências responsáveis pela guerra de agressão e o fato de contarmos com lideranças políticas com visão de estadistas nas duas circunstâncias, e aqui eu me refiro mais a Rui Barbosa e a Oswaldo Aranha do que ao presidente em 1917 ou ao ditador do Estado Novo.
Pode, agora, não ser mais assim e a questão crucial do ponto de vista diplomático é a de saber o que mudou em 2022-2023, em relação aos contextos de 1917 e de 1942-43?
O Brasil não foi diretamente agredido, como extensão de uma guerra de agressão deslanchada por impérios militaristas e expansionistas, como ocorreu depois de 1914 e 1939, mas sim tínhamos fortes vinculos comerciais, econômicos e até humanos, como havia naquelas duas primeiras circunstâncias e que continuaram existindo no atual contexto: Alemanha imperial ou Alemanha nazista mantinham grandes relações econômicas com o Brasil em suas respectivas épocas, assim como atualmente Rússia e China exibem tais capacidades, sobretudo no campo comercial (mas também, e de modo talvez imprevisível, no campo, da visão do mundo por parte das lideranças).
O que mudou foi provavelmente o fator subjetivo, a qualidade do capital humano em cada circunstância. Essa circunstância pode ajudar a explicar uma outra dimensão da postura diplomática, o fator moral, geralmente descurado em favor de razões propriamente econômicas ou materiais.
Bolsonaro e Lula, por razões notoriamente diferentes, acabaram adotando uma postura similar, se não semelhante (independentemente das orientações recomendas pela diplomacia profissional): uma falsa neutralidade, objetivamente favorável ao agressor, provavelmente evitável, se outros tivessem sido os condicionantes humanos em cada caso.
Interesses eleitoreiros, num caso, adesão a uma visão do mundo e a compromissos com um projeto político não exatamente condizente com nossos padrões políticos, culturais e diplomáticos mais tradicionais, levaram a uma postura que difere daquelas a que acabamos aderindo em 1917 e 1942.
No atual contexto, o fator humano talvez explique porque o Brasil se afastou de uma postura de se afastar, na prática, das potências agressoras e de continuar exibindo uma postura objetivamente favorável a estas, em contradição com os interesses de longo prazo do Brasil.
Estes são, na minha concepção, e com base nas tradições diplomáticas do Brasil, os de se alinhar preferencialmente ao campo das democracias defensoras das liberdades e dos direitos humanos.
Nem sempre, todavia, é assim: fortes inclinações personalistas à direita e à esquerda podem destoar daquilo que seria previsível e inevitável.
A guerra de agressão de uma Rússia imperial declinante talvez fosse previsível, mas a Segunda Guerra Fria não era inevitável, fossem outros os condutores dos grandes impérios existentes (com a exceção do meio império europeu).
Não era imprevisível que o Brasil adotasse uma postura de neutralidade em face de grandes conflitos interimperiais.
Mas era evitável que suas lideranças circunstanciais adotassem, na prática, uma postura de neutralidade objetivamente favorável à parte agressora.
Não faz parte de nossas tradições e não condiz com nossos interesses nacionais de médio e longo prazos. Mas isto a História poderá confirmar oportunamente.
Paulo Roberto de Almeida
Brasília, 7 de setembro de 2023
Indicadores quantitativos da OCDE e o Brasil
(Publicação Preliminar)
Renato Baumann (coordenador)
https://repositorio.ipea.gov.br/handle/11058/12346
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A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) é uma instituição multilateral voltada à promoção de melhores práticas regulatórias e políticas econômicas. Assume-se algum grau de convergência de seus países membros ao que é considerado uma boa prática, bem como reformas que promovam tal convergência. O Brasil protocolou pedido de acessão à OCDE em 2017. As discussões sobre a acessão do país foram iniciadas em janeiro de 2022 pelo Conselho de Administração. Em junho do mesmo ano, foi formalmente entregue ao Governo brasileiro o Accession Roadmap, que estabelece os termos e condições para o processo de acessão do Brasil à Organização. Com o objetivo de apoiar o Brasil no processo de negociação no contexto de uma possível acessão à OCDE, o IPEA desenvolveu um amplo projeto, de análise detalhada dos indicadores quantitativos empregados pela Organização. O objetivo foi avaliar cada indicador, tendo em vista as características da economia e da sociedade brasileira. No processo de acessão do Brasil à OCDE o tópico de reformas estruturais é um dos mais amplos e multifacetados, na medida em que engloba discussões sobre diversos temas, como empresas e governança pública, política fiscal, regulação, instituições econômicas e intervenções do Estado na economia, ambiente de negócios, comércio internacional, investimento estrangeiro direto, entre outros.
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ASEAN Fights for Relevance
Foreign Policy, Sept 6. 2023
Indonesia is hosting the three-day Association of Southeast Asian Nations (ASEAN) summit this week. On Tuesday, leaders and officials from 10 countries convened in Jakarta to discuss regional security, territorial sovereignty, and growing animosity between the world’s two largest superpowers: the United States and China. ASEAN—whose members are Brunei, Cambodia, Indonesia, Laos, Malaysia, Myanmar, the Philippines, Singapore, Thailand, and Vietnam—represents around 650 million people and more than $2.9 trillion in GDP.
Traditionally, the bloc had preached a policy of nonalignment due to strained loyalties between its biggest security partner, the United States, and its biggest economic partner, China. But recent foreign-policy challenges have tested that practice.
At the top of ASEAN’s agenda this week is the security crisis that has engulfed Myanmar since 2021, when its military overthrew the country’s quasi-democratic government and imprisoned many top leaders, including former leader Aung San Suu Kyi, as well as thousands of other critics. On Tuesday, reports emerged that the ruling junta had denied Aung San Suu Kyi’s request to see an outside physician for her ailing health. The military-led government was set to chair ASEAN in 2026, but the bloc announced on Tuesday that the Philippines would lead the grouping instead. Since the coup, ASEAN has pushed for a five-point peace plan that would end violence in Myanmar, catalyze peace talks between the junta and its opponents, and deliver humanitarian aid.
However, junta-attended dialogues hosted by Thailand and Cambodia have divided the bloc’s approach to the nation’s conflict. Specifically, Thailand and Cambodia, alongside China, have embraced the junta rather than calling for its ouster—while the rest of the bloc suspended Myanmar’s top generals from participating in this week’s ASEAN meetings.
Myanmar isn’t the only regional crisis limiting ASEAN’s effectiveness. Internal disagreements over China have curtailed the bloc’s ability to assert its power. Last week, Beijing released a new map that defined almost all of the South China Sea as under its sovereignty. Numerous ASEAN members—including Brunei, Indonesia, Malaysia, the Philippines, and Vietnam—denounced China’s actions. However, growing Chinese investment in the region, specifically through its Belt and Road Initiative, has hindered the bloc’s willingness to collectively counter rising Chinese aggression.
The bloc’s inability to agree on foreign-policy next steps has damaged its international reputation. Most significantly, major leaders such as U.S. President Joe Biden and Chinese President Xi Jinping chose not to attend this year’s summit. Instead, U.S. Vice President Kamala Harris and Chinese Premier Li Qiang will take their places. “We can complain all we want about other countries not respecting us or not coming to our summits,” former Indonesian Foreign Affairs Minister Marty Natalegawa said. “But ultimately, it is actually a point of reflection.”
Biden’s decision to skip this week’s summit was particularly humiliating for ASEAN because the U.S. president will be in the region later this week. On Thursday, Biden heads to India for the G-20 summit; he will then visit rising economic power Vietnam on Sunday. Despite its seeming deprioritization of ASEAN, the White House has been quick to reaffirm Washington’s interests in Southeast Asia, pointing to Biden’s creation of the first U.S.-hosted summit with ASEAN leaders last year. “It’s just impossible to look at the record that this administration has put forward and say that we are somehow walking away” from the region, White House spokesperson John Kirby said.
Cuba descobre rede da Rússia para aliciar seus mercenários
Eu teria colocado Eugênio Gudin entre os três maiores brasileiros, e também Mário Henrique Simonsen, junto com Scheinkman.
História econômica
Os 5 maiores economistas do século XX e os 3 melhores brasileiros
Por Adolfo Sachsida
Gazeta do Povo, 01/09/2023
"Se eu vi mais longe, foi por estar sobre ombros de gigantes.” (Isaac Newton)
Como qualquer ranking, este também tem o seu viés. No meu caso, escolhi os 5 maiores economistas que embutem um mix de contribuições teóricas e participação no debate público, seja deles mesmos ou de suas ideias. Assim, economistas de extrema sofisticação teórica, como Debreu ou Arrow, acabaram ficando de fora de minha lista. De maneira semelhante, economistas com amplo espaço no debate público, mas sem contribuições teóricas, tampouco aparecem em minha lista. Por óbvio, a lista expressa minha opinião e a influência que recebi desses economistas ou de suas ideias. Talvez no passado eu tivesse montado uma lista diferente, mas hoje, após minha passagem por dois cargos na alta esfera de administração pública federal (Ministro de Minas e Energia, e Secretário de Política Econômica), percebi com mais clareza a importância de narrativas, exposição pública e de ideias que despertem o debate junto ao grande público e possam ser implementadas de maneira mais concreta em políticas econômicas críveis e que levem ao crescimento e desenvolvimento econômico sustentável.
Os 5 grandes economistas do século XX:
5) Ronald Coase: Sua maior contribuição foi mostrar a importância do estabelecimento de direitos de propriedade para a resolução de problemas econômicos complexos. Esta é uma regra que todo formulador de políticas públicas deve ter em mente: estabelecer corretamente os direitos de propriedade é a solução para uma vasta gama de problemas relacionados a falhas de mercado. Favelas, invasão de terras, poluição, são alguns dos problemas que afligem a sociedade e que podem ser resolvidos via estabelecimento de direitos de propriedade. Coase neles!
4) Gary Becker: É o responsável pela aplicação do instrumental econômico a um amplo conjunto de problemas sociais. Becker expandiu a ciência econômica, seu instrumental analítico, forma de racionalizar os problemas e suas soluções, para todas as ciências sociais. A ideia de usar o instrumental econômico para resolver problemas relacionados a criminalidade, educação, interação social, entre outros, faz de Becker um dos grandes economistas do século passado.
3) Milton Friedman: Foi talvez o maior porta voz da importância de uma economia de livre mercado como o caminho para o crescimento e desenvolvimento econômico. Sempre presente no grande debate público, Friedman cobrava coerência de seus colegas que adoravam liberdade na academia, mas por vezes apoiavam medidas restritivas de liberdade na sociedade. Do ponto de vista teórico, entre outras contribuições, Friedman relacionava a inflação à expansão de moeda. Em outras palavras, para Friedman a expansão de moeda era a maior responsável pela inflação. Lição valiosa para o debate público atual. Friedman também é conhecido por seus alertas aos efeitos não-intencionais das intervenções governamentais na economia. Costumava dizer que as políticas públicas devem ser julgadas por seus efeitos, e não por suas intenções. Perfeito!
2) Robert Lucas Jr: É o grande nome da macroeconomia moderna. Seu empenho em elaborar os fundamentos microeconômicos da macroeconomia mudaram para sempre o estudo da macroeconomia. Lucas cobrava que os modelos macroeconômicos tivessem sólida base microeconômica. Além disso, Lucas popularizou o uso nos modelos econômicos da ideia de expectativas racionais (que já existia desde Muth, mas sem a devida atenção). Lucas também mostrou a importância de se ajustarem os modelos econométricos na presença de quebras estruturais, a famosa “Crítica de Lucas”. É difícil falar de macroeconomia moderna sem falar de Lucas. A rigor, é bem provável que Lucas seja um dos economistas mais citados em qualquer lista dos maiores economistas do século XX.
1) Friederich von Hayek: Gênio. Contribuições importantes nas áreas de direito, filosofia, história das ideias, além, é claro, de ter sido, em minha opinião, o maior economista do século XX. Seu artigo clássico “The Use of Knowledge in Society” (publicado na American Economic Review em 1945) é até hoje um dos estudos mais influentes no pensamento econômico. Hayek argumentava sobre a importância do mecanismo de preços para estabelecer a correta alocação dos recursos na economia. Além disso, políticas que mascarassem o mecanismo de preços – tal como o famoso congelamento de preços praticado amplamente no Brasil na segunda metade da década de 1980 – levariam inevitavelmente a um problema de escassez e terminariam reduzindo o bem-estar da sociedade. BINGO! Grande defensor do livre mercado, Hayek advogava também pelo uso de moedas privadas, tema em moda hoje em dia. Hayek também tem importantes contribuições sobre a teoria do ciclo econômico. Para ele o governo costumava ser o responsável por parte dos ciclos econômicos ao inflar artificialmente o canal de crédito na economia. Explicação essa que me parece ser um dos pilares da crise de 2015-16 (juntamente com o aumento expressivo do gasto público que antecedeu a crise). Hayek também escreveu o melhor livro de economia que já li: “O Caminho da Servidão” (livro de cabeceira de Margareth Thatcher).
Os economistas brasileiros
E os brasileiros? O artigo já está grande, mas achei importante ressaltar quem foram, em minha opinião, os três maiores economistas brasileiros do século XX:
Aloisio Pessoa de Araujo
José Scheinkman
Carlos Geraldo Langoni
Tive o prazer de trabalhar tanto com o professor Aloisio Araujo quanto com o professor Langoni. Fica aqui registrada minha admiração e agradecimento.
Leia mais em: https://www.gazetadopovo.com.br/vozes/adolfo-sachsida/os-5-maiores-economistas-do-seculo-xx-e-os-3-melhores-brasileiros/
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At the G20 summit in London in 2009, Britain's then-Prime Minister Gordon Brown heralded a “new world order” in which rich and developing nations would come together to tame the inequities and excesses of globalization.
At the height of a global financial crisis, Brown declared a “new progressive era of international co-operation.” Fourteen years later, the G20 summit in India later this week will reflect how hopes of a global order based on a Western rules-based system have splintered, the world's division into democratic and autocratic camps, and the way in which internal populism and protectionism in many states have eroded pushes for free trade. Brave words about reforming carbon economies now face resistance as the economic price and political complications of fighting climate change emerge. Xi Jinping, the leader of the world’s new superpower, China, won’t even show up to the summit. G20 member Russia is a pariah over the war in Ukraine and President Vladimir Putin cannot risk travel in case he’s arrested for war crimes on an international warrant.
It’s unlikely that the G20 meeting will produce any consensus on the war in Ukraine, given that Russia and probably China would block it. The biggest risk of the summit is that it could actually heighten antagonism between many of the Western and developing nations that the group was set up to bridge. Any new mistrust between Western democracies and developing states in the G20 of course plays into the hands of Putin and Xi.
Xi’s reasoning is often opaque, but his no-show might be a protest at simmering border tensions and rising geopolitical angst with the great eastern Pacific superpower India, or could even be motivated by internal economic concerns over a property market crisis in China. But Xi did find time to attend an summit of the BRICS nations in Johannesburg last month. The group -- including Brazil, Russia, India, China and South Africa -- welcomed new members Saudi Arabia, Iran, Ethiopia, Egypt, Argentina and the United Arab Emirates. The move was widely interpreted as another step by China toward creating its own competing world order to the US and its allies, in which it leads a group of developing states. In that light, his absence from the G20 takes on a whole new perspective.
US President Joe Biden said at the weekend that he was disappointed that he wouldn’t see Xi, after a flurry of US foreign policy and trade officials visited Beijing in a bid to slow plummeting relations. Biden might still be able to set up a bilateral meeting with Xi at the Asia Pacific Economic Cooperation forum summit in San Francisco in November. But the jury is still out on whether Beijing is as keen on easing crisis-hit relations as much as Washington is.
Xi’s absence could offer Biden an opening to push forward his relationship with Indian Prime Minister Narendra Modi, whom he welcomed to a glittering state dinner at the White House in June. The US would like to nudge India closer to security arrangements and political groupings involving its allies in the Pacific, as it seeks to counterbalance rising Chinese power. But India is likely to go only so far, as its historic non-aligned status evolves into a posture of trying to have a foot in both camps. New Delhi has disappointed the West by failing to forcefully condemn Russia’s invasion of Ukraine and has profited from cheap Russian oil following a boycott by US-allied nations. As a rising power that is still regarded as a developing nation, India is a leading member of both the BRICS and the G20.
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