O que é este blog?

Este blog trata basicamente de ideias, se possível inteligentes, para pessoas inteligentes. Ele também se ocupa de ideias aplicadas à política, em especial à política econômica. Ele constitui uma tentativa de manter um pensamento crítico e independente sobre livros, sobre questões culturais em geral, focando numa discussão bem informada sobre temas de relações internacionais e de política externa do Brasil. Para meus livros e ensaios ver o website: www.pralmeida.org. Para a maior parte de meus textos, ver minha página na plataforma Academia.edu, link: https://itamaraty.academia.edu/PauloRobertodeAlmeida;

Meu Twitter: https://twitter.com/PauloAlmeida53

Facebook: https://www.facebook.com/paulobooks

terça-feira, 5 de setembro de 2023

Putin busca desesperadamente mercenarios para morrer na Ucrânia

 Cuba descobre rede da Rússia para aliciar seus mercenários

O Estado de S. Paulo, 5/09/2023

HAVANA - O Ministério das Relações Exteriores de Cuba acusou nesta terça-feira, 5, a Rússia de recrutar mercenários do país para lutar na guerra da Ucrânia. Em nota, a chancelaria afirmou que Moscou criou uma rede de tráfico de pessoas para incorporar cubanos que vivem na Rússia e na ilha comunista para se juntar as tropas de Vladimir Putin que ocupam o leste ucraniano. A acusação contra Moscou, um histórico aliado da ditadura castrista, vem a público em meio as tensões entre o Exército russo e o Grupo Wagner, depois do golpe frustrado dos mercenários russos contra Putin, em junho, e a morte de seu líder, Ievgeni Prighozin, no mês passado. Ainda de acordo com o governo cubano, a rede russa de tráfico de pessoas foi neutralizada e os suspeitos serão investigados. “Os inimigos de Cuba promovem informações distorcidas que procuram manchar a imagem do país e apresentá-lo como cúmplice destas ações, que rejeitamos categoricamente”, diz a nota. " Cuba não faz parte da guerra na Ucrânia. Atua e atuará com energia contra qualquer pessoa, do território nacional, que participe em qualquer forma de tráfico de pessoas para fins de recrutamento ou mercenarismo de cidadãos cubanos para uso de armas contra qualquer país.” A ditadura cubana não aponta quem estaria por trás dessa rede ou quantas pessoas teriam sido vítimas do tráfico humano. Aliada próxima do Kremlin desde a revolução de 1959, a ilha tem voos diretos para Rússia e um regime recíproco de isenção de vistos por 90 dias. 

De acordo com a Associação para Operações Turísticas da Rússia, cerca de 11 mil cubanos visitaram a Rússia no ano passado. No grupo do Facebook chamado Cubanos em Moscou, que reunia 76 mil pessoas nesta terça-feira, era possível encontrar ofertas com contratos de um ano para o exército russo, informou o The Moscou Times. Anteriormente, em junho, o Cazaquistão, uma ex-república soviética, já havia denunciado um esquema de anúncios nas redes sociais que pretendia atrair combatentes para a guerra na Ucrânia. No ano passado, jornais independentes da Rússia relataram que imigrantes da Ásia Central receberam promessas de cidadania em troca do recrutamento. 

 O ex-presidente Dmitri Medvedev, que integra o Conselho de Segurança russo anunciou que mais 230 mil combatentes teriam se alistado ao exército desde o início do ano. A campanha é divulgada nas redes e em cartazes nas ruas que promovem as Forças Armadas e prometem condições atrativas para os novos militares. Além do salário e de benefícios sociais, os recrutas podem manter os empregos civis durante o tempo de serviço e tem os empréstimos bancários congelados. Ainda como parte do esforço para ampliar a força na Ucrânia e evitar problemas como o motim do grupo Wagner, o presidente russo Vladimir Putin ordenou que os paramilitares devem jurar lealdade à bandeira russa após a morte de Prigozhin. 

 Com a guerra prolongada, além de pessoal o Kremlin também parece buscar artilharia. Depois que a Casa Branca alertou para uma troca de cartas entre Vladimir Putin e Kim Jong-un, o jornal The New York reportou que eles planejam um encontro da Rússia para discutir a troca de armas. A expectativa é de que a reunião ocorra na semana que vem/Com New York Times e AFP

Nenhum comentário: