Temas de relações internacionais, de política externa e de diplomacia brasileira, com ênfase em políticas econômicas, em viagens, livros e cultura em geral. Um quilombo de resistência intelectual em defesa da racionalidade, da inteligência e das liberdades democráticas.
O que é este blog?
Este blog trata basicamente de ideias, se possível inteligentes, para pessoas inteligentes. Ele também se ocupa de ideias aplicadas à política, em especial à política econômica. Ele constitui uma tentativa de manter um pensamento crítico e independente sobre livros, sobre questões culturais em geral, focando numa discussão bem informada sobre temas de relações internacionais e de política externa do Brasil. Para meus livros e ensaios ver o website: www.pralmeida.org. Para a maior parte de meus textos, ver minha página na plataforma Academia.edu, link: https://itamaraty.academia.edu/PauloRobertodeAlmeida.
quarta-feira, 17 de outubro de 2012
A quadrilha, seu chefe e os vassalos (falta o capo...)
Quem montou tudo para ele foi um Stalin sem Gulag (ainda bem), um homem especialmente treinado pela Seguridad cubana para fazer exatamente o que sempre fez. Isso mesmo que vocês leem abaixo (e isso é apenas uma pequena amostra de todas as patifarias praticadas).
Paulo Roberto de Almeida
O DIA "D" DE ROBERTO JEFFERSON
Quando, como e por que ele decidiu detonar o mensalão.
Quando saiu do banho, naquela manhã de 24 de maio de 2005, o deputado Roberto Jefferson, deu com o poderoso ministro da Casa Civil do governo Lula, José Dirceu, sentado em sua sala, acompanhado do líder do governo no Congresso, Aldo Rabelo.
– Bom dia, senhores – cumprimentou frio.
Se tivesse sido consultado, não o teria deixado subir.
No dia anterior, a empregada Elza lhe dissera que ele e mais quatro ministros estavam na portaria com uma urgência, mas ele os mandara voltar da porta, porque tinha chegado ao limite com o ministro.
Mesmo com o presidente Lula, que havia ligado à noite para pedir-lhe que retirasse a assinatura do pedido de uma CPI para investigar a corrupção nos Correios, havia sido frio:
– Essa CPI vai ser muito ruim para o governo, muito ruim, muito ruim... – apelou o presidente, entre outras coisas.
– Eu sei. Mas, moralmente, não me resta outra saída, presidente.
Mas nesta manhã eles conseguiram entrar por uma traição do amigo José Múcio, que ligara antes do banho querendo uma conversa urgente e avisara aos dois que ele estava em casa.
O porteiro e a empregada não tiveram peito para segurá-los na portaria.
Sim, estava sozinho. Não tinha apoio de nenhum amigo nem dentro do seu partido, o PTB.
José Dirceu, que o vinha evitando nos últimos dias e tratando direto com os deputados de seu partido os interesses do governo, inclusive evitar a CPI, agora faria o que fosse preciso para que ele retirasse sua assinatura.
– Roberto, você não vai assinar essa CPI – foi direto ao assunto. – Você não vai fazer isso com a gente. Essa CPI é contra o governo, é para paralisar o governo. É pra atingir o presidente Lula e vai nos atingir.
Roberto sentou-se para encará-lo de frente.
– Quanto a isso não tenho dúvida, Zé, porque eu sou a escada, sou ponte. O alvo é você, o alvo é o Delúbio, o alvo é o Silvinho Pereira – referiu-se ao tesoureiro e ao secretário do PT que vinham fazendo negócios em nome do governo sob orientação da Casa Civil.
– A CPI vai atingir vocês. Mas não posso sair disso sem alma, não vou virar zumbi. Minha honra pessoal foi atingida.
O deputado se sentia no fundo do poço desde que a revista Veja divulgara, havia 10 dias, uma gravação em vídeo em que seu indicado nos Correios, Maurício Marinho, embolsava R$ 3 mil reais de propina e se gabava de suas relações com ele.
A partir daí, toda a grande imprensa, principalmente a revista e O Globo, haviam desabado em cima de sua reputação e ele percebera que havia dedo da Abin e da Casa Civil de José Dirceu, em conluio com jornalistas, para jogar todas as mazelas do governo nas costas do PTB.
– Zé, não posso confiar mais em você, porque estou vendo sua assinatura, sua impressão digital nesse noticiário todo contra mim. É uma pancadaria, é um jogo montado pelo governo e tem a Abin no meio.
– Não diga isso, Roberto, eu jamais faria isso.
Por sorte, um dia depois da publicação bomba da revista, um anônimo deixou em sua porta uma cópia da gravação integral, de uma hora e 54 minutos, num envelope amarelo.
Imaginou que fosse coisa de arapongas velhos da agência de inteligência do governo, a Abin, que ganhavam dinheiro de todos os lados em Brasília para montar dossiês.
Possivelmente, os mesmos que gravaram poderiam ter enviado a sua cópia, interessado em negócios futuros.
Ao vê-la e revê-la, convenceu-se de que, mais do que flagrar o funcionário, os arapongas pretendiam incriminá-lo.
Faziam perguntas recorrentes sobre sua influência.
E de que o repórter Policarpo Júnior, de Veja , como os arapongas, evitava ir além das denúncias na diretoria de Marinho e chegar à poderosa diretoria de Operações, controlada por Delúbio e Silvinho, onde de fato se davam os grandes negócios suspeitos da instituição.
"Ele está protegendo o PT", pensou.
Uma investigação oficial da Abin, patrocinada pelo governo, tinha sido paralisada também quando chegou perto dessa diretoria.
– Eu vejo a sua mão, Zé. É coisa sua. Você sacaneou o PTB por causa dos conflitos que se instalaram entre nós, pelo acordo não cumprido do repasse de campanha e pelas nomeações que foram cumpridas e não foram feitas. Vocês estão me sufocando porque falei ao Lula sobre o Mensalão e porque não querem que o Dimas Toledo saia de Furnas.
Em janeiro, ele dissera ao presidente, na presença de Dirceu e de seu correligionário Walfrido dos Mares Guia, que Delúbio Soares iria colocar uma dinamite na sua cadeira.
Informou que eles estavam comprando deputados para fortalecer as bases do governo e que ele pessoalmente estava sendo massacrado porque não aceitara a oferta e orientara seus correligionários a fazer o mesmo.
Cobrou 16 dos 20 milhões que o partido devia ao PTB, por uma promessa de campanha, e insistiu que as negociações que lhe interessavam era a co-participação no governo, através de nomeações de cargos nas estatais, que a Casa Civil vinha postergando.
– Não, Roberto, você está enganado, eu não fiz isso, você está sendo injusto comigo. Não sou um homem capaz de fazer uma coisa dessas.
No caso do presidente de Furnas, Dimas Toledo, ele havia acertado a sua substituição por um homem de seu partido, Francisco Spirandel, numa outra reunião com Lula, em abril. Só que Dirceu vinha atuando nos bastidores para inviabilizá-la.
– Isso não é papel de homem, Zé. Vocês jogam fora os companheiros de aliança como se fossem bagaço de laranja depois que já chuparam o caldo.
De fato, estava tudo acertado para a eleição de Spirandel, na assembleia de 16 de maio.
Dimas Toledo tinha laços com vários partidos e fazia em Furnas uma caixinha de R$ 3 milhões mensais, cujo maior favorecido era o PT.
Mas o presidente Lula andava possesso com ele, por causa de seus favorecimentos ao governador Aécio Neves.
No meio da assembleia, porém, chegou uma ordem da ministra das Minas e Energia, Dilma Roussef, para suspender tudo.
Nessa tarde, em meio à pressão da imprensa contra o seu partido e em favor de apurações nos Correios, ele decidiu colocar sua assinatura no pedido de CPI que José Dirceu agora quase se ajoelhava para tentar retirar.
– Vejo sua mão nessa porra toda, Zé. E agora você vai ter que consertar.
– Roberto, isso vai passar. Vamos acertar por cima, vamos passar a borracha e fazer um acordo.
Aldo Rabelo ficou quieto todo o tempo.
Então Dirceu informou que o governo já estava trabalhando para inocentá-lo das denúncias nos Correios, no inquérito na Polícia Federal.
A substituição de Dimas por Spirandel ocorreria num momento mais oportuno, porque havia uma enorme pressão de políticos, entre os quais o presidente da Câmara, Severino Cavalcanti, para mantê-lo.
Na mesma manhã, Maurício Marinho estava sendo interrogado na PF.
Por volta de 11h, no meio da conversa, a Polícia Federal já havia divulgado em seu site um boletim em que o diretor assumia integral responsabilidade pela negociação da propina e inocentava Roberto Jefferson, afirmando que, na gravação, só citara o deputado para se valorizar profissionalmente.
Como Marinho depunha desde as 10h num depoimento sigiloso que se arrastaria até a tarde, Jefferson entendeu que a divulgação do boletim menos de uma hora depois só poderia ter o objetivo de convencê-lo.
Seu advogado o trouxera no meio da conversa com Dirceu.
Posteriormente, ficaria sabendo que o delegado do caso saia frequentemente da sala para dar telefonemas e dar curso ao esquema já armado com o governo: na hora que Marinho o inocentasse, fariam a divulgação imediata para a imprensa, para dar um bom argumento a Dirceu na negociação pela retirada da assinatura.
– Bom, se é assim, não tenho problema em retirar a assinatura da CPI rendeu-se, mas acrescentou um pedido.
Para a completa restauração de sua honra, pediu a Dirceu que interviesse junto à revista Veja e ao Globo , seus principais algozes e que, no seu entendimento, estavam aliados à Casa Civil.
A Veja está fazendo um verdadeiro linchamento.
– Roberto, na Veja eu não tenho nenhuma influência, porque a revista é tucana.
– Mas e O Globo ?
– O Globo eu acerto por cima, dá para segurar.
– Então não tenho problema de recuar. Tiro a assinatura, mas você me dá uma saída honrosa. Estou sendo linchado nisso.
– Vou tentar, Roberto. *
O deputado deu entrevista à imprensa e reuniu os companheiros de bancada pedindo o mesmo, embora inutilmente porque todos já resistiam a deixar o governo e nunca apoiaram a decisão de seu presidente de rejeitar o dinheiro do PT.
No dia seguinte, porém, a oposição conseguira as assinaturas necessárias à instalação da CPI dos Correios e o noticiário contra o deputado só recrudesceu.
Apesar de Dirceu ter prometido que dava para controlar O Globo, no fim de semana, o jornal e a revista Época, do mesmo grupo editorial, circularam com páginas pesadas de denúncias envolvendo o deputado, seus familiares e suas relações em outros órgãos de influência do PTB.
"A mídia está envenenada – pensou. – Eles têm que dar sangue para os chacais, e o sangue vai ser o meu", pensou.
Como agora sua posição já não tinha importância, porque a CPI fora instalada e não passava de um peso morto para o governo, iriam jogar todas as denúncias no seu colo e no partido.
Na sexta-feira, 4 de junho, os jornais deram que o ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, faria na segunda-feira (6) um pronunciamento à Nação, em cadeia de rádio e TV, para tentar impedir a CPI na Comissão de Constituição e Justiça.
Iria também desmontar o esquema de corrupção na Eletronorte, nos Correios e no Instituto de Resseguros do Brasil – exatamente as três estatais em que o PTB tinham cargos influentes.
"Estão evacuando o quarteirão para implodir a mim e o PTB".
E o pior, agora estava claro que o presidente Lula também estava no jogo para destruí-lo.
"O majestático ministro da Justiça não faria isso sem autorização do chefe."
Já não engolira uma entrevista do presidente do PT, José Genoíno, no meio da crise, dizendo que o PT precisava escolher melhor os partidos da base.
"Precisamos requalificar a base".
Agora, via que o presidente também estava no jogo.
Tentou em vão falar com José Dirceu, que estava se preparando para viajar à Espanha. Ligou para Walfrido dos Mares Guia:
– Estou tentando falar com o Dirceu e não consigo. O ministro vai atirar no PTB na segunda-feira e acabar com a gente.
Só então recebeu uma ligação de Dirceu, ainda no aeroporto. * – Dirceu, você não devia estar viajando agora. A hora é horrível para você viajar. O ministro vai colocar essa bomba no colo da gente. É pra acabar com o PTB.
– Calma.
– Estou calmo.
– Olha, nós temos que ver o lado do Silvinho e do Delúbio, Roberto. Vê lá o que você vai fazer.
Ora, pensou. "Então eu estou prestes a ser massacrado em praça pública e ele preocupado com o Silvinho e com o Delúbio...".
– Olha, Dirceu. Eu quero que o Silvinho e o Delúbio se danem. Na volta da sua viagem à Espanha, você terá uma surpresa. Vai com Deus, porque quando você voltar a notícia vai ser outra.
No sábado, suas assessoras ainda tentaram demovê-lo pela última vez:
– Calma. Espera.
Mas estava decidido:
– Não vou esperar mais nada, vou botar pra fora essa história do Mensalão. Vou explodir, vou arrebentar com tudo. Eu avisei a eles e avisei ao país que ia explodir tudo. Não posso ficar no colo com um crime que não pratiquei.
– Você pode ser cassado.
– Não importa mais. Mais importante que o mandato é a minha honra pessoal.
Discutiram em seguida a qual dos três grandes jornais faria a denúncia, para ser pubicada na mesma segunda-feira do pronunciamento do ministro da Justiça.
Descartaram O Globo , porque, argumentou, estaria se comportando como Diário Oficial.
O Estado de São Paulo , embora isento, também estava embarcando na onda contra ele.
Restava a Folha de S. Paulo , que, na sua opinião, vinha tratando a crise com mais cautela, sem embarcar na versão do governo.
A assessora Íris Campos entrou em contato com Renata Lo Prete, editora do Painel, de notas de bastidores da política em Brasília.
E, no domingo à tarde, enquanto Márcio Thomaz Bastos preparava seu pronunciamento e José Dirceu caminhava pela Espanha, possivelmente pensando em Sílvio Pereira e Delúbio Soares, o deputado Roberto Jefferson contava à repórter do jornal de maior circulação do país que o PT carregava malas de
dinheiro para ampliar a base aliada, comprando deputados de pequenos partidos, porque não queria dividir o poder nos ministérios.
Na segunda-feira, 6 de junho, no mesmo dia do pronunciamento do ministro da Justiça à Nação, a Folha circulou com a manchete:
"PT pagava mesada de R$ 30 mil a partidos, diz Jefferson"
A república petista começava a desmoronar.
(Com informações do livro Nervos de Aço , depoimento de Roberto Jefferson a
Luciano Trigo, editora Topbooks.)
"Juventocracia" argentina recua ate os anos 1930: como controlar capitais e deprimir o pais
Sim, eu sei que, em matéria de comércio, o Brasil também recuou até os anos 1960 (mais pela mentalidade do que pela "materialidade").
Mas, os argentinos, eles, já conseguiram chegar nos anos 1930.
Sempre se antecipando ao Brasil, esses argentinos...
Paulo Roberto de Almeida
Argentina deuda
Argentina acusa de “terrorismo” a agencias calificadoras deuda
Buenos Aires, 16 de octubre de 2012
- "Calificadoras y especuladores de la mano. Hacen informes terroristas, que sin cambiar la calificación asustan a inversores", dijo Lorenzino por Twitter.
- Lorenzino resaltó que el Gobierno pagará el miércoles 200 millones de dólares por un cupón del título Bonar X y acusó a Moody´s de querer asustar a los inversores financieros para especular con el bono.
El norteño distrito de Chaco pagó la semana pasada en pesos argentinos dos series de títulos públicos emitidos en la moneda estadounidense porque el Banco Central no le permitió comprar divisas debido a un control de cambios establecido hace un año para frenar una fuga de capitales.
Moody´s calificó el lunes la decisión de Chaco como un incumplimiento de pagos y aseguró que la creciente imprevisibilidad de las políticas gubernamentales de Argentina genera dudas sobre la sustentabilidad del crecimiento económico del país en el largo plazo.
“Calificadoras y especuladores de la mano. Hacen informes terroristas, que sin cambiar la calificación asustan a inversores”, dijo Lorenzino por Twitter.
A pesar del incumplimiento de Chaco, Moody´s no modificó la calificación de B3 para la deuda soberana argentina.
Lorenzino resaltó que el Gobierno pagará el miércoles 200 millones de dólares por un cupón del título Bonar X y acusó a Moody´s de querer asustar a los inversores financieros para especular con el bono.
“Calificadoras=Especuladores. Quieren bajar el precio de bonos 1 día antes del pago del cupón para hacer una diferencia. Viejo truco pirata”, aseguró el ministro.
La decisión de Chaco disparó una ola de ventas de títulos públicos y privados argentinos por temor a que otros emisores también pesifiquen sus deudas.
Para calmar a los mercados, el Banco Central aclaró que las restricciones cambiarias sólo afectan a una minoría de títulos emitidos bajo ley argentina y que los emisores de bonos externos podrán seguir comprando dólares para cancelar sus vencimientos.
Las agencias calificadoras de deuda, que consideran como “bonos basura” a los títulos soberanos argentinos por su alto riesgo de incumplimiento de pago, son un blanco usual de las críticas del Gobierno de la presidenta Cristina Fernández.
Argentina se convirtió en una apuesta riesgosa para los inversores desde su masivo incumplimiento de deuda en el 2001/2002, que fue disparado por una crisis económica.
La mandataria ha hecho un llamado a aumentar los controles de los gobiernos sobre las calificadoras, que considera que promueven una visión económica ortodoxa que favorece el surgimiento de crisis y nunca las previene.
Gerontocracia cubana chega ao seculo 19: circulacao de pessoas
No momento, eles acabam de chegar ao século 19, que foi quando as pessoas começaram a circular um pouco mais livremente pelo mundo. Mais um pouco, quem sabe, os "imortais" chegam ao século 20.
A imprensa de esquerda, no Brasil e alhures, apresenta essa medida como um grande gesto democrático, o que é um espanto.
Eu o vejo como uma terrível confissão do atraso mental de certas pessoas, na ilha e aqui. Como diriam os americanos, too little, too late...
Paulo Roberto de Almeida
El pesidente de Cuba, Raul Castro, en Rio +20
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Cuba elimina el permiso de salida al exterior en esperada reforma migratoria |
Cuba anunció hoy la eliminación de los permisos de salida para viajar al extranjero y dejará sin efecto el requisito de la llamada carta de invitación dentro de una esperada reforma migratoria que entrará en vigor a partir del 14 de enero de 2013.
El régimen de Raúl Castro explicó que este cambio forma parte del proceso de reformas.
Descargue la Ley de Migración PDF (212 Kb)
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terça-feira, 16 de outubro de 2012
Reforma tributaria??? Esqueca...
Qual reforma tributária
O Estado de S.Paulo - Editorial, 16/10/2012
Colonia soberana e altiva: ainda bem...
O editor recebeu nesta terça-feira da Confederação Nacional das Indústrias, CNI, um amplo estudo sobre a deterioração das exportações brasileiras nas relações de troca com os Estados Unidos. O norte-americanos foram nossos principais parceiros durante décadas e só recentemente cederam a liderança para a China.
. Os dados são comuns ao conjunto das vendas brasileiras para o exterior - para qualquer País.
. Qual o principal prejuízo?
- Entre 2003 e 2011, as exportações de manufaturados (produtos industrializados) caíram de 77,2% da pauta de exportações para apenas 45,3%.
. Foi uma queda de 32% no período.
. É uma relação recorrente de todo o comércio bilateral global brasileiro.
. O Brasil regrediu durante os governos Lula e Dilma Rousseff, privilegiando a exportação de produtos sem valor agregado, primários, tal como aconteceu desde os tempos da dominação de Portugal.
. O cenário é de Brasil Colônia.
. É claro que a pauta não é mais dominada pelo pau-brasil, ouro e cana-de-açúcar, porque agora são óleos brutos de petróleo, soja, milho e carvão.
. Não saem mais aviões, aparelhos transmissores e sequer calçados. Em 2003, 9 dos 15 maiores exportadores para os EUA eram do setor industrial (Embraer, Nokia, Volkswagen, Motorola, Aracruz, Embraco), número que agora caiu para apenas quatro.
. Um dos principais parceiros comerciais do Brasil, os Estados Unidos passaram a ganhar muito com as trocas. No ano passado, o Brasil comprou US$ 18,8 bilhões em produtos manufaturados, mas as vendas desses produtos para os EUA somaram apenas US$ 11,7 bilhões.
Fellowships, Oxford-Princeton, UK-USA
Ma' educacao vai custar um pouco mais, para continuar ruim...
1) a educação vai continuar essa ruindade que é, só que gastando mais, ou seja, custando mais para a sociedade brasileira, que recebe de volta a pior educação que o dinheiro pode comprar...
2) as deformações atualmente existentes, e que se traduzem, entre outros absurdos, em um orçamento educacional que é uma pirâmide invertida -- com os privilegiados do superior público torrando 9 ou 10 vezes mais do que as crianças do fundamental --, vão igualmente continuar, e podem até se agravar, haja vista a capacidade dos gramscianos do terceiro ciclo em arrancar mais verba para si mesmos.
Ou seja, já deu para perceber que eu sou contra essa imensa bobagem, não é mesmo? Os problemas principais da educação brasileira estão na gestão e na formação de professores, não na falta de verbas, que é muita, é suficiente, mas é mal gasta.
Infelizmente, ela vai continuar ruim, só que se apropriando de uma fração maior dos orçamentos públicos, numa proporção que poucos países no mundo, provavelmente nenhum, exibem...
Paulo Roberto de Almeida
Plano Nacional de Educação segue para o Senado
Governo confirma R$ 1,4 bilhão para educação em tempo integral
Nº de pretos e pardos jovens com ensino superior aumenta no País
Prova Brasil - novos resultados, velhas mazelas
Protecionismo brasileiro em alta - Marcelo de Paiva Abreu
Sob pele de inovação, o lobo da proteção
Academicos e Diplomatas na construcao da PExtBr - Leticia Pinheiro, Paula Vedoveli
U.S. Foreign Relation Series: Energy Crises, 1974-1980
Washington
2012
Bureau of Public Affairs
Populacao "negra" aumenta exponencialmente
O fato é que o racismo vem sendo estimulado oficialmente no Brasil pelo governo -- obviamente, já que é política oficial -- e o país está deixando de ser uma cultura uniforme, eventualmente com distinções específicas, baseadas em critérios culturais ou regionais, e passando a se classificar ao longo de linhas raciais, ou racialistas (já que envolvendo algum grau de elaboração militante, e totalmente ideológica).
Essa herança negativa vai pesar como um fardo no futuro do Brasil, assim como um sem número de outras políticas estatizantes, assistencialistas, distributivistas, que vão confirmar o Brasil num itinerário de crescimento medíocre, insuficiente para garantir um futuro satisfatório para a geração atual e para as que se seguirão.
Esse, infelizmente, vai ser o resultado das políticas equivocadas da atual administração, que prolonga, e aprofunda, o que vinha sendo feito anteriormente, e que antecipa o que (de pior) pode ainda vir por aí.
Depois não digam que não avisei. A mediocridade econômica e a indigência intelectual ameaçam o futuro do Brasil.
Paulo Roberto de Almeida
Lei de cotas nas universidades federais é regulamentada
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Addendum:
Editorial FSP, 16/10/2012
Editorial: Cota de populismo
Ops: a coisa na China pode ficar preta...
Paulo Roberto de Almeida
In Reversal, Cash Leaks Out of China
BY ALEX FRANGOS, TOM ORLIK AND LINGLING WEI
Imprensa libre, pero no mucho...; liberdade de expressao, ma non troppo - SIP e Brasil
Human Rights Watch critica 'silêncio do Brasil' na América Latina
Diretor diz que região vive momento crítico para liberdade de expressão.
Segundo ele, país silencia e 'dá oxigênio' para iniciativas de países vizinhos.
“O sistema interamericano [de direitos humanos] é regional, onde o Brasil é um acionista, um dos mais influentes. O silêncio só faz avançar as tentativas de outros países inimigos da liberdade de expressão”, disse.
Na opinião do advogado chileno, a América Latina passa por “um momento crítico, difícil para a vigência das liberdades dos povos e dos direitos humanos”.
segunda-feira, 15 de outubro de 2012
Gauchos nas antipodas: entre o progresso e o atraso...
Bizarro, não é mesmo: o mesmo estado exibe homens sensatos, racionais, e seres estranhos, reacionários, irracionais.
Paulo Roberto de Almeida
Políbio Braga, 15/10/2012
Não se tem notícias sobre a presença de autoridades do governo gaúcho na missão que 24 empresários do setor de laticínios do RS começou nesta segunda na Alemanha e concluirá na sexta na Holanda.
. A visita técnica inclui centros de melhoramento genético, laboratórios, universidades e centros profissionais de excelência.
. O governo estadual deu preferência à missão de 40 membros que levará dia 1º para a atrasadíssima Cuba, onde ninguém terá o que aprender - além de endeusar os ditadores Castro e nadar nas tépidas águas de Varadero.
FMI: Colombia troca Grupo do Brasil pelo do Mexico
O grupo Brasil vai ter sua participação diminuída nas organizações de Bretton Woods, o que sempre é uma pena. Mas, a culpa é do próprio Ministro Mantega: quem mandou votar para uma europeia para a direção do FMI? Por que não escolheu o mexicano, que poderia, com os EUA, realizar essas mudanças desejadas pelo Brasil, diminuindo o poder excessivo da Europa?
Paulo Roberto de Almeida
A Petrobras dos companheiros, a Petrobras dos acionistas...
Lamento pelos acionistas, mas vocês têm de reclamar com os companheiros, que fizeram da Petrobras um feudo privado e uma vaca leiteira, que só tira leite para eles...
Paulo Roberto de Almeida
12/10/2012 18:33
Descobertas da Petrobras ainda não geram impacto financeiro e acionista se queixa de valor no mercado
Acionista da Petrobras escreveu para a redação doPortogente se queixando da falta de valorização das ações da empresa no mercado, mesmo após anúncio atrás de anúncio em relação à ocorrência e petróleo e gás em várias partes do Brasil.
Leia também
* Valor da Petrobras cai R$ 65 bilhões em dois anos
* Resultado da Petrobras no 3º trimestre está dentro do esperado, diz Graça Foster
É claro que esta relação não é tão simples assim. O lucro líquido informado pela Petrobras no primeiro semestre deste ano foi de R$ 7 bilhões 868 milhões, valor 64% inferior ao apurado no mesmo período de 2011. A companhia indica que o lucro abaixo do esperado ocorreu devido ao impacto da depreciação cambial sobre o endividamento e os custos.
A produção de petróleo no Brasil diminuiu 1% também no primeiro semestre e 5% em relação ao primeiro trimestre de 2012, especialmente na Bacia de Campos.
Portanto, os anúncios de novas descobertas não geram resultados financeiros imediatos, especialmente para os acionistas. Além das entradas financeiras, a Petrobras foca na diminuição dos custos, o que faz parte de um longo processo que também acontece na indústria petrolífera de qualquer parte do planeta. No entanto, antes de a sociedade se lambuzar com as riquezas do petróleo é preciso atenção para saber quais serão os reais resultados dessas descobertas