O que é este blog?

Este blog trata basicamente de ideias, se possível inteligentes, para pessoas inteligentes. Ele também se ocupa de ideias aplicadas à política, em especial à política econômica. Ele constitui uma tentativa de manter um pensamento crítico e independente sobre livros, sobre questões culturais em geral, focando numa discussão bem informada sobre temas de relações internacionais e de política externa do Brasil. Para meus livros e ensaios ver o website: www.pralmeida.org. Para a maior parte de meus textos, ver minha página na plataforma Academia.edu, link: https://itamaraty.academia.edu/PauloRobertodeAlmeida.

segunda-feira, 14 de outubro de 2013

O manifesto libertario de Murray Rothbard - livro no Instituto Mises Brasil

Por uma nova liberdade - o manifesto libertário
por , sexta-feira, 11 de outubro de 2013

 

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Existem muitas variantes do libertarianismo vivas no mundo atual, porém o rothbardianismo continua a ser seu centro de gravidade intelectual, sua consciência primordial, seu cerne moral e estratégico, e o ponto focal de debate até mesmo quando seu nome não é mencionado.  
O motivo é que Murray Rothbard foi o criador do libertarianismo moderno, um sistema político-ideológico que propõe uma fuga decisiva das armadilhas da esquerda e da direita e de seus planos centrais acerca de como o poder estatal deve ser usado. O libertarianismo é a alternativa radical que afirma que o poder estatal é impraticável e imoral.
"Senhor Libertário" era como Murray N. Rothbard era chamado, e também de "O Maior Inimigo Vivo do Estado". Ele continua a sê-lo.  Sim, ele teve muitos antecessores, pelos quais ele foi influenciado: toda a tradição liberal clássica, os economistas austríacos, a postura anti-belicista da Old Right americana, e a tradição dos direitos naturais.  Porém, foi ele quem juntou todas estas peças em um sistema unificado que a princípio parece implausível, mas que, uma vez definido e defendido por Rothbard, se mostra inevitável.  As peças individuais deste sistema são claras, (autonomia individual, direitos de propriedade indeléveis, mercados livres, e uma postura anti-estado em todos os aspectos concebíveis), porém suas implicações são impactantes.
Após você ser exposto ao panorama completo — e Por uma Nova Liberdade vem sendo o principal meio de exposição por mais de um quarto de século — é impossível esquecê-lo.  Ele se torna a lente indispensável pela qual podemos ver os eventos no mundo real com a maior clareza possível.
Este livro, mais que qualquer outro, explica por que a importância de Rothbard parece aumentar ano após ano (sua influência cresceu enormemente desde sua morte) e por que o rothbardianismo tem tantos inimigos na esquerda, na direita e no centro.  A ciência de liberdade que ele trouxe claramente à tona é, pura e simplesmente, tão eletrizante na esperança que ela cria de um mundo livre quanto é implacável com o erro. Sua consistência lógica e moral, aliada à sua força intelectual, representa uma ameaça a qualquer visão ideológica que procure utilizar o estado para refazer o mundo de acordo com algum plano pré-programado.  E, com a mesma intensidade, ela impressiona o leitor com uma visão auspiciosa do que pode ser realizado.
Rothbard começou a escrever este livro logo após receber uma ligação de Tom Mandel, um editor da Macmillan que havia visto um editorial de Rothbard no The New York Times publicado na primavera de 1971.  Foi a única comissão recebida por Rothbard em toda a sua vida de uma editora comercial.  Quando examinei o manuscrito original, tão consistente em sua tipografia e praticamente finalizado após o seu primeiro rascunho, pareceu-me visível que, para Rothbard, escrevê-lo foi uma alegria quase natural.  Ele é consistente, implacável e enérgico.
O contexto histórico ilustra um ponto que frequentemente é ignorado: o libertarianismo moderno não nasceu em reação ao socialismo ou ao esquerdismo — embora ele seguramente seja anti-esquerda e anti-socialismo.  Para ser mais exato, o libertarianismo, em seu contexto histórico, surgiu como uma resposta ao estatismo do conservadorismo e sua celebração seletiva de um planejamento central de estilo conservador.  Os conservadores podem não adorar o estado de bem-estar social ou as regulamentações econômicas excessivas, porém apreciam o exercício do poder em nome do nacionalismo, do belicismo, de políticas "pró-família" e da invasão da privacidade e da liberdade pessoal.  No período após o governo do democrata Lyndon Johnson, os presidentes republicanos, ainda mais do que os democratas, foram responsáveis pelas mais intensas expansões dos poderes executivo e judiciário.  E foi para defender uma liberdade pura contra as concessões e corrupções do conservadorismo — iniciando-se com o período de Nixon, porém continuando ao longo das presidências de Reagan e Bush — que a economia política rothbardiana foi criada.
Também é notável como Rothbard opta por não usar meias-palavras em seu argumento. Outros intelectuais que tivessem recebido um convite semelhante poderiam ter sucumbido à tentação de diluir seus argumentos, para torná-los mais palatáveis. Por que, por exemplo, defender a ausência do estado quando defender um governo limitado poderia trazer mais pessoas para o movimento?  Por que condenar o imperialismo americano quando fazê-lo apenas acabaria limitando a atração do livro a conservadores anti-soviéticos que, não fosse por este motivo, poderiam apreciar suas inclinações ao livre-mercado?  Por que se aprofundar tanto na privatização dos tribunais, estradas e dos sistemas hídricos e correr o risco de, ao fazê-lo, se indispor com tantas pessoas?  Por que entrar no terreno pantanoso da regulamentação do consumo e da moralidade pessoal — e fazê-lo com uma consistência tão desconcertante — quando seguramente um público maior teria sido atraído caso isto não fosse feito?  E por que entrar em detalhes como questões monetárias, bancos centrais e tópicos semelhantes quando um argumento mais diluído em prol da livre iniciativa teria agradado muito mais em termos gerais?
Porém, enfeitar e ceder para agradar ou ganhar mais público simplesmente não era uma de suas características. Ele sabia que tinha uma oportunidade única na vida de apresentar o pacote completo do libertarianismo, em toda a sua glória, e não estava disposto a abrir mão disto.  E é por isso que lemos neste livro não apenas um argumento para a diminuição do governo, mas também para a sua eliminação pura e simples; não apenas um argumento para a atribuição de direitos de propriedade, mas também para a submissão ao mercado até mesmo em questões relativas a aplicações de contratos; e não apenas um argumento a favor do corte do assistencialismo, mas também para o completo banimento de todo o sistema de bem-estar social.
Enquanto outras tentativas de se defender o libertarianismo, tanto antes quanto depois deste livro, costumam pedir por simples medidas de transição ou estão dispostas a ceder o máximo possível aos estatistas, não é isto que Murray nos oferece.  Não ele, para quem sistemas como vouchers escolares ou a privatização de programas governamentais não deveriam sequer existir.  Em seu lugar, ele apresenta e dá sequência à visão inteiramente completa e totalmente revigorante do que deve ser a liberdade.  É por isto que tantas outras tentativas semelhantes de se escrever o Manifesto Libertário não resistiram ao teste do tempo, enquanto este livro continua a ser tão procurado.
Da mesma maneira, muitos livros foram escritos sobre o libertarianismo durante estes anos, que cobriram apenas a filosofia, a política, a economia ou a história.  Aqueles que reuniram todos estes temas geralmente eram coletâneas de diversos autores.  Apenas Rothbard tinha o domínio em todos os campos, o que lhe permitiu escrever um manifesto integral — um que jamais foi superado.  E ainda assim, sua abordagem é tipicamente modesta: ele constantemente se refere a outros escritores e intelectuais do passado e de sua própria geração.
Ademais, algumas introduções deste tipo são escritas para dar ao leitor uma transição mais facilitada para um livro difícil; este, no entanto, não é o caso aqui.  Ele jamais se refere ao leitor com condescendência, mas sempre com clareza.  Rothbard fala por si mesmo.  Pouparei o leitor de uma lista de minhas partes favoritas, ou de especulações sobre quais passagens Rothbard teria tornado mais claras se ele tivesse tido a chance de lançar uma nova edição.  O leitor perceberá por sua própria conta como cada página exala energia e paixão, como a lógica de seu argumento é incrivelmente persuasiva, e como o fogo intelectual que inspirou esta obra escrita há mais de 40 anos continua a arder hoje com a mesma intensidade.
Este livro é considerado "perigoso" exatamente porque, uma vez ocorrida a exposição ao rothbardianismo, nenhum outro livro sobre política, economia ou sociologia poderá novamente ser lido da mesma maneira.  O que era um fenômeno comercial acabou por se tornar genuinamente um manifesto clássico, o qual, prevejo, será lido por muitas gerações vindouras.

Lew Rockwell é o presidente do Ludwig von Mises Institute, em Auburn, Alabama, editor do website LewRockwell.com, e autor dos livros Speaking of Liberty e The Left, the Right, and the State.


Tradução de Leandro Roque

Manobras pornograficas na area fiscal, estrito et lato sensi, caro leitor...

Pornográficas tanto no sentido próprio como no figura, na horizontal e na vertical, na promiscuidade e no contubérnio, na intenção e na prosopopéia, entendeu caro leitor?
Não importa, se você entendeu o não, isso não tem a menor importância: o governo faz o que quer com o seu, o meu, o nosso dinheiro, e depois, ainda precisa de mais, pois é um gastador renitente, verdadeiramente pornográfico, no sentido estrito e no sentido lato. Aí, ele busca esses entendimentos escabrosos, proibidos para menores de 18 anos, com grandes capitalistas, aqueles mesmos que financiam o partido e as campanhas eleitorais, e promete ser bonzinho se eles soltarem uma graninha extra, um pouco, justo para fechar o ano e o tal de superávit primário, que já não pode mais ser chamado de primário, pois é criminoso reincidente nos piores atentados à moral e aos bons costumes, quando não inscrito no 171, de roubo qualificado, destruição do patrimônio material e sobretudo moral da nação.
Quem mandou colocar gente assim onde não se deve?
Agora vai ter de aguentar.
Alguns não aguentam e abandonam o barco.
De fato, é preciso ter muito estômago para contemplar passivamente certas realidades pornográficas.
Paulo Roberto de Almeida

Novo logro fiscal

13 de outubro de 2013 | 2h 06
O Estado de S.Paulo
O pedido de demissão apresentado pelo subsecretário de Fiscalização da Receita Federal, Caio Marcos Cândido, no mesmo dia em que seus colegas tentavam explicar o bilionário programa de renegociação de dívidas tributárias sancionado pela presidente Dilma Rousseff, retrata a indignação dos contribuintes em dia com suas obrigações diante dos sucessivos esquemas que beneficiam contumazes devedores do Fisco ou que estão em litígio com ele.
Esse programa, além das características nocivas de todos os que o antecederam, tem também a de ser uma artimanha fiscal para ajudar o governo a alcançar o superávit primário de 2,3% do PIB, que, em respeito aos contribuintes, deveria ser alcançado por meio da gestão responsável dos recursos públicos.
Como continua a aumentar seus gastos em ritmo maior do que o crescimento normal da arrecadação tributária, o governo do PT vem recorrendo a diferentes tramoias para atingir o superávit primário necessário ao pagamento de suas obrigações financeiras. Ora retira do cômputo das despesas certos tipos de gastos, ora antecipa o pagamento, pelas estatais, de dividendos relativos a exercícios futuros.
Desta vez, ignorando as seguidas recomendações técnicas da Receita Federal, o governo adotou um programa de renegociação de dívidas tributárias muito mais amplo que os anteriores. O novo programa reabre o prazo para a adesão ao Refis da Crise, que permite a negociação de dívidas vencidas até 20 de novembro de 2008, e institui um bilionário plano de parcelamento de tributos cuja cobrança contribuintes estavam contestando na Justiça e outro que permite a negociação do Imposto de Renda e da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido sobre lucros obtidos no exterior.
O prazo máximo para o parcelamento varia de 10 a 15 anos, conforme o plano. Os devedores que pagarem à vista terão benefícios extras, como redução ou até anistia completa da multa, e diminuição do juros.
Trata-se de um benefício por atacado, de um "Refisão". A Receita estima em R$ 680 bilhões o total de tributos que podem ser negociados pelos contribuintes nas condições oferecidas pelo governo. Nem tudo, porém, será recuperado, pois grande parte do débito está sendo questionada na Justiça. Para aderir ao programa de parcelamento, o contribuinte tem de desistir da ação na Justiça.
Os resultados em termos de arrecadação dependerão do grau de adesão ao programa e da forma como o pagamento será feito. Mas a expectativa do Ministério da Fazenda é de que os contribuintes que aderirem - a lista inclui grandes bancos e empresas que atuam em outros países - recolham já em 2013 entre R$ 7 bilhões e R$ 12 bilhões. É dinheiro extra que, além de ajudar na obtenção do superávit primário, cria margem para o aumento de gastos em ano que antecede a eleição presidencial.
A Receita sempre contestou, com argumentos sólidos, programas desse tipo. O subsecretário de Arrecadação e Atendimento da Receita, Carlos Roberto Occaso, um dos funcionários escalados para explicar a medida, não hesitou em afirmar que os parcelamentos especiais concedidos aos contribuintes devedores são ineficazes para reduzir esses débitos, beneficiam grandes devedores, geram concorrência desleal com o contribuinte que recolhe os tributos em dia e, ao criarem a expectativa de que em algum momento haverá alguma forma de anistia fiscal, estimulam o não pagamento. No dia seguinte, a direção da Receita tentou dar o dito por não dito.
Por isso, ao apresentar os detalhes dos três planos de parcelamento, Occaso disse diversas vezes que a decisão "não passou" pela Receita Federal. "É importante frisar que foi iniciativa do Congresso e contou com o apoio do Executivo", ressaltou. O ministro da Fazenda, Guido Mantega, negociou pessoalmente o mais importante esquema de parcelamento, que se refere à tributação do lucro auferido no exterior por empresas coligadas ou controladas.
Em mensagem que postou no correio interno da Receita, o ex-subsecretário de Fiscalização afirmou que há tempos estava "incomodado com a influência externa" em decisões do órgão arrecadador nas quais, a seu ver, prevaleceram "posições menos técnicas e divorciadas do melhor interesse".

O Imperio e a defenestracao do Diretor da Opaq, Bustani: brutalmente,como de costume

O diplomata americano John Bolton é um mentiroso contumaz, e um dia vai se conhecer todos os dados desse ato brutal de decapitação de um diretor muito independente para o gosto do Império.
Não havia muito que o governo brasileiro pudesse fazer, a não ser escarcéu...
Paulo Roberto de Almeida

To Ousted Boss, Arms Watchdog Was Seen as an Obstacle in Iraq



Serge Ligtenberg/Associated Press
José Bustani, front, before a special session in 2002 that called for his removal as head of the Organization for the Prohibition of Chemical Weapons.


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PARIS — More than a decade before the international agency that monitors chemical weapons won the Nobel Peace Prize, John R. Bolton marched into the office of its boss to inform him that he would be fired.
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Doug Mills/The New York Times
John R. Bolton in 2005. Mr. Bolton disputed José Bustani’s account of why he lost his job, saying it was for incompetence.
“He told me I had 24 hours to resign,” said José Bustani, who was director general of the agency, the Organization for the Prohibition of Chemical Weapons in The Hague. “And if I didn’t I would have to face the consequences.”
Mr. Bolton, then an under secretary of state and later the American ambassador to the United Nations, told Mr. Bustani that the Bush administration was unhappy with his management style.
But Mr. Bustani, 68, who had been re-elected unanimously just 11 months earlier, refused, and weeks later, on April 22, 2002, he was ousted in a special session of the 145-nation chemical weapons watchdog.
The story behind his ouster has been the subject of interpretation and speculation for years, and Mr. Bustani, a Brazilian diplomat, has kept a low profile since then. But with the agency thrust into the spotlight with news of the Nobel Prize last week, Mr. Bustani agreed to discuss what he said was the real reason: the Bush administration’s fear that chemical weapons inspections in Iraq would conflict with Washington’s rationale for invading it. Several officials involved in the events, some speaking publicly about them for the first time, confirmed his account.
Mr. Bolton insists that Mr. Bustani was ousted for incompetence. In a telephone interview on Friday, he confirmed that he had confronted Mr. Bustani. “I told him if he left voluntarily we would give him a gracious and dignified exit,” he said.
As Mr. Bustani tells the story, the campaign against him began in late 2001, after Iraq and Libya had indicated that they wanted to join the Chemical Weapons Convention, the international treaty that the watchdog agency oversees. To join, countries have to provide a list of stockpiles and agree to the inspection and destruction of weapons, as Syria did last month after applying. Inspectors from the agency were making plans to visit Iraq in late January 2002, he said.
“We had a lot of discussions because we knew it would be difficult,” Mr. Bustani, who is now Brazil’s ambassador to France, said Friday in his embassy office in Paris. The plans, which he had conveyed to a number of countries, “caused an uproar in Washington,” he said. Soon, he was receiving warnings from American and other diplomats.
“By the end of December 2001, it became evident that the Americans were serious about getting rid of me,” he said. “People were telling me, ‘They want your head.’ ”
Mr. Bolton called on Mr. Bustani a second time. “I tried to persuade him not to put the organization through the vote,” Mr. Bolton said.
But still Mr. Bustani refused, and his fate was sealed. The United States had marshaled its allies, and at an extraordinary session, Mr. Bustani was ousted by a vote of 48 to 7, with 43 abstentions. He was reportedly the first head of an international organization to be pushed out of office this way, and some diplomats said the pressure campaign had made them uneasy.
Mr. Bolton’s office had also circulated a document that accused Mr. Bustani of abrasive conduct and taking “ill-considered initiatives” without consulting with the United States and other member nations, diplomats said.
But Mr. Bustani and some senior officials, both in Brazil and the United States, say Washington acted because it believed that the organization under Mr. Bustani threatened to become an obstacle to the administration’s plans to invade Iraq. As justification, Washington was claiming that Saddam Hussein, the Iraqi leader, possessed chemical weapons, but Mr. Bustani said his own experts had told him that those weapons were destroyed in the 1990s, after the Persian Gulf war.
“Everybody knew there weren’t any,” he said. “An inspection would make it obvious there were no weapons to destroy. This would completely nullify the decision to invade.”
Mr. Bolton disputed that account. “He made that argument after we invaded,” he said. Twice during the interview, Mr. Bolton said, “The kind of person who believes that argument is the kind who puts tin foil on his ears to ward off cosmic waves.”
But diplomats in The Hague said officials in Washington had circulated a document saying that the chemical weapons watchdog under Mr. Bustani was seeking an “inappropriate role in Iraq,” which was really a matter for the United Nations Security Council.
Avis Bohlen, a career diplomat who served as Mr. Bolton’s deputy before her retirement, said in a telephone interview from Washington on Saturday that others besides Mr. Bolton believed that Mr. Bustani had “stepped over some lines” in connection with Iraq and other matters. “The episode was very unpleasant for all concerned,” she said.
Speaking from São Paulo, Brazil, on Saturday, Celso Lafer, the former Brazilian foreign minister, said that in early 2002, he was asked to meet privately with Secretary of State Colin L. Powell, who a year earlier had praised Mr. Bustani’s leadership in a letter.
Mr. Lafer said Mr. Powell told him, “ ‘I have people in the administration who don’t want Bustani to stay, and my role is to inform you of this.’ ”
“It was a complicated process,” Mr. Lafer recalled, “with the United States and particularly John Bolton and Donald Rumsfeld wanting the head of Bustani.”
“My view,” he continued, “is that the neocons wanted the freedom to act without multilateral constraints and, with Bustani wanting to act with more independence, this would limit their freedom of action.”
Getting Mr. Bustani fired took some doing. Washington failed to obtain a no-confidence motion from the chemical weapons watchdog’s executive council. Then the United States, which was responsible for 22 percent of the agency’s budget at the time, threatened to cut off its financing and warned that several other countries, including Japan, would follow suit, diplomats have said.
Mr. Bustani recalled that the ambassador from Britain, one of the agency’s most committed member nations, told him that London had sent instructions to vote with Washington. With the United States and Japan covering almost half the budget, the organization ran the risk of collapsing, Mr. Bustani said.
On Friday, while fielding a flow of messages in his office, Mr. Bustani said he felt gratified about the Nobel Prize news and did not regret his days at the agency. “I had to start it from the beginning, create a code of conduct, a program of technical assistance,” he said. “We almost doubled the membership.”
He reflected on the contrast between Iraq and Syria. Inspectors from the agency are there now, cataloging the government’s stockpiles of chemical weapons as a step forward in Syria’s civil war, now in its third year.
“In 2002, the U.S. was determined to oppose Iraq joining the convention against the weapons, which it did not even have,” he said. “This time, joining the convention and having the inspectors present is part of the Syrian peace plan. It is such a fundamental shift.”

domingo, 13 de outubro de 2013

Recuerdos de uma Constituinte esquizofrenica (saiu uma Constituicao idem) - Percival Puggina


AOS QUE SABEM "DE OUVIR DIZER"
Percival Puggina, 13/10/2013


Vinte e cinco anos se passaram desde a promulgação da Constituição Federal. Um nada, na linha da história. Um vapt-vupt, na existência de cada um. No entanto, o leitor talvez se surpreenda ao saber que, segundo a pirâmide etária brasileira de 2010, apenas 31% dos cidadãos brasileiros de hoje tinham 18 anos ou mais naquela data. Portanto, sessenta e nove por cento sabem do processo constituinte de 1988 apenas por ouvirem dizer. E em questões de política e história recentes, saber por ouvir dizer, beber de solitária fonte, é das piores maneiras de ser informado.

            Surpreendeu-me a afirmação de Lula sobre a participação de seu partido na Constituinte. Segundo ele, se tivesse sido aprovada a constituição que o PT queria, "o país seria ingovernável, porque nós éramos duros na queda e muito exigentes". Com efeito, o PT da Constituinte detestou tanto o texto final que votou contra. Não satisfeito, anunciou que sequer iria assinar aquela coisa. Denegrindo a carta e seus autores, os petistas espalharam pelo país seu escândalo ante o "conservadorismo" do texto. Por um triz os deputados do partido não rasgaram as vestes na Praça dos Três Poderes. E só após muitos apelos de Ulysses Guimarães, consentiram em acrescentar seu precioso jamegão à Carta Magna. De nariz torcido, claro.

            Quem lê estas linhas em 2013 deve estranhar o fato de o PT haver sido derrotado pela maioria em 1988. Pois mais ainda o surpreenderá saber que para aquela importantíssima legislatura o partido de Lula conquistou apenas 16 das 487 cadeiras existentes à época na Câmara. E não elegeu um único senador. Os parlamentares do PT, PCB, PCdoB, PSB e PDT, somados aos esquerdistas do PMDB, compunham pequena minoria naquele plenário. Mas o reduzido grupo, liderado por José Genoíno e Roberto Freire, com apoio da CNBB, produzia um alarido de proporções nacionais em favor de teses comunistas na ordem econômica, socialistas na ordem social, populistas quase sempre. E demagógicas em tudo. Dá para reconhecer o estilo?

            Poucos, hoje, terão ouvido falar do "Centrão", o grupo de congressistas que se organizou para que houvesse um mimimum minimorum de racionalidade no novo texto constitucional, opondo-se às teses da esquerda radical, muito minoritária, mas muito organizada. Este último grupo dispunha, em seu favor, de notável suporte da mídia militante, que execrava o Centrão e o servia à opinião pública como Salomé, na bandeja das coisas odiosas, articuladas com as mais nefastas e malignas intenções. Abro parêntesis: é bom que se diga, a bem da verdade, que o Centrão não foi sempre majoritário e que as cisões eram frequentes no bloco diante das pressões desencadeadas de fora para dentro do plenário e das comissões. Fecho parêntesis. Assim, em 1988, a sensatez perdeu inúmeras partidas e o Brasil ganhou uma Constituição grávida de direitos, infértil de deveres. Nos anos seguintes presenciaríamos inesquecível surto inflacionário e depois, uma escalada tributária que persiste ainda hoje entre as mais altas do mundo.

            A intenção deste artigo, quando se comemoram os 25 anos da Constituição, é sublinhar o reconhecimento de Lula aos pecados de seu grupo no processo constituinte de 1988. Ao declarar que as propostas petistas tornariam o país ingovernável, ele admite ter sido bom que não hajam vingado. Mas elas não vingaram graças a resistência dos bravos que decidiram pagar o preço da impopularidade para que a Carta, enfim aprovada, fosse o menor dos males possíveis. Na contramão, 14 anos mais tarde, com as mesmas teses comunistas (na economia), socialistas (no social), populistas (em quase tudo) e demagógicas (sempre), o PT se tornou o maior partido político do país.

            Com ele, muito distante de qualquer sinal de contrição, prosperou seu exército de falsos "progressistas". São, entre outros, os fazedores de cabeça no meio escolar e universitário. E são os manipuladores da informação na mídia, das consciências em templos e da Justiça em tribunais.
_____________
* Percival Puggina (68) é arquiteto, empresário, escritor, titular do site www.puggina.org, colunista de Zero Hora e de dezenas de jornais e sites no país, autor de Crônicas contra o totalitarismo; Cuba, a tragédia da utopia e Pombas e Gaviões, membro do grupo Pensar+

Estatua da Liberdade oferecida para venda: quem pagar mais leva...

Bem, ainda não é o caso, mas deveria ser. Não tem por que parques, museus e monumentos nacionais fecharem ao público só porque uma porcaria que não funciona, chamada governo americano, fechou por falta de dinheiro.
Tem milhões de turistas querendo ver a Estátua da Liberdade, visitar os museus, ver ursinhos em parques, olhar para aquele buraco enorme chamado Grand Canyon, etc. Eles pagando, sem subsídio, fica tudo muito bem.
Os parques da Disney não fecham, certo?
Por que esses públicos fecham?
Só porque são mantidos por funcionários públicos?
Não tem problema: basta vender para a iniciativa privada que pode recontratar os mesmos funcionários, que já conhecem tudo, e eles até podem ficar com as gorjetas de 20%, como nos restaurantes e cafés.
Leilões para tudo isso: quem pagar mais leva...
Paulo Roberto de Almeida

Estados Unidos

Estátua da Liberdade reabre ao público

Ponto turístico de Nova York estava fechado devido à paralisação do governo federal por falta de pagamento de funcionários

A Estátua da Liberdade, em Nova York
Monumento estava fechado desde 1º de outubro (Spencer Platt/Getty Images)
A Estátua da Liberdade, fechada com a paralisação do governo federal dos Estados Unidos, foi reaberta aos visitantes neste domingo após o governo do estado de Nova York concordar em dar o dinheiro para que o Serviço Nacional de Parques pague os funcionários que trabalham no monumento. A atração está entre os dez monumentos e parques nacionais que reabriram neste fim de semana depois de acordos similares serem fechados com os governos estaduais, incluindo o Parque Nacional do Grand Canyon, no Arizona.
Em Nova York, o governador Andrew Cuomo disse que o estado vai dar ao governo federal 61 600 dólares por dia, permitindo aos visitantes voltarem às barcas que fazem a travessia até a ilha onde fica a Estátua da Liberdade. Em uma coletiva de imprensa neste domingo, Cuomo chamou o acordo de "arranjo incomum", mas disse que seu custo "é pequeno em comparação ao dinheiro que estamos perdendo".
O governador afirmou que o fechamento do monumento, uma das atrações mais populares da cidade de Nova York, estava causando prejuízo financeiro aos negócios locais e ameaçava centenas de empregos na Ilha da Liberdade, onde fica a estátua, e nas barcas que levam à ilha, a partir de Manhattan. O estado concordou em financiar os próximos quatro dias de funcionamento e vai rever o acordo a cada dois dias, se a paralisação do governo federal continuar.
Ao todo, 401 atrações administradas pelo Serviço Federal de Parques em todo os Estados Unidos foram forçadas a fechar ao público em 1º de outubro, após o Congresso dos EUA e a Casa Branca não conseguirem chegar a um entendimento sobre o aumento do teto da dívida do país.

Sete pontos turísticos fechados com a paralisação

A falta de recursos para cobrir os gastos do governo dos EUA fez com que algumas atividades fossem suspensas no país, entre elas o funcionamento dos parques nacionais. Confira sete atrações que terão de ficar de fora dos planos de turistas enquanto o governo não tiver dinheiro: 

Sugestao para as obras de infraestrutura do Brasil: contratar engenheiros do Hamas

É só uma sugestão, mas como as nossas obras de infraestrutura andam sendo construídas muito lentamente, se poder aventar a hipótese de o governo, assim como ele está importando médicos cubanos, importar alguns engenheiros do Hamas, que já provaram que são muito bons em qualquer tipo de construção.
Vejam a excelência desse túnel, que permite a um homem (OK, não pode ser jogador de basquete) circular tranquilamente, por vários quilometros, sem problemas, com direito a luz, sinalização, bolachas no caminho, etc.
O Hamas poderia, por exemplo, terminar a transposição do São Francisco: aposto como levaria menos tempo e custaria bem menos. Eles poderiam também fazer as estradas que o DNIT se mostra incapaz de fazer, construir pontes, construir barragens, portos, enfim, tudo aquilo de que o Brasil precisa e que o governo não consegue fazer.
Vamos começar um movimento em favor da vinda de engenheiros do Hamas: como para o caso dos médicos cubanos, faz-se uma medida provisória e aí não precisa nem de registro no CREA para começar a trabalhar. Basta depositar os salários na conta do Hamas, Faixa de Gaza...
Paulo Roberto de Almeida 

AS FORÇAS DE DEFESA DE ISRAEL DESCOBRIRAM UM TÚNEL DE 1,7 KM LIGANDO GAZA A ISRAEL
Dentro do túnel : Cimento, cabos e embalagens de doces israelenses.
O IDF relata que o túnel descoberto na fronteira com Gaza atingiu a profundidade de 22 metros, escavado em dois anos, e nunca concluído. Construtores, planejadores - todos vão pagar o preço ", promete general israelense
Por -Yoav Zitun (YNET)
Eles cavaram por dois anos. Usando martelos, brocas e pás, colocando milhares de arcos e blocos de cimento – usando inclusive alguns produtos israelenses  - com um peso total de 500 toneladas, instalação de cabos elétricos e de telefone.
O túnel descoberto e apresentado  pela IDF , na fronteira com a Faixa de Gaza, é excepcionalmente sofisticado e longo, medindo aproximadamente 1,7 km.
"Esta é a primeira vez que identificamos a localização de um túnel e expomos as fotos", disse um funcionário do Ministerio de Defesa, neste domingo. Nos últimos dias, as forças de engenharia de grande porte, empregando tratores e caminhões, descobriram aberturas e a trajetória do túnel, e revelaram um túnel de sofisticação surpreendente.

Dentro do túnel (Foto: Herzl Yosef)

O túnel começa perto da aldeia de Absan al-Zarir, a leste de Khan Yunis. A saída - 300 metros dentro do território israelense, dá num campo de trigo cultivado.
A profundidade média do túnel é de 18 metros, e atingiu uma profundidade máxima de 22 metros abaixo do solo, no lado palestino. No interior, o túnel era alto o suficiente para permitir que um homem pudesse andar livremente.
 Os cabos que cobriam as paredes do túnel permitiam as comunicações ininterruptas com a base, bem como ampla iluminação com lâmpadas alógenas para poupança de energia.

Sacos de material de construção, algumas deles feitos no Egito, mostram que a construção não tinha acabado, e não está claro o quão longe em Israel os palestinos planejavam entrar. Os construtores estão identificados por seus nomes inscritos nas paredes internas do tunel.
Soldados encontraram vários comestíveis e embalagens dentro do túnel, que testemunham o longo tempo que os construtores, provavelmente, gastaram dentro: salsichas, embalagens de chocolate datados de junho, laticínios e bebidas, que expiraram em 22/6/2013.
O túnel não foi exposto por acidente, como nos casos anteriores, mas devido a Divisão de Gaza do IDF, e às estimativas do Comando Sul e relatórios de patrulhas terrestres.
Em janeiro de 2013, algumas semanas após o término da Operação Pilar de Defesa, um grande túnel desabou em território israelense perto da cerca da fronteira, como resultado da chuva que inundou a área. As tropas da IDF foram chamadas para a área, e descobriram que o túnel fazia parte de um vasto sistema de tocas, estimando-se, assim, que muitos outros túneis podem estende-se desde a Faixa de Gaza até o território israelense.
A Brigada de Gaza começou a traçar prováveis túneis que poderiam ter sido construídos, utilizando a inteligência e ferramentas tecnológicas israelenses. 

Cerca de duas semanas atrás, as tropas de engenharia começaram a vasculhar um campo de trigo entre Ein Hashlosha e a cerca da fronteira. Na sequência de uma operação completa exploratória, de várias centenas de metros, as tropas foram determinado um túnel debaixo do campo.
O local foi então isolado e declarado zona militar fechada. As Brigadas Golani Brigade e a Brigada Blindada garantiram o complexo, com os tratores expostos nas rotas subterrâneas. Soldados de combate, em seguida, entraram nos túneis para garantir que nenhum explosivo estivesse colocado nas tocas.
O Chefe do Comando Sul, major-general Sami Turgeman, notou que este é o terceiro túnel descoberto este ano, e advertiu: "Esta é uma grosseira violação da soberania israelense, e se o Hamas continuar com suas intenções terroristas, especialmente através da construção de túneis, eles vão pagar um pesado preço, e Gaza não será a mesma. "
De acordo com Turgeman, "Eles estão cavando muitos túneis e é uma grande indústria que inclui casas e terrenos locados, planejadores, escavadoras e engenheiros. É uma indústria do terror, e todas as partes, desde os trabalhadores, até os planejadores, vão pagar o preço."

(Foto: Herzl Yosef)

Turgeman disse, recentemente, que o Hamas tem funcionado como um fator de restrição a ataques contra Israel, desde a operação Pilar de Defesa, em novembro de 2012, e repetiu esse comentário na manhã deste domingo. O major-general observou que o grupo ainda evita ataques contra Israel, mas acrescentou algumas críticas: ". Hamas investe dezenas de milhões de dólares em túneis, em vez de investi-los na comunidade, na construção de casas e escolas, empresas e indústria"

"O Hamas continua a se fortalecer, e tem aproveitado cinicamente nossas boas intenções quando deixamos materiais de construção entrarem na Faixa de Gaza para o setor privado, para os civis".
Após a exposição do túnel, o Coordenador de Atividades do Governo nos Territórios (COGAT), Eitan Dangot, ordenou que os embarques de materiais de construção para a Faixa cessem, até novo aviso.
Turgeman observou que túneis do tipo exposto podem ser utilizados para aequestros, ataques contra as forças IDF ou contra alvos civis: "O túnel pode estar ativo o tempo todo, não apenas em tempos de guerra, pois o Hamas está sob pressão depois de perder o apoio estratégico da Irmandade Muçulmana  do Cairo ".
O general acrescentou que o egípcios estão atualmente trabalhando ", e cortando as ligações da península do Sinai com a Faixa de Gaza."
O porta-voz do braço militar do Hamas, o Izz al-Din al-Qassam, comentou sobre a descoberta do túnel, "O desejo nas mentes e nos corações dos membros da resistência é muito mais importante do que os túneis que são escavados no solo. Este desejo é capaz de produzir milhares de túneis. "
O Comitê de Resistência Popular, disse que as alegações de Israel sobre a descoberta do túnel são uma tentativa de justificar uma futura agressão militar contra a Faixa de Gaza. O grupo deixou claro que a descoberta do túnel prova que Gaza pretende continuar suas operações com o objetivo de seqüestrar soldados israelenses para serem usados ??em troca de prisioneiros palestinos.

Da serie: Eu So' Queria Entender...

Sem necessariamente conseguir...
(Nem vou pedir para quem conseguir entender, me explicar; não faz nenhuma diferença, nenhuminha...)

"Tem uma infraestrutura muito importante para o Brasil, que é também a infraestrutura relacionada ao fato de que nosso país precisa ter um padrão de banda larga compatível com a nossa, e uma infraestrutura de banda larga, tanto backbone como backroll, compatível com a necessidade, que nós teremos para entrarmos na economia do conhecimento, de termos uma infraestrutura, porque no que se refere a outra condição, que é a educação, eu acho importantíssima a decisão do Congresso Nacional do Brasil em relação aos royalties".


"A destinação dos royalties e do fundo social para a educação, esses dois elementos, um de infraestrutura e outro na área de educação constituem nosso passaporte também para o futuro. Então, é um programa ambicioso, ele tem vários desdobramentos, ele não para aí, porque ainda inclusive nós não vamos iniciar esse processo, estamos em fase de discussão, esse que estou falando da banda larga. Mas eu estou aqui completando para vocês porque eu vou falar, aí, então, fica completado para vocês."

Ok, pessoal, esquece...

Servico de biografias nao autorizadas (e sem direito a copyright ou royalties)

Minha biografia de um famoso personagem da vida pública, dos ambientes artísticos, dos meios econômicos, do meio político, do mundo do esporte, enfim, um personagem múltiplo, só não posso revelar o nome, pois os juízes proíbem biografias não autorizadas (e mesmo que fosse autorizada, eu teria de conceder royalties ao biografado, o que sequer posso garantir, pois não sei a biografia vai vender e se vai render alguns tostões...).

Nasceu em... (não posso revelar pois isso poderia revelar 30% do personagem)
Cresceu em... (idem)
Estudou no... (idem)
Bem só sobram 10%, assim que vou ter de resumir:

Tornou-se uma figura famosa no ambiente nacional, em geral, para todos os efeitos práticos e os não práticos, e depois, sem sequer avisar os seus biógrafos e admiradores, desapareceu, misteriosamente, sem deixar maiores traços na história contemporânea do Brasil...

Basta, pois isso, do contrário o serviço de caça aos biógrafos metidos cassa o meu registro de blogueiro metido a escritor, e me coloca um processo por abusar da imagem da figura pública, que nunca foi tão pública quanto agora...

Paulo Roberto de Almeida

Privataria petralha das estradas patina e cai no buraco (Veja.com)

Infraestrutura
Governo patina na hora de privatizar — mas ainda dá tempo de aprender  
Reportagem do site de VEJA aponta os principais problemas nas concessões e especialistas em infraestrutura sugerem soluções viáveis
Ana Clara Costa, Naiara Infante Bertão e Talita Fernandes

As concessões de infraestrutura do governo Dilma já começaram — ainda que titubeantes. Dois trechos rodoviários (BR-050 e BR-262) foram ofertados ao setor privado em setembro e um deles fracassou. Até o final de 2013, outros sete trechos de rodovias e dois aeroportos serão leiloados: o de Galeão, no Rio de Janeiro, e Confins, em Minas Gerais. Em algum momento, portos e ferrovias deverão compor o conjunto de privatizações, mesmo que até agora não possuam sequer um edital. O setor privado não economiza queixas em relação a todo o processo. Considera as taxas de retorno insatisfatórias e algumas exigências descabidas, como a duplicação de alguns trechos de rodovias, mesmo se não houver demanda de tráfego para tanto. O governo anunciou que subsidiará algumas obras com o intuito de torná-las mais atrativas. Mas empresários estão desconfiados por ainda não saberem os termos de tais subsídios. O contexto econômico também não ajuda. O Brasil pode ter sua nota rebaixada pelas agências de classificação de risco devido à deterioração das contas públicas.

O governo enfrenta as limitações regulatórias e armadilhas típicas de um país que tem pouca experiência em privatizar. Transformar-se em uma nação de economia liberal não é tarefa simples para os latino-americanos — historicamente adeptos de políticas estatizantes. Com o PT, tal cenário se agrava porque o partido sempre se mostrou contra privatizações enquanto esteve na oposição. Agora, deixa claro ao setor privado que as concessões só estão acontecendo porque é inviável para o Estado financiar tantas obras — uma constatação óbvia, mas louvável, considerando os entraves ideológicos. O fato é que para que as concessões tenham sucesso, é preciso que mudanças ocorram. E isso o governo já percebeu ao leiloar a BR-262, que não teve interessados. Em conversa com investidores durante um evento do banco Goldman Sachs em Nova York, em setembro, a presidente Dilma falou sobre as rodovias. "Uma (a BR-050) teve uma ótima avaliação dos investidores. A outra (BR-262), estamos revendo. Inicialmente os investidores disseram que ela era viável, mas depois começaram a temer pelo tamanho do pedágio e da região. Vamos rever se ela precisa virar PPP ou obra pública", afirmou a presidente.
A constatação do setor privado sobre o fracasso, no entanto, foi outra. "O problema da BR-262 é que as premissas (engenharia, custeio e retorno) dos estudos feitos pelo governo estavam muito diferentes daquilo que o setor privado calculou", explica o advogado Felipe Kfuri, do escritório da advocacia L. O. Baptista SVMFA, especializado em obras de infraestrutura. Segundo Kfuri, o governo superestimou a demanda e os investimentos necessários, afugentando interessados. A exigência de duplicação da rodovia sem que houvesse projeção de demanda suficiente também criou desinteresse. Além disso, há o 'risco Dnit', que significa que o setor empresarial não confia no órgão ligado ao Ministério dos Transportes como 'mão forte' das concessões rodoviárias. "É preciso fazer estudos e projetos confiáveis, com detalhes realistas sobre o fluxo de carga, alto contingente populacional da região, quais vias estarão interligadas a outros modais. Enfim, é preciso integrar o trabalho estratégico e de engenharia. Sem isso, será um fracasso", aponta outro advogado do setor, Renato Poltronieri, do Demarest Advogados.
O fracasso da concessão da BR-262 é emblemático porque reúne praticamente todos os erros apontados por especialistas ouvidos pelo site de VEJA sobre o programa de privatizações do governo Dilma. Houve falha no planejamento, insegurança jurídica (risco Dnit), taxa de retorno pouco atrativa, falta de diálogo com o setor privado. O governo, contudo, percebeu que se mantiver a mesma atitude, colherá novos fracassos. Assim, após uma reunião de emergência convocada pela presidente Dilma um dia após o leilão, novas ideias surgiram: revisar o fluxo estimado de veículos, os investimentos necessários e, consequentemente, a necessidade de duplicação de determinados trechos. Para o setor privado, o governo, de certa forma, "caiu na real". Mas perceber o erro de apenas um projeto não é suficiente para um país que ocupa o 114º lugar em qualidade de infraestrutura num ranking de 148 nações feito pelo Banco Mundial. O site de VEJA conversou com especialistas do setor de infraestrutura que apontam os principais problemas e sugerem soluções para melhorar o programa de privatizações da administração petista.
Como melhorar o programa de privatizações do PT
O problema: planejamento e execução
"O processo está todo confuso. Não há um programa de privatizações bem fundamentado em um plano logístico. E sem planejamento, não há como controlar a execução. É tudo muito casuístico e fluido, com muita gente querendo mandar. E esse processo nasceu todo errado porque prevê que o investidor carregue nas costas o setor público. Não faz sentido, por exemplo, a Infraero estar presente na privatização de aeroportos e nem o Dnit permanecer em rodovias. Se eles fizeram um bom trabalho nessas áreas, por que o governo está privatizando, então?"
Como resolver: refazer
"A minha sugestão é parar tudo e reconstruir o arcabouço que foi levado adiante no governo FHC, com conselho, planejamento, aval do TCU antes de o modelo ser anunciado. Se não houver um processo mais estruturado, vai ser um fracasso atrás do outro. E, com a falta de interesse dos investidores, talvez essas privatizações rendam mais ônus para o Tesouro do que ganhos."
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