O que é este blog?

Este blog trata basicamente de ideias, se possível inteligentes, para pessoas inteligentes. Ele também se ocupa de ideias aplicadas à política, em especial à política econômica. Ele constitui uma tentativa de manter um pensamento crítico e independente sobre livros, sobre questões culturais em geral, focando numa discussão bem informada sobre temas de relações internacionais e de política externa do Brasil. Para meus livros e ensaios ver o website: www.pralmeida.org. Para a maior parte de meus textos, ver minha página na plataforma Academia.edu, link: https://itamaraty.academia.edu/PauloRobertodeAlmeida.

quarta-feira, 22 de janeiro de 2014

Radio France: uma senhora saudavel, ja passou dos 50 anos, mas ainda esbelta...

Tenho varios amigos na Radio France, inclusive na RFI.
Acabo de dar uma entrevista sobre a economia brasileira à Radio France Culture, ao meu amigo, e professor, Thierry Garcin, que já postei aqui (ver neste link).
Paulo Roberto de Almeida 

GERAL

Cartas de Paris: A casa redonda de Paris, por Danielle Legras

O Globo, 22/01/2014

maison de la radio fica num prédio imponente e cilíndrico localizado na requintada rive droite de Paris.
Projetado nos anos sessenta pelo arquiteto francês Henry Bernard, o edifício avant-garde possui dimensões faraônicas. São cem mil metros quadrados que se dividem em mil escritórios e sessenta e um estúdios de gravação. O arquiteto não hesitou ao utilizar os dois materiais mais inovadores da época: o alumínio e o vidro. O resultado é uma construção de aparência um pouco austera, mas de inegável beleza.
É nesta constelação de estúdios que sete estações de rádio transmitem diariamente alguns dos programas mais interessantes produzidos no país. Esta reunião de estações compreendem a Radio France, o serviço público radiofônico francês.
É preciso fazer um breve parênteses e ressaltar o fato de que a mídia radiofônica é uma verdadeira instituição na França. Talvez a grande demanda do público, explique a altíssima qualidade das diversas programações. Os temas são ricos e variados, um verdadeiro deleite.
A estação France Info se encarrega de uma cobertura jornalística non stop, elaborada com inteligência e sutilidade. Ela é composta de jornais, longas reportagens, análises e debates ligados à atualidade.

Radio France

A estação France Culture apresenta um vasto universo cultural cujos temas abordados englobam a literatura, o teatro, o cinema, a filosofia, a espiritualidade, e ainda as chamadas "culturas do mundo", análises sobre as problemáticas de diferentes países e regiões do planeta.
A estação France Inter, de temática geral, é definitivamente uma das mais populares dentre as que integram a Radio France. O programa da manhã, o "7/9", apresentado pelo jornalista Patrick Cohen, se encontra na pole position (em termos de audiência) dos demais programas matinais de rádio.
A estação Fip, possui uma programação exclusivamente musical que inclui todos os gêneros: variedades francesas, rock, word music, músicas de filmes, etc. Ela possui um repertório impressionante, já que a Radio France é a maior discoteca do mundo, contabilizando mais de 1.500.000 de CDs e discos. A estação France Musique se interessa unicamente à transmissão da música clássica e do jazz.
Por fim, a estação Le Mouv se dirige aos mais jovens e France Bleu se encarrega de 44 outras estações locais.
No ano passado, a maison de la radio festejou em grande pompa seus cinquenta anos. Então, vida longa à Radio France! Graças a ela e seus colaboradores, o mundo e seus infinitos paradoxos parecem menos absurdos e mais poéticos. Graças a ela, o jornalismo de qualidade ainda consegue se exprimir e chegar aos ouvidos do público.Vive la maison de la radio!

Danielle Legras é jornalista e tem duas grandes paixões, seu métier e Paris. Há dez anos, decidiu unir o útil ao agradável.

Geoeconomie du Bresil: um geant empetre? - article Paulo Roberto de Almeida

Acabo de receber a separata de meu artigo publicado na revista Géoéconomie, de Paris, conforme a ficha de publicação abaixo transcrita.
O link leva à separata do artigo publicado:


Géoéconomie 
(n. 68, Février 2014, p. 102-115; ISSN : 1284-9340). 
Disponível no site Academia.edu (link : https://www.academia.edu/attachments/32816791/download_file). 
Relação de Originais n. 2546.
Relação de Publicados n. 1123.

Revista Brasileira de Direito Internacional, Federalismo, Como se Faz uma Boa Tese de Doutorado em Direito

Destaco, particularmente, este último artigo, que deveria ser o primeiro, dada sua qualidade excepcional: 
O que é uma boa tese de doutorado em Direito?
Marcelo D. Varella, Nitish Monebhurrun


A Revista Brasileira de Políticas Públicas (Brazilian Journal of Law and Public Policy,  acaba de publicar seu último número em: 


Convidamos a navegar no sumário da revista para acessar os artigos e itens de interesse.

Neste número, há um dossier especial sobre Federalismo. 

Aproveitamos para chamar os interessados em publicar no próximo número. Entre as características da revista, destacam-se:

a) A revista é B1 no sistema Webqualis;

b) Tem em média 2400 acessos por artigo publicado, considerando a média de acessos em 10 anos;

c) Há 3750 leitores cadastrados voluntariamente;

d)Trata-se de uma revista em processo de internacionalização. Neste número, por exemplo, há também artigos inéditos propostos por autores dos Estados Unidos, Europa e Argentina.

Agradecemos seu interesse em nosso trabalho,
Marcelo D. Varella
Editor


Dossier Federalismo

Forma do Estado: Federalismo e repartição de competências
Carlos Bastide Horbach

Imunidade recíproca e federalismo: da construção norte-americana à atual posição do STF
Fernando Santos Arenhart

Justiça fiscal, paz tributaria e obrigações republicanas
Luís Carlos Martins Alves Júnior

Federalismo, estado federalista e a revalorização do município: um novo caminho para o século XXI ?
Antonio Celso Baeta Minhoto

Efeitos político-jurídicos da não institucionalizada paradiplomacia no Brasil
Gustavo de Souza Abreu

The management of public natural resource wealth
Paul Rose

A (in)competência do CONAMA para edição de normas sobre licenciamento ambiental: análise de sua juridicidade
André Fagundes Lemos


Outros temas

Teoría de la presión tributaria en base a la igualdad intergeneracional: una perspectiva financiera y tributaria del caso argentino
Luciano Carlos Rezzoagli, Bruno Ariel Rezzoagli

Crédito Tributário: garantias, privilégios e preferências
Luís Carlos Martins Alves Júnior

O parecer PGFN/CRJ 492/2011 e os efeitos da coisa julgada inconstitucional em face da segurança jurídica no estado democrático de direito
Antônio Frota Neves

A segurança jurídica administrativa na jurisprudência do supremo tribunal federal: uma análise acerca dos fundamentos normativos e dos argumentos jurídicos nos julgamentos dos mandados de segurança 24.781 e 25.116
Ana Paula Sampaio Silva Pereira


Avaliação Legislativa no Brasil: apontamentos para uma nova agenda de pesquisa sobre o modo de produção das leis
Natasha Schmitt Caccia Salinas

Políticas públicas, deveres fundamentais e concretização de direitos
Julio Pinhero Faro

Políticas públicas de guerra às drogas: o estado de exceção e a transição do inimigo schmittiano ao homo sacer de Agamben
João Víctor Nascimento Martins

New Institutions for the Protection of Privacy and Personal Dignity in Internet Communication – “Information Broker”, “Private Cyber Courts” and Network of Contracts
Karl-Heinz Ladeur

Responsabilidade civil e erro médico
Héctor Valverde Santana

A atual geração de energia elétrica segundo a lógica de mercado e sua ainda caracterização enquanto serviço público
Humberto Cunha Santos

Empresas, responsabilidade social e políticas de informação obrigatória no Brasil
Leandro Martins Zanitelli

O outro e sua identidade: políticas públicas de remoção e o caso dos agricultores do parque estadual da Pedra Branca/RJ
Andreza Aparecida Franco Câmara

A legitimação do aborto à luz dos pressupostos do estado democrático de direito
Teresinha Inês Teles Pires

Juspositivismo, discricionariedade e controle judicial de políticas públicas no direito brasileiro
Guilherme Valle Brum

A governança transnacional ambiental na RIO + 20
Paulo Márcio Cruz, Zenildo Bodnar

O que é uma boa tese de doutorado em Direito?
Marcelo D. Varella, Nitish Monebhurrun
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Marcelo D. Varella

Mercosul: a caminho do desmantelamento? - Infolatam Efe

America Latina Mercosur

Uruguay no descarta que algún país quede fuera de acuerdo Mercosur-UE

Infolatam Efe
Montevideo, 21 enero 2014

Las claves
  • Con respecto a la negociación bilateral del pacto comercial entre el bloque formado por Argentina, Brasil, Paraguay, Uruguay y Venezuela y la UE, Almagro aseguró que "el Mercosur va bastante más adelantado que la UE, y ha trabajado mucho" en su oferta comercial, cuya entrega estaba prevista para finales de 2013, pero que aún no ha sido presentada.
El canciller uruguayo, Luis Almagro, dejó hoy abierta la posibilidad de que alguno de los países del Mercado Común del Sur (Mercosur) quede fuera del acuerdo comercial que se negocia con la Unión Europea (UE), si bien el objetivo es que todos participen de ese pacto.
El ministro advirtió de que durante la próxima cumbre de Mercosur, prevista para mediados de febrero en Venezuela, se verá si se presenta “un acuerdo de tres países más uno, o si se firma el acuerdo de un sólo país junto con aportaciones de otras naciones”, entre otras opciones.
“El objetivo inicial es que todos los países del Mercosur lleguen juntos al acuerdo con la UE”, insistió Almagro, que se expresó así durante un receso de la III Conferencia de Estados Parte de la Convención Interamericana de los Derechos Humanos, celebrada hoy en Montevideo.
Con respecto a la negociación bilateral del pacto comercial entre el bloque formado por Argentina, Brasil, Paraguay, Uruguay y Venezuela y la UE, Almagro aseguró que “el Mercosur va bastante más adelantado que la UE, y ha trabajado mucho” en su oferta comercial, cuya entrega estaba prevista para finales de 2013, pero que aún no ha sido presentada.
Pese a ello, admitió que la propuesta de Argentina contenía “unos niveles de cobertura inferiores en comparación con los otros países del Mercosur”, por lo que se instó al Gobierno de Cristina Fernández a que “trabajara para aumentar los porcentajes” de dicha cobertura.
Almagro indicó además que “se espera que la Unión Europea tenga preparada su propuesta en este mes de enero”, después de que el pasado mes de diciembre representantes de la UE solicitasen un aplazamiento en el intercambio de ofertas debido al parón navideño de las instituciones comunitarias.
Este aplazamiento coincide con la postergación en dos ocasiones de la fecha de la cumbre de Mercosur, prevista inicialmente para el 17 de diciembre de 2013 en Caracas, trasladada después a finales de enero, y pospuesta finalmente para mediados de febrero por motivos de agenda de los líderes del bloque.
La negociación entre el Mercosur y la UE comenzó formalmente en 2000, pero desde entonces se ha prolongado sin éxito, e incluso llegó a paralizarse por completo en 2004.
Fue retomada en 2010, pero el proceso quedó nuevamente aplazado por la crisis que significó la suspensión de Paraguay en junio de 2011, tras la destitución del entonces presidente Fernando Lugo.
La suspensión de Paraguay acabó el pasado 15 de agosto, cuando asumió como nuevo presidente del país Horacio Cartes, con lo cual la negociación se reanudó, y se acordó proceder con el intercambio de ofertas antes de final de 2013.

terça-feira, 21 de janeiro de 2014

Alba: o avatar de Chavez e o seu futuro - Douglas Farah

Description: Description:  
Perspectives on the Americas
A Series of Opinion Pieces by Leading Commentators on the Region
The Future of the Bolivarian Revolution in the Post-Chávez Era”

by Douglas Farah
Senior Non-Resident Associate
Center for Strategic and International Studies;
President
IBI Consultants;
Washington, D.C.

January 21, 2014
__________________

Throughout his years in power, but particularly beginning in 2004, Venezuelan president Hugo Chávez spent a significant amount of political and economic capital creating a structure to carry out his dream of establishing a regional alliance of countries espousing his “Socialism for the 21st Century” doctrine and enmity toward the United States.

Grouped under the Bolivarian Alliance for the Peoples of Our America (ALBA) and including Iran as an observer, the alliance was largely sustained by Chávez’s vision and Venezuela’s largess in the form of petroleum and petroleum products at steeply discounted prices, as well as other economic benefits for member nations. In return, Chávez received international solidarity and a platform for launching a new regional defense doctrine in which the United States was identified as the primary external threat.[1]

A key question in the post-Chávez era is what will become of the Bolivarian edifice now under construction and whether it can survive without Chávez’s leadership. Adding to the challenges of consolidating the effort are Venezuela’s severe financial and economic crises, which are choking off vital resources needed to move the alliance forward and achieve its key objectives. At the same time, Iran’s primary interlocutor with Chávez, Mahmoud Ahmadinejad, has left power, replaced by Hassan Rouhani, who has few of the personal relationships in Latin America that his predecessor had.

A brief look at Chávez’s efforts demonstrates how much importance he placed on the ALBA project. He poured millions of dollars into the successful presidential campaigns of Rafael Correa in Ecuador, Evo Morales in Bolivia and Daniel Ortega in Nicaragua, and then provided them with hundreds of millions of dollars a year in financial aid in the form of cheap oil and cash handouts. In Cuba, the Raúl Castro government has also benefitted from billions of dollars in oil handouts a year (about 120,000 bpd, worth more than $3 billion a year in each of the past three years)[2].

Chávez also spearheaded the entry of Iran into the region in new and expansive ways, while offering military and diplomatic support to the Revolutionary Armed Forces of Colombia (FARC) and state protection to the organization’s cocaine trafficking activities. A significant effort was made to develop a joint military doctrine of asymmetrical warfare based on the thesis that the United States was the biggest external threat to the region. Chávez was also instrumental in creating a new virtual currency, the sucre, to circulate among the member countries of the Bolivarian alliance and wean their economies from their dependence on the dollar.[3]

Despite ALBA’s current difficulties there are several reasons to believe that while the Bolivarian Alliance might not expand in the near future, reports of its demise could be premature. The first is that the Alliance and Iran jointly seem to have taken coordinated steps to prepare for Chávez’s death, spreading some of the responsibilities for different elements of the project to other nations. This has had the effect of diffusing some of ALBA’s more troublesome activities, such as aiding Iran in sanction-busting activities, in countries that are far less monitored by the outside world than Venezuela.

Chávez and Ahmadinejad also took steps to institutionalize what was, in the beginning, a relationship almost entirely dependent on the two leaders’ personal relationship. Since 2010, Venezuela and Iran have strengthened their ties at the ministerial level and on the commercial front, lessening the impact of the individual actors and allowing the traditional bureaucracies to keep things flowing.

One clear example of the decentralization strategy is the emergence of Ecuador as the key financial hub, both for Alliance members and Iran. Ecuador’s activities include giving Iran access to its banking structure in order to help Iran evade international sanctions and working with Iranian financial institutions initially headquartered in Caracas.[4]

Bolivia has become much more active in regional military-training activities, hosting the Bolivarian officers near the city of Santa Cruz. The courses are specifically designed to eradicate all vestiges of U.S. military doctrine in the region.[5] Nicaragua has assumed a leadership role in hosting radical Shi’ite imams visiting the region, primarily Central America. And Cuba has played an ever-greater role in coordinating intelligence among ALBA nations, and between ALBA’s members and Iran.

This division of labor began as the seriousness of Chávez’s illness became apparent. While Nicolás Maduro was given the reins to succeed Chávez in Venezuela, within the ALBA bloc it is Rafael Correa who has assumed a greater public leadership role, while the Castro brothers have reasserted themselves as guardians of the revolutionary flame.

A key new player in the Bolivarian bloc is Argentina, one of South America’s most important countries and one of the few capable of taking over significant responsibilities in the alliance. While Argentina has not officially joined ALBA, the deep friendship between Chávez and Argentine President Cristina Fernández de Kirchner helped turn Argentina into a de facto active partner in ALBA and a key partner in hosting trilateral dealings among Argentina, Venezuela and Iran.

The most conspicuous change has been Fernández de Kirchner’s ongoing efforts to normalize Argentina’s long-hostile relationship with Iran, initially ruptured following the indictment of seven senior Iranian officials in the 1994 attack on a Jewish center in Buenos Aires that killed 85 people. Fernández de Kirchner has signed a memorandum of understanding with Iran, virtually disowning the seven-year investigation into the case by Argentine prosecutors who indicted senior Iranian officials. Her actions could potentially lead to the lifting of the INTERPOL Red Notices against senior Iranian officials implicated in the 1994 bombing.[6]

Argentina also has dramatically increased its fuel imports from Venezuela during the past three years, while agreeing to carry out a series of investments to stimulate the Venezuelan economy in specific sectors, such as the building of computers and cell phones. Argentina’s bilateral trade with Iran has grown from $100 million in 2007 to some $2 billion in 2011.[7]

Another development that might aid ALBA could well be the successful conclusion of peace talks between the Colombian government and the FARC guerrillas, now underway in Cuba. Chávez’s reputation had suffered because of his support for the oldest insurgency in Latin America, and also had been a drain on the Venezuelan treasury, at least in the early days.

In recent years, as the involvement of senior Venezuelan military and intelligence officials in the cocaine trade became more evident, the financial flows may have been reversed[8]. If the peace talks are successful and the FARC enters the Colombian political process as a political party, it will remove a significant thorn in the side of the Venezuelan government and its ALBA allies, which have had to constantly defend themselves against charges of supporting an armed insurgency that has been deeply involved in the drug trade while fighting against a democratically-elected government. This, in turn, would lessen pressure on the ALBA bloc in general, which would then be able to claim that it supported a negotiated end to an insurgency that has lasted almost half a century.

Finally, Chávez and his Bolivarian allies have likely learned an important lesson from Cuba’s survival, despite a U.S. embargo and the collapse of the Soviet Union: with proper political controls, economic meltdowns do not necessarily translate into widespread and unmanageable social unrest.

The ALBA project is important to the greater Bolivarian vision, fostered by Chávez, of a regional approximation of Simón Bolivar’s dream of a united Latin America. Despite the crisis at home, Venezuela is likely to continue to prioritize maintaining its regional influence through ALBA. So far, while some aid has been trimmed in Bolivia, the oil giveaways to Cuba, Nicaragua, El Salvador and the Caribbean continue. Iran, while not likely to maintain as visible a presence as it did under Ahmadinejad, desperately needs the same things it has needed in the past: access to banks to move money, access to dual-use technology and international allies. It has, in the past, been willing to pay a significant premium to maintain these things, and likely will remain willing to do so as negotiations with the West continue.

Taken together, the above-mentioned factors will likely keep the Bolivarian project in a holding pattern: unable to fulfill its expansionist dreams due to a lack of resources but unlikely to collapse or go into full retreat. Despite its economic woes, Venezuela generates billions of dollars in oil revenues and can put enough resources into the ALBA project to keep it alive, particularly with the help of Iran. This, in turn, will likely mean the current U.S. strategy of containment and relatively little engagement in the region will remain unchanged.





[1] Douglas Farah, “Transnational Organized Crime, Terrorism, and Criminalized States in Latin America: An Emerging Tier-One National Security Priority,” Strategic Studies Institute, U.S. Army War College, August 16, 2012, accessed at:http://www.strategicstudiesinstitute.army.mil/pubs/display.cfm?pubID=1117
2 Alejandro Grisanti, “Venezuela’s Oil Tale,” Americas Quarterly, Spring 2011, accessed at:http://www.americasquarterly.org/node/2436
3 See, for example, the SUCRE website, with articles such as “ALBA Constituirá eje de desarrollo económico para declarer le region libre de miseria,” SUCREALBA, July 30, 2013, accessed at:http://www.sucrealba.org/index.php/noticias/135-noticia300720131
4 See Douglas Farah and Pamela Philips Lum, “Ecuador’s Role in Iran’s Latin American Financial Structure: A Case Study of the Use of COFIEC Bank,” International Assessment and Strategy Center, March 12, 2013, accessed at:http://www.strategycenter.net/research/pubID.304/pub_detail.asp
5 For a flavor of the language used to describe the academy see “ALBA School of Defense and Sovereignty Opens,” Anti-Imperialist New Service, June 14, 2011, accessed at: http://www.anti-imperialist.org/alba-school-of-defense-opens_6-14-11.htm
6 For a more complete look at the case of Argentina, Iran and Venezuela, see: Douglas Farah, “Back to the Future: Argentina Unravels,” International Assessment and Strategy Center, February 27, 2013, accessed at: http://www.strategycenter.net/research/pubID.303/pub_detail.asp
7 Stephen Johnson, “Iran’s Influence in the Americas,” Center for Strategic and International Studies, March 2012, p. 63, accessed at:http://csis.org/files/publication/120312__Johnson_Iran'sInfluence_web.pdf
8 In September 2008 the U.S. Department of Treasury designated three senior Venezuelan officials for their support of the FARC and its cocaine trafficking activities. The three were Hugo Armando Carvajal, at the time Venezuela’s director of military intelligence; Henry de Jesus Rangel, head of civilian intelligence; and Ramón Emilio Rodriguez Chacín, who had just left the cabinet, where he was serving as miniter of interior. See: “Treasury Targets Venezuelan Government Officials Supporting the FARC” U.S. Treasury Department Press Center, September 12, 2008, accessed at:http://www.treasury.gov/press-center/press-releases/Pages/hp1132.aspx




Douglas Farah is the president of IBI Consultants, a national security consulting firm, and a senior non-resident associate at CSIS in Washington, D.C. For the two decades prior, he was an award-winning foreign correspondent and investigative reporter for the Washington Post and other publications covering Latin America and West Africa. Farah is the author of two books, Blood from Stones: The Secret Financial Network of Terror, Broadway, 2004, and Merchant of Death: Money, Guns, Planes and the Man Who Makes War Possible, J. Wiley, 2007.  He has testified before the U.S. Congress on issues related to transnational organized crime, terror finance and Iran’s role in Latin America.



Description: Description: StateDeptColorSeal
The Center for Hemispheric Policy receives financial support from the Bureau of Educational and Cultural Affairs of the United States Department of State.



All statements of fact or expression of opinion contained in this publication are the responsibility of the author.







[1] Douglas Farah, “Transnational Organized Crime, Terrorism, and Criminalized States in Latin America: An Emerging Tier-One National Security Priority,” Strategic Studies Institute, U.S. Army War College, August 16, 2012, accessed at:http://www.strategicstudiesinstitute.army.mil/pubs/display.cfm?pubID=1117
[2] Alejandro Grisanti, “Venezuela’s Oil Tale,” Americas Quarterly, Spring 2011, accessed at:http://www.americasquarterly.org/node/2436
[3] See, for example, the SUCRE website, with articles such as “ALBA Constituirá eje de desarrollo económico para declarer le region libre de miseria,” SUCREALBA, July 30, 2013, accessed at:http://www.sucrealba.org/index.php/noticias/135-noticia300720131
[4] See Douglas Farah and Pamela Philips Lum, “Ecuador’s Role in Iran’s Latin American Financial Structure: A Case Study of the Use of COFIEC Bank,” International Assessment and Strategy Center, March 12, 2013, accessed at:http://www.strategycenter.net/research/pubID.304/pub_detail.asp
[5] For a flavor of the language used to describe the academy see “ALBA School of Defense and Sovereignty Opens,” Anti-Imperialist New Service, June 14, 2011, accessed at: http://www.anti-imperialist.org/alba-school-of-defense-opens_6-14-11.htm
[6] For a more complete look at the case of Argentina, Iran and Venezuela, see: Douglas Farah, “Back to the Future: Argentina Unravels,” International Assessment and Strategy Center, February 27, 2013, accessed at: http://www.strategycenter.net/research/pubID.303/pub_detail.asp
[7] Stephen Johnson, “Iran’s Influence in the Americas,” Center for Strategic and International Studies, March 2012, p. 63, accessed at:http://csis.org/files/publication/120312__Johnson_Iran'sInfluence_web.pdf
[8] In September 2008 the U.S. Department of Treasury designated three senior Venezuelan officials for their support of the FARC and its cocaine trafficking activities. The three were Hugo Armando Carvajal, at the time Venezuela’s director of military intelligence; Henry de Jesus Rangel, head of civilian intelligence; and Ramón Emilio Rodriguez Chacín, who had just left the cabinet, where he was serving as miniter of interior. See: “Treasury Targets Venezuelan Government Officials Supporting the FARC” U.S. Treasury Department Press Center, September 12, 2008, accessed at:http://www.treasury.gov/press-center/press-releases/Pages/hp1132.aspx

Eleicoes 2014: a "turma da bufunfa" quer rifar os companheiros


Description: Description:  
Perspectives on the Americas
A Series of Opinion Pieces by Leading Commentators on the Region
A "turma da bufunfa", como a ela se refere um desses keynesianos de botequim, já apoiou entusiasticamente o guia genial dos povos, já que a alternativa era bem mais intervencionista. Agora parece que, com as trapalhadas dos trapalhões do cerrado central no comando da economia, os banqueiros e outros representantes da financeirização, como eles também gostam de dizer, estariam se inclinando pela candidatura socialista, que no papel é ainda mais esquizofrênica, mas que na prática seria menos propensa à extorsão, como faz a máfia atual.
Enfim, parece que o atraso mental continua, embora, em última instância, o capital sempre vence...
Paulo Roberto de Almeida 

Setor financeiro quer mudança no Planalto


Por Talita Moreira | De São Paulo
Valor Econômico, 21/01/2014
Agência Brasil
A campanha eleitoral nem começou oficialmente, mas a alta esfera do mercado financeiro já tem seu cenário ideal. Não há uma inclinação clara por um candidato, mas, na visão de banqueiros e gestores de recursos ouvidos pelo Valor, o melhor dos mundos seria que a presidente Dilma Rousseff não se elegesse para um segundo mandato. No entanto, eles próprios consideram essa possibilidade muito remota.
Alguns têm simpatia pela dupla formada pelo governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB) e pela ex-senadora Marina Silva (PSB). Outros gostariam de ver Aécio Neves (PSDB) no Planalto. Porém, acima da preferência por um outro candidato, está o desejo de mudanças na condução da política econômica.
O que agrada ao mercado, sobretudo, são os nomes dos conselheiros econômicos por trás dos candidatos de oposição. Aécio conta com o apoio de peso do ex-presidente do Banco Central Arminio Fraga, sócio da Gávea Investimentos. Campos e Marina têm o respaldo do economista Eduardo Giannetti, também adepto de uma linha de pensamento pautada pelo controle da inflação, pela livre flutuação do câmbio e pelo controle fiscal - o chamado tripé macroeconômico. São questões que, na visão de fontes de instituições financeiras, foram deixadas de lado no governo atual.
Se não reverter esse quadro, Dilma chegará às eleições em uma situação bem diferente da enfrentada por Luiz Inácio Lula da Silva em 2006. Com a economia estabilizada e crescendo, o então presidente contava com o apoio do setor financeiro para se reeleger.
Segundo pesquisa divulgada no início de dezembro pelo Datafolha, a presidente tem 47% das intenções de voto em eventual disputa com Aécio e Campos, ou 42% se a candidata do PSB for Marina. Nos dois cenários, Dilma subiu em relação ao levantamento anterior.
"A reeleição já está no preço [dos ativos]. Qualquer outro que seja o vencedor levará a uma alta no mercado", afirma um graduado banqueiro. O mesmo raciocínio é ouvido em algumas das principais instituições financeiras do país.
Segundo esse banqueiro, caso algum opositor mostre chance de ganhar ou de levar a decisão para o segundo turno, poderá haver no mercado um efeito parecido com o que se viu na eleição de Fernando Henrique Cardoso, em 1994. Inicialmente, a euforia dos investidores levou a uma subida nos preços. Porém, em seguida, o mercado fez ajustes ao assimilar que o novo governo levaria um tempo para adotar as medidas prometidas.
Para parte do mercado, há outro temor no caso de algum candidato da oposição mostrar chances mais concretas de duelar com Dilma nos próximos meses. O receio é que o governo adote políticas de estímulo à atividade econômica que acentuem o desequilíbrio fiscal em busca de um cenário mais favorável à reeleição.
Não que haja algo especificamente contra Dilma ou o PT. O problema, dizem essas fontes, é que a condução da política econômica tem deixado a desejar. O temor é que o afrouxamento fiscal visto em 2013 se aprofunde num segundo mandato.
A preocupação com o futuro não é o único fator que desperta receio. Ainda está viva na memória dos banqueiros a cruzada promovida por Dilma em abril de 2012 contra os spreads, o ganho dos bancos nas operações de crédito. Meses depois, o governo ensaiou um movimento semelhante com as tarifas bancárias. Além da pressão política para que as instituições reduzissem as taxas cobradas, o governo mudou a concorrência ao usar os bancos públicos para puxar para baixo os juros de diversas linhas.
O clima, porém, já foi pior. Medidas recentes adotadas pelo governo com a promessa de controlar as contas públicas foram bem recebidas e poderiam reverter o cenário atual. Mas é preciso tempo para saber se houve, de fato, uma mudança de rumo ou se são ações pontuais, diz fonte de um banco.
Ao longo dos últimos dois meses, o Valor conversou sobre eleições com duas dezenas de executivos de algumas das principais instituições financeiras do país. Todos falaram sob a condição de que seus nomes não fossem revelados.
Em alguns casos, há uma simpatia mais clara pela aliança Campos/Marina, que representaria uma fonte de renovação para a política. Foram muito bem recebidas, no ano passado, declarações dadas por eles na defesa de uma política fiscal mais austera. Para esses interlocutores, faltaria a Aécio Neves o fator "novidade". Na opinião de um banqueiro, o PSDB não soube renovar seu projeto político e faltaria carisma ao candidato tucano.
Outra frente, no entanto, prefere Aécio justamente por representar um nome mais consolidado entre os eleitores e um projeto sem grandes surpresas. Quem defende essa linha de raciocínio acha que falta a Eduardo Campos se tornar mais conhecido. "Ele tem feito um bom trabalho em Pernambuco, mas ninguém o conhece muito bem", observa um executivo.
Na tentativa de ganhar mais trânsito entre as instituições financeiras, Campos e Marina têm feito um périplo nos bancos. E com isso têm conquistado alguns adeptos. Recentemente, Campos propôs um encontro com executivos de bancos médios, onde há uma preferência por Aécio. Depois da reunião, realizada na sede da Associação Brasileira de Bancos (ABBC), alguns banqueiros diziam ter mudado seu voto para Campos.
Ao menos por enquanto, as instituições financeiras têm evitado adotar posições claras. Além de o cenário mais provável ser a reeleição, não é praxe entre os bancos apoiar abertamente um candidato. "De forma bem pragmática, o melhor sempre é apoiar quem está no poder", diz um vice-presidente de um banco. Por isso, a cautela na hora de apoiar nomes específicos.
O que as instituições têm feito é promover encontros com os principais candidatos e com integrantes da equipe econômica de Dilma para ouvi-los e conhecer melhor suas propostas.
O Credit Suisse e o Itaú BBA são dois dos bancos que têm promovido palestras dos candidatos para grandes clientes. Em outubro, Aécio se apresentou em um evento realizado pelo BTG Pactual em Nova York com investidores e executivos de empresas. No mês seguinte, Campos esteve em um jantar promovido por José Berenguer, presidente do J.P. Morgan.
Em outubro, uma palestra de Marina no Credit Suisse colocou abertamente no cenário eleitoral o debate sobre os rumos da política econômica. A ex-senadora deixou boa impressão nos convidados ao fazer uma defesa veemente do tripé macroeconômico. Na semana anterior, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, também havia feito uma apresentação nesse ciclo de debates do banco suíço.
Para um gestor de recursos, o debate é positivo porque pode, inclusive, levar Dilma a adotar uma política fiscal mais conservadora.
A interlocução com candidatos de vários matizes e a preferência por não manifestar apoios explícitos têm sido a tônica das instituições financeiras nas eleições mais recentes.
Nem sempre foi assim. Mais de uma década atrás, a Federação Brasileira de Bancos (Febraban) chegou a ter uma postura mais política. Trabalhava para a entidade, por exemplo, o consultor político Ney Figueiredo, fundador do Centro de Pesquisas de Opinião Pública da Unicamp.
Desde que a Febraban passou a contar com a presença dos bancos públicos na sua diretoria, deixou de fazer sentido para a entidade levantar qualquer tipo de debate político. Agora, os bancos adotam posturas mais individuais. (Colaborou Carolina Mandl)