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domingo, 23 de março de 2014
Diplomatas e os desafios do presente: acoes e omissoes - Paulo Roberto de Almeida
Venezuela na OEA (nao exatamente): e o Brasil? Ativo, como sempre...
Venezuela abafa discurso de opositora na OEA
Com ajuda do Brasil, governo venezuelano manobra para impedir discurso da deputada María Corina Machado, uma das líderes da oposição a Nicolás Maduro
Em um primeiro momento, o Conselho Permanente da organização decidiu pela proibição do acesso do público e da imprensa à reunião. A proposta recebeu 22 votos a favor, 11 contra e uma abstenção. Posteriormente, os membros da OEA resolveram simplesmente eliminar da agenda o tópico dedicado à crise venezuelana, decisão que contou com 22 votos a favor, três contra e nove abstenções. Nos dois casos, o Brasil se posicionou a favor da censura à deputada.
Reinaldo Azevedo: A mais recente delinquência do Itamaraty
María Corina só conseguiu se manifestar brevemente, e a portas fechadas, graças à delegação do Panamá, que cedeu o seu tempo para a venezuelana discursar. No início deste mês, após a representação panamenha solicitar a convocação dos chanceleres do órgão para discutir a crise, Maduro anunciou que estava cortando relações com o país.
Censura - Depois do encontro, María Corina deixou claro que as manobras para impossibilitar sua fala na OEA foram um ato de censura. "É a mesma censura que o regime da Venezuela nos impôs. Seu braço censor chegou até aqui", disse a deputada, em entrevista coletiva. "Eles demonstraram que têm medo da divulgação da magnitude da repressão na Venezuela", completou. A parlamentar afirmou ainda que a oposição venezuelana pretende levar uma lista de exigências à OEA, entre elas a aplicação da Carta Democrática Interamericana - que estabelece princípios democráticos para os países-membros da organização -, uma resolução condenando a existência de presos políticos no país e o envio de uma missão de observação. “Não estamos pedindo um favor. Estamos exigindo um direito”, disse Corina.
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A oposição venezuelana, no entanto, vai ter dificuldades para arrancar alguma coisa da OEA, cuja ação diante dos protestos que já deixaram mais de 30 mortos tem sido limitada pelos aliados do governo chavista. A iniciativa do Panamá de convocar os chanceleres da organização para avaliar a crise foi frustrada. Na sequência, Maduro conseguiu que seus amigos na Unasul, grupo formado para servir de palanque regional para o mentor de Maduro, o coronel Hugo Chávez, criassem uma comissão para “acompanhar, apoiar e assessorar um diálogo político amplo e construtivo” – atuação que promete ser inócua diante da gravidade da crise na Venezuela.
Em VEJA: Maduro sufoca venezuelanos, mas Brasil silencia e PT aplaude
A proposta de fechar a reunião para a imprensa nesta sexta foi feita pela Nicarágua, uma das maiores aliadas do governo chavista. Ao votar, a representante da Venezuela Carmen Velasquez escancarou o cinismo do governo chavista: "Com total transparência, votamos por uma reunião privada". Também votaram a favor de bloquear o acesso à reunião Uruguai, El Salvador, Argentina, Bolívia e Brasil, entre outros países. "O objetivo desta reunião não é transformá-la em um circo para o público externo, como alguns representantes mostraram que pretendem fazer", disse o embaixador brasileiro Breno Dias da Costa ao justificar seu voto. Entre os países que rejeitaram a iniciativa de abafar o discurso estavam, além do Panamá, Estados Unidos, Canadá, Chile, Colômbia, México, Paraguai e Peru.
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Perseguição - A deputada, que tem sido uma das incentivadoras dos protestos contra o presidente Nicolás Maduro, passou a ser alvo de represálias do governo. Na última terça, a Assembleia Nacional, dominada por chavistas, criou uma comissão para investigar os protestos e apontar responsabilidades pelas mortes ocorridas em meio a um cenário de forte repressão estatal. A Assembleia também solicitou que o Ministério Público investigue María Corina, em uma manobra para suspender a imunidade parlamentar da deputada.
Brasil dos companheiros: conselhos para enriquecer a burguesia docapital alheio - Elio Gaspari
Chegou a conta da Bolsa Conselho
Venezuela: a situacao segundo o Diario de Caracas (22/03/2014)
El castrochavismo no pudo callar a María Corina ni en la OEA
“En Venezuela hay una dictadura”.
Venezuela: a violencia do regime nao interrompe as manifestacoes (Lemonde)
Au Venezuela, l'opposition se renforce malgré la répression
La séparation entre l'Est résidentiel et l'Ouest populaire de Caracas est souvent présentée comme le reflet d'un pays coupé en deux. Cependant, ce samedi matin, une soixantaine d'opposants sortent du métro de la place Venezuela, où se rassemblaient les partisans de l'ancien président Hugo Chavez. « Qui sommes-nous ?, crient les premiers, ceux de l'Ouest. Que voulons-nous ? La liberté ! »
Devant ses partisans, le président Nicolas Maduro a encore taxé l'opposition de « terrorisme, vandalisme et fascisme ».
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Le groupe d'opposants venus de l'Ouest de Caracas enfile bruyamment le boulevard de Sabana Grande, vers l'avenue Francisco de Miranda. Lorsqu'ils passent devant un détachement de policiers, ils les interpellent : « Gardien, frère, nous luttons pour toi aussi. » Parmi d'autres slogans, revient souvent celui qui refuse l'instauration d'« une dictature à la cubaine ».
Les manifestations lancées après l'élection de Nicolas Maduro à la présidence du Venezuela ont fait au moins sept morts, dont un policier, et soixante et un blessés. "Lors de ces violences, sept Vénézuéliens sont morts, parmi eux un fonctionnaire de police de l'Etat de Tachira", a déclaré Luisa Ortega, procureur général, précisant que cent trente-cinq personnes avaient été interpellées au cours des manifestations.
« LA JUSTICE DANSE SELON LA MUSIQUE JOUÉE PAR L'EXÉCUTIF »
Beaucoup ont le sentiment que le Venezuela bascule vers la dictature, alors que le gouvernement multiplie les attaques contre des élus de l'opposition. « Justice a été rendue et justice continuera d'être rendue », prétend le président Maduro, qui annonce lui-même les prochaines décisions du pouvoir judiciaire.« Nous assistons à une situation inédite, à une tragicomédie : la justice danse selon la musique jouée par l'exécutif », affirme le juriste Nelson Socorro.
Toutefois, l'escalade répressive n'a pas intimidé les opposants, qui sont parvenus à rebondir, à en juger par la mobilisation de samedi, à Caracas et dans une douzaine d'Etats (sur vingt-trois). A San Cristobal, capitale de l'Etat de Tachira, dont le maire Daniel Ceballos a été emprisonné mercredi, les manifestations et affrontements ont duré douze heures, vendredi, et provoqué la mort par balle d'un homme.
A Caracas, les « Gochos », les naturels du Tachira, ont été ovationnés par les manifestants. C'est là-bas que le mouvement étudiant a commencé et a ensuite essaimé sur tout le pays. « Nous sommes furieux et nous allons continuer dans les rues, confie Jean Piero Osorio, dirigeant étudiant de l'Université des Andes, à San Cristobal. Nous ne voulons pas de dialogue avec ce président mensonger, mais sa démission. »
« LE GOUVERNEMENT EST FRAGILE, MAIS SA CHUTE N'EST PAS IMMINENTE »
Dans une lettre ouverte envoyée de son cachot et lue devant la foule rassemblée à Caracas, Leopoldo Lopez, lui aussi, place la barre très haut : il demande à M. Maduro de renoncer au pouvoir et de permettre ainsi aux chavistes et aux opposants d'entamer, ensemble, une transition vers « une véritable démocratie ».
>> Lire (en édition abonnés) : Au Venezuela, le pouvoir chaviste vise désormais les élus de l'opposition
Tout le monde dans l'opposition ne partage pas cet espoir d'un dénouement rapide de la crise. « Le gouvernement est plus fragile qu'il n'en a l'air, mais sa chute n'est pas imminente », estime Guillermo Ramon Aveledo, le stratège de la Table de l'unité démocratique (MUD). A son avis, les six semaines de fièvre que vient de vivre le Venezuela ont aggravé la polarisation entre les deux moitiés du pays, même si beaucoup de chavistes ne sont pas d'accord avec la répression.
Les manifestations de samedi ont renforcé l'opposition, d'autant que la concentration organisée au même moment par le pouvoir a tourné au désavantage des chavistes. Depuis février, le gouvernement peine à mobiliser ses partisans. A en croire certains observateurs, parce que la pénurie de ressources touche la logistique nécessaire à l'organisation des grandes messes affectionnées par feu le président Chavez.
>> Lire : Venezuela : une crise économique en trois graphiques
Pour sortir de l'impasse, une négociation entre les chavistes et l'opposition serait nécessaire. La MUD pose deux conditions : qu'elle soit publique et en présence d'un médiateur de bonne foi, vénézuélien ou international. Les opposants ne manqueront pas d'exposer leurs arguments devant les ministres des affaires étrangères sud-américains, attendus à Caracas le 25 mars. Mais M. Aveledo ne cache pas son pessimisme face à l'intransigeance du pouvoir.
>> Lire aussi : Pourquoi le Venezuela explose maintenant ?
Brasil historia: queda de Goulart, 50 anos depois - Revista Veja
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A queda de João Goulart, 50 anos depois
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