Temas de relações internacionais, de política externa e de diplomacia brasileira, com ênfase em políticas econômicas, em viagens, livros e cultura em geral. Um quilombo de resistência intelectual em defesa da racionalidade, da inteligência e das liberdades democráticas.
O que é este blog?
Este blog trata basicamente de ideias, se possível inteligentes, para pessoas inteligentes. Ele também se ocupa de ideias aplicadas à política, em especial à política econômica. Ele constitui uma tentativa de manter um pensamento crítico e independente sobre livros, sobre questões culturais em geral, focando numa discussão bem informada sobre temas de relações internacionais e de política externa do Brasil. Para meus livros e ensaios ver o website: www.pralmeida.org. Para a maior parte de meus textos, ver minha página na plataforma Academia.edu, link: https://itamaraty.academia.edu/PauloRobertodeAlmeida.
sexta-feira, 21 de dezembro de 2018
Herança maldita do PT: Cuba caloteia o Brasil -
quarta-feira, 10 de janeiro de 2018
Venezuela: quase calote com o Brasil, e novo calote se aproximando
Venezuela paga US$ 262 milhões ao Brasil e evita calote
Folha de S. Paulo, 10 de janeiro de 2018
sexta-feira, 24 de novembro de 2017
Venezuela: a confusa situacao de sua divida externa (Financial Times)
EUA, Rússia e China fazem suas apostas na crise da Venezuela
domingo, 8 de fevereiro de 2015
Itamaraty: dando calote no exterior? Que vergonha! - Alexandre Vidal Porto (FSP)
Alexandre Vidal Porto
Folha de S. Paulo, 07/02/2015
Na Esplanada, em Brasília, todos os Ministérios ocupam edifícios idênticos. O que muda são os nomes nas fachadas. Apenas dois Ministérios têm edifícios distintos: o da Justiça e o das Relações Exteriores.
A distinção feita pelo arquiteto não é aleatória: traduz uma singularidade real.
O Ministério da Justiça foi o primeiro a ser criado e, na República, é o que tem a precedência mais alta depois da Casa Civil.
No caso do Ministério das Relações Exteriores, a peculiaridade é que sua atuação transcende as fronteiras nacionais e se realiza, ao mesmo tempo, em 150 países. Para efeitos de comparação, o McDonald's mantém operações em 118.
Essa atuação global do Itamaraty engendra outras singularidades de ordem política e administrativa, que devem ser levadas em conta pelo governo.
Do ponto de vista administrativo, a principal peculiaridade é que seu orçamento é previsto em reais, mas executado em dólares. Cerca de 90% das despesas são empenhadas no exterior.
Isso faz com que, em tempos de crise, o Itamaraty fique duplamente vulnerável: pelas restrições orçamentárias do governo e pelo impacto da desvalorização do real.
Do ponto de vista político, a peculiaridade é que o trabalho do Ministério das Relações Exteriores tem impacto direto junto a autoridades e opinião pública de uma centena e meia de países. É o único órgão do Estado brasileiro com esse tipo de alcance e exposição.
Esse é um capital que, bem gerenciado, produz imensos benefícios –sociais, políticos, econômicos, culturais– ao desenvolvimento do país. Mal administrado, tem o mesmo potencial, só que negativo.
Um país pode conferir à sua política externa o ritmo que quiser, mas deve sempre preservar suas instituições no exterior. Embaixador parece pessoa física, mas não é. O que ele e sua equipe fazem –de bem ou mal– é creditado ao Brasil.
Não tem problema um país ser pobre ou estar em crise, mas tem de ser honrado.
O mínimo que se espera de uma Embaixada estrangeira é que pague suas contas.
Ninguém recebe diplomatas para que deem calote em seus cidadãos. Você gosta quando alguém lhe deve e não paga? Pois é, nem eles.
"Quem está em dificuldades tem de cortar custos", dirá o bom senso financeiro, e é elogiável tratar todo o Executivo com o mesmo rigor orçamentário. Mas, às vezes, o que parece economia é só catalisador de mais prejuízo.
O atual nível de contenção orçamentária inviabiliza as operações da rede de postos do Itamaraty no exterior. O que poderia ser benefício transforma-se em perda.
Ao ignorar as peculiaridades do Ministério das Relações Exteriores, o governo se comporta como quem abandona seus soldados à própria sorte. Em um mundo de cão comendo cão –que é a ordem internacional–, roupa suja deve se lavar em casa.
Querer economizar menos de um quinto de 1% do orçamento nacional às custas do nome do país no exterior não faz sentido nenhum.
É importante que as autoridades econômicas se deem conta disso.
Alexandre Vidal Porto é escritor e ex-diplomata. Mestre em direito por Harvard, trabalhou nas embaixadas no Chile, Estados Unidos, México e Japão e na missão junto à ONU, em Nova York. É autor dos romances 'Matias na cidade' e 'Sergio Y. vai à América'. Escreve aos sábados, a cada duas semanas.
terça-feira, 22 de julho de 2014
O primeiro calote a gente nunca esquece: governo deve 3,4 bi ao setorelétrico
União adia pagamento de dívida de R$ 3,4 bi ao setor elétrico
Dinheiro deveria ter sido transferido no primeiro semestre para pagar custos de térmicas isoladas no Norte e subsidiar distribuidoras que atendem áreas rurais
terça-feira, 8 de abril de 2014
Los Hermanos, muy hermanos, companeros en las trampas - The Wall Street Journal
Credores tentam nova tática em luta com Argentina
terça-feira, 25 de março de 2014
Venezuela: novo sistema cambial encobre um calote monumental contra empresas estrangeiras
As empresas brasileiras devem se encontrar na mesma situação. As operações puramente privadas -- ou seja, exportação de bens -- sofrerão o calote integralmente, mas aposto como as empresas prestadoras de serviços com empréstimos do BNDES, e garantias do governo, receberão o que lhes é devido sem muitas perdas.
Paulo Roberto de Almeida
El nuevo sistema cambiario, al que se pueden comprar dólares con menores restricciones, es un primer paso hacia el reconocimiento de que la divisa venezolana ha perdido prácticamente todo su valor desde la llegada de Nicolás Maduro al poder. Con su predecesor Chávez aún vivo, Maduro asumió los poderes económicos y aprobó una devaluación del 32% hace un año, desde 4,3 hasta 6,3 bolívares por dólar. Después empezó una carrera de devaluaciones encubiertas poco transparentes a través del SICAD, y ahora se empieza a reconocer la evidencia con el SICAD II.
El líder opositor venezolano Henrique Capriles calificó ayer de "megadevaluación" en su cuenta de Twitter el resultado de la primera sesión del Sicad II. El líder opositor se refirió a esta primera jornada del Sicad II como "el lunes negro de Nicolás", al estimar que con la nueva tasa de cambio Venezuela pasará a tener "el salario mínimo más bajo" de América Latina después de Cuba. Por error, sin embargo, Capriles cifró la devaluación en el 400%, que es lo que se revaloriza el dólar frente al bolívar al pasar de 11,36 a 51,86, cuando lo correcto es el 78% que es la pérdida de valor de la moneda venezolana desde la última referencia.
Impacto en las empresas españolas
La devaluación es una muy mala noticia para algunas de las empresas españolas con intereses en Venezuela. Confirma los peores temores recientemente expresados por Telefónica, que acumula un impacto de 4.600 millones en sus cuentas en los últimos años como consecuencia de las sucesivas devaluaciones del bolívar, de los que aún tiene pendientes de contabilizar 1.800 millones de la anterior devaluación encubierta, la de enero.Telefónica aún no ha publicado estimaciones del impacto que le supondría aplicar el nuevo tipo de cambio, pero tomando como referencia los cálculos más recientes (referidos a la devaluación encubierta de enero), la nueva depreciación puede suponer un impacto en su patrimonio cercano a los 1.500 millones de euros, de los que 1.000 millones serían en activos financieros netos denominados en bolívares fuertes.
Telefónica no será la única empresa española que sufra la devaluación venezolana. Las siguientes entidades con más intereses en Venezuela que pueden verse afectadas son BBVA y Mapfre. En 2013, Venezuela fue el segundo mercado latinoamericano para la aseguradora tanto por volumen de primas (963,3 millones) como por resultados (64,7 millones), según las cuentas recientemente presentadas. Mapfre tiene una cuota de mercado del 6,9% en el país. En cuanto al BBVA, controla el 55% de Banco Provincial, cuyo valor neto en libros es de 493 millones. La filial venezolanda del BBVA tiene un patrimonio de 1.566 millones y tuvo un resultado de 645 millones a cierre de 2013. La devaluación, por tanto, cupondrá un impacto de varios cientos de millones tanto para Mapfre como para el BBVA.
Repsol también desarrolla fuertes inversiones en el país y tiene operaciones de exploración y producción, pero como la moneda operativa de los ingresos del negocio del petróleo es el dólar y los gastos son en moneda local, el impacto es poco relevante.
Otras compañías españolas están presentes en el mercado venezolano, pero con inversiones y operaciones de menor importancia.