O que é este blog?

Este blog trata basicamente de ideias, se possível inteligentes, para pessoas inteligentes. Ele também se ocupa de ideias aplicadas à política, em especial à política econômica. Ele constitui uma tentativa de manter um pensamento crítico e independente sobre livros, sobre questões culturais em geral, focando numa discussão bem informada sobre temas de relações internacionais e de política externa do Brasil. Para meus livros e ensaios ver o website: www.pralmeida.org. Para a maior parte de meus textos, ver minha página na plataforma Academia.edu, link: https://itamaraty.academia.edu/PauloRobertodeAlmeida.

domingo, 19 de outubro de 2014

O que podemos aprender da experiencia de outros paises? - Paulo Roberto de Almeida (Ordem Livre)

Descobri, recentemente, que o site Ordem Livre esta reproduzindo textos que eu havia elaborado em 2010 para o mesmo site, e que estão sendo agora novamente disponibilizados, em outro formato e com outros links.
Passo a anotar os dados dessa republicação, e de imediato reproduzo aqui um dos textos preparados naquela ocasião.
Paulo Roberto de Almeida 

O que podemos aprender com a experiência dos demais países?

Unbenannt
Normalmente, pessoas e países procuram se guiar pelos bons exemplos, pelas experiências de sucesso, pelos modelos que produziram mais crescimento, maior bem-estar e trouxeram um incremento de "felicidade" às pessoas (seja lá como medir essa felicidade). Não existem, ou pelo menos não se proclamam, modelos de fracasso. A história econômica registra apenas os casos de sucesso: os milagres japonês e alemão do pós-guerra, o milagre brasileiro do início dos anos 1970, a fantástica ascensão (ainda em curso) da China, precedida por vários exemplos de crescimento rápido entre os "tigres asiáticos". Ninguém fala, et pour cause, de modelo africano ou latino-americano de desenvolvimento: poderia parecer gozação...
Pois bem, vou inverter o exercício e falar, justamente, dos casos de fracasso, dos exemplos de insucesso total e completo, dos modelos patéticos, que servem, uma vez não é costume, para demonstrar exatamente o que não se deve fazer em matéria de políticas econômicas, para não acabar como essas experiências mal sucedidas ao longo da história. Isto por uma razão muito simples: como se diz em linguagem popular, o sucesso tem muitos pais, o fracasso não tem nenhuma mãe. Assim sendo, creio, sinceramente, ser muito melhor aprender com o fracasso do que com o sucesso, pois este pode ter múltiplas causas, por vezes difíceis de serem detectadas, ao passo que aquele tem a virtude de nos indicar, precisamente, aquilo que não se deve fazer, sob risco de entrar em decadência ou suportar fracassos, como certos países por aí...
Os economistas Robert Barro e Xavier Sala-i-Martin, na introdução ao livro Economic Growth (2a edição; Cambridge, Mass.: The MIT Press, 2004), sublinham a importância do crescimento para o desempenho de longo prazo das economias e, portanto, para a prosperidade e o bem-estar das pessoas. O PIB per capita real nos EUA cresceu dez vezes, em dólares atualizados, entre 1870 e 2000, passando de US$ 3.340 a US$ 33.300, o que corresponde a um crescimento médio anual de apenas 1,8%; nada de excepcional, como se vê. Para avaliar como as coisas poderiam ter sido diferentes, eles calculam, retrospectivamente, como teria sido esse desempenho se os EUA tivessem crescido apenas 1% a mais, ou seja, 2,8% ao ano, cumulativamente: pois bem, o cidadão americano teria chegado ao ano 2000 com a fantástica renda (média, recorde-se, pois o valor já pode ser encontrado em Manhattan) de US$ 127.000, 38 vezes o valor de 1870 e 3,8 vezes maior do que o valor real do ano 2000.
Mas suponhamos o exercício inverso, ou seja, que os EUA tivessem crescido apenas 0,8% ao ano, algo tampouco excepcional, pois correspondeu ao crescimento do PIB per capita da Índia de 1900 a 1987 (0,64% ao ano), do Paquistão no mesmo período (0,88% ao ano) e das Filipinas (0,86%). Nesse caso, o cidadão americano teria chegado ao ano 2000 com uma renda disponível de apenas US$ 9.450, apenas 2,8 vezes maior do que o valor de 1870 e 28% da renda efetivamente realizada em 2000, o que aproximaria o americano do seu vizinho mexicano. Nada de muito glorioso, não é mesmo? E qual a diferença disso? Bem, digamos que os americanos não seriam muito numerosos a passar suas férias em Acapulco, com o que os mexicanos seriam provavelmente ainda mais pobres, comparativamente, do que eles são efetivamente, posto que uma parte da renda do México deriva de suas relações com a economia do poderoso vizinho ao norte.
Esse simples exercício de simulação nos demonstra como o crescimento é importante para fins de bem-estar e disponibilidade de bens e serviços, que por vezes podem fazer a diferença entre a vida e a morte, simplesmente (pensemos em serviços hospitalares e maternidades eficientes, provavelmente o fator explicativo para as diferentes taxas de mortalidade nos EUA e no México). Mas eu vou tratar de outro caso, ainda mais dramático, e muito perto de nós: a Argentina. Sorry, caros vizinhos, mas não pretendo chorar por vocês, apenas usar o seu caso como exemplo do que não se deve fazer para não conhecer uma decadência similar, ou pior.
Cem anos atrás, os EUA já eram o país mais rico do mundo, exibindo uma renda per capita de US$ 5.017, segundo dados atualizados (dólares de 1990) pelo economista Angus Maddison (ver, em seu siteStatistics on World Population, GDP and Per Capita GDP, 1-2006 AD). A Argentina dispunha, então, de uma renda per capita de US$ 3.699, ou seja, 73,7% do valor americano, ao passo que o Brasil era um pobretão, com apenas US$ 776 de renda, ou seja, 15% do PIB per capita americano e pouco mais de 20% do argentino.
Pois bem, retomando os mesmos dados para o ano de 2006, como registrados por Maddison, constatamos que a Argentina, com US$ 9.679, já não fazia mais do que 31,7% do PIB per capital americano (estimado em US$ 31.049). O Brasil continuou relativamente pobre, mas sua renda individual já tinha saltado para US$ 5.835, correspondendo a 18,8% da renda americana (um progresso modesto, reconheçamos), mas já tinha avançado para 60,3% da renda argentina. Neste caso, não fomos nós que progredimos fantasticamente em relação aos EUA; foi a Argentina que recuou espetacularmente na escala da riqueza global, de fato uma das mais gloriosas decadências de que se tem notícia em toda a história econômica mundial.
Estamos, agora, no ponto onde eu queria chegar: o exemplo do fracasso, o modelo do insucesso, o itinerário mais espetacularmente desastroso de que se ouviu falar nas comparações de desempenho relativo para países capitalistas. A Argentina tem direito a um Guiness, a um Prêmio Nobel (talvez Ignóbil) da decadência econômica, ainda mais "brilhante", se ouso dizer, do que a trajetória da Grã-Bretanha, que também foi o outro exemplo de insucesso completo nos primeiros oitenta anos do século XX. Como é que se consegue chegar a esse estado falimentar?
As receitas são simples, e devem ser aprendidas por todo estadista que desejar evitar a decadência e, ao contrário, promover o crescimento e a prosperidade. Comece por destruir a legalidade de um estado, o que pode ser facilmente obtido por meio de golpes, revoluções, quarteladas, ditaduras personalistas, enfim, por todos esses casos de caudilhismo pretoriano a que nos acostumamos tão bem na América Latina; pois foi o que a Argentina conheceu a partir de 1930, e com muito maior intensidade a partir da Segunda Guerra Mundial. Continue pela aplicação de uma série de medidas econômicas que, no conjunto, contribuem para retirar as fontes de crescimento e, inversamente, produzem desinvestimento, desincentivo ao espírito empresarial, fuga de capitais, inflação, desemprego e perda completa de confiança na moeda nacional. Também é relativamente fácil: implante controles de preços, taxe pesadamente a produção, redistribua os “lucros” – e se possível o controle das empresas – aos trabalhadores, passe a gestão de órgãos públicos a sindicalistas mafiosos, penalize as exportações pelo controle cambial, os investimentos por juros elevados (derivados da dívida pública, sublinhe-se), emita moeda para cobrir as despesas do governo, enfim, promova a nacionalização e a estatização de "setores estratégicos" e depois proteja-os da concorrência estrangeira por tarifas altas e outras medidas protecionistas. A Argentina também praticou tudo isso com grande desenvoltura; aliás, ainda o faz...
Pronto: a receita está dada. Mas parece que os argentinos não aprenderam nada dos erros do passado, pois, a cada ano, continuam fazendo tudo sempre igual. Querem outro exemplo, atual e corrente? Basta olhar a Venezuela. Gracias pelas aulas de economia, professor Chávez: sabemos, agora, exatamente o que não se deve fazer, para não afundar o país...
As digressões acima respondem exatamente à pergunta deste ensaio: o que podemos aprender com a experiência de outros países, ainda que pelo lado negativo, o que pode ser relativamente frustrante. Ou seja: sabemos o que temos de evitar – e Chávez está ai mesmo para nos demonstrar, praticamente todos os dias – e o que existe de receitas para o fracasso. Elas nada nos dizem, contudo, sobre o que devemos fazer para seguir as experiências de sucesso, aquelas que produziram crescimento e bem estar em certo número de países, o que também existe.
Sinto decepcionar os leitores, mas não existem – pelo menos não acredito que existam – “modelos de sucesso”: todo e qualquer “modelo” nada mais é do que uma consolidação a posteriori de percepções sobre as supostas razões do sucesso de um empreendimento, expressa a um nível de generalidade que pretende abarcar toda uma experiência complexa em poucas fórmulas aparentemente inovadoras. Cada país deve criar sua própria fórmula, com base em suas vantagens comparativas – sim, elas existem, por mais que alguns identifiquem nelas uma predestinação permanente e um congelamento das possibilidades produtivas, o que é absolutamente falso – e certa engenhosidade de que são capazes todos os seres livres e sujeitos à competição, em condições “normais” de mercado (as aspas significam que quando os estados passam a interferir, os mercados deixar de atuar “normalmente”).
Sem pretender ser repetitivo, volto aqui às minhas simples regras de boa governança econômica que podem significar a diferença entre o sucesso e o fracasso num processo de crescimento econômico sustentado, base indispensável a qualquer evolução gradual para patamares mais avançados de desenvolvimento social:
1) macroeconomia estável, acompanhando a dinâmica dos mercados;
2) microeconomia competitiva, com total liberdade de entrada nos mercados;
3) instituições públicas capazes de reduzir os custos de transação;
4) alta qualidade de recursos humanos, para maiores ganhos de produtividade;
5) abertura ao comércio internacional e aos investimentos estrangeiros.
Não chega a ser, exatamente, um modelo, sendo mais bem um simples manual sobre o que fazer, num plano altamente genérico e não totalmente operacional. Mas não deixa de ser, também, um conjunto de lembretes sobre o que não fazer para não incorrer em fracassos continuados.

* Publicado originalmente em 22/11/2010.

Eleicoes 2014: consequencias diplomaticas de uma vitoria - companheiros hermanos preocupaditos...

E não era para menos: a tolerância da diplomacia companheira com posturas, atitudes e políticas contrárias aos compromissos firmados bilateralmente ou sob o Mercosul vai dar lugar a uma diplomacia profissional, que saberá encaminhar a defesa dos interesses brasileiros segundo padrões conhecidos no Itamaraty, que ficou subordinado às loucuras ideológicas dos companheiros durante muito tempo.
Paulo Roberto de Almeida

Possível derrota de Dilma causa receio entre governos da Venezuela e da Argentina

Nos demais países, entretanto, eventual vitória de Aécio Neves não preocupa

por
BUENOS AIRES — A possibilidade de uma derrota da presidente Dilma Rousseff no segundo turno provoca profunda preocupação entre representantes de alguns governos aliados na região, principalmente Venezuela e Argentina. No resto do continente, porém, um eventual triunfo de Aécio Neves não causa receio, nem mesmo entre presidentes do Mercosul. No Paraguai, o governo de Horácio Cartes surpreendeu-se com as opiniões de Aécio sobre o questionado processo de expulsão do país do bloco, em 2012, após a destituição do ex-presidente Fernando Lugo. O castigo ao Paraguai foi defendido com firmeza pelo governo Dilma, atitude que provocou profunda indignação em amplos setores do país.
No Chile, novamente governado pela socialista Michelle Bachelet, a eleição brasileira divide a governista Nova Maioria, segundo afirmou ao GLOBO o dirigente socialista Luis Maira, observador no processo de paz entre o governo do presidente colombiano Juan Manuel Santos e as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC). Segundo ele, "a ala mais esquerdista do governo se sente mais próxima ao governo Dilma, mas a Democracia Cristã tem mais vínculos com o PSDB".
— O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso viveu no Chile durante o exílio e desde então mantém muitas amizades com setores da centro-esquerda chilena. Bachelet se sentiria mais confortável com a continuidade de Dilma, mas tampouco seria uma crise sua derrota — opinou Maira, que foi embaixador do Chile na Argentina.
Ele acredita que um eventual revés do PT no segundo turno obrigaria a "reconstruir e reorganizar a relação entre os dois países".
— Não está claro qual é o plano de Neves para a região, deveríamos acionar rápidas conversas para iniciar um novo caminho — insistiu.
A lógica da integração latino-americana promovida há 12 anos pelos governo do PT, comentou Maira, "poderia ser substituída por uma lógica mais hemisférica".
— O país que mais sofreria na região seria a Venezuela, que perderia um mediador construtivo como tem sido o Brasil, um interlocutor importantíssimo para Maduro — frisou o dirigente socialista chileno.
Para a Colômbia, que parece cada vez mais irritada com seus vizinhos venezuelanos, uma mudança de ciclo político no Brasil seria bem recebida, na opinião do jornalista Mauricio Vargas, colunista do tradicional jornal "El Tiempo". Ele lembrou que em meados deste ano, o presidente Santos reuniu-se com FHC e outros ex-chefes de Estado como Bill Clinton, em Bogotá, para discutir o processo de paz colombiano.
— Para Santos seria até mesmo um certo alívio, porque a convivência com Maduro está cada vez mais complicada e uma derrota de Dilma seria um duro golpe para o eixo de governos esquerdistas da região — analisou Vargas.
Publicidade
Nos últimos meses, o governo Santos reclamou publicamente pelas denúncias de Maduro sobre a suposta atuação de paramilitares e sicários colombianos em seu país.
— Santos não vai opinar publicamente, mas os que temos acesso a fontes do governo sabemos que o presidente não lamentaria uma derrota do PT — frisou o jornalista colombiano.
Em Assunção, a situação é bastante parecida, de acordo com o editorialista do jornal "Última Hora", Adrián Cativelli. O estilo da presidente brasileira é considerado por alguns setores do país como "frio e distante", segundo ele.
— Existem dois planos, o público e o privado. Publicamente, Cartes jamais falará mal de Dilma. Mas internamente muitos membros do governo prefeririam uma vitória de Neves — disse Cativelli, que conversa com funcionários e ministros do Palácio de López.
O Paraguai nunca aceitou a decisão do Mercosul de expulsar o país do bloco, após a destituição de Lugo. A medida foi adotada, principalmente, por iniciativa do Brasil, Argentina e Venezuela. O Uruguai não esteve de acordo com a maneira como o Paraguai foi punido, algo reconhecido publicamente por altas autoridades do governo do presidente José Mujica.
— Essa ferida ainda não se fechou. E, ao mesmo tempo, o governo Cartes sente simpatia pelas posições de Rubens Barbosa, um antigo amigo de nosso país — disse Cativelli.
A Casa Rosada tampouco se pronunciou publicamente, mas para o governo de Cristina Kirchner, o resultado da eleição brasileira é de grande importância. Embora já esteja entrando em seu último ano de governo e com duvidosas chances de vencer as presidenciais de 2015, o kirchnerismo sente que perderia um importante aliado regional.
— Existe certa tensão, mas também confiança em que o governo Dilma finalmente vai ganhar — assegurou o dirigente kirchnerista Eduardo Sigal, ex-subsecretário de integração latino-americana da chancelaria e presidente da fundação Ação para a Comunidade.
Para ele, "um triunfo de Aécio complicaria a relação com muitos países, porque sua intenção é reduzir o Mercosul a uma zona de livre comércio".
— Seria uma integração mais limitada, como promovem os Estados Unidos — apontou.
Para muitos analistas locais, sem o PT no poder acabaria a chamada "paciência estratégica" do Brasil com seus sócios argentinos, em momentos em que os conflitos comerciais são cada vez mais intensos. A recessão na Argentina, cuja economia deve recuar entre 2% e 3% este ano, levou a Casa Rosada a redobrar a aplicação de medidas protecionistas, que dificultam cada vez mais a entrada de produtos brasileiros ao país. Somente em setembro passado, as importações, em geral, recuaram 20%, em relação ao mesmo período do ano passado. O país mais prejudicado é o Brasil, que nos últimos tempos perdeu a categoria de principal sócio comercial da Argentina.
— Sabemos que Aécio tem outro foco, mais parecido ao de Bush e a década de 90 — afirmou Sigal.

Gabriel no Araguaia: engole ele chapeu...

Nosso neto Gabriel, filho da Maíra e do Fernando, se divertindo numa praia do rio Araguaia, sob um calor de NÃO tirar o chapéu, que por acaso era justo do tamanho dele, de todo ele, quero dizer...
Paulo Roberto de Almeida


Livro: o fim da hegemonia americana? Rumores a esse respeito sao muito exagerados...

O resenhista toca nos pontos centrais -- e nas fragilidades -- deste livro sobre o "fim da ordem mundial americana". Trata-se de mais um exercício acadêmico para tentar provar como os EUA estão em decadência e como a multipolaridade, que já estaria aí, é positiva.
Perguntaria eu: em que, exatamente? Em que os BRICS, por exemplo, ou a China, podem fazer o mundo ficar melhor? Quais são as propostas dos BRICS, ou da China, para questões de segurança no mundo, e para o desenvolvimento, para a proteção do meio ambiente?
Imaginemos, por um instante, que os EUA decadentes já não podem mais, mesmo querendo, ir combater o Estado Islâmico no Oriente Médio.
Isso significa que, se nem China, nem Rússia querem ou poder fazer o serviço, o EI vai tomar conta do Iraque, da Síria, talvez da Jordânia, avançando depois sobre a península arábica.
Estaria bem assim, para os habitantes locais e para o resto do mundo?
Os que se alegram com a decadência americana precisariam fazer esse tipo de pergunta.
Paulo Roberto de Almeida

Kelly on Acharya, 'The End of American World Order'

Amitav Acharya:
 The End of American World Order
Cambridge: Polity Press, 2014. x + 157 pp. $19.95 (paper), ISBN 978-0-7456-7248-9; $59.95 (cloth), ISBN 978-0-7456-7247-2.

Reviewed by Robert E. Kelly (Pusan National University)
Published on H-Diplo (October, 2014)
Commissioned by Seth Offenbach

Will the End of the "American World Order" Be Less Disruptive than We Think?

The End of the American World by Amitav Acharya is a punchy, trenchant critique of liberal internationalist and American hopes for a “sticky,” post-American liberal world order. At a lean 120 pages, the book can be read in a weekend--a blessing in itself--and it usefully crystallizes an emergent but rather disjointed critique of the U.S. liberal order floating around op-ed pages and universities outside the West. Unlike so many researching hegemony or unipolarity, Acharya does not believe the United States will bounce back from its troubles over the last decade, does not especially want that, either, and tries to sketch out alternatives to U.S.-led order. Ideas for a “post-American” world have been floating around for a while, of course, but much of that focuses on reconstruction--trying to prop up the U.S.-led system with a wider variety of stakeholders beyond just the West. This is captured, for example, in the (generally failed) effort by liberal international theory, and Western states generally, to make China and other G-20 states into “responsible stakeholders.”

Acharya will have none of that and so enunciates a little-heard rejection of standard liberal world order prescriptions. And he goes beyond that to try to sketch alternative futures, too--specifically, a global concert, or much thicker regionalism. Whether you agree that this would be a positive change or not, this whole effort is very valuable. As Acharya notes repeatedly in the book, Westerners, especially Americans, tend to assume that the alternatives to a U.S.-led world order are all much worse. Acharya calls this out as ethnocentric and narrow--Americans reading other Americans and then pronouncing the strengths of an America-led order to the world (p. 130, n. 69; p. 138, n. 6)--and it is hard to disagree with him if we look at Western international relations (IR) graduate syllabi. His whole book reminds us in IR, and the Western foreign policy community in general, that we really do not know as much about the non-Western world as we should, particularly given that we often suggest non-Western states should do this or that, or should otherwise be happy living under American hegemony. IR is far too heavily based on modern and Western cases, and Acharya convincingly argues that this really limits our imagination for a post-American world order.[1]

The book itself has six bite-sized chapters. The book could easily be used for undergraduates. Between the introduction and conclusion, the four main chapters sketch the rise and fall of American post-Cold War hegemony; the pleasing, self-congratulatory American myths about liberal hegemony; the challenge of emerging states such as the BRICS or G-20 states to that order; and the possibility of regionalism, specifically more coherent regional international organizations (IOs), to replace an American globalism in decline.

The argument moves quickly and covers a lot of ground. Indeed, the book’s biggest weakness is probably just how much Acharya is trying to cram into such a short volume. Many of his statements will provoke or challenge, and frequently they build on previously controversial arguments. In the end, there is such a cascade of contestable statements, one linked to another, that I imagine many IR readers will find themselves thinking, “Hey, wait! Flesh out point ABC before moving on to XYZ.” Serious readers will almost certainly wish the book were longer.

The most controversial claim, of course, comes right off the bat--that the United States is in a sustained, irreversible relative decline, that unipolarity is ending as we speak, and that a post-American order will be needed shortly. Acharya clearly sees himself charting that future, but many IR theorists, not to mention just about every DC think-tanker, will stop him right at the beginning to argue that the United States is not really in decline.

This is hardly the place to resolve that huge debate, but I agree that Acharya’s treatment of it is too blithe and short. He may indeed be correct--my own inclination is similar--but chapter 2, which covers this, is just twenty-one pages.[2] Acharya’s primary causal mechanism is unilateral overactivity. Unipolarity is not being undone by isolationist passivity or aggressive non-Western balancing. Acharya essentially applies Paul Kennedy’s notion of “imperial overstretch”: unipolar America, particularly under President George W. Bush, has blundered a lot and is overextended, provoking a lot of global resentment, damaging American soft power, and demonstrating that American hard power cannot actually change that much in tough places like the Middle East. Acharya seems to tilt toward Richard Haas’ notion of “nonpolarity”: the United States may indeed have a large economy and military, but these traditional power attributes are just not that efficacious anymore.[3] And when one looks at the U.S. fighting in Iraq today yet again, or the chaos that ensued from the “successful” Libyan operation, one can see his point.

But obviously many would disagree. The book would have benefited from a much sharper contest with writers like Joseph Nye, William Wohlforth, John Ikenberry, Robert Kagan, and the many others who see U.S. power as fairly enduring. One alternative interpretation is to argue, as Steve Walt often does on his blog (http://walt.foreignpolicy.com/), that American misadventures actually demonstrate how powerful the United States is. American campaigns in the Middle East are luxuries that no other state, not even China, could afford. Neoconservatives would likely argue that America is far more resilient that Acharya permits. The United States has been a great power since the 1880s and has bounced back from troubles repeatedly in the past. Liberals would retort that Bush was only one president and that Barack Obama has sought to reverse American soft power erosion.

The next big controversial argument comes in the following chapter: that U.S. hegemony has not been nearly as benign and liberal as Americans like to think. This is almost certainly true. We can all think of bad U.S. behavior, from the mundane, such as not signing the UN Convention of the Law of the Sea while simultaneously insisting that China follow it, to the abhorrent, such as support for Mobuto Sese Seko or the incidents at Abu Ghraib. And it is also true that triumphalist American ideologues do not like to hear this.[4] But once again, the response from neoconservatives and liberal internationalists is not hard to telegraph: Yes, the United States has done awful stuff, but so have many other states, and all the challengers to the nation in its great-power history have been significantly more illiberal than America. Acharya would almost certainly agree that the world is a better place for the U.S. victories in World Wars I and II, the Cold War, and the war on terror. Similarly, with China in the future, I doubt that Acharya would prefer that China replace the United States, even in the Asian region. Liberal hegemony may indeed be very American, reward America disproportionately, and give rise to offensive American gloating and self-congratulation, but such choices in world politics are always relative. Almost all of Acharya’s critics would say the alternatives to U.S. power are much more unappealing.

Acharya’s response, in chapters 3 and 4, is to channel nonpolarity and argue that the alternative to the American world order is not a global hegemony of someone other than the Americans, but decentralization or perhaps multipolarity. In the place of the U.S. world order, Acharya sees coming either a global concert--which would not be just a great-power condominium, but would include middle income and poor states as well--or a decentralized (“multiplex”) world with organization coming organically from below in regional IOs.

Here again is big theoretical step guaranteed to provoke a heavy IR theory response. There is a lot of IR work suggesting that unipolarity makes the world safer, and that a global hegemon facilitates trade and growth.[5] Acharya is aware of theories like hegemonic stability and he does not convincingly refute them. He is perhaps too anxious to unseat the American dominance to see how hard bottom-up, organic cooperation among middle income states is likely to be. He does not contend with the basic game theoretic insight, for example, that more players make coordination harder to achieve. He does not address the well-known problems of collective action. He says nothing of free-riding or buck-passing. Theories of hegemony and unipolarity posit that one state can carry these costs and help push fractious, self-seeking players toward consensus. I am extremely doubtful a global concert or regional organizations could achieve consensus; they certainly do not do so today. It is hard to imagine global free trade, which has done so much to alleviate global poverty, surviving the regionalism Acharya foresees.

Acharya speaks hopefully of “open regionalism”’and “inter-regionalism,” but these are weak conceptual and operational reeds. Inter-regional organizations are few, meet rarely, and are talk-shops. And the theoretical work on inter-regionalism is heavily normative. Open regionalism is something of paradox. For regions to become genuine order-bringing agents, they will eventually need rules and boundaries. Otherwise they are just talk-shops. Indeed, one can see this in Asia, which has a surfeit of IOs, but they are all shallow. Asia-Pacific Economic Cooperation, ASEAN+3, the East Asian Community, and so on may indeed bring together elites to talk and pose for the “family photo,” and that is better than nothing. But are these talk-shops really ready promote deep cooperation that generates real costs and benefits? Indeed, I think Acharya is missing a major point of most non-Western IOs: they are not intended to provide rules, open markets to trade, facilitate tourism, and so on. They are firstly sovereignty-reinforcement platforms for postcolonial, frequently nondemocratic, elites. Sovereignty requires social recognition, so standing on a platform with other leaders and states, reinforces one’s own stateness.[6]

Despite its many contestable propositions, Archarya’s book is easy to recommend. The volume of work in IR, both empirical and normative, supporting the perpetuation of American global dominance is overwhelming. That Acharya has written this book at all is useful in that context. He picks up and channels a non-Western critique that is out there, but few of us see due to our Anglo-American hermeneutic circle. This critique will pick up steam in the coming decades, as American relative decline continues. Within a decade, China’s gross domestic product will exceed America’s, and the United States will increasingly need to find a way to live with wealthy, capable, nationalist states from the former third world.

American power is unlikely to crack up; the United States is not Rome in the fifth century, or the Ming suddenly facing the Manchus. China’s future growth is unlikely to be as robust as it has been; demographic, environmental, and political constraints will tighten. India is decades behind. The G-20 and BRICS have not shown great solidarity. But the long-term trends nonetheless favor Acharya’s analysis. As more and more states become wealthier, stable, and more capable, America’s room to move will contract, and the pressure to change global rules will only rise. Acharya is probably wrong today about the end of the America world order, but time is on his side.

Notes

[1]. Robert Kelly, “Defining IR: Is it Asia’s Turn?,” International Relations and Security Network, Swiss Federal Institute of Technology, July 30, 2012, http://www.isn.ethz.ch/isn/Digital-Library/Special-Feature/Detail?lng=en&id=150816&tabid=1....

[2]. Robert Kelly, “Is There an Obama Doctrine?,” The Diplomat, September 22, 2014, http://thediplomat.com/2014/09/is-there-an-obama-doctrine/.

[3]. Richard Haas, “The Age of Nonpolarity,” Foreign Affairs, May/June 2008,http://www.foreignaffairs.com/articles/63397/richard-n-haass/the-age-of-nonpolarity.

[4]. Robert Kelly, “Agree with Heinlein’s ‘Citizens vs Civilians’? Then this US Military History is for You,” Duck of Minerva, June 24, 2013,http://www.whiteoliphaunt.com/duckofminerva/2013/06/agree-with-heinleins-citizens-vs-civil....

[5]. Ethan Kapstein, ed., Unipolar Politics (New York: Columbia University Press, 1999); Stephen Brooks and William Wohlforth, World Out of Balance: International Relations and the Challenge of American Primacy (Princeton, NJ: Princeton Universiy Press, 2008).

[6]. I make this argument at length in Robert Kelly, “Security Theory in the ‘New Regionalism,’” International Studies Review 9, no. 2 (2007): 197-229.

Printable Version: http://www.h-net.org/reviews/showpdf.php?id=42206

Citation: Robert E. Kelly. Review of Acharya, Amitav, The End of American World Order. H-Diplo, H-Net Reviews. October, 2014.
URL: http://www.h-net.org/reviews/showrev.php?id=42206

This work is licensed under a Creative Commons Attribution-Noncommercial-No Derivative Works 3.0 United States License.

Polindo a Prata da Casa: mini-resenhas de livros de diplomatas - muitos acessos em dois dias

Congratulations! You uploaded your paper 2 days ago and it is already gaining traction.

Total views since upload:

You got 45 views from Brazil, Saint Vincent and the Grenadines, the United States, Indonesia, Ecuador, and Uruguay on "23) Polindo a Prata da Casa: mini-resenhas de livros de diplomatas (2014)".

Quem ainda não teve acesso, eis aqui, novamente, os dados:

Polindo a Prata da Casa: mini-resenhas de livros de diplomatas 
(Amazon Digital Services: Kindle edition, 2014, 151 p. 484 KB; ASIN: B00OL05KYG)
Disponível na Amazon; link:  
http://www.amazon.com/dp/B00OL05KYG

e na plataforma Academia.edu; link: 
https://www.academia.edu/8815100/23_Polindo_a_Prata_da_Casa_mini-resenhas_de_livros_de_diplomatas_2014_

Prefácio e Sumário disponíveis no blog Diplomatizzando, link: 
http://diplomatizzando.blogspot.com/2014/10/mini-resenhas-de-livros-de-diplomatas.html

Carta Maior: um instrumento companheiro censurado pelos proprios companheiros

Que feio companheiros! Fazendo censura totalitária a um instrumento dos próprios companheiros?
Isso acontece, sobretudo em regimes totalitários, aqueles que gostam de reescrever a história passada, alterando fotos e registros documentais, para se adequar às verdades do presente.
Os companheiros são os mais orwellianos dos atuantes na política brasileira.
Parabéns, mais um pouco vai dar para aplicar o Animal Farm inteiramente a vocês...
Paulo Roberto de Almeida

Estava assim (antes da tesoura companheira):

Editorial
18/10/2014
Destaques
Você abusou: crônica de um voto
Lamento, mas minha conclusão é inevitável: o PT é a esquerda que se extraviou. Minha atitude não pode ser outra: voto nulo. Suas alianças preferenciais não dão a menor garantia de que um eventual segundo governo Dilma avançará para uma agenda progressista. Nestas circunstâncias, fica impossível passar um cheque em branco. Fazê-lo, seria ofender a história de tantos combatentes por uma sociedade mais justa
Jacques Gruman
 Jacques Gruman
Jacques Gruman

Mas, surpresa: vamos buscar, e dá nisto: 
Desculpe-nos! Não foi possível encontrar a página solicitada
Conteúdo não Encontrado ou Inexistente.
Você pode ter clicado em um link quebrado, pode ter acessado este endereço a partir de uma busca desatualizada, ou pode ter ocorrido algum problema em nosso servidor.
Se você digitou uma URL, por favor, verifique de ela está correta, e com letras minúsculas.
Você pode entrar em contato conosco para reportando este erro (link para o formulário, na mesma página, abaixo) ou ler as últimas notícias da Carta Maior

Não seja por isso: eu (PRA), coloco aqui o que está faltando no site companheiro: 

  http://diplomatizzando.blogspot.com/2014/10/eleicoes-2014-ate-esquerda-desistiu.html

Eleicoes 2014: quao fiaveis sao as urnas eletronicas e o processo de agregacao de votos?

Não partilho da paranoia corrente sobre as fraudes inevitáveis no atual sistema de votação eletrônica administrado pelo TSE.
ATENÇÃO: não confio tampouco em que o TSE seja perfeito.
Acredito, sinceramente, que as urnas são frágeis, podem ser fraudadas, assim como podem ser fraudadas as transmissões ao TSE e o próprio processo de agregação final dos votos.
Acredito que tudo isso possa ser feito. O que não quer dizer que esteja sendo feito, de fato.
Ou seja, a possibilidade existe, mas sua probabilidade também precisa ser provada e documentada.
Não atuo apenas por suposições, mas todas elas são possíveis.
Sou favorável a um grande debate público sobre isso e, paralelamente, um processo de verificação, teste, verificação, teste, comprovação da fiabilidade de todo o processo, envolvendo os tecnocratas do TSE, auditores independentes, professores universitários, técnicos de empresas e representantes de partidos, todos reunidos, examinando cada etapa do processo, num plano eminenentemente técnico.
Desde já estou fora disso: não me julgo competente, mas gostaria de ler matérias a respeito.
Apenas por esta razão que coloco abaixo esta mensagem recebido de um cidadão, patriota como podem ser os militares, e que também se preocupa com o assunto.
Concluo: não sou paranoico, mas acredito que certas pessoas podem sim nos atacar...
Paulo Roberto de Almeida

Mensagem recebida em 19/10/2014, 16h43

Caríssimas(os) amigas(os):

Considero totalmente sem importância quem irá votar e como; mas o que é muito importante é quem irá contar os votos, e como !" 
        Iosif Vissarianovich Stalin

 Tem havido frequentes e bem embasadas denúncias sobre a não confiabilidade das urnas eletrônicas brasileiras, em total contradição com a propaganda ufanista do TSE.  Confira em:

https://www.youtube.com/watch?v=1GKkNR9fdX0

Nossas urnas eletrônicas foram desenvolvidas pacientemente, em um projeto genuinamente nacional e utilizadas progressivamente, atingindo 100%  dos municípios brasileiros em 2000, em uma eleição proporcional. Ninguém em sã consciência pode diminuir o êxito desse trabalho e/ou contestar a honestidade de propósitos de seus executores.

Naquela época, seria impensável fraudar uma urna. Hoje, com  o PT  no poder, aparelhando todos os setores do Estado brasileiro, inclusive o TSE, o risco que isso ocorra é muito alto.  Além disso, nossas urnas  estão ultrapassadas pois não permitem qualquer auditoria no resultado da votação uma vez que todos os resultados ficam gravados apenas  no cartão de memória que a cada releitura fornecerá sempre as mesmas respostas.

O Artigo 5º da Lei Eleitoral 12.034/2009, aprovada pelo Congresso, visava  impedir a fraude eletrônica, exigindo a emissão de um comprovante físico (voto impresso) conferido pelo eleitor no momento da votação. Isso permitiria a recontagem e/ou a verificação aleatória dos resultados.

O Ministro Lewandowski, então Presidente do STE, incentivou a Procuradoria Geral da Republica a entrar com uma Ação Direta de Inconstitucionalidade, que conseguiu anular esse Artigo, alegando que ele prejudicava a privacidade do voto (!!!???). O absurdo dessa decisão é que esse procedimento é hoje obrigatório em todos os países do mundo que usam esse tipo de urna. Isso está muito bem explicado em

 http://www.brunazo.eng.br/voto-e/textos/ADI4543.htm

Para que a sociedade pudesse avaliar a qualidade dos resultados emitidos pelas urnas eletrônicas, elas são periodicamente submetidas a testes de desempenho, por parte de especialistas de fora do TSE. A ideia seria que esses testes dispusessem do tempo e dos meios necessários e suficientes para uma avaliação completa do sistema e que as vulnerabilidades encontradas fossem imediatamente corrigidas.

O comportamento do TSE por ocasião do último desses testes, ocorrido em 2012 foi muito estranho. Ele impôs inúmeras restrições ao livre trabalho dos investigadores, limitou drasticamente a duração dos testes, e não liberou mais tempo mesmo depois que várias vulnerabilidades foram detectadas e nem tomou providências para sanar as irregularidades detectadas.

Mesmo assim, foi descoberto que o sigilo do voto é protegido por um conjunto de instruções infantis, que podem ser quebradas por qualquer iniciante em informática; que é possível a agentes internos ou externos manipular o software para alterar o resultado da votação. E isso for feito alterando certos comandos, esse comportamento malicioso pode ser estendido a várias delas simultaneamente, derrubando o argumento de que, como as urnas são, em princípio, isoladas umas das outras, seria necessário contaminá-las uma a uma. A ação é facilitada pelo fato de que o TSE insiste em que a chave criptográfica, armazenada no sistema de forma insegura, seja a mesma para as mais de 500.000 urnas. Assistam:

https://www.youtube.com/watch?v=BaicDqJ5juU

Quando o chefe da equipe da Universidade de Brasília insistiu com o TSE para que tomasse providências para corrigir os problemas detectados, foi acusado de estar "ameaçando da democracia". Se não estivéssemos vivendo tempos de PT, isso seria inacreditável.  Confiram:

Se somarmos todas essas informações e levarmos em conta que o Sr. Franklin Martins criou um grupo de mais de dois mil militantes para serem treinados em técnicas digitais, basicamente para perturbar as campanhas dos adversários, mas com capacitação para muito mais, o cenário da fraude, os protagonistas e o enredo da trama ficam bem claros.

Além disso, a instalação e as providências preparatórias para a votação foram terceirizadas regionalmente neste ano. Com isso, inúmeros funcionários, de diversas empresas, que podem ser cooptados, por questões ideológicas ou por dinheiro, terão acesso a procedimentos capazes de manipular à vontade os cartões de memória, inclusive introduzindo neles  vírus que atendam a seus interesses.

Inúmeras denúncias de irregularidades no funcionamento das urnas foram registradas durante o primeiro turno como, documentadamente, na urna da Seção nº 47 da 22ª Zona Eleitoral de Porto Velho, por exemplo, na qual, quando digitado o número 1, a máquina imediatamente completava para 13. Em São Paulo, houve urnas que não aceitavam o número 45.

Todas as fraudes reportadas beneficiavam o PT.

Nestas eleições, pela primeira vez o PT tem enormes chances de ser derrotado no segundo turno. Sempre foram reportados problemas pontuais, mas a alteração maciça de resultados de urnas, que foi desnecessária nas eleições anteriores, agora tem uma possibilidade muito elevada de ocorrer.

Palavras do grande timoneiro Lula: “vocês não tem ideia daquilo que o PT pode fazer para vencer as eleições".

Quando o Ministro Lewandovsky detonou o Art 5º em 2009, já se sabia que o Ministro Toffoli estaria na presidência do TSE em 2014, tendo em vista que existe a tradição de eleger como presidente o Ministro do Supremo cujo mandato na Corte eleitoral se iniciou há mais tempo, neste ano, o Ministro  Toffoli.

Existem três gerações de urnas eletrônicas em uso no mundo. A primeira é a nossa.  A segunda (IVVR ou VVPAT) proporciona um comprovante físico do voto do eleitor e a  terceira (E2E)  torna essa comprovação muito mais transparente e eficaz. O Brasil é o ÚNICO PAÍS DO MUNDO que ainda usa urnas da primeira geração. Esse tipo foi abandonado ao longo do tempo por Holanda, Alemanha, Estados Unidos, Canadá, Rússia, Bélgica, Argentina, México, Paraguai, Índia e Equador, onde gerações mais modernas são utilizadas.

 É inacreditável que ainda haja pessoas que digam que o sistema de votação brasileiro é “referência mundial”. Talvez o seja, mas exatamente por sua obsolescência.

Assistam:

http://www.folhapolitica.org/2014/07/brasil-e-o-unico-pais-que-ainda-utiliza.html

 Para ter sucesso em uma fraude dessas dimensões, além do controle total do processo, que o TSE possui, basta desenvolver um software dedicado para trocar votos, programado para se apagar no final da votação. Em princípio, os resultados fraudados devem ser coerentes com as pesquisas de intenção de votos, mantendo-se dentro de limites eufemisticamente chamados de “margens de erro”. Por exemplo, com uma margem de erro de ± 2 pontos, é possível escamotear até 4 pontos de um dos candidatos, mantendo-se dentro do  “esperado”.  Isso é extremamente fácil de ser feito. Assista:

http://youtu.be/VnH_ElxR6jY  

A obtenção de resultados destorcidos nas pesquisa de intenção de votos pode ser induzida  pelos Institutos: a) com o emprego de uma metodologia viesada; b) com perguntas estimuladas ou induzidas e c) com uma escolha adequada da qualificação, localização e volume do universo de entrevistados.  Houve informações na rede, por exemplo, que as intenções de votos de pessoas com formação superior não foram levadas em consideração para o primeiro turno.

Ressalte-se que tanto as pesquisas de intenções de votos, em todos os Institutos de pesquisa chapa branca, foram completamente diferentes do resultado no primeiro turno. Seria uma preparação de espíritos para que uma discrepância grande também no segundo seja considerada normal?

Causa muita preocupação um cenário em que a diferença de intenções de voto entre Dilma e Aécio seja mantida artificialmente apertada pelos Institutos de pesquisa amestrados. E, até hoje, eles o tem mantido em 2 ± 2  pontos, ideal para uma fraude. Mas o ISTOE/Sensus desde o começo do segundo turno vem mostrando coisa diferente. Confira o vídeo abaixo, referente a 18 de outubro:

http://www.istoe.com.br/reportagens/388139_AECIO+ESTA+13+PONTOS+A+FRENTE+DE+DILMA?pathImagens=&path=&actualArea=internalPage


Além da fraude na urna, os pacotes de informações enviados via rede segura, entre Cartórios Eleitorais, TSE´s e o TSE, podem ser invadidos. Para diminuir esse risco, sugiro que todos colaborem patrioticamente com a proteção dessas informações entrando em  http://somos.vocefiscal.org/   .

Eu já sou um orgulhoso Fiscal em Cachoeira Paulista - SP

Negar as vulnerabilidades cientificamente demonstradas da urna eletrônica é um desserviço e uma deslealdade para com a sociedade brasileira. Deixar de observar que existe toda uma estranha conjugação de circunstâncias, criada pelo governo, que facilitam a exploração dessas vulnerabilidades é uma displicência reprovável e omitir que o PT dispõe de um núcleo cibernético perfeitamente capaz de fazê-lo é uma imprudência inaceitável.

O único ponto discutível consiste em acreditar ou não que essas facilidades serão usadas para fraudar as eleições.

O assunto é muito importante e merece que vocês, por favor, assistam todos os vídeos. Depois, formem suas próprias opiniões a respeito.

Um patriótico e fraterno abraço.
José Gobbo Ferreira, PhD