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Este blog trata basicamente de ideias, se possível inteligentes, para pessoas inteligentes. Ele também se ocupa de ideias aplicadas à política, em especial à política econômica. Ele constitui uma tentativa de manter um pensamento crítico e independente sobre livros, sobre questões culturais em geral, focando numa discussão bem informada sobre temas de relações internacionais e de política externa do Brasil. Para meus livros e ensaios ver o website: www.pralmeida.org. Para a maior parte de meus textos, ver minha página na plataforma Academia.edu, link: https://itamaraty.academia.edu/PauloRobertodeAlmeida.

quarta-feira, 27 de dezembro de 2017

Mercosul: algum progresso, finalmente - Rubens Barbosa (OESP)


Presidência brasileira do Mercosul 

Rubens Barbosa

O Estado de S. Paulo, 26/12/2017

 

A51.ª edição da reunião de cúpula dos chefes de Estado do Mercosul e Estados Associados foi realizada em Brasília na semana passada. O Mercosul equivale hoje à quinta economia do mundo, com produto interno bruto (PIB) de US$ 2,7 trilhões.
 Mais de 10% das exportações brasileiras têm como destino os demais sócios do bloco e 84% delas são produtos manufaturados. As trocas comerciais no Mercosul (US$ 38 bilhões – 2016) são hoje 8,5 vezes maiores do que as registradas no ano da fundação do bloco (US$ 4,5 bilhões – 1991).
A cúpula de chefes de Estado encerra a presidência pro tempore exercida pelo Brasil durante o segundo semestre de 2017. Em vista dos resultados alcançados, pode-se dizer que a reunião presidencial foi uma das mais eficazes e produtivas dos últimos anos. Nesse período, foram realizadas cerca de 300 reuniões dos órgãos decisórios e especializados do Mercosul, tratando de temas como comércio, regulamentos técnicos, contratações públicas, grupo de monitoramento macroeconômico, direitos humanos, justiça, desenvolvimento social, saúde e educação. Com esse esforço se atualizou a agenda de trabalho do bloco, que voltou a tratar de assuntos relevantes para o intercâmbio comercial e de questões novas e urgentes.
A cúpula de Brasília consolidou o fortalecimento do Mercosul como instrumento de integração capaz de produzir resultados concretos em benefício das sociedades da região, com base nos pilares presentes quando da criação do bloco: integração econômico-comercial, democracia e direitos humanos. O grupo retoma a sua vocação original de regionalismo aberto e busca tornar-se cada vez mais uma plataforma de inserção competitiva de seus integrantes na economia global. Com isso os presidentes decidiram acabar com a retórica bolivariana e dar prioridade a uma agenda reformista e pró-mercado.
Sob a coordenação brasileira foram reiniciadas discussões de temas que não foram tratados nos últimos anos, como serviços, comércio eletrônico, facilitação do comércio, pequenas e médias empresas e o interesse do consumidor nas matérias de comércio exterior. Foi assinado o acordo de compras governamentais entre os países-membros. Novos temas foram introduzidos no programa de trabalho do bloco e há disposição de avançar em setores como questões regulatórias, comércio eletrônico, bens de informática e o desenvolvimento de uma agenda digital, com a criação de um grupo que deverá apresentar plano de ação sobre esse tema no primeiro trimestre de 2018. Modernizou-se o mecanismo de elaboração e modificação de regulamentos técnicos do Mercosul, em discussão desde 2010, que permitirá alinhar o bloco aos mais avançados padrões e práticas internacionais, em benefício dos cidadãos, dos consumidores e das empresas.
Nesse período, foi também adotado um plano de ação para o fortalecimento das áreas comercial e econômica, cuja execução levou a melhorias efetivas na fluidez do comércio regional, e foram reiterados os compromissos de evitar restrições ao comércio entre os países, com a diminuição substantiva de 86% dos entraves ao comércio (de 78 medidas restritivas foram eliminadas 67) entre seus integrantes, fruto de um esforço de fortalecimento do mercado interno.
O Brasil apresentou projetos para Iniciativas Facilitadoras de Comércio e Protocolo de Coerência Regulatória, que terão continuidade na presidência pro tempore paraguaia. Foram aprovados o tratamento do tema de proteção mútua de indicações geográficas, que também terá sequência na agenda do bloco, e o Acordo sobre Direito Aplicável em Matéria de Contratos Internacionais de Consumo, que estabelece critérios para definir o direito aplicável a litígios dos consumidores em suas relações de consumo.
Do ponto de vista político, não menos importante, também houve avanços, como a aplicação da cláusula democrática à Venezuela, cada vez mais autoritária.
Houve compromisso de continuar na busca de soluções para os temas ainda pendentes, como a decisão de incorporar plenamente ao regime jurídico do bloco os setores automotivo e do açúcar, e também a tentativa de corrigir algumas recaídas protecionistas, como a imposição pelo Uruguai de uma sobretaxa às importações que, na prática, estabelece uma tarifa externa diferenciada contra as regras do Mercosul.
Durante recente encontro na Argentina, os negociadores do Mercosul e da União Europeia não chegaram a um acordo para que fosse feito um anúncio político a respeito do progresso e da finalização das negociações em 2018. Agora em meados de janeiro os entendimentos técnicos devem prosseguir, já incorporando as decisões de incluir 90% do intercâmbio comercial dos dois agrupamentos e reduzir o cronograma de desgravação para dez anos. Os presidentes reafirmaram o empenho do Mercosul na conclusão, no mais breve prazo possível, de um acordo ambicioso, abrangente e equilibrado, em todas as suas dimensões. Espera-se que a União Europeia possa melhorar as ofertas de cotas para carne e etanol, de modo a permitir um rápido avanço nos entendimentos, superando a oposição de alguns membros europeus.
A disposição de celebrar acordos com outros países e blocos foi reafirmada com a disposição de avançar nas negociações com a Associação Europeia de Livre Comércio (Efta) e nos entendimentos com os países da Associação de Nações do Sudeste Asiático (Asean), bem como nas negociações com a Índia, o Marrocos e a Tunísia. Foi destacada, ainda, a perspectiva de lançamento de negociações com o Canadá e a Coreia do Sul.
A partir de 1.º de janeiro de 2018 o Paraguai assume a presidência pro tempore do Mercosul e a tendência é que será dada continuidade a essa nova agenda apoiada pelo Brasil.
Bloco troca a retórica bolivariana por uma agenda reformista e pró-mercado
PRESIDENTE DO CONSELHO DE COMÉRCIO EXTERIOR DA FIESP

Mapa de Marini de 1511: informacao de Sergio Correa da Costa, 1940

Ainda sobre este famoso mapa, depositado na mapoteca do Itamaraty,

e do qual existe uma reprodução em suporte de tapeçaria no gabinete do Ministro de Estado, agrego uma informação produzida em 1940 pelo secretário Sérgio Corrêa da Costa ao então Secretário-Geral do Itamaraty, Mauricio Nabuco, tal como constante dos arquivos de SCC, depositados na Academia Brasileira de Letras, cuja cópia foi feita pelo historiador Rogério de Souza Farias, a quem agradeço a gentileza de me haver repassado.
Fiz reproduções não muito legíveis do material, mas creio que ainda assim podem servir.
Paulo Roberto de Almeida





Presidente Hoover: mal afamado pela Depressao, mas um grande benfeitor humanitario


Delanceyplace.com End of Year Selections: Terrible Presidents
Today's encore selection -- from One Summer: America, 1927 by Bill Bryson. Herbert Hoover went from a spectacular career in mining to international acclaim and celebrity in a war relief effort to derision and blame for the Great Depression:

"Fortunately, America had a figure of rocklike calm -- a kind of super­man, a term that he was not embarrassed to apply to himself in private correspondence -- to whom it could turn in times of crisis such as [the Mississippi flood of 1927]. His name was Herbert Hoover. Soon he would be the most derided presi­dent of his time -- quite an achievement for someone elected in the same decade as Warren G. Harding -- but in the spring of 1927 he was, and by a very wide margin, the world's most trusted man. He was also, curiously, perhaps the least likable hero America has ever produced. The summer of 1927 would make him a little more of both.

"Herbert Clark Hoover was born in 1874 thirty miles west of the Missis­sippi (he would be the first president from west of that symbolically weighty boundary) in the hamlet of West Branch, Iowa, in a tiny white cottage, which still stands. His parents, devout Quakers, died tragically early -- his father of rheumatic fever when little Bert was just six, his mother of typhoid fever three years later -- and he was sent to live with an uncle and aunt in Oregon. ...

"Though he never finished high school -- his uncle, disregarding his brightness, sent him to work as an office boy in Salem, Oregon, instead­ -- Hoover nurtured a fierce ambition to better himself. In 1891, at age sev­enteen, he passed the entrance examinations for the brand-new Leland Stanford Junior University (or just Stanford as we now know it), which then was a free school. As a member of Stanford's first-ever class, he studied geology and also met there his future wife, Lou Henry, who by chance was also from Iowa. (They would marry in 1899.) Upon graduat­ing, Hoover took the only job he could find, in a gold mine in Nevada City, California, loading and pushing an ore cart ten hours a day seven days a week for 20 cents an hour -- a meager salary even then. That this was the permanent lot for his fellow miners seems never to have troubled him. Hoover was a great believer in -- and a living embodiment of -- the notion of personal responsibility.

In 1897, still in his early twenties, Hoover was hired by a large and venerable British mining company, Bewick, Moreing and Co., and for the next decade traveled the world ceaselessly as its chief engineer and troubleshooter -- to Burma, China, Australia, India, Egypt, and wher­ever else the company's mineralogical interests demanded. ... After a decade in the field, Hoover was brought back to London and made a partner in Bewick, Moreing. ...

"He would very probably have passed his life in wealthy anonymity but for a sudden change in circumstances that thrust him unexpectedly into the limelight. When war broke out in 1914, Hoover, as a prominent American, was called on to help evacuate other Americans stranded in Europe -- there were, remarkably, over 120,000 of them --and he per­formed that duty with such efficiency and distinction that he was asked to take on the much greater challenge of heading the new Commission for Relief in Belgium.


Hoover walks with Polish children

"Belgium was overwhelmed by war, its farms destroyed, its factories shut, its foodstocks seized by the Germans. Eight million Belgians were in real peril of starving. Hoover managed to find and distribute $1.8 million worth of food a week, every week, for two and a half years -- 2.5 million tons of it altogether -- and to deliver it to people who would otherwise have gone unfed. The achievement can hardly be overstated. It was the greatest relief effort ever undertaken on earth, and it made him, deserv­edly, an international hero. By 1917, it was reckoned that Hoover had saved more lives than any other person in history. One enthusiast called him 'the greatest humanitarian since Jesus Christ,' which of course is about as generous as a compliment can get. The label stuck. He became to the world the Great Humanitarian.

"Two things accounted for Hoover's glorious reputation: he executed his duties with tireless efficiency and dispatch, and he made sure that no one anywhere was ever unaware of his accomplishments. Myron Her­rick, America's avuncular ambassador in Paris, performed similar heroic feats in occupied France without receiving any thanks from posterity, but only because he didn't seek them. Hoover by contrast was meticu­lous in ensuring that every positive act associated with him was inflated to maximum importance and covered with a press release."

To subscribe, please clichere or text "nonfiction" to 22828.
One Summer: America, 1927
Author: Bill Bryson 
Copyright 2013 by Bill Bryson
Pages: 53-56

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terça-feira, 26 de dezembro de 2017

IPRI: eventos realizados sob a minha gestao, de agosto de 2016 a dezembro de 2017

Não tenho  uma ideia precisa  do que era feito antes de minha assunção como Diretor do Instituto de Pesquisa de Relações Internacionais, IPRI-Funag, em 3 de agosto de 2016  (e ainda não fui ler detidamente relatórios anteriores), mas colegas ouviram de observadores que desconheço que nunca se fez tanta coisa em período tão curto, praticamente um evento por semana, ademais de publicações, visitas e viagens (uma lista dos eventos feitos entre 1995 e 2015 figura aqui).

Já postei aqui um relatório preliminar de minha gestão, no qual inseri minhas publicações pessoais, que não constam desta lista abaixo, muito sintética, e devo ainda revisar o relatório cobrindo o período agosto 2016-dezembro 2017.
Devo deixar aqui registrado que eu nunca teria conseguido realizar tantas atividades (em maio, por exemplo, fizemos seis eventos) se não fosse pela dedicação ativa de todos os funcionários, em especial do vice-diretor do IPRI, Marco Túlio Scarpelli Cabral, oficialment Coordenador de Estudos e Pesquisas, a quem agradeço pelo ativismo exemplar, pela capacidade de iniciativa, e até pelo trabalho "manual" na promoção desses eventos.
Paulo Roberto de Almeida 
Enjoy...


O IPRI realiza cursos, conferências, seminários e congressos na área de relações internacionais. Para se manter informado sobre os eventos organizados pelo IPRI, bem como pela Fundação Alexandre de Gusmão (FUNAG) e Centro de História e Documentação Diplomática (CHDD), acompanhe os Boletins Informativos da FUNAG.
Próximos eventos:
Não há próximos eventos cadastrados no momento.

Eventos de 2017:
25 de outubro - Reunião sobre China, com o professor David Shambaugh

Eventos realizados em 2016:

Russia: sempre autoritaria, frequentemente totalitaria - Masha Gessen

Uma recomendação de leitura (que faço a partir do Inside this book da Amazon), como observador que sou de todos os exemplos históricos de autoritarismo e cleptocracia (fenômenos aos quais não somos estranhos, não eu, mas certos personagens da história brasileira):

The Future is History: how totalitarianism reclaimed Russia

A autora já publicou um livro dentro da mesma perspectiva:
Dead Again: The Russian Intelligentsia after Communism

Estou  lendo as páginas disponíveis no site da Amazon, e já posso recomendar...


Eis a capa do livro:


  • Hardcover: 528 pages
  • Publisher: Riverhead Books; First Edition edition (October 3, 2017)
  • Language: English
  • ISBN-10: 159463453X
  • ISBN-13: 978-1594634536



  • Kindle
     
    $10.83
    Read with Our Free App
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  • Hardcover 
    $16.71
    30 Used from $17.0053 New from $16.658 Collectible from $46.25
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  • Paperback 
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    E eis fotos do prólogo do livro:



     
    Editorial Reviews
    Review
    "Fascinating and deeply felt." -The New York Times Book Review

    “Forceful and eloquent on the history of her native country, Gessen is alarming and pessimistic about its future as it doubles down on totalitarianism.” -Los Angeles Times

    “A remarkable portrait of an ever-shifting era…Gessen weaves her characters’ stories into a seamless, poignant whole. Her analysis of Putin’s malevolent administration is just as effective…a harrowing, compassionate and important book.” -San Francisco Chronicle

    “Ambitious, timely, insightful and unsparing … By far Gessen’s best book, a sweeping intellectual history of Russia over the past four decades, told through a Tolstoyan gallery of characters. … What makes the book so worthwhile … are its keen observations about Russia from the point of view of those experiencing its return to a heavy-handed state. It helps that Gessen is a participant, and not just an observer, able to translate that world adeptly for Western readers. … You feel right there on the streets.” -Washington Post

    “[Gessen’s] essential reportage traces her homeland’s political devolution through the dramatic real stories of four citizens who now face ‘a new set of impossible choices.’” –O Magazine

    “Remarkable…Gessen’s deft blending of…stories gives us a fresh view of recent Russian history with from within, as it was experienced at the time by its people. It is a welcome perspective.” –New York Review of Books

    “Excellent…Gessen’s cast of characters tell a powerful story of their own, giving us an intimate look into the minds of a group crucial to understanding the country’s brief experience of democracy and of the authoritarian regime that follows.” –New Republic
     

    “One of Putin’s most fearless and dogged critics tracks the devastating descent of post-Soviet Russia into authoritarianism and kleptocracy through the lives of four disillusioned citizens.”  –Esquire

    “One of our most urgent and iconoclastic journalists...few...are better placed to understand the parallels between the two egomaniacs who now dominate world affairs.” –Out Magazine

    “Starting with the decline, if not the disintegration, of the Soviet regime, Masha Gessen’s The Future is History tracks totalitarianism through the lens of generation raised in post-Communist Russia.” -Vanity Fair"Hot Type"

    “Gessen, the sterling Russian-American journalist and activist, has been outspoken in recent press articles about the threat of totalitarianism in America. But in her latest book, Future Is History, she never mentions America’s problems. Here, instead, she examines what is wrong in her native country and lets readers, wide-eyed, draw the parallels." -Christian Science Monitor

    “Brilliant and sobering…writing in fluent English, with formidable powers of synthesis and a mordant wit, Gessen follows the misfortunes of four Russians who have lived most of their lives under Putin…Gessen vividly chronicles the story of a mortal struggle.” -Newsday

    “Gessen is an exemplary journalist who knows when to sit back and let facts speak for themselves…[and] The Future Is History just might be the culmination of [her] life’s work... If you’ve been confused by all the talk about “Russia stuff,” this might be the most important book you’ll read all year.” –Seattle Times

    “Impressive...The Future Is History warns us of what will become of the United States if we don’t push against our burgeoning authoritarian government and fight for democracy…A chilling read, but a necessary one.” –Bitch Media

    “A lively and intimate narrative of the USSR’s collapse and its aftershocks, through the eyes of seven individuals… A gifted writer, Gessen is at her best when she’s recounting her characters’ experiences.” -Bookforum

    “A thoroughly-reported history of a dismal sequence of events with a strong, engaging narrative and central set of characters.” –Forward

    “A brave and eloquent critic of the Putin regime … For anyone wondering how Russia ended up in the hands of Putin and his friends, and what it means for the rest of us, Gessen’s book give an alarming and convincing picture.” –The Times

    “Gessen makes a powerful case, arguing that Putin reconstituted the political and terror apparatus of the Soviet state and that ideology was the last block to fall into place.”  –Financial Times

    “Russia is more at the forefront of our minds now than it’s been in all the time since the Cold War, and who better to enlighten us on the evolution of this complicated nation than journalist and Putin biographer Masha Gessen? Through her profiles of various Russians including four born in the 1980s, Gessen crafts a narrative that deciphers the Soviet Union’s move toward – and retreat from – democracy.” -Signature Reads

    "A devastating, timely, and necessary reminder of the fragility and preciousness of all institutions of freedom." -Booklist (starred)

    "Brilliant...A worthwhile read that describes how Putin’s powerful grip on Russia developed, offering a dire warning of how other nations could fall under a similar spell of state control." -Library Journal

    "An intimate look at Russia in the post-Soviet period, when the public’s hopes for democracy devolved within a restricted society characterized by “a constant state of low-level dread"...a well-crafted, inventive narrative." -Publisher's Weekly

    “Masha Gessen is humbly erudite, deftly unconventional, and courageously honest.  At this particular historical moment, when we must understand Russia to understand ourselves, we are all very lucky to have her."
    - Timothy Snyder, author of On Tyranny

    ”A fine example of journalism approximating art. Necessary reading for anyone trying to understand the earthshaking events of our time: how in one country after another individual aspirations for wealth and power mutated into collective cravings for strongmen.”
    - Pankaj Mishra, author of An End to Suffering and Age of Anger

    The Future is History is a beautifully-written, sensitively-argued and cleverly-structured journey through Russia's failure to build democracy. The difficulty for any book about Russia is how to make the world’s biggest country human-sized, and she succeeds by building her story around the lives of a half-dozen people, whose fortunes wax and wane as the country opens up, then closes down once more. It is a story about hope and despair, trauma and treatment, ideals and betrayal, and above all about love and cynicism. If you want to truly understand why Vladimir Putin has been able to so dominate his country, this book will help you.’
    - Oliver Bullough, author of Let Our Fame Be Great and The Last Man in Russia
     
    Praise for The Man Without A Face:

    “Gessen has shown remarkable courage . . . [An] unflinching indictment of the most powerful man in Russia.” —The Wall Street Journal

    “[Gessen] shines a piercing light into every dark corner of Putin’s story. . . . Fascinating, hard-hitting reading.” —Foreign Affairs

    “Absorbing.” —The New Yorker

    “Powerful and gracefully written.” —San Francisco Chronicle
    About the Author
    Masha Gessen is a staff writer at the New Yorker and the author of several books, among them The Man Without a Face: The Unlikely Rise of Vladimir Putin. The recipient of numerous awards, including a Guggenheim Fellowship and a Carnegie Fellowship, Gessen teaches at Amherst College and lives in New York City.


    Orbis Universalis, 1512 - Hieronimi Mari

    Um mapa famoso, reproduzido em formato de tapeçaria no gabinete do ministro de Estado das Relacões Exteriores: 



    Este é o primeiro mapa conhecido em que o nome Brasil aparece para designar a América Lusitana. O norte está em cima.
    Confeccionado em pergaminho iluminado, em 1511, em Veneza, pelo cartógrafo Jerônimo Marini. O original está no Ministério das Relações Exteriores. Foi adquirido, em 1912, pelo, então, ministro Lauro Müller (1863-1929), em um leilão da Libreria Antiquaria Pio Luzzietti, situada na Piazza Crociferi, em Roma, uma tradicional biblioteca italiana que fazia leilões de antiguidades desde o final do século 19.
    O título do planisfério, em latim, é Orbis Typus Universalis Tabula. Sua autoria é identificada ao lado do título, como Hieronimi Mari fecit Venetia MDXI. Não se conhece outras informações sobre esse cartógrafo. Esse mapa era praticamente desconhecido antes do leilão. Seu nome, Jerônimo Marini, é deduzido da forma latinizada, publicada pelo autor, como Hieronimi Mari.
    A América do Norte é a Nova Índia, pois até poucos anos antes, sua grande dimensão era desconhecida. Jerusalém está no centro do mundo. Note que o autor ainda acreditava que o Brasil era parte da costa oriental da Ásia. Para ele a América ainda não existia, nem o Oceano Pacífico. Por volta dessa época, a Austrália estava começando a ser conhecida com sua real localização no Globo e grandes dimensões. Alguns cartógrafos chegaram a confundir o Brasil com a Austrália.
    Este mapa é mais uma prova de que o entendimento de que existia um Novo Mundo, entre a Ásia e a Europa, demorou a ser assimilado por muitos acadêmicos. Ambos, Colombo e Cabral, acreditaram terem aportado em uma das ilhas que apareciam próximas da costa oriental da Ásia, nos mapas da época.
     Outro texto sobre o mesmo mapa: 


    Orbis Universalis, 1512
    O mapa-múndi do veneziano Jerônimo Marini, de 1512, é a primeira carta onde aparece o nome Brasil para designar as terras até então conhecidas como de Vera Cruz, Santa Cruz, dos papagaios ou "del brazille". Desenhado em pergaminho, é um dos poucos mapas manuscritos do início do século XVI hoje existentes. Está de cabeça para baixo, pois, por influência dos costumes árabes, ele é orientado pelo sul. A Palestina, onde há um presépio, é colocada no centro da Terra, conforme a tradição medieval. O mapa apresenta os defeitos da época, como a representação errada da Inglaterra. Por outro lado, é inovador quanto à colocação mais exata da Escandinávia e da península de Malaca. A obra de Marini, cujo original está na Libreria Antiquari Pio Luzzeti, em Roma, é de grande importância na história geral da cartografia, pois documenta uma concepção veneziana do mundo que estava sendo descoberto. O Equador, embora passando ao sul de Gibraltar, corta o Mediterrâneo, ainda considerado, como na Idade Média, o eixo das terras habitadas. É também característica veneziana a presença maciça das regiões asiáticas, pólo de atração da época. Da América, vê-se apenas a costa oriental, com destaque para o Brasil. Em torno do mapa estão alegorias representando o Sol, a Lua, as estrelas e os ventos. Nos extremos oriental e ocidental, duas esfinges simbolizam os mistérios do mundo, que só mais tarde Fernão de Magalhães decifraria.
    Reprodução do fac-símile outrora guardado na mapoteca do Ministério das relações Exteriores, situada no Rio de Janeiro, hoje no gabinete do Ministro das Relações Exteriores, em Brasília.