O que é este blog?

Este blog trata basicamente de ideias, se possível inteligentes, para pessoas inteligentes. Ele também se ocupa de ideias aplicadas à política, em especial à política econômica. Ele constitui uma tentativa de manter um pensamento crítico e independente sobre livros, sobre questões culturais em geral, focando numa discussão bem informada sobre temas de relações internacionais e de política externa do Brasil. Para meus livros e ensaios ver o website: www.pralmeida.org. Para a maior parte de meus textos, ver minha página na plataforma Academia.edu, link: https://itamaraty.academia.edu/PauloRobertodeAlmeida.

quinta-feira, 5 de março de 2020

Chrome: andam exagerando no número de menções...

Abri um novo Chrome num computador reconfigurado, e testei com o meu próprio nome: 

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Paulo Roberto de Almeida. Diplomata e escritor. HOME · LIVROS · AUTOR · EDITADOS · CAPÍTULOS · TESES E DISSERTAÇÕES · OUTROS LIVROS.
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Comunicado do Partido Novo: João Amoedo deixa a presidência

Comunicamos que João Amoêdo deixa hoje (05/03) o Diretório Nacional e o cargo de presidente nacional do Partido Novo, sendo substituído na presidência por Eduardo Ribeiro, atualmente integrante do Diretório Nacional, diretor executivo da Fundação Brasil Novo e ex-presidente do Diretório Estadual de Santa Catarina.
Eduardo foi eleito por unanimidade pelos demais membros do Diretório Nacional, em conformidade com o estabelecido no Estatuto do NOVO. Ele é catarinense, empresário, formado em Farmácia e Bioquímica pela Universidade Federal de Santa Catarina e tem toda a sua atuação profissional voltada ao setor de saúde.
João Amoêdo permanecerá na Fundação Brasil Novo, como membro do Conselho Curador e como filiado, divulgando e defendendo os princípios e valores do NOVO. Ele escreveu uma carta que pode ser lida aqui.
O NOVO agradece todo o inestimável esforço de João Amoêdo, que se dedicou por quase uma década para a construção do partido.
O NOVO segue com o objetivo de se consolidar como uma instituição inovadora e diferenciada na política brasileira, crescendo com coerência, qualidade, sem atalhos, de forma sustentável, sem dinheiro do pagador de impostos e fiel aos seus princípios e valores.
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Renovação Na Presidência Do NOVO

5 De Março De 2020
Após 10 anos dedicados à idealização, construção e administração do NOVO, deixo hoje o Diretório Nacional do partido. Serei substituído, no cargo de presidente, por Eduardo Ribeiro, ex-presidente do diretório do NOVO de Santa Catarina e atualmente integrante do Diretório Nacional.
Acredito que toda instituição, baseada em valores e ideias, como é o NOVO, precisa de renovação nos seus comandos, para seguir amadurecendo e crescendo.
Em 2010, apesar da economia em alta e de nossas potencialidades como nação, não vislumbrava um futuro próspero para o nosso País. Tínhamos um Estado intervencionista, que cobrava altos impostos e devolvia péssimos serviços para a população. As oportunidades para a maioria eram poucas e os privilégios para poucos, eram muitos. Concluí que era preciso mudar o nosso modelo de Estado, e o único caminho seria pela política.
A partir daquele ano, decidi me dedicar, junto com um pequeno grupo, a criar uma plataforma política diferente, que atraísse novas lideranças e inovasse na forma de se fazer política. Era fundamental que esse projeto fosse baseado na criação de uma instituição que, com princípios e valores, invertesse a lógica em vigor na política tradicional. Os políticos dessa nova instituição deveriam ser pessoas admiradas pela população e, ao chegarem ao poder, ter como principal objetivo devolver o poder ao cidadão. Esse era o sonho. O legado que gostaríamos de deixar.
O trabalho, desde o início, se mostrou desafiador: a descrença da população com a política; a burocracia para a montagem de um partido; a associação e dependência de parte da nossa elite com status-quo e a falta de bons modelos foram alguns dos obstáculos enfrentados.
A história que se seguiu vocês já conhecem e fazem parte dela. Gostaria de agradecer por terem assumido esse árduo trabalho, saindo da indignação e partindo para a ação. Sempre acreditei que a frustração de não tentar seria maior do que a de não conseguir.
Com 4 anos e meio do nosso registro no TSE, somos ainda uma instituição jovem, mas que já apresenta resultados relevantes e serve como exemplo de boas práticas na política. Entretanto, somos e seremos continuamente testados e inúmeras vezes pressionados para utilizar atalhos e adotar procedimentos usuais da velha política. A separação entre a atuação política e a gestão partidária, uma das inovações do NOVO, e a nossa visão de longo prazo, são os antídotos para isso.
Temos que lembrar sempre o nosso objetivo primordial: melhorar de forma sustentável a qualidade de vida do maior número de pessoas, o mais rápido possível. Manter a coerência, a humildade e fazer o certo fazem parte do DNA do NOVO.
Deixo o diretório, mas continuarei atuando ativamente na vida política do País. Permanecerei na Fundação Brasil Novo, como membro do Conselho Curador, auxiliando as candidaturas que teremos e na defesa e divulgação dos nossos princípios e valores, contribuindo assim para o crescimento do Partido.
Gostaria de finalizar essa mensagem agradecendo a cada um de vocês que participaram e tornaram o NOVO uma realidade. Temos ainda um longo trabalho pela frente na construção de um País para ser admirado. Muito obrigado.
João Amoêdo

A mediocridade do crescimento parece ser estrutural - Editorial Estadão

Estagnação em 2019, vírus em 2020

Brasil cresceu apenas 1,1% no primeiro ano do governo Bolsonaro. É preciso evitar a tentação de usar o vírus para justificar mais um ano de estagnação

Editorial O Estado de S. Paulo, 5/03/2020


O Brasil emperrou no primeiro ano do governo Bolsonaro, com crescimento econômico de apenas 1,1%. Foi um resultado inferior ao de qualquer dos dois anos anteriores, quando o Produto Interno Bruto (PIB) aumentou 1,3%. Sem reconhecer o fiasco, o Ministério da Economia aponta “melhora substancial” na atividade, com o setor privado puxando a produção e o investimento. É uma estranha comemoração. Um dos motores principais do setor privado nos grandes emergentes, a indústria de transformação, cresceu 0,1%, quase nada. O investimento produtivo, de fato puxado pelas empresas privadas, avançou 2%, bem menos que no ano anterior, quando havia crescido 3,9%, quase o dobro do verificado em 2019.
Juros em queda, um dos poucos estímulos oferecidos à atividade econômica no ano passado, contribuíram para a expansão do consumo das famílias, mas tiveram pouco ou nenhum efeito no investimento em máquinas, equipamentos, construções e outros elementos do capital fixo. Esse conjunto, onde se incluem também as obras de infraestrutura, como estradas, centrais elétricas, portos e hospitais, é o parque produtivo de bens e serviços, considerado apenas em seu aspecto físico.
O total investido em 2019 ficou em 15,4% do PIB, pouco acima da proporção do ano anterior (15,2%) e abaixo da estimada para 2016 (15,5%), último ano da recessão. Investir em potencial produtivo é essencial para garantir crescimento econômico duradouro e sustentável, sem pressão inflacionária e com baixo risco de problemas nas contas externas.
O Brasil está longe disso. Neste século, a maior taxa de investimento bruto foi a de 2013, quando atingiu 20,9% do PIB. Essa proporção ainda ficou longe do nível mínimo considerado necessário a um país como o Brasil, de cerca de 24%. O baixo potencial produtivo explica as projeções modestas de crescimento econômico nos próximos anos. No mercado, essas projeções têm ficado em 2,5% ao ano, muito abaixo das possibilidades de outras economias emergentes.
O crescimento do PIB em 2019 poderia ter sido maior, segundo o Ministério da Economia, se o País tivesse ficado livre de alguns infortúnios, como a tensão comercial entre Estados Unidos e China, o baixo crescimento das trocas internacionais, a recessão argentina, intempéries no território nacional e, é claro, o desastre de Brumadinho. Mas outros países também foram afetados por vários desses problemas e ainda cresceram bem mais que o Brasil.
A indústria extrativa de fato foi prejudicada pela tragédia de Brumadinho e sua produção diminuiu 1,1%. Mas o fraco desempenho do setor de transformação é atribuível a outros fatores. A crise na Argentina, importante mercado importador de manufaturados brasileiros, é apenas um componente da explicação. A baixa demanda interna e o escasso poder de competição da maior parte da indústria são partes importantes da história. No ano passado, o governo pouco fez para atacar esses problemas. Além disso, uma atitude mais proativa neste ano parece pouco provável, por enquanto.
Um dos poucos sinais animadores, no balanço do ano passado, é o crescimento da construção. A atividade avançou 1,6%, depois de quatro anos de retração. Se a melhora persistir, o setor poderá proporcionar algum estímulo a outras áreas da indústria e também aos serviços, contribuindo para maior oferta de postos de trabalho. Em 2019, o desemprego caiu muito lentamente. No fim do ano os desocupados ainda eram 11% da força de trabalho e o subemprego era amplo, assim como a informalidade.
Para 2020 as projeções mais comuns indicam, por enquanto, crescimento na faixa de 2% a 2,2%. A epidemia de coronavírus pode justificar uma revisão para baixo. Em outros países, a preocupação tem sido acompanhada de ações para atenuar os danos econômicos do surto. Corte de juros é a medida mais evidente. Mas o governo deve examinar se há espaço para outros estímulos. É preciso evitar a tentação de usar o vírus como justificativa para mais um ano de estagnação.

Crescimento econômico no Brasil: médias por períodos- Ricardo Bergamini

Crescimento Econômico Real Relativo
Taxa Média/Ano
Período de 1964 a 2019 em Percentuais do PIB - Fonte de Consulta IBGE



Períodos
1964/84
1985/89
1990/94
1995/02
2003/10
2011/18
2019
Média/Ano
6,29
4,38
1,40
2,37
4,09
0,65
1,10


1 – Nos 21 anos dos governos militares, o Brasil teve um crescimento econômico real médio de 6,29% ao ano.

2 – Nos 5 anos do governo Sarney, com moratória internacional e hiperinflação, o Brasil teve um crescimento econômico real médio de 4,38% ao ano.

3 – Nos 5 anos dos governos Collor/Itamar, o Brasil teve um crescimento econômico real médio de 1,40% ao ano.

4 – Nos 8 anos do governo FHC, o Brasil teve um crescimento econômico real médio de 2,37% ao ano.

5 – Nos 8 anos do governo Lula, o Brasil teve um crescimento econômico real médio de 4,09% ao ano.

6 – Nos 8 anos dos governos Dilma/Temer (2011/2018) o Brasil teve um crescimento econômico real médio de 0,65% ao ano. 

7 – No primeiro ano do governo Bolsonaro o Brasil teve um crescimento econômico real de 1,10%.

Arquivos oficiais do governo estão disponíveis aos leitores.

Ricardo Bergamini

quarta-feira, 4 de março de 2020

Breves Lições com Dennys Xavier: Thomas Sowell (LVM)


Hoje tive o prazer de receber não um, o mais recente, mas QUATRO livros editados pela LVM, todos eles sob o emblema unificado de "Breves Lições", ensaios organizados pelo professor Dennys Garcia Xavier em torno da vida e da obra de quatro grandes economistas liberais: Friedrich Hayek (também um filósofo), Hans Hoppe (igualmente filósofo e sociólogo), Ayn Rand (mais uma romancista e filósofa do que propriamente economista) e, sobretudo, Thomas Sowell, um livro que tive a honra e o privilégio de prefaciar.

Thomas Sowell é, possivelmente, um dos maiores economistas americanos vivos, e já
deveria ter recebido o Prêmio Nobel, não tanto por suas elaborações "matemáticas", mas sobretudo pelo seu imenso trabalho de "educação popular" nas mais variadas vertentes da economia, não só relativas a problemas tipicamente americanas, como o racismo, por exemplo, mas sobretudo pelo trabalho enciclopédico que ele desenvolve em escala universal, de "pedagogia econômica" num terreno que os franceses chamariam de haute vulgarisation, ou seja, traduzir fenômenos complexos em linguagem acessível ao leigo, ao leitor não especializado. Tenho vários livros dele, sobretudo o Thomas Sowell Reader, que é um compêndio de seus mais importantes ensaios e artigos de opinião, todos eles rigorosamente embasados num enorme conhecimento da história do mundo, em todas as épocas.

Dennys Xavier conduziu um trabalho primoroso de coordenação de ensaios sobre os grandes pensadores da liberdade em seus quatro livros até agora produzidos sobre esses gigantes da filosofia social de cunho liberal, até libertário.

Meu prefácio ao livro de Thomas Sowell começa por uma confissão: demorei muito tempo a descobri-lo, mas também quando o fiz, comecei a comprar os seus livros sequencialmente.

“Thomas Sowell: um intelectual completo”; Brasília, 12 julho 2019, 9 p. Prefácio a livro organizado por Dennys Garcia Xavier com contribuições de estudos sobre o grande economista americano por estudiosos do Brasil. Publicado no livro intitulado Thomas Sowell e a aniquilação de falácias ideológicas: Breves Lições, com organização de Dennys Xavier (São Paulo: LVM, 2019, 312 p.; ISBN: 978-6550520168).

Nele eu digo basicamente o seguinte: 


"Um dos livros de Sowell que mais aprecio, porque talvez também combine com meu espírito contrarianista, é o seu famoso Economic Facts and Fallacies (2008), na verdade um tipo de abordagem que ele seguiu, invariavelmente, em muitos dos seus demais livros, em especial aqueles voltados a desmentir políticas distributivistas, ações afirmativas, supostos efeitos do racismo ou das disparidades sociais, demonstrando aos incautos, com base em certezas acachapantes, como nosso julgamento superficial sobre a aparente “racionalidade” de certas opções políticas não fazem nenhum sentido do ponto de vista da eficiência ou da consistência econômica. O frontispício dessa obra, uma citação de John Adams, deixa transparecer sua atitude básica em face de opiniões subjetivas ou de percepções de senso comum: 
Fatos são coisas teimosas; e quaisquer que sejam nossos desejos, nossas preferências, ou os ditados de nossas paixões, eles não podem alterar o estado dos fatos e das evidências.


Paradoxalmente, ele trata os principais postulados econômicos como evidências de alcance geral, tal como revelado no título de seus livros mais conhecidos, e mais usados como text-booksBasic Economics: A Citizen's Guide to the Economy (2000) e Basic Economics: A Common Sense Guide to the Economy (3ª. edição, 2007). Em consonância com essa atitude inerente à sua metodologia, ele nunca hesitou em marchar contra a corrente, seja nas questões raciais – um tema especialmente delicado num país com remorso de seu apartheid passado, talvez nunca terminado, e que empreendeu uma cruzada nas ações “afirmativas” –, seja nos problemas de desigualdades de renda dentro e entre os países. Ele não apenas toma posição contra essas verdades de senso comum, que nada mais são do que pensamento politicamente correto envelopado em belas frases progressistas, como demonstra, com apoio em estudos empiricamente embasados, como a visão dos bem pensantes e das almas caridosas não passam no teste da realidade prática ou da eficiência econômica. Nisso ele se aproxima de um outro intelectual que também nadou contra a corrente durante a maior parte da sua vida: o francês Raymond Aron, tão denegrido em sua terra natal quanto, entre nós, Roberto Campos ou Eugênio Gudin, dois liberais clamando no deserto. 
O debate econômico nos Estados Unidos – em grande medida graças aos grandes bastiões do liberalismo clássico que são os think tanks da linha hayekiana ou miseniana, e escolas de pensamento econômico como Chicago – nunca foi tão dominado pela vertente social-democrática quanto o foi na Europa continental, em especial na França e nos países latinos. Na França, por sinal, durante muito tempo se repetiu que era “melhor estar errado com Jean-Paul Sartre do que ter razão com Raymond Aron”, mas é também verdade que a praga do politicamente correto teve início nas universidades americanas para depois se espalhar como erva daninha por instituições congêneres de quase todos os países do mundo. Na América Latina, a chegada da praga foi mais delongada, pois o desenvolvimentismo estava na linha de frente do debate público, sujeito às controvérsias conhecidas e que foi abordado em várias das obras tipicamente econômicas de Sowell: como seria de se esperar ele recusa as teorias vulgares da dependência e da exploração como causas do atraso.
A maior parte das falácias econômicas é partilhada por pessoas não formalmente instruídas na teoria ou na história econômica. Mas mesmo economistas podem ser levados a defender algumas falácias simplesmente por ignorar certos fatos econômicos – a verdadeira obsessão de Sowell com a fundamentação empírica de todas as suas demonstrações – ou por operar um corte seletivo na realidade econômica, sem observar uma metodologia rigorosa que os teria levado a outras “descobertas” ou argumentos. No caso da América Latina, por exemplo, não só a opinião pública educada (entre elas políticos e acadêmicos), mas também economistas se deixaram seduzir pela “teoria”, aparentemente “comprovada pela evidência histórica”, da “deterioração dos termos do intercâmbio”, ou seja, a baixa relativa e contínua dos preços das matérias primas comparativamente ao valor dos produtos industrializados. O confronto tendências opostas entre preços de commodities e de manufaturas alimentou vários programas de industrialização substitutiva, com todas as consequências criadas pelo excesso de protecionismo e de dirigismo estatal nas décadas seguintes à disseminação dessa “teoria” a partir de suas fontes cepaliana e prebischianas. A França, por sua vez, é um dos poucos países do Ocidente avançado onde livros de economistas recomendando a adoção explícita e aberta do protecionismo recebem certa adesão entre colegas."

Eu recomendaria a todos os meus leitores que adquirissem não só o Thomas Sowell, mas os três outros: Hayek, Rand, Hoppe, pois os ensaios neles contidos – dezenas de brilhantes textos de intelectuais brasileiros – equivalem a uma grande aula de economia.

Livros PRA, próprios ou em colaboração, no site da Funag

LIVROS DA SÉRIE DA FUNAG: 

Colaborei, mesmo antes de ser diretor do IPRI-Funag, com a organização e edição de diversas obras editadas pela Funag, que estão livremente disponíveis na Biblioteca Digital no site da Funag, como estes aqui, entre outros: 


José Vicente Pimentel (org.), Pensamento Diplomático Brasileiro: Formuladores e Agentes da Política Externa (1750-1964). Brasília: FUNAG, 2013, 3 vols.; ISBN 978-85-7631-462-2 (obra completa disponível em formato zipado no site da Funag: http://funag.gov.br/loja/download/pensamento_diplomatico_brasileiro.zip)
Participei de dois, dos três volumes:
Pensamento diplomático brasileiro: introdução metodológica às ideias e ações de alguns dos seus representantes”, in: vol. 1, p. 15-38 
Oswaldo Aranha: na continuidade do estadismo de Rio Branco” (com João Hermes Pereira de Araújo), vol. 3, p. 667-711.



Esse livro originou-se de um projeto que eu concebi, ainda que de forma diferente, como revelado nesta matéria que publiquei num dos números do Boletim da ADB em 2013: 
1096. “Pensamento brasileiro em política internacional: um projeto da Funag”, Boletim ADB (vol. 20, n. 81, abril-maio-junho 2013, p. 23-25; ISSN: 0104-8503; link: https://adb.org.br/wp-content/uploads/pdf/revista-adb-81.pdf). Relação de Originais n. 2482.



Depois foi a vez do meu livro sobre a diplomacia econômica do Brasil, preparado como tese do Curso de Altos Estudos em 1997, publicado duas vezes (2001 e
2005) pela Senac-SP, em co-edição com a própria Funag, e finalmente publicado em 3ra. edição pela Funag, desta vez em dois volumes, para o qual preparei um novo prefácio: 

3083. “Prefácio do autor à terceira edição”, Brasília, 9 fevereiro 2017, 6 p. Apresentação à nova edição, pela Funag, da obra Formação da Diplomacia Econômica do Brasil: as relações econômicas internacionais no Império ((Brasília: Funag, 2017, 2 volumes; Coleção História Diplomática; ISBN: 978-85-7631-675-6 (obra completa; 964 p.); Volume I, 516 p.; ISBN: 978-85-7631-668-8 (link: http://funag.gov.br/loja/index.php?route=product/product&product_id=907) e Volume II, 464 p.; ISBN: 978-85-7631-669-5 (link: http://funag.gov.br/loja/index.php?route=product/product&product_id=908). Relação de Publicados n. 1257.

3144. “Formação da Diplomacia Econômica no Brasil; revisão da 3a edição”, Brasília, 4 agosto 2017, 3 p. Revisão completa do livro pela Funag, em dois volumes, com atualização de determinadas passagens até 2017. Livro publicado: Formação da Diplomacia Econômica no Brasil: as relações econômicas internacionais no Império. 3ra. edição, revista; Brasília: Funag, 2017, 2 volumes; Coleção História Diplomática; ISBN: 978-85-7631-675-6 (obra completa; 964 p.); Volume I, 516 p.; ISBN: 978-85-7631-668-8 (link:http://funag.gov.br/loja/index.php?route=product/product&product_id=907) e Volume II, 464 p.; ISBN: 978-85-7631-669-5 (link: http://funag.gov.br/loja/index.php?route=product/product&product_id=908). Relação de Originais n. 1351. Relação de Publicados n. 1265. 



Depois, com a excepcional colaboração do historiador Rogério de Souza Farias, compilamos todos os materiais relativos à atuação internacional de Oswaldo Aranha, para preparar estes dois livros, como relato nos informes a seguir:


Sérgio Eduardo Moreira Lima; Paulo Roberto de Almeida; Rogério de Souza Farias (orgs): Oswaldo Aranha: um estadista brasileiro (Brasília: Funag, 2017, 2 vols.; vol. 1, 568 p.; ISBN: 978-85-7631-696-1; vol. 2, 356 p.; ISBN: 978-85-7631-697-8). Obra disponível na Biblioteca Digital da Funag:  link: http://funag.gov.br/loja/index.php?route=product/product&product_id=913; volume 2, 356 p.; ISBN: 978-85-7631-697-8; link: http://funag.gov.br/loja/index.php?route=product/product&product_id=914


Trabalhos preparatórios: 
3138. “Oswaldo Aranha como estadista visionário: construindo o futuro do Brasil em plena guerra”, Brasília, 9 julho 2017, 14 p. Ensaio sobre a carta de Oswaldo Aranha a Getúlio Vargas, de 25 de janeiro de 1943, para o encontro do ditador com o presidente Franklin D. Roosevelt em Natal, transcrevendo a íntegra da carta e destinado a integrar coletânea de escritos e conferências de Oswaldo Aranha, a ser publicada pela Funag (parcialmente baseado no trabalho 2502). 

3160. “A Segunda Guerra Mundial e a campanha pela democracia (1939-1945)”, Brasília, 8 setembro 2017, 26 p. Introdução à Parte 2 do Reader organizado com Rogério de Souza Farias: “Oswaldo Aranha: um estadista brasileiro”, livro em cinco partes a ser publicado pela Funag. Revisto em 13/09/2017. Publicado, sob o título “O chanceler no conflito global (1939-1945)”, in: Sérgio Eduardo Moreira Lima, Paulo Roberto de Almeida e Rogério de Souza Farias (organizadores), Oswaldo Aranha: um estadista brasileiro. Brasília: Funag, 2017, 1o. volume; ISBN: 978-85-7631-696-1, pp. 197-233. Relação de Publicados n. 1269.

3161. “Oswaldo Aranha: estadista econômico (1931-34, 1953-54)”, Brasília, 10 setembro 2017, 21 p. Introdução à Parte 4 do Reader organizado com Rogério de Souza Farias: “Oswaldo Aranha: um estadista brasileiro”, livro em cinco partes a ser publicado pela Funag. Publicado, sob o título “O estadista econômico”, in: Sérgio Eduardo Moreira Lima, Paulo Roberto de Almeida e Rogério de Souza Farias (organizadores), Oswaldo Aranha: um estadista brasileiro. Brasília: Funag, 2017, 2o. volume; ISBN: 978-85-7631-697-8, pp. 569-599. Relação de Publicados n. 1260.

3162. “Oswaldo Aranha: estadista político”, Brasília, 13 setembro 2017, 9 p. Apresentação dos textos constantes da última parte do livro, retirando parágrafos relativos aos ensaios de Fabio Koifman – inserido na parte 2 – e Carlos Leopoldo, atribuído à seção inicial, Diplomacia hemisférica, sob responsabilidade de Rogério de Souza Farias. Publicado, sob o título “O estadista político”, in: Sérgio Eduardo Moreira Lima, Paulo Roberto de Almeida e Rogério de Souza Farias (organizadores), Oswaldo Aranha: um estadista brasileiro. Brasília: Funag, 2017, 2o. volume; ISBN: 978-85-7631-697-8, pp. 745-759. Relação de Publicados n. 1261.

3170. “Oswaldo Aranha renasce na Casa Thomas Jefferson”, Brasília, 27 setembro 2017, 1 p. Nota para inclusão em programa de eventos do mês de outubro da Casa Thomas Jefferson, para lançamento de duas obras: Pedro Corrêa do Lago, Oswaldo Aranha: uma fotobiografia (Rio de Janeiro: Capivara, 2017), e a coletânea Oswaldo Aranha: um estadista brasileiro (Brasília: Funag, 2017). Utilizado na divulgação pública do programa de eventos do mês de outubro.

3175. “Livros sobre Oswaldo Aranha em lançamento no Itamaraty”, Brasília, 11 outubro 2017, 2 p. Nota sobre os dois livros sendo lançados pelo ministro de Estado, Aloysio Nunes, em cerimônia na Sala Portinari: Pedro Corrêa do Lago, Oswaldo Aranha: uma fotobiografia (Rio de Janeiro: Capivara, 2017), e a coletânea Oswaldo Aranha: um estadista brasileiro (Brasília: Funag, 2017, 2 volumes). Não aproveitado como discurso; transformado em postagem no blog Diplomatizzando, em homenagem a OA (19/10/2017; link: https://diplomatizzando.blogspot.com.br/2017/10/minha-homenagem-oswaldo-aranha-paulo.html).

3180. “Apresentação-lançamento do livro Oswaldo Aranha: um estadista brasileiro”, Brasília, 19 outubro 2017, 3 p. Correspondência aos colaboradores e auxiliares na montagem e confecção da obra documental com textos de OA e ensaios dos organizadores e autores. Texto enviado aos irmãos Corrêa do Lago e demais participantes no empreendimento, com os arquivos eletrônicos do livro. Relação de Publicados n. 1263.


 Finalmente, colaborei com a organização e a preparação editorial destes dois volumes coletando os mais importantes artigos de Celso Lafer sobre temas de relações internacionais, apressando os trabalhos para termos o volume pronto antes do final de 2018, já antevendo grandes mudanças de orientação com o governo eleito em outubro.
Para esse livro, escrevi uma pequena homenagem ao mestre que acabou sendo inserida ao final do segundo volume, como posfácio:

1297. “A educação de Celso Lafer: um reconhecimento ao mestre”, posfácio ao livro Celso Lafer, Relações internacionais, política externa e diplomacia brasileira: pensamento e ação (Brasília: Funag, 2018, 2 vols., 1437 p.; lo. vol., ISBN: 978-85-7631-787-6; 762 p.; link 1o. volume: http://funag.gov.br/loja/index.php?route=product/product&product_id=970&search=Celso+Lafer; 2o. vol., ISBN: 978-85-7631-788-3, 675 p.), 2o. vol., p. 1335-1347 (link 2o volume: http://funag.gov.br/loja/index.php?route=product/product&product_id=971&search=Celso+Lafer). Relação de Originais n. 3302. 


Isto não foi tudo, mas foi o essencial, sem mencionar outros livros com os quais colaborei marginalmente ou episodicamente.

Paulo Roberto de Almeida
Brasília, 4 de março de 2020