O que é este blog?

Este blog trata basicamente de ideias, se possível inteligentes, para pessoas inteligentes. Ele também se ocupa de ideias aplicadas à política, em especial à política econômica. Ele constitui uma tentativa de manter um pensamento crítico e independente sobre livros, sobre questões culturais em geral, focando numa discussão bem informada sobre temas de relações internacionais e de política externa do Brasil. Para meus livros e ensaios ver o website: www.pralmeida.org. Para a maior parte de meus textos, ver minha página na plataforma Academia.edu, link: https://itamaraty.academia.edu/PauloRobertodeAlmeida.

segunda-feira, 13 de dezembro de 2021

Adam Tooze strikes again: many, many books on the first globalization and the ascent of Germany

 

Chartbook #58: More reading on WWI 

some great suggestions 

Yesterday’s post about World War I has triggered a remarkable crop of suggestions from readers. They are so good I thought I would pass them on. 

It is holiday season after all. Perhaps there are one or two things here that folks might consider for xmas stockings etc. 

From Michael Pettis (with many thanks):

“I just read your excellent Urkatastrophe piece, Adam, and it occurred to me that you ought to read, if you haven’t, Charles Arthur Conant’s “The United States in the Orient: the nature of the economic problem” (1900). Conant was a well-known and highly influential (at the time) American economist, and along with Kemerrer the most famous of the “money doctors” of the late 19th and early 20th centuries. I often include him with JA Hobson as the leading proponent of the “excess savings”/imperialism thesis, except that while Hobson opposed imperialism, Conant embraced it. I mention his book because he discusses Russia and the Russian economy a great deal in the book, and his Russia isn’t a decrepit Russian on the edge of revolution but rather one of the most dynamic economies in the world and the only serious rival to US/UK dominance. There is a lot of other very interesting stuff in his book, but as I read your piece it was the comments on Russia that most made me think of Conant.” 

You can read it here, for free.

From Policy Tensor a typical hard-hitting riposte, which I in fact largely agree with. With more head space I would have expanded this point. 

The book this immediately brings to mind is this wonderful analysis of the global color line by Lake and Reynolds. 

A lovely reading list of World War I classic by J. Van Wyck

I agree with Erik Grimmer-Solem that I should have included his brilliant new book amongst the references of the blogpost. It really is highly recommended. 

It is part of a crop of relatively recent books about Germany and globalization that have finally shown the way out of the dead end that was the Sonderweg (special path) debate. 

Top of the list would be Dirk Bonker’s Militarism in a Global Age, a brilliant and eye-opening comparison of German and American navalism in the moment of high imperialism. 

From the economic side, Cornelius Torp’s work is crucial:

From the side of cultural and political history, Sebastian Conrad blazed a trail.

Andrew Zimmerman’s Alabama in Africa: Booker T. Washington, the German Empire, and the Globalization of the New South saw connections where no one had seen them.

Chris Manjapra connected imperial Germany to India

GREAT reading all of these. And there are no doubt many more one could add.

O estupro orçamentário agora é um processo "legal" e permanente - Editorial do Estadão

A constitucionalização da infâmia

A ideia de que a subversão da ordem jurídica e o abandono da âncora fiscal eram indispensáveis para ajudar os pobres é falsa, e os pobres pagarão por isso


Notas & Informações, O Estado de S.Paulo 

13 de dezembro de 2021 | 03h00 

O Congresso promulgou parte da PEC dos Precatórios. Convenientemente, foi deixada de fora a emenda aprovada pelo Senado que vincula os espaços fiscais adicionais exclusivamente a gastos sociais. O heterodoxo “fatiamento” coroa a manobra que nasceu antirrepublicana não só nos meios, como nos fins. 

Consolidou-se, não apenas no Planalto e no Congresso, mas em parte da opinião pública, a ideia de que o teto de gastos era um fetiche liberal insustentável. Ironicamente, posicionar-se contra a PEC do presidente que outrora vilanizava sistematicamente os programas de assistência social equivaleria a ser antipobre. Era preciso escolher o mal menor: ou o calote e a pedalada ou o abandono de milhões à miséria. Essa narrativa foi desmentida reiteradas vezes pelos especialistas em contas públicas. 

Não é apenas que o governo tenha negligenciado desde o princípio promessas obtusas da campanha que poderiam ter aliviado os pobres ou gerado espaço fiscal, como a implementação de uma tributação mais progressiva ou uma reforma administrativa que tornasse a máquina pública mais eficiente e menos onerosa. Nem que tenha ignorado propostas parlamentares projetadas para compatibilizar novos gastos sociais com a sustentação do arcabouço fiscal, como a PEC 182/19 ou o Projeto de Lei de Responsabilidade Social. 

O fato é que mesmo depois da pandemia, o governo ignorou pelo menos quatro alternativas sugeridas por sua própria equipe econômica para viabilizar o Auxílio Brasil sem furar o teto: revisar as despesas com abono salarial, com o seguro-defeso, com o seguro-desemprego ou com subsídios fiscais. 

A Instituição Fiscal Independente do Senado apontou que seria possível dobrar o valor dos auxílios fixados na proposta do Orçamento de 2022 com cortes nas despesas de custeio, a correção da contabilização dos precatórios do Fundef/Fundeb e o direcionamento de metade das emendas parlamentares para o social. 

Os senadores José Aníbal (PSDB-SP), Oriovisto Guimarães (Podemos-PR) e Alessandro Vieira (Cidadania-SE) apresentaram emendas que garantiriam R$ 99 bilhões ao social, podendo beneficiar 21 milhões de brasileiros com R$ 400 por mês. 

Há gente séria pensando no País. Todas essas propostas permitiram robustecer expressivamente os gastos sociais ao abrigo do teto. Mas justamente esse era o inconveniente. O teto foi projetado para forçar a arena política a debater e a avaliar sistematicamente os gastos públicos. Mas isso atenta contra os propósitos do governo e seus aliados fisiológicos: ampliar despesas sem economizar um centavo. 

Ao contrário, a pretexto de ajudar os pobres, o dinheiro dos cofres públicos e aquele “poupado” com o calote aos credores dos precatórios servirão para bancar, em ano eleitoral, mais emendas parlamentares (algumas tão escusas que chegaram a ser suspensas pelo STF), fundos partidários e eleitorais, benefícios corporativos (como bolsa-caminhoneiro) ou aumentos ao funcionalismo. Com o teto despedaçado, o céu é o limite. 

A PEC constitucionalizou não só o descumprimento de sentenças judiciais, mas, como disse o senador José Serra, o princípio do “orçamento-ficção”. Com a nova regra de cálculo da inflação (de janeiro a dezembro), o limite de gastos anual será determinado com base em estimativas. Os Orçamentos passarão a ser aprovados ao sabor de especulações. A cada ano, uma nova bomba fiscal. 

Ao constitucionalizar a subversão da ordem jurídica e consagrar a irresponsabilidade fiscal, a PEC impacta a credibilidade e a segurança jurídica do País, hipotecando seu futuro. A fatura não tardará a chegar e parte já está sendo paga. A bola de neve dos precatórios pode criar um passivo de R$ 850 bilhões até 2026. O custo para o Tesouro tomar empréstimos do mercado crescerá cada vez mais. Os juros previstos para os próximos 10 anos já estão em 12% ao ano. As chances de crescimento derretem a olhos vistos e uma crise social prolongada se desenha no horizonte. 

A amarga ironia é que justamente os pobres, que serviram de pretexto para toda essa patranha, serão os mais penalizados.


Após saída de Ernesto Araújo, Itamaraty busca controle de danos - Janaína Figueiredo (O Globo)

Mudou, sim, muita coisa na diplomacia, e o controle de danos começou dentre da Casa. Mas não se pode pedir que a diplomacia mude a política externa: esta é feita em outras esferas, com outras ferramentas, não apenas as do Itamaraty, que saberia conduzir uma boa diplomacia, ainda que pedestre e conservadora. Política externa é feita por líderes políticos e por decisores que detêm o poder real, o que não é o caso dos diplomatas, meros burocratas do Estado (não todos).

PRA


Após saída de Ernesto Araújo, Itamaraty busca controle de danos
Saída do chanceler em março enfraqueceu ala ideológica e abriu espaço para substituto, Carlos França, tentar recuperar credibilidade internacional do Brasil
Janaína Figueiredo
O Globo | Atualizado em 12/12/2021 - 13:06

Desde que Ernesto Araújo deixou o comando do Itamaraty, em março passado, os diplomatas brasileiros trabalham com a clara missão de fazer um controle de danos abrangente, que permita ao Brasil recuperar a credibilidade internacional. Como parte desse esforço, o Ministério das Relações Exteriores está mergulhado na preparação da presidência brasileira do G20, que começará em dezembro de 2023, no final do primeiro ano de mandato de quem for eleito em 2022. Será, afirmaram ao GLOBO fontes do governo, “uma oportunidade única para mostrar ao mundo que o Brasil está de volta”.

Ter a presidência do G20 — hoje com a Indonésia e posteriormente com a Índia — será, acrescentaram as fontes, “uma plataforma extraordinária para voltar a inserir o Brasil no cenário externo”. Numa agenda ainda preliminar de temas a serem defendidos pela presidência brasileira, à qual O GLOBO teve acesso, estão questões como meio ambiente, transformação digital, medidas anticorrupção, saúde, clima e energia.

Se governos passados tiveram eventos como a Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas de 2016 para exibir o Brasil, o futuro governo terá uma série de reuniões de ministros do G20 e, como momento culminante do ano de 2024, a cúpula de chefes de Estado e governo do grupo.

A saída de Ernesto e a entrada do ministro Carlos França no governo devolveram, em palavras de uma fonte diplomática, “a alma ao Itamaraty”. Desde a troca de ministros, os diplomatas brasileiros, acrescentou a fonte, “respiram melhor”. A diplomacia foi despolitizada, e membros da chamada ala ideológica do governo praticamente saíram de cena. O deputado Eduardo Bolsonaro, que deixou este ano a presidência da Comissão de Relações Exteriores da Câmara, está mais dedicado à campanha de reeleição do pai, o presidente Jair Bolsonaro. Com isso, o chanceler assumiu um controle quase total da política externa. França, que conhece e sabe lidar com os humores do Palácio do Planalto, comentaram as fontes consultadas, exerce uma “diplomacia serena e com visão de longo prazo”.

O esforço de reconstrução da imagem externa do Brasil foi evidente no envolvimento protagonístico do Itamaraty na 26ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP26). Muitos duvidam da capacidade do governo Bolsonaro de cumprir as metas e compromissos anunciados, mas é unânime o reconhecimento ao Ministério das Relações Exteriores por ter mostrado, de novo, uma diplomacia profissional, apegada às tradições do Itamaraty.

— É bom lembrar que nenhum representante do G20 veio à posse de Bolsonaro. A guinada da política externa é real, e veio depois da derrota de Donald Trump nos Estados Unidos e, também, de Benjamin Netanyahu, em Israel — afirma o professor de Relações Internacionais Mauricio Santoro, da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj).

Para Santoro, “a visão negativa sobre o Brasil se deve ao tratamento do meio ambiente, ao comportamento do governo na pandemia e ao declínio da democracia no país”. O embaixador Alfredo Graça Lima, vice-presidente do Conselho Curador do Centro Brasileiro de Relações Internacionais (Cebri) e árbitro do Mecanismo Provisório de Apelação da Organização Mundial de Comércio (OMC), lamenta que Ernesto “tenha sido escalado para desconstruir o Itamaraty”, e celebra que “França esteja procurando fazer, sem alarde, uma volta ao Itamaraty normal”.

Conselho de segurança
Em janeiro de 2022, o Brasil assume novamente uma vaga rotativa no Conselho de Segurança da ONU, de onde está ausente desde 2010, outra oportunidade que o Itamaraty de França aproveitará na cruzada pela reinserção do Brasil na comunidade internacional, ainda sob Bolsonaro.

— A ausência prolongada do país no conselho também está relacionada a erros dos governos do PT. O que França está fazendo vai facilitar a transição, porque o próximo presidente não terá de fazer ajustes que já estão sendo feitos — avalia o embaixador Rubens Barbosa, que chefiou as embaixadas de Londres (1994-1999) e Washington (1999-2004), e atualmente preside o Instituto de Relações Internacionais e Comércio Exterior (Irice).

A presença no conselho permitirá, assegura Barbosa, “fazer algumas correções e voltar a defender posições tradicionais do Brasil na ONU, entre elas a de não intervenção”.

Os novos ares que se respiram no Itamaraty permitiram a reaproximação do Brasil com países vizinhos e, em geral, a preservação da diplomacia em momentos de extrema polarização política, dentro e fora do Brasil. A escolha do país para presidir o G20 a partir de dezembro de 2023 (os mandatos são de um ano) ocorreu na reta final da gestão de Ernesto, mas fontes do governo confirmaram que o trabalho feito nos últimos meses, sem condicionamento políticos e ideológico algum, não teria sido possível sem a mudança de chanceler.

Sob coordenação do Itamaraty, vários ministérios do governo Bolsonaro estão elaborando uma agenda de prioridades para a presidência brasileira do G20 que já destaca, por exemplo, a reforma da OMC, redução de subsídios em todos os setores para fortalecer o comércio multilateral, desenvolvimento sustentável e a importância da bioenergia e de energias renováveis na transição energética dos países do grupo. No ministério, o homem do G20 é o embaixador Sarquis José Buainain Sarquis, secretário de Comércio Exterior e Assuntos Econômicos e sherpa do Brasil (nome dado ao representante do chefe de Estado que prepara o país para cúpulas do bloco).

‘Refazer fontes de diálogo’
O controle de danos pós-Ernesto, enfatiza o embaixador Gelson Fonseca, diretor do Centro de História e Documentação Diplomática da Fundação Alexandre de Gusmão (Funag) e conselheiro do Cebri, “deve ser feito em todos os foros multilaterais e para voltar a atuar é preciso refazer fontes de diálogo, mas, também, ter propostas”.

— Temos de ter capacidade de atuação e ideias. O que se espera nessa volta a sermos relevantes? Qual será nossa perspectiva de mundo? Como vamos nos encaixar na bipolaridade entre China e EUA? Controle de danos é se defender, mas o que vamos precisar, também, é propor uma agenda que nos faça novamente relevantes — frisa Fonseca.

Com Ernesto, o governo Bolsonaro escolheu um lado (os EUA de Trump) e praticamente se indispôs com grande parte do resto do mundo. O desafio é entrar novamente no jogo, com uma posição de peso, o que implicará a construção de uma nova agenda para a política externa brasileira.

A sensação no corpo diplomático estrangeiro em Brasília é de que o Itamaraty conseguiu começar a virar a página de pouco mais de dois anos nefastos para o país. As novas páginas, porém, ainda precisam ser escritas. Com França, um esboço está surgindo. Mas a real expectativa é o Brasil pós-eleição presidencial de 2022.

https://oglobo.globo.com/mundo/apos-saida-de-ernesto-araujo-itamaraty-busca-controle-de-danos-1-25315804

Sobre a destruição da democracia nos EUA e no Brasil: um projeto ainda em curso - Paulo Roberto de Almeida, Umair Haque

Sobre a destruição da democracia nos EUA e no Brasil: um projeto ainda em curso

  

Paulo Roberto de Almeida

Diplomata, professor

(www.pralmeida.org; diplomatizzando.blogspot.com)

  

O plano trumpista para destruir a democracia americana – pela submissão do Congresso e pela manipulação do processo eleitoral – foi seguido quase ipsis litteris pelo seu imitador, adorador, seguidor fiel (mas um pouco mais imbecil) do Brasil, com as diferenças aplicáveis a dois sistemas político-partidários e eleitorais bastante diferentes. 

Ambos não conseguiram realizar o seu intento, inclusive porque as instituições dos dois países dificultaram esses intentos respectivos, mas o americano esteve muito mais longe desse objetivo do que o brasileiro, por um motivo muito simples: as FFAA americanas são muito menos manipuláveis do que são as brasileiras (que foram praticamente compradas pelo candidato a ditador, mas os comandantes das três forças, e o próprio ministro MILITAR da Defesa concluíram que não tinham condições, nem motivos, para seguir o tresloucado). 

O que não impede que ambos, Trump nos EUA, Bozo no Brasil, disponham, cada um, de uma base social e eleitoral respeitável, com a diferença que Trump praticamente domou o Partido Republicano e o tem a seu serviço, com alguns poucos dissidentes, ao passo que o seguidor tupiniquim foi domado pelas forças mais corruptas e venais do establishment político e não tem nenhum partido a seu serviço, mas se se serve deles irrigando seus aparentes apoiadores com toneladas de dinheiro público que aqui no Brasil parece ser mais fácil de desviar do que nos EUA. 

Trump nos EUA e Bozo no Brasil gostariam de decretar fechamento do Congresso, para governar por decretos, ignorando eleições e eleitores, mas as instituições atuaram como contrapesos e vetaram essa via destruidora. 

Mas ambas democracias permanecem frágeis e fragilizadas, pela ação corruptora dos dois grandes mentecaptos que empolgaram as duas nações, respectivamente em 2016 e em 2018, o que também é uma tendência em outras democracias avançadas, nas quais também se observa um eleitorado ignorante disposto a seguir populistas mentirosos – como Trump, Bozo, Modi, Orban, Erdogan, Salvini, Duterte, AMLO e muitos outros, vários que ainda são candidatos, inclusive na França – na ilusão de solucionar problemas corriqueiros da vida nacional: inflação, desemprego, desigualdades persistentes, insegurança civil, supostas ameaças externas (representadas por potências estrangeiras, imigrantes ilegais, terroristas fanáticos, etc.) e persistência de velhos problemas internos, entre eles frustrações individuais.

A democracia é um regime aborrecido e demorado, daí que os insatisfeitos queiram resolver esses problemas com alguém que se apresenta como o "solucionador" eventual: Make America Great Again, família, religião, propriedade, ordem, segurança, e o que mais existir como promessa fácil.

A única solução duradoura é a educação e a capacitação produtiva de todos os cidadãos, o que nem sempre é fácil, dada a conhecida fórmula econômica de desejos ilimitados e recursos limitados.

 

 

Paulo Roberto de Almeida

Brasília, 4044: 13 dezembro 2021, 2 p.



Inside Trump’s Plot to Destroy American Democracy
Martial Law. Overturning the Election. What We Know Gets Worse By the Day
Umair Haque in Eudaimonia and Co
Medium Daily Digest, December 13, 2021


  • The federalized National Guard in each state will be supplied detailed processes and be responsible for counting each legitimate paper ballot. Teams made up of three (first couple counties will be five) National Guard members will do the counting. As the counting occurs each ballot will be imaged and the images placed on the Internet so any US citizen can view them and count the ballots themselves. The process will be completely transparent.”

Eudaimonia and Co

Eudaimonia & Co

A Guide to Extreme Competition with China - Rand Corporation

 

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Research Questions

  1. Where does China stand as a world leader, and what actions has it undertaken to reach its current position?
  2. What factors should U.S. policymakers consider in developing effective strategies to compete with China?
  3. What are the potential risks and rewards of diplomatic, economic, and military actions in support of U.S. competition with China, and what can be done to increase the U.S. advantage?

The U.S.-China competitive dynamic has been evolving rapidly and is at a critical crossroads. Rather than fostering greater cooperation, the global COVID-19 pandemic escalated tensions and is driving calls to rethink, reframe, and strengthen the U.S. competitive position. The United States might have the capacity and capability to counter China's influence, but China's rapid rise means that decisions about when and how to compete come with significant or even prohibitive costs. These decisions are also bounded by U.S. and international law, or even just the burden of upholding international norms and standards. China is opportunistic in exploiting these gaps.

In the long term, societal and economic trends will put the United States at a disadvantage as the next generations of policymakers assume responsibility for the China challenge. Now is the time to revise federal spending priorities to address current and emerging barriers to growth, innovation, and cooperation.

The purpose of this report is not to add to the overflowing catalog of policy guidance, strategic directions, and cautionary advice; it is, rather, to offer realistic, actionable policy options that align with U.S. interests but are mindful of the limits of U.S. influence. Policymakers can benefit from a new framework for thinking about this challenge that draws on an assessment of Chinese intentions and addresses how the competitive dynamic does — or could — play out across the diplomatic, informational, military, and economic elements of national power while remaining sensitive to the limits of U.S. competitiveness.

Key Findings

For the United States, there are risks in competing with China, but the risks of not competing are greater

  • There is a widespread perception that China is breaking norms and "getting away with it," including by antagonizing neighbors over disputed territories, diplomatically marginalizing Taiwan, ensnaring developing countries with high and potentially unsustainable levels of debt, and coercing its diaspora, as well as engaging in widespread espionage, intellectual property theft, and surveillance.
  • The United States has the capacity and capability to counter, compete with, or defeat China's influence, but there are risks associated with doing so.
  • Decisions about how to compete with China are bounded by U.S. and international law or the burden of upholding international norms and standards, and China is opportunistic in exploiting gaps in these measures.

Policymakers can benefit from a new framework for thinking about U.S.-China competition that considers the risks and rewards to both sides

  • Policy responses are likely to fall into five categories: (1) retaliating against, reciprocating, and deterring unacceptable behavior by China; (2) extending existing norms and promoting news ones, setting international rules and standards, and defining and exposing transgressive behavior by China; (3) sustaining U.S. leadership in providing for the global good; (4) supporting and building global coalitions and partnerships; and (5) restoring the health and vitality of the American system.
  • International institutions can threaten or impose large-scale diplomatic, economic, and military costs, but such responses are all but impossible without accurate intelligence, continual gaming of strategies, and field-testing of capabilities and partner interoperability.

Recommendations

  • Draw on capabilities across the elements of U.S. national power and build international consensus in formulating strategies to compete with China.
  • Shore up U.S. domestic capabilities, and use tax incentives and other federal programs to diversify supply chains.
  • Invest in military innovation and partnerships, which can allow the United States to take greater risks in competing with China.
  • Sign on to treaties that enforce current norms and standards and join alliances to strengthen trade relationships, taking the lead on committees and commissions in policy areas that are of interest to China.
  • Exercise leadership in cyberspace, bringing it under international laws of armed conflict and encouraging the adoption of standards that prioritize security.
  • Actively counter economic practices that give China an outsized advantage.
  • To enhance trust, promote an image of the United States that is cooperative, generous, protective of partners, and supportive of press freedom.
  • Pursue development financing initiatives and offer carefully monitored incentives to encourage investment in countries that are vulnerable to Chinese economic coercion.
  • Build partnerships, coalitions, and security cooperation arrangements that provide alternatives to alignment with China; this should include relationships with Chinese diaspora communities in the United States and elsewhere.
  • Expand the organizational infrastructure to publicly disseminate messages of condemnation and discredit Chinese propaganda and coercion through a coordinated, centralized mechanism; credible messages should be backed by a comprehensive understanding of China's activities.

Table of Contents

  • Chapter One

    What Does China Want, and What Will It Do to Get It? A Profile of China's Behavior and a Guide for U.S. Responses

  • Chapter Two

    Chinese Diplomacy: Soft Power with Sharp Edges

  • Chapter Three

    The New World Media Order: How China Controls the Narrative

  • Chapter Four

    China's Use of Military Power, Espionage, Cyberattacks, Subversion, and Gray Zone Coercion

  • Chapter Five

    The Unprecedented Rise and Long Shadow of China's Economic Power

  • Chapter Six

    Conclusions and Policy Implications

This research was funded by generous gifts from James and Nancy Demetriades and Russell Carson and conducted within the International Security and Defense Policy Center of the RAND National Security Research Division (NSRD).

This report is part of the RAND Corporation Research report series. RAND reports present research findings and objective analysis that address the challenges facing the public and private sectors. All RAND reports undergo rigorous peer review to ensure high standards for research quality and objectivity.

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