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segunda-feira, 6 de outubro de 2014
Eleicoes 2014: oposicionistas ao governo companheiro arrancam com vantagem
54.9% a 41.6 %. A diferença a favor da Oposição foi de 13.3% do total de votos válidos, quase 16 milhões de votos !
Se o regime brasileiro fosse parlamentarista, o governo estaria no chão !
Aécio e Marina costuram aliança política para o 2º turno partindo de uma base de 16 milhões de votos a favor da coalização oposicionista
Tudo indica que aproximam-se os dias finais do desastroso governo Dilma/PT.
Maurício David
segunda-feira, 6 de outubro de 2014
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Dilma lidera e enfrenta Aécio, que arranca com votos de SP
• Presidente tem menos votos no primeiro turno do que em 2010, e senador tucano passa Marina com resultado surpreendente
Folha de S. Paulo, segunda-feira, 6 de outubro de 2014
SÃO PAULO - A presidente Dilma Rousseff (PT) enfrentará o senador mineiro Aécio Neves (PSDB) no segundo turno das eleições presidenciais, marcado para o próximo dia 26. O candidato tucano ultrapassou na reta final da campanha a ex-senadora Marina Silva (PSB), que parecia uma ameaça à reeleição de Dilma quando entrou tardiamente na corrida presidencial, em agosto.
Dilma chegou na frente, mas seu desempenho foi pior do que no primeiro turno das eleições de 2010. A presidente recebeu 42% dos votos válidos neste domingo (5). Foi o pior resultado obtido pelo líder de uma disputa presidencial desde 1989. Há quatro anos, Dilma obteve 47% dos votos no primeiro turno.
Tratado com descrédito até poucos dias atrás, Aécio saiu das urnas com 34% dos votos, mais do que os 33% obtidos há quatro anos pelo ex-governador José Serra, adversário de Dilma em 2010. Marina conseguiu 21%, mais do que os 19% que alcançou em 2010, quando concorreu pelo PV.
Aécio obteve votação muito superior à que os institutos de pesquisa indicavam na véspera da eleição. Segundo o Datafolha, o candidato tucano tinha 26% das intenções de votos válidos no sábado. Na avaliação do instituto, a diferença sugere que a arrancada na reta final fez muitos eleitores optarem por Aécio na última hora no domingo.
O confronto entre Dilma e Aécio transformará a eleição presidencial deste ano em mais um capítulo da histórica rivalidade entre o PT e o PSDB, os partidos políticos que controlaram o poder central nas últimas duas décadas.
Esta será a sexta eleição presidencial em que petistas e tucanos duelam. Os tucanos ganharam duas, com o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (1995-2002), principal fiador da candidatura de Aécio. Os petistas venceram três vezes, com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (2003-2010) e Dilma.
A polarização entre petistas e tucanos era um dos alvos principais de Marina, que assumiu a candidatura após a morte do ex-governador Eduardo Campos e tentou se viabilizar como uma terceira força capaz de renovar o sistema político brasileiro, no embalo das manifestações que agitaram o país em 2013.
Nos próximos dias, Dilma e Aécio começarão a disputar o espólio eleitoral de Marina. Segundo o Datafolha, 59% dos eleitores que a apoiavam na véspera da eleição pretendiam votar em Aécio se ele passasse para o segundo turno. Outros 24% dos marineiros disseram preferir Dilma.
Três de cada dez votos obtidos por Aécio foram paulistas. Os tucanos mandam em São Paulo há quase duas décadas, e o governador Geraldo Alckmin (PSDB) foi reeleito domingo. O Nordeste garantiu a liderança de Dilma. De cada dez votos que ela obteve, quatro vieram da região.
Os petistas impuseram uma derrota aos tucanos em Minas Gerais. No Estado que Aécio governou por dois mandatos, o ex-ministro Fernando Pimentel (PT) foi eleito.
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Uma nova eleição
João Bosco Rabello
O Estado de S. Paulo, 6/10/2014
Com a passagem de Aécio Neves ao 2.º turno, em porcentual bem acima do que a curva ascendente de sua candidatura, na reta final da campanha, permitia enxergar, ficou bastante desconfortável a situação da presidente Dilma Rousseff na busca da reeleição.
As pesquisas projetavam para a presidente um patamar de 46% dos votos válidos como ponto de partida no 2.º turno, inferior ao de 2010, porém mais seguro que os 40% em que permaneceu, com uma possível variação, pequena, para mais (o comentário foi escrito com 90% dos votos computados).
Para Aécio projetava-se cinco pontos à frente de Marina, que acabaram se transformando em 15, superando as expectativas, enquanto a ex-senadora voltou ao seu patamar de 2010, de 20%, bem aquém do que os 24% que foram fixados como limite para sua queda.
O mais preocupante para a presidente é o cenário de São Paulo, onde a distância para Aécio é significativa, de quase dois por um. Esse quadro permite dizer que a eleição pode ser decidida pelos paulistas, cuja massa de eleitores neutraliza a vantagem de Dilma em toda a região Nordeste, embora bastante ampla.
Reversão. Para Aécio será de suma importância alguma reversão em Minas, onde está abaixo de Dilma, o que mostra que não foi a candidatura de Pimenta da Veiga que puxou sua votação para baixo, mas o contrário. Aécio deu por certa a vitória em casa e descuidou do próprio quintal.
A perspectiva de chegar à Presidência pode ajudar a reverter parcialmente esse quadro, ainda que isso não seja provável em grande escala. Mas, se livrar um milhão de votos de frente no segundo colégio eleitoral, seu berço político, ficará mais confortável na disputa.
Também é ruim para o PSDB o resultado final na Bahia, onde as pesquisas indicavam a vitória do candidato do DEM, Paulo Souto, mas que mostra o PT à frente. A Bahia é importante colégio eleitoral que Aécio esperava ter no 2.º turno a partir do efeito de uma vitória de Paulo Souto ainda no 1.º turno.
Os apoios dos governadores eleitos também serão importantes no 2.º turno para o candidato do PSDB na tentativa de reduzir a dianteira da presidente Dilma. Nesse contexto, a virada de sua candidatura na reta final, mostrando um fôlego surpreendente, pode resgatar parcialmente as alianças regionais costuradas antes da morte de Eduardo Campos, quando se teve um outro cenário eleitoral instalado.
Campos. Em Pernambuco mesmo, a boa relação com a viúva do ex-governador, Renata Campos, pode render o apoio estadual ao tucano, no que já se adiantou o senador Jarbas Vasconcelos (PMDB), aliado de Campos, ontem logo após a confirmação da ida de Aécio ao 2.º turno.
O inesperado desempenho do peemedebista Ivo Sartori, no Rio Grande do Sul, deve projetar, em caso de consolidação de sua vitória, um apoio importante ao PSDB, a se somar ao resto do Sul, onde o tucano já recebe o apoio do eleitor de Paraná e Santa Catarina.
Em Mato Grosso do Sul e Goiás, celeiros do agronegócio, Aécio também deverá conquistar bom espaço: com Delcídio Amaral (PT) indo ao 2.º turno em curva descendente, o voto do campo tende a migrar para o PSDB. Perilo, em Goiás, por pouco não se reelege no 1.º turno, mas sua vantagem sobre Íris Resende, do PMDB é bastante acentuada, autorizando a previsão de sua vitória, o que respalda Aécio no 2.º turno.
Aécio tem justificada expectativa de um apoio formal de Marina Silva, mas, independentemente disso, estima-se que 60% dos eleitores da ex-senadora no 1.º turno migrem para o candidato do PSDB, com 20% para Dilma.
Essa migração depende muito mais do grau de motivação do eleitorado majoritário de Marina no 1.º turno - que calcula-se seja o voto antipetista -, do que da declaração de voto da candidata do PSB, embora este tenha obviamente importância consolidadora.
O PT tem, portanto, razões de sobra para começar a semana preocupado. A perda de capital político do partido se mostra maior que a avaliação interna, para o que, além do mensalão, começa a contribuir a corrupção na Petrobrás, que predominou no último debate presidencial na TV Globo.
Eleicoes 2014: reacionarios insistem na mentira; progressistas olham para a frente
“Sabemos que o Brasil sinalizou que não concorda com o que está aí, e sabemos que uma boa parte do Brasil, desde 2010, vem dando sustentação a uma mudança que seja qualificada. A postura que eu tive quando não foi aceito registro da Rede pode ser uma tendência. Eu assumi um compromisso com a mudança indo apoiar o Eduardo Campos (…) O Brasil sinalizou que não concorda com esse projeto, que quer uma mudança qualificada, temos uma clareza do que representamos. Nós vamos fazer essa discussão, os partidos individualmente, e depois vamos dialogar, mas, estatisticamente, a sociedade mostra isso, não há de tergiversar com o sentimento de 60% dos eleitores”
Ora, as palavras fazem sentido, não é mesmo? Marina, assim, deixa claro, com todas as letras, que tanto Aécio Neves, do PSDB, como ela própria representam a mudança. É cedo para dizer se ela vai dar um apoio formal ao candidato tucano, mas a sua fala parece apontar para isso. E que fique claro: na nova ou na antiga políticas, um apoio no segundo turno não implica, necessariamente, se comprometer com o futuro governo. Aliás, o primeiro turno de uma eleição pede o voto da convicção; o segundo, o da possibilidade, De resto, Marina não deve ignorar que a sua meteórica ascensão, logo depois de se fazer candidata, se deu com os votos daqueles que estavam interessados em apear o PT no poder. Parte deles voltou ou migrou para Aécio. Mas um mesmo sentimento une os dois eleitorados.
Aécio também fez um aceno à união, embora não tenha se referido diretamente a Marina Silva — e nem seria o caso. Disse: “A minha primeira constatação é que este sentimento de mudança amplamente presente no Brasil foi vitorioso no primeiro turno. Os candidatos de oposição somados foram vitoriosos, tiveram a maioria dos votos. E é isso que nós temos que buscar agora no segundo turno. Eu me sinto extremamente honrado em ser o representante desse sentimento nessas três semanas que nos separam da eleição”, afirmou.
O tucano mandou a mensagem também a Pernambuco, que votou esmagadoramente com Marina e elegeu um senador do PSB: “A ele [Eduardo Campos], aos seus ideais e aos seus sonhos também, a minha reverência. E nós saberemos transformá-los em realidade. Portanto, é hora de unirmos as forças. A minha candidatura não é mais a candidatura de um partido político ou de um conjunto de alianças. É um sentimento mais puro de todos os brasileiros que ainda têm capacidade de se indignar, mas principalmente a capacidade de sonhar”.
Aécio sabia bem, enquanto falava, que, mesmo no PSDB, ele chegou a ser, num dado momento, um dos poucos que ainda acreditavam. Não tergiversou em nenhum momento, não fraquejou, não desanimou. Enfrentou, sim, Marina Silva — afinal, havia uma única vaga em disputa no segundo turno, mas foi um confronto leal.
Dilma Rousseff, a presidente-candidata do PT, certamente surpresa — com o seu desempenho bem abaixo do que indicavam as pesquisas, e com o de Aécio bem acima —, foi a que transmitiu mais tensão no discurso, no tom e na aparência. Mesmo no que deveria ser uma fala de agradecimento, percebeu-se, mais uma vez, a pregação do medo. Disse: “O povo brasileiro não quer de volta o que nós podemos chamar de fantasmas do passado, que quebraram esse País três vezes, com juros que chegaram a 45%, desemprego massivo, arrocho salarial e jamais promoveram, quando tiveram a oportunidade, políticas de inclusão social e redução da desigualdade”.
Bem, o Brasil não quebrou três vezes; o aumento real de salário mínimo foi maior nos governos FHC do que no da própria Dilma, e o controle da inflação significou, com o Plano Real, uma das medidas mais efetivas em favor da inclusão social de que se têm notícia. Mas não me estenderei sobre isso agora. O que foi verdadeiramente notável no discurso da presidente foi a promessa de que ela fará um governo diferente. Insistiu muito que será uma gestão nova, com ideias novas e pessoas novas. Chegou a afirmar que entendeu o recado das urnas. Ou por outra: Dilma prometeu que, se reeleita, não dará continuidade ao governo… Dilma!
Já deu para sentir o que vem por aí. Aécio, com o possível apoio de Marina, tentará fazer uma disputa sobre o futuro do país, e Dilma insistirá em travar uma batalha de versões sobre o passado. O eleitor terá de optar entre os discursos progressista e reacionário.
Eleicoes 2014: o partido do atraso, do medo, da chantagem, os mafiosos neobolcheviques
Votos de pessoas beneficiadas e não-beneficiadas por políticas assistencialistas valem igualmente. Ainda bem! Assim deve ser numa democracia. Votos de pessoas mais sujeitas e menos sujeitas às chantagens oficiais valem igualmente. Ainda bem! Assim deve ser numa democracia. Votos de pessoas suscetíveis a pregações terroristas e não suscetíveis valem igualmente. Ainda bem! A democracia não tem de criar restrições para o livre exercício da escolha. Mas isso não nos impede de fazer um diagnóstico.
O PT já é o maior partido de grotões do Brasil democrático em qualquer tempo. Querem ver? Dilma venceu em 15 Estados: oito estão no Nordeste, quatro no Norte, dois no Sudeste e um no Sul. Essas três exceções parecem negar a tese, mas só a confirmam. Explico por quê. Em Minas, a petista teve 43,48%, não tão distante de Aécio Neves, com 39,75%; Marina obteve 14%. No Rio, a candidata do PT alcançou 35,62%, quase o mesmo tanto da peessebista, com 31,07%; o tucano chegou a 26,84%. Os gaúchos deram à presidente-candidata 43,21%, quase o mesmo tanto que ao senador mineiro: 41,42%. Vale dizer: a vantagem do petismo não é acachapante.
Onde é que Dilma, de fato, fez a diferença e arrancou a primeira colocação: em oito estados nordestinos — a exceção é Pernambuco — e nos quatro nortistas. Nesse grupo, pasmem, a sua menor marca foi Alagoas, com 49,95%, e a maior foi no Piauí, o segundo estado com os piores indicadores sociais do país: 70,6%. A segunda maior foi no Maranhão, com 69,56% — sim, é a unidade da federação socialmente mais perversa. Assim, os dois Estados que oferecem a pior qualidade de vida à sua população são os mais “dilmistas”. Atentem para o desempenho da petista nos demais, em ordem decrescente: Ceará: 68,3%; Bahia, 61,4%; Rio Grande do Norte, 60,06%; Paraíba, 55,61%; Sergipe, 54,93%; Amazonas, 54,53%; Pará, 53,18%, Amapá, 51,1% e Tocantins: 50,24%.
Aécio obteve a sua melhor marca em Santa Catarina, com 52,89% dos votos, seguido por Paraná, com 49,79%. O Mato Grosso vem em seguida, com 44,47%, e eis que surge São Paulo, com 44,22%. O Estado deu a Aécio 10.152.688 dos seus 34.897.196 votos — isso corresponde a 29% do total; quase um terço. Minas, até agora, está em falta com Aécio. São Paulo não! Azulou de vez. Vejam o mapa.
O Distrito Federal, que conhece bem o PT porque governado pelo partido e porque muito próximo de Dilma, deu à presidente o seu menor percentual: só 23,02%; o segundo menor foi justamente o colhido em terras paulistas: 25,82%.
Dois mapas ajudam a comprovar o que aqui se diz. Vejam o que aconteceu na Bahia — nas áreas em vermelho, o PT venceu:
Agora vejam Minas. Como se nota, é a “Minas Nordestina” — ou baiana — que vota majoritariamente com Dilma.
Muito bem! Aonde quero chegar? É evidente que os petistas colhem hoje os seus melhores resultados nas regiões do país que são mais dependentes do Bolsa Família. Isso não quer dizer, é evidente, que o programa tenha de acabar. Quer dizer apenas que ele precisa existir não como instrumento de um partido, mas como uma política de estado. Não é segredo para ninguém que, pela terceira eleição consecutiva, o terrorismo correu solto nas áreas mais pobres do país: “Se a oposição ganhar, o Bolsa Família vai acabar”. Ora, não era exatamente esse o sentido da campanha eleitoral do PT quando se referia à independência do Banco Central por exemplo? Se vier, assegura-se por lá, haverá fome. É um disparate.
Eis aí mais uma impressionante ironia da história, não é? O PT, que nasceu para ser o partido das massas urbanas trabalhadoras, é hoje uma legenda que se enraíza nos grotões e que arranca a sua força do subdesenvolvimento minorado pela caridade de Estado transformada em moeda política. Há uma grande diferença entre ter o voto dos pobres e chantagear os pobres com o discurso do medo.
Eleicoes 2014: a responsabilidade da candidata da sustentabilidade, em terceiro lugar
O que fará Marina a partir de amanhã? Tomara que faça a coisa certa!
domingo, 5 de outubro de 2014
Eleicoes 2014: Aecio Neves vence com 51,5pc dos votos!
Transcrevo abaixo a nota informativa que fiz a respeito desse evento, cujos resultados já foram transmitidos ao TSE para divulgação agregada nesta segunda-feira (salvo surpresa por mais alguma "surpresa" da parte de surpreendentes participantes, que vocês sabem quem são...).
Paulo Roberto de Almeida
Em breve: companheiros diplomatas? - Claudio Humberto
Medida cogitada na Casa Civil da Presidência causa grande comoção entre diplomatas: autoriza a nomeação de pessoas de fora da carreira, sem qualificação, para cargos em comissão do Ministério das Relações Exteriores. Argentina e Venezuela fizeram isso, e hoje esses países não têm mais serviço exterior levado a sério mundo afora. O Itamaraty é um dos raros órgãos ainda não inteiramente aparelhados pelo PT.
Provavelmente existe algo no ar, como por exemplo, no caso das diversas tentativas de colocar "adidos" de vários tipos -- agrícolas, tecnológicos, educacionais, etc. -- nas embaixadas; cabe, portanto, aguardar novos desenvolvimentos nessa área.
Paulo Roberto de Almeida
Pausa para... desencontros geograficos, ou geopoliticos - Jose Simao
A Dilma pode ser reeleita, mas pela margem de erro pode ser presidente da Argentina ou da Venezuela.
José Simão
Eleicoes 2014: o Brasil "quebrou 3 vezes" sob FHC e humilhou-se perante o FMI? MENTIRA! Eis aqui a historia correta - Paulo Roberto de Almeida
Não é normal, contudo, nem aceitável, sob qualquer critério, que eles deformem as posições dos competidores, que eles veem como adversários ou até como inimigos, ou que eles recorram a MENTIRAS DELIBERADAS para tentar acusar os adversários de algum pecado grave, antinacional.
É isso, no entanto, que vem fazendo os companheiros desde muito tempo, praticamente desde os próprios eventos, agindo de forma que eles sabem ser totalmente desonesta, mas ainda assim insistindo na mentira.
A candidata governista abusou de sua capacidade de mentir ao recorrer novamente a essa mistificação, ainda tão recentemente quanto esta semana.
Como eu acompanhei, muito de perto, a história financeira do Brasil desde o final dos anos 1970, e como estive envolvido em assuntos do FMI durante as próprias negociações -- mas mesmo que não estivesse, como qualquer outro eu leio jornais e sei distinguir a mistificação da realidade, permito-me contar a história verdadeira aqui abaixo, ainda que de forma resumida, para não cansar os leitores.
O que dizem, em síntese esses mentirosos reincidentes, esses fraudadores da história?
Eles tendem a repetir a mesma conversa, sempre em tom simplista, e derrogatório, como se todos no Brasil fossem idiotas e não soubessem distinguir a mentira da realidade.
sábado, 4 de outubro de 2014
Eleicoes 2014: contra o Voto Nulo, meus criterios de escolha - Paulo Roberto de Almeida (2010)
Eu me dediquei a argumentar, justamente, que ele assim fazendo contribuia para aumentar ainda mais a podridão da política, e a ruindade dos eleitos.
Não querendo mais ter Tiriricas da vida no Congresso, nem uma anta na presidência -- embora eles sempre consigam se eleger, devido ao grande número de eleitores "desinformados", digamos assim -- é preciso tapar o nariz, examinar bem a lista dos candidatos, ler com cuidado seus programas (se houver), ouvir com atenção seus projetos de governo ou de representação (em havendo), e ir lá colocar uma cruzinha no nome menos pior. Ou melhor, teclar o número do Tiririca ou da anta menos nocivo para a vida do país. Eu, por exemplo, excluo mafiosos, amigos de ditaduras, demagogos, mentirosos, falsos, fingidores, aproveitadores, oportunistas, ignorantes, gente que não sabe falar (é porque não sabe pensar), enfim, elimino tudo quanto é anta e capivara.
Só fico com os bichinhos menos predadores, ainda que seja uma tartaruga: ela, por ser lenta, tem menos condições de causar muito estrago. O governo atual, por exemplo, ainda bem que ele é ineficiente, incompetente, lento, incapaz, improvisado e muitas outras coisas mais. Já imaginaram se ele fosse mais eficiente? Quanto dinheiro a mais teria saído daqui e dali?
Nem quero pensar.
Enfim, o texto foi escrito em 2010, mas permanece inteiramente válido nos dias que correm (ou se arrastam...).
Paulo Roberto de Almeida