A matéria ilustra como e por que são tão difíceis os negócios em países capturados pelo nacionalismo estatizante, como na Bolívia atual. O mesmo sucede na Venezuela, no Equador e em outros lugares similares...
Paulo Roberto de Almeida
Empreendedor de gás na Bolívia prefere ir para EUA
Marcos de Moura e Souza - de La Paz
Valor Econômico, 19/01/2011
Caso de engenheiro boliviano mostra como é difícil ambiente de negócios do setor no país
O engenheiro Tribor Rakela vê mais oportunidades em Dakota do Norte, que pode se transformar num "novo Texas"
Há pouco mais de um ano, o engenheiro boliviano Tribor Rakela retornava a La Paz depois de 15 anos no exterior. Fundou uma empresa de consultoria para a indústria de energia e tinha a expectativa de que o potencial de gás da Bolívia se traduziria logo em negócios. Apostava também nos sinais de que o governo Evo Morales iria afrouxar as condições para empresas privadas. Mas seu otimismo minguou. As condições não melhoraram para ele nem para as grandes petroleiras que estão operando a meia carga no país desde a nacionalização do setor de hidrocarbonetos em 2006. Na sexta-feira, Rakela embarcou para o Estado americano de Dakota do Norte para prospectar negócios com o gás e conhecer a região que poderá seu novo lar caso nada realmente mude para o setor de energia em sua terra natal.
A história de Rakela e da Rakoil, a empresa que criou com outros dois bolivianos e um venezuelano, é uma síntese das dificuldades enfrentadas pelas companhias que exploram gás na Bolívia. Assim, como esse pequeno empresário de 38 anos, neto de um croata, grandes petroleiras e aguardam uma revisão na lei do gás e condições mais favoráveis para as empresas privadas. Sem essas mudanças, diz Rakela, ele possivelmente não será o único a buscar outros mercados e a engavetar de vez os planos para a Bolívia.
"Era para a nova lei de hidrocarbonetos ter saído há um ano, mas com a eleição do novo Congresso, houve muitas leis que ganharam prioridade e o governo deixou um pouco de lado as discussões sobre as novas regras", diz o empresário. Sua esperança - assim como a de representantes do setor e de especialistas em energia - é de que o governo atenda a algumas demandas do setor. Entre elas, o aumento do preço do barril de petróleo que vigora na Bolívia, de US$ 27,5; um aumento da remuneração das empresas privadas ou a possibilidade de elas passarem a recorrer a um tribunal internacional em caso de litígio com o governo, algo vetado nos contratos atuais.
A julgar pelas declarações feitas do vice-presidente da Bolívia, Álvaro García Linera, ao Valor na sexta-feira, uma nova lei do gás manterá intactas as condições em vigor.
"O destino da Rakoil está vinculado a essa nova lei", disse o empresário à reportagem na semana passada, em La Paz. "Mas nós não podemos ficar de braços cruzados. Por isso é que estou indo para os EUA. Se as coisas melhorarem aqui, ficamos com os pés na Bolívia. Se a lei que venha a ser aprovada for boa, levamos nosso plano adiante de não apenas atuarmos como consultores, mas também de fundarmos uma petroleira", diz Rakela. "Se a lei não for boa para as empresas, vamos embora."
Rakela parece empolgado com seu plano B. "Há oportunidades muito boas no norte dos EUA, em Dakota do Norte, em Montana, com o gás de xisto. Se as coisas se confirmarem lá, Dakota se transformará em um novo Texas."
Formado em engenharia petroleira na Universidad Mayor de San Andrés, escola pública das mais prestigiadas da Bolívia - onde hoje dá aula -, Rakela conseguiu rapidamente um emprego na Schlumberger, a gigante internacional de prestações de serviços para a indústria de petróleo e gás. Foi então transferido para a Argentina, depois para a Colômbia. Ocupou cargos também no Canadá, México, EUA e Venezuela - uma trajetória semelhante a de muitos colegas de faculdade que fizeram carreira no exterior, diz ele. Ao deixar a empresa para tentar se estabelecer com um negócio próprio na Bolívia, a há um ano e dois meses, Rakela era gerente de operações no país de Hugo Chávez.
A Rakoil - quem tem um pequeno escritório em La Paz e contrata equipe de técnicos à medida que fecha contratos - presta serviços técnicos, de avaliação e fiscalização de poços e estratégias de industrialização. Chegou a fechar um contrato com o governo central exatamente sobre como industrializar o gás, mas com as petroleiras privadas segurando os investimentos, o futuro da consultoria não parece dos mais brilhantes. "Se não sair uma nova lei positiva para o setor, petroleiras grandes poderão também vir a deixar o país ou ficar aqui com pouco pessoal mais experimentado e investimentos contidos. É isso o que se diz no mercado."
Temas de relações internacionais, de política externa e de diplomacia brasileira, com ênfase em políticas econômicas, viagens, livros e cultura em geral. Um quilombo de resistência intelectual em defesa da racionalidade, da inteligência e das liberdades democráticas. Ver também minha página: www.pralmeida.net (em construção).
quarta-feira, 19 de janeiro de 2011
Homens sao de Marte, mulheres de Venus, ao que parece...
Pronto, vamos ser novamente bombardeados com aquele besteirol antigo que dizia que a Terra tinha sido habitada por seres vindos do espaço.
Deu no Estadão:
Moléculas essenciais para a vida podem ter vindo do espaço
Nasa descobre evidências de que aminoácidos que formam seres vivos podem ter vindo de asteroides
Estadão online, 19/01/2011
Pensando bem, alguns desses seres ainda continuam entre nós, alheios a tudo o que é terreno, só pensando nas suas pequenas obsessões extra-terrestres, entre elas a volta ao poder...
Paulo Roberto de Almeida
Deu no Estadão:
Moléculas essenciais para a vida podem ter vindo do espaço
Nasa descobre evidências de que aminoácidos que formam seres vivos podem ter vindo de asteroides
Estadão online, 19/01/2011
Pensando bem, alguns desses seres ainda continuam entre nós, alheios a tudo o que é terreno, só pensando nas suas pequenas obsessões extra-terrestres, entre elas a volta ao poder...
Paulo Roberto de Almeida
As licoes de Nuremberg, para um publico de hoje
Este extraordinário documentário deveria ser disponibilizado em vários sites e arquivos de audio, se possível com legendas em várias línguas, na medida em que se trata de uma incontornável lição de História.
Ver alguns vídeos no YouTube: http://www.youtube.com/watch?v=dlS60RG9j0o&feature=player_embedded
Paulo Roberto de Almeida
SPECIAL SCREENING OF "NUREMBERG: ITS LESSONS FOR TODAY"
Wilson Center bullettin (18/01/2011)
You are invited to a special screening of an historic and powerful documentary that was made more than 60 years ago but until recently was not shown in the United States. The screening will be held on Monday, January 31, at 6 p.m. at The George Washington University under the auspices of the University’s Provost, Steven Lerman. It will be introduced by one of its producers and followed by a panel discussion that will include faculty experts from GW.
"Nuremberg: Its Lessons for Today" was made shortly after World War II for the U.S. War Department and the U.S. military government in Berlin. The producer, Stuart Schulberg, included footage used by the U.S. prosecutors at the International Military Tribunal in Nuremberg to support their indictments of Nazi leaders as well as footage of the trial itself. The film is not only riveting; it’s also a compelling piece of history. It documents the consequences of Nazi Germany’s unprecedented assaults on Europe and humanity; its attempt to murder all the Jews it could find as well as other civilians; and the ways in which the Allies dealt legally with German officials after the war. The film was shown to German audiences in 1948-49 as part of the Allies’ de-Nazification program. It’s significant that, during the late 1940s, U.S. authorities did not permit the film’s release in the U.S.. This prompted a Washington Post reporter at the time to note that "there are those in authority in the United States who feel that Americans are so simple that they can hate only one enemy at a time. Forget the Nazis, they advise, and concentrate on the Reds.”
Read an excellent, informative review of the film at The Washington Post. (transcrevo abaixo)
The film will be introduced by Sandra Schulberg—the daughter of the film’s producer—who, with Josh Waletzky, restored the original film. The panel discussion will include Provost Lerman as well as GW faculty experts on international law, human rights, the Holocaust and education, and will be followed by questions and comments by the audience.
This event is co-sponsored by GW’s Law School, Elliott School of International Affairs, Honors Program, Graduate School of Education and Human Development, Judaic Studies Program, Gelman Library and Rabin Chair Forum, as well as by the Woodrow Wilson International Center for Scholars.
"Nuremberg: Its Lessons for Today"
Monday, January 31, 6 p.m.
Funger Hall, Room 103
2201 G St. NW
Washington, DC 20052
For inquiries please contact Christopher Diaz
=============
Nuremberg: Its Lesson For Today (Nurnberg und seine Lehre)
By Ann Hornaday
The Washington Post, Friday, October 8, 2010
More than 60 years after it was made, "Nuremberg: Its Lesson for Today" arrives in American theaters as something of a minor miracle.
In 1945, the U.S. prosecutors at the International Military Tribunal made two revolutionary decisions: They commissioned Stuart Schulberg, a filmmaker with the OSS Field Photographic Branch, to create documentaries about Nazi history and atrocities that would be used as evidence in the trial of Nazi war criminals in Nuremberg. And they announced that they wanted the trial itself to be filmed as a document of a new form of transitional justice.
The resulting work was shown in Germany in 1948 and 1949 as part of the greater de-Nazification program. But it was withheld from American audiences (for reasons that have never been clear) until now.
"Nuremberg," a meticulous restoration by Schulberg's daughter Sandra and Josh Waletzky, faithfully preserves the original 1948 documentary, adding new subtitles and a narration by Liev Schreiber.
The intervening decades make the film's messages all the more potent -- and not only in its depiction of how economic insecurity, intolerance and demagoguery can be used to manipulate the most depraved forces of a civilized society. "Nuremberg" also stands as a fascinating record of a nascent international court system, the wages of aggressive war and a country's tentative steps toward coming to grips with its history.
Schulberg's father made "Nuremberg" for the U.S. War Department and the U.S. military government in Berlin, using footage he and his screenwriter brother Budd gathered for the two evidentiary films Supreme Court Justice Robert Jackson requested: a four-hour documentary on the history of Nazism and a one-hour documentary about the concentration camps. Schulberg also had access to 25 hours of the trial itself, which lasted nearly a year. Cobbling together the Nazis' own propaganda footage (some of it shot by Leni Riefenstahl), some postwar footage he himself filmed and the trial testimony, Schulberg created a fascinating collage, juxtaposing the bitter truths of the war -- its lies and cruelties and mass murders -- with scenes of its most notorious architects being confronted about their roles.
It's a tawdry, dispiriting tableau. Viewers will be familiar with some of the most distressing images in "Nuremberg," but Schulberg and his team managed to uncover their own fresh hells, such as a film depicting an early gas chamber, using a car with a long exhaust pipe leading into a small cabin. At the trial, the accused war criminals -- 22 in all, including Hermann Goering, Rudolf Hess, Joachim von Ribbentrop and Albert Speer -- looked alternately bored and disgusted, shielding their eyes from the movie lights with dark sunglasses.
Because "Nuremberg" was aimed primarily at German audiences, some references to German history and institutions will be lost on contemporary American audiences. But the specificity of its mission adds to the allure of a film that possesses a riveting brand of rough, raw immediacy. Seen alongside the equally extraordinary "A Film Unfinished," with its Nazi footage of the Warsaw ghetto, "Nuremberg" provides yet another mesmerizing lesson in how even the most cynical propaganda can be recast in the service of truth. And with terms like "war crimes," "military tribunals" and the "Nuremberg principles" now part of a sometimes overheated political vernacular, this heroically preserved film offers a sobering lesson in where and why many of those ideas were first conceived. The "today" of its original title may be been meant for a different generation, but "Nuremberg" couldn't be more of the moment.
Contains disturbing images of the Holocaust and World War II. In English, French, Russian and German with English subtitles.
========
YouTube list:
Suggestions:
0:52
2000 Nuremberg. trailer
by christopherplummer1
960 views
0:51
Los Juicios de Nuremberg - Trailer
by tomahawk197610
7,431 views
3:39
"Nuremberg" Trailer
by NurembergRestored
1,232 views
2:11
1938 Nazi Party Congress in Nuremberg Amateur Film
by habukt
5,183 views
10:16
Nuremberg- its lesson for today- One of the Mos...
by fairinfowar
565 views
6:43
"Nuremberg: Its Lesson For Today"
by CBSNewsOnline
130 views
10:54
Nuremberg: It's Lessons For Today! The Film The...
by MoxNewsDotCom
5,489 views
1:43
The Wedding Song - Official US Trailer
by StrandReleasing
81,319 views
29:34
Hitler - Mein Kampf (full documentary) Part 1 +...
by Denizzje
1,210,090 views
2:16
A Matter of Size - Official US Trailer
by scibenx
16,602 views
7:33
Boogie Oogie Oogie (Remix).wmv
by luvnhappinezz
7,570 views
0:48
Color Film of Nuremberg, Fall 1945
by RobertHJacksonCenter
9,312 views
2:39
Americans and Religion
by CBSNewsOnline
246 views
2:39
I Like Guns - Steve Lee
by steveleeilikeguns
2,655,618 views
1:36
Rompecabezas
by natsmirnoff
16,914 views
1:33
Trailer OJOS BIEN ABIERTOS
by GlobalFoundation
44 views
1:51
REVOLUCION - trailer
by Celluloiddreams
6,316 views
2:45
O Julgamento de Nuremberg
by 2guerra
10,340 views
2:16
Silverdocs 2010 - MONICA & DAVID official trail...
by silverdocs
7,409 views
2:26
NUREMBERG - Impressions from Albrecht Durer city
by dziaaadu
3,076 views
============
Googlelizing:
Nürnberg und seine Lehre (1946) - IMDb - [ Traduzir esta página ]
Classificação: 6.4/10 - de 12 usuários
Dirigido p/ Pare Lorentz. Estrelando Francis Biddle, Karl Dönitz, Hans Frank. The trial established the "Nuremberg principles" -- the foundation for all subsequent trials for crimes against ... Department's Civil Affairs Division, it was written & directed by Stuart Schulberg, who completed it in 1948. ... Nürnberg und seine Lehre -- Trailer for the 2009 Restoration of Nuremberg: Its Lesson ...
www.imdb.com/title/tt0441889/ - Em cache - Similares
IMDb Video: Nuremberg: Its Lesson for Today - [ Traduzir esta página ]
Description: Trailer for the 2009 Restoration of Nuremberg: Its Lesson for ...
www.imdb.com/video/screenplay/vi4158130457/ - Em cache
Exibir mais resultados de imdb.com
Nuremberg: Its Lesson For Today (Nurnberg und seine Lehre ... - [ Traduzir esta página ]
Nuremberg: Its Lesson For Today (Nurnberg und seine Lehre) ... As documented in the film, the trial established the "Nuremberg principles," laying the ...
www.valleynewslive.com/Global/story.asp?S=13319916
Nuremberg: Its Lesson For Today (Nurnberg und seine Lehre) - Movie ... - [ Traduzir esta página ]
"Nuremberg: Its Lesson For Today" shows how the four allied prosecution teams from the United States, Great Britain, France, and the Soviet Union built ...
nymag.com › Movies - Em cache
Nuremberg: Its Lesson For Today (Nurnberg und seine Lehre) Movie ... - [ Traduzir esta página ]
Nuremberg: Its Lesson For Today (Nurnberg und seine Lehre) info, trailers, and showtime information fast and easy.
tulsa.mrmovietimes.com/.../Nuremberg-Its-Lesson-For-Today-Nurnberg-und-seine-Lehre.html - Estados Unidos - Em cache
Scene - Movie Listings | Tulsa World - [ Traduzir esta página ]
16 Jan 2011 ... Nuremberg: Its Lesson For Today (Nurnberg und seine Lehre) Directed By: Pare Lorentz Theatrical Release Date: 01/01/1900. Run Time: 01:18 ...
www.tulsaworld.com/scene/moviesdetail.aspx?movieid... - Em cache
Ver alguns vídeos no YouTube: http://www.youtube.com/watch?v=dlS60RG9j0o&feature=player_embedded
Paulo Roberto de Almeida
SPECIAL SCREENING OF "NUREMBERG: ITS LESSONS FOR TODAY"
Wilson Center bullettin (18/01/2011)
You are invited to a special screening of an historic and powerful documentary that was made more than 60 years ago but until recently was not shown in the United States. The screening will be held on Monday, January 31, at 6 p.m. at The George Washington University under the auspices of the University’s Provost, Steven Lerman. It will be introduced by one of its producers and followed by a panel discussion that will include faculty experts from GW.
"Nuremberg: Its Lessons for Today" was made shortly after World War II for the U.S. War Department and the U.S. military government in Berlin. The producer, Stuart Schulberg, included footage used by the U.S. prosecutors at the International Military Tribunal in Nuremberg to support their indictments of Nazi leaders as well as footage of the trial itself. The film is not only riveting; it’s also a compelling piece of history. It documents the consequences of Nazi Germany’s unprecedented assaults on Europe and humanity; its attempt to murder all the Jews it could find as well as other civilians; and the ways in which the Allies dealt legally with German officials after the war. The film was shown to German audiences in 1948-49 as part of the Allies’ de-Nazification program. It’s significant that, during the late 1940s, U.S. authorities did not permit the film’s release in the U.S.. This prompted a Washington Post reporter at the time to note that "there are those in authority in the United States who feel that Americans are so simple that they can hate only one enemy at a time. Forget the Nazis, they advise, and concentrate on the Reds.”
Read an excellent, informative review of the film at The Washington Post. (transcrevo abaixo)
The film will be introduced by Sandra Schulberg—the daughter of the film’s producer—who, with Josh Waletzky, restored the original film. The panel discussion will include Provost Lerman as well as GW faculty experts on international law, human rights, the Holocaust and education, and will be followed by questions and comments by the audience.
This event is co-sponsored by GW’s Law School, Elliott School of International Affairs, Honors Program, Graduate School of Education and Human Development, Judaic Studies Program, Gelman Library and Rabin Chair Forum, as well as by the Woodrow Wilson International Center for Scholars.
"Nuremberg: Its Lessons for Today"
Monday, January 31, 6 p.m.
Funger Hall, Room 103
2201 G St. NW
Washington, DC 20052
For inquiries please contact Christopher Diaz
=============
Nuremberg: Its Lesson For Today (Nurnberg und seine Lehre)
By Ann Hornaday
The Washington Post, Friday, October 8, 2010
More than 60 years after it was made, "Nuremberg: Its Lesson for Today" arrives in American theaters as something of a minor miracle.
In 1945, the U.S. prosecutors at the International Military Tribunal made two revolutionary decisions: They commissioned Stuart Schulberg, a filmmaker with the OSS Field Photographic Branch, to create documentaries about Nazi history and atrocities that would be used as evidence in the trial of Nazi war criminals in Nuremberg. And they announced that they wanted the trial itself to be filmed as a document of a new form of transitional justice.
The resulting work was shown in Germany in 1948 and 1949 as part of the greater de-Nazification program. But it was withheld from American audiences (for reasons that have never been clear) until now.
"Nuremberg," a meticulous restoration by Schulberg's daughter Sandra and Josh Waletzky, faithfully preserves the original 1948 documentary, adding new subtitles and a narration by Liev Schreiber.
The intervening decades make the film's messages all the more potent -- and not only in its depiction of how economic insecurity, intolerance and demagoguery can be used to manipulate the most depraved forces of a civilized society. "Nuremberg" also stands as a fascinating record of a nascent international court system, the wages of aggressive war and a country's tentative steps toward coming to grips with its history.
Schulberg's father made "Nuremberg" for the U.S. War Department and the U.S. military government in Berlin, using footage he and his screenwriter brother Budd gathered for the two evidentiary films Supreme Court Justice Robert Jackson requested: a four-hour documentary on the history of Nazism and a one-hour documentary about the concentration camps. Schulberg also had access to 25 hours of the trial itself, which lasted nearly a year. Cobbling together the Nazis' own propaganda footage (some of it shot by Leni Riefenstahl), some postwar footage he himself filmed and the trial testimony, Schulberg created a fascinating collage, juxtaposing the bitter truths of the war -- its lies and cruelties and mass murders -- with scenes of its most notorious architects being confronted about their roles.
It's a tawdry, dispiriting tableau. Viewers will be familiar with some of the most distressing images in "Nuremberg," but Schulberg and his team managed to uncover their own fresh hells, such as a film depicting an early gas chamber, using a car with a long exhaust pipe leading into a small cabin. At the trial, the accused war criminals -- 22 in all, including Hermann Goering, Rudolf Hess, Joachim von Ribbentrop and Albert Speer -- looked alternately bored and disgusted, shielding their eyes from the movie lights with dark sunglasses.
Because "Nuremberg" was aimed primarily at German audiences, some references to German history and institutions will be lost on contemporary American audiences. But the specificity of its mission adds to the allure of a film that possesses a riveting brand of rough, raw immediacy. Seen alongside the equally extraordinary "A Film Unfinished," with its Nazi footage of the Warsaw ghetto, "Nuremberg" provides yet another mesmerizing lesson in how even the most cynical propaganda can be recast in the service of truth. And with terms like "war crimes," "military tribunals" and the "Nuremberg principles" now part of a sometimes overheated political vernacular, this heroically preserved film offers a sobering lesson in where and why many of those ideas were first conceived. The "today" of its original title may be been meant for a different generation, but "Nuremberg" couldn't be more of the moment.
Contains disturbing images of the Holocaust and World War II. In English, French, Russian and German with English subtitles.
========
YouTube list:
Suggestions:
0:52
2000 Nuremberg. trailer
by christopherplummer1
960 views
0:51
Los Juicios de Nuremberg - Trailer
by tomahawk197610
7,431 views
3:39
"Nuremberg" Trailer
by NurembergRestored
1,232 views
2:11
1938 Nazi Party Congress in Nuremberg Amateur Film
by habukt
5,183 views
10:16
Nuremberg- its lesson for today- One of the Mos...
by fairinfowar
565 views
6:43
"Nuremberg: Its Lesson For Today"
by CBSNewsOnline
130 views
10:54
Nuremberg: It's Lessons For Today! The Film The...
by MoxNewsDotCom
5,489 views
1:43
The Wedding Song - Official US Trailer
by StrandReleasing
81,319 views
29:34
Hitler - Mein Kampf (full documentary) Part 1 +...
by Denizzje
1,210,090 views
2:16
A Matter of Size - Official US Trailer
by scibenx
16,602 views
7:33
Boogie Oogie Oogie (Remix).wmv
by luvnhappinezz
7,570 views
0:48
Color Film of Nuremberg, Fall 1945
by RobertHJacksonCenter
9,312 views
2:39
Americans and Religion
by CBSNewsOnline
246 views
2:39
I Like Guns - Steve Lee
by steveleeilikeguns
2,655,618 views
1:36
Rompecabezas
by natsmirnoff
16,914 views
1:33
Trailer OJOS BIEN ABIERTOS
by GlobalFoundation
44 views
1:51
REVOLUCION - trailer
by Celluloiddreams
6,316 views
2:45
O Julgamento de Nuremberg
by 2guerra
10,340 views
2:16
Silverdocs 2010 - MONICA & DAVID official trail...
by silverdocs
7,409 views
2:26
NUREMBERG - Impressions from Albrecht Durer city
by dziaaadu
3,076 views
============
Googlelizing:
Nürnberg und seine Lehre (1946) - IMDb - [ Traduzir esta página ]
Classificação: 6.4/10 - de 12 usuários
Dirigido p/ Pare Lorentz. Estrelando Francis Biddle, Karl Dönitz, Hans Frank. The trial established the "Nuremberg principles" -- the foundation for all subsequent trials for crimes against ... Department's Civil Affairs Division, it was written & directed by Stuart Schulberg, who completed it in 1948. ... Nürnberg und seine Lehre -- Trailer for the 2009 Restoration of Nuremberg: Its Lesson ...
www.imdb.com/title/tt0441889/ - Em cache - Similares
IMDb Video: Nuremberg: Its Lesson for Today - [ Traduzir esta página ]
Description: Trailer for the 2009 Restoration of Nuremberg: Its Lesson for ...
www.imdb.com/video/screenplay/vi4158130457/ - Em cache
Exibir mais resultados de imdb.com
Nuremberg: Its Lesson For Today (Nurnberg und seine Lehre ... - [ Traduzir esta página ]
Nuremberg: Its Lesson For Today (Nurnberg und seine Lehre) ... As documented in the film, the trial established the "Nuremberg principles," laying the ...
www.valleynewslive.com/Global/story.asp?S=13319916
Nuremberg: Its Lesson For Today (Nurnberg und seine Lehre) - Movie ... - [ Traduzir esta página ]
"Nuremberg: Its Lesson For Today" shows how the four allied prosecution teams from the United States, Great Britain, France, and the Soviet Union built ...
nymag.com › Movies - Em cache
Nuremberg: Its Lesson For Today (Nurnberg und seine Lehre) Movie ... - [ Traduzir esta página ]
Nuremberg: Its Lesson For Today (Nurnberg und seine Lehre) info, trailers, and showtime information fast and easy.
tulsa.mrmovietimes.com/.../Nuremberg-Its-Lesson-For-Today-Nurnberg-und-seine-Lehre.html - Estados Unidos - Em cache
Scene - Movie Listings | Tulsa World - [ Traduzir esta página ]
16 Jan 2011 ... Nuremberg: Its Lesson For Today (Nurnberg und seine Lehre) Directed By: Pare Lorentz Theatrical Release Date: 01/01/1900. Run Time: 01:18 ...
www.tulsaworld.com/scene/moviesdetail.aspx?movieid... - Em cache
terça-feira, 18 de janeiro de 2011
Estudantes do Brasil: da frigideira para o fogo
Minha solidariedade aos estudantes brasileiros vitimados (pela "enésima" vez) pelos incompetentes do InePTo, ops, do Inep, o tal instituto do MEC que deve organizar as provas do ENEM para estudantes do ciclo médio e que supostamente serviria como benchmark para admissão no terceiro ciclo.
Saiu, pela terceira ou quarta vez, depois de rotundos fracassos dos anteriores, o presidente do Inep, ou melhor, ele foi demitido e a reitora da Unirio, Malvina Tuttman, vai assumir como nova presidente do Inep.
Bem, depois de me solidarizar com os estudantes, só posso desejar meus pêsames antecipados a eles, pois a personagem que assume deve prometer novas sensações (provavelmente desagradáveis) aos pobres estudantes.
Para provar o que digo, reproduzo abaixo um post de 17 de agosto de 2010, que fala precisamente dela.
Sai debaixo, como diriam alguns...
Paulo Roberto de Almeida
A Ignorancia Letrada: um exemplo involuntario (e no mais alto nível)
Escrevi e publiquei, recentemente, um artigo sobre a mediocrização das nossas academias. Obviamente não pretendia tratar desse assunto doloroso, tanto que convivo parte do tempo com colegas universitários, publico em revistas acadêmicas, dou aulas e, aparentemente, tenho alguma coisa no Lattes que me habilita a falar como um desses.
Este o artigo:
A Ignorância Letrada: ensaio sobre a mediocrização do ambiente acadêmico
Espaço Acadêmico (vol. 10, n. 111, agosto 2010, p. 120-127).
Publicados n. 985; Originais n. 2169.
Fui levado a escrever coisas um pouco severas sobre meus colegas pelo fato de receber muitos artigos para dar parecer e me surpreendo, a cada vez, com a deterioração constante da língua pátria, essa inculta e bela, que justifica o "inculta" e dispensa o "bela", já que está cada vez mais feia, torturada como vem sendo pelo nossos colegas de academia. Quanto ao conteúdo, então, dispenso-me de comentários, pois é evidente que eu recuso vários artigos -- provavelmente mais do que meus colegas pareceristas -- não tanto pelas agressões ao Português, mas pelos atentados à lógica formal, pelas crueldades cometidas com a verossimilhança, a falta de fidelidade ao mundo real, as loucuras surrealistas que brotam aqui e ali de textos que dificilmente mereceriam esse nome.
Mas, quando escrevi esse trabalho cáustico (o que reconheço) estava pensando mais naquele típico acadêmico de humanidades, que não aprendeu quase nada nos originais, mas que leu vários livros de vulgarização, e que se permite emitir julgamentos perempetórios sobre a política mundial, sobre a cultura universal e o universo mental de seus pares, que não ultrapasse uma colina de dez metros. Ou seja, o "gramsciano de baixa extração", ou o militante de chinelo de dedo que se considera acadêmico.
Eu nunca tinha pensado que um reitor de uma universidade pudesse alcançar -- se o termo se aplica -- esse nível de mediocridade. Pois é, parece que já chegamos ao ápice da mediocridade até mesmo nas reitorias.
Querem a prova?
Sigam esta matéria de um jornalista conhecido, sobre um ministro conhecido...
Paulo Roberto de Almeida
Mais um exemplo da “nova era democrática”: a barbárie intelectual da universidade. Ou: como formar ignorantes orgulhosos e patriotas
Reinaldo Azevedo, 16.08.2010
Manguei outro dia do “consenso” (!?) de três intelectuais, segundo os quais o Brasil está vivendo uma “nova era” democrática. E expus, num longo texto, as muitas agressões que o estado de direito vem sofrendo no Brasil. E não porque eu queira ou não goste do governo, mas porque são fatos. Se uma nova “era” existe, dadas aquelas violações, ela não é boa. Um fato ocorrido na semana passada, no Rio, caracteriza bem esse “novo ambiente”. Talvez vocês também fiquem um tanto chocados, embora certamente não surpresos.
Abaixo, há um áudio que está no canal que o Itamaraty tem no Youtube. Ele traz a “aula inaugural” ministrada no último dia 11 por Celso Amorim, o Colosso de Rhodes da diplomacia brasileira, no curso de história da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro — é a Uni-Rio, não a UFRJ. Sigam com o texto e ouçam depois se tiverem paciência.
http://www.youtube.com/mrebrasil#p/u/0/Y4LW97Vy99w
Falarei alguma coisinha sobre o discurso deste gigante, o homem que perdeu todas as disputas internacionais em que se meteu — e que se transformou, por isso, num formidável sucesso. Mas ele é o de menos nessa história porque se limitou a repetir a glossolalia de sempre, com aquele orgulho muito típico dos derrotados. Chocante mesmo, verdadeiramente estupefaciente, foi a fala da “Magnífica reitora, professora doutora Malvina Tuttman”. Nunca antes na história destepaiz se viu algo parecido na academia. A primeira intervenção da “magnífica” começa ali pelos 6 minutos e se estende mais ou menos até os 11. Transcrevo em vermelho [em itálico, neste blog] alguns trechos de sua fala (dando destaque a algumas palavras e expressões) e vou comentando em azul [normal].
Começo observando que a gramática da “professora doutora magnífica” rivaliza com a de Dilma Rousseff nos transes da ventura sintática e nos dons do pensamento truncado. Numa ousadia realmente digna de nota, Malvina diz que Celso Amorim contribuiu para elevar até a auto-estima dos “nossos irmãos estrangeiros”. Não tentem identificar, em sua fala, sujeito, verbo, complemento, aquelas coisas antigas que caracterizavam os discursos de “magníficos” no passado. Isso passou. Malvina é expressão de uma parcela da universidade brasileira desta “nova era”. Teria dificuldade para trabalhar em telemarketing. A ela:
(…) Celso Amorim, um dos homens deste país que, atualmente, vem imprimindo e mostrando a seriedade desse país não só para fortalecer a auto-estima nossa, do povo brasileiro, mas, em especial, dos nossos irmãos estrangeiros, que, por meio de uma política governamental importante de relações exteriores e, sem dúvida alguma, falava há pouco com o ministro, por conta da capacidade, da força, da história de vida do ministro, do embaixador Celso Amorim, o nosso país, hoje, não só por isso, mas também por isso, tem um reconhecimento e um valor importante internacional. (…) Uma das pessoas que eu considero (…) um dos nomes mais representativos da história deste país…
Bem, é o que costumo chamar de “sintaxe na fase da miséria”. A vontade de agradar é tal que a gente nota até uma certa aerofagia, uma emoção verdadeiramente genuína. Imagino a excitação intelectual desta senhora. E vocês já perceberam o vício de linguagem da “companheira”, não? Essa história de “auto-estima” é peça de resistência de todas as campanhas oficiais — e das estatais. Será que Malvina sabe que Celso Amorim perdeu todos os embates em que se meteu, sem uma só exceção? Eu acho que não. Isso não significa que pudesse dizer coisa diferente se soubesse, mas acho que ela ignora mesmo…
(…)
O ministro, ele não ficará historicamente lembrado, já que estamos numa aula inaugural de história, apenas por sua passagem neste momento político do nosso país, mas enquanto aquilo que ele representa como brasileiro que se orgulha de ser brasileiro e que leva esse orgulho para fora dos muros, das fronteiras do nosso país.
Esse “o ministro, ele” — a anteposição de uma espécie de aposto do sujeito — é um dos vícios de linguagem que mais me irritam e que, vênia máxima, viu, magnífica?, considero índice de ignorância e de pensamento vago. É coisa típica desses pastores televisivos. E o que dizer disto: “O ministro ficará lembrado enquanto aquilo que ele representa…”? Paulo Francis, nessas horas, costumava apelar ao chicote — metafórico, claro…
(…)
E posso lhe [a Amorim] dizer que, além da satisfação de estar reitora neste momento político importante do nosso país, onde as universidades têm recebido um justo olhar para aquilo que ela produz de importante, de ciência para esse país, e isso tem acontecido, nós podemos ter um marco importante, antes de 2003 e depois de 2003, e, por isso, eu posso me orgulhar de estar reitora neste momento, desde 2004, ministro, e completarei o meu mandato até 2012…
Interrompo aqui, mas o trecho abaixo é seqüência deste, sem corte. Amorim já entendeu, eu acho. O mandato dela vai até 2012… ENTENDEU, AMORIM??? Ninguém pode dizer que ela não está se esforçando para dar vôos maiores. Vejam ali a mistificação do discurso oficial repetida na fala da magnífica: o Brasil começou em 2003. Sigamos:
, mas eu quero também lhe cumprimentar e lhe dizer da grande satisfação de Malvina Tuttman, cidadã brasileira, estar, neste momento, sentada ao lado de um grande homem, um homem que fortalece o nosso país, um país que vem crescendo e que irá, se ainda não surpreendeu, irá surpreender não só alguns brasileiros incrédulos, mas Irá surpreender ao mundo.
Ah, apareceram os “brasileiros incrédulos”, aquela gente nefasta que insiste em não acreditar nas verdades eternas do petismo e do governo. A gente nota que Malvina é mesmo entusiasmada. Não lhe basta falar como reitora, não! Ela quer dar seu testemunho pessoal, falar também como “cidadã”, evidenciando que seu engajamento não é apenas profissional. Ela está nessa de corpo e alma mesmo. Dona Malvina poderia “cumprimentá-LO”, mas “lhe cumprimentar” jamais! A língua é democrática, magnífica! Oferece pronomes oblíquos tanto para verbos transitivos diretos como para os indiretos. Se a senhora servisse cafezinho na Uni-Rio, eu não lhe faria tal cobrança, mas como é a reitora…
Aí veio a intervenção do gigante, com aquele seu incrível dom de dizer coisas que estão em desacordo com a verdade. Deteve-se um pouco mais demoradamente na brilhante negociação que o Brasil empreendeu no Irã, asseverando que se alcançou lá um acordo fabuloso, mas, vocês sabem,as grandes potências, invejosas do talento brasileiro, não aceitaram… Seguiram-se algumas perguntas de estudantes e coisa e tal.
Malvina achou que a sua fala inicial não tinha sido convincente o bastante. Afinal, seu mandato vai até 2012 apenas… ENTENDEU, AMORIM??? No encerramento do evento, ela retoma a palavra (1h40min). E conclui a sua obra. Desta feita, atingiu o estado de arte nas manhas da adulação patriótica
Ministro, que quero lhe dizer que o senhor verdadeiramente nos deu uma aula. Uma aula de auto-estima, uma aula de mediação de combinação de habilidade de negociação com, se o senhor me permite, uma certa ousadia, ou muita ousadia, diplomática importante.
Vocês ainda respiram ou sufocaram na “aula de mediação de combinação de habilidade de negociação”? Adoro o “se e o senhor me permite”. Imaginem se Amorim não permitiria. Melhor do que isso só mesmo se Malvina dissesse: “Ministro, se o senhor me permite, o senhor é um gigante!” Atenção que a magnífica vai, agora, alertar Amorim para o fato de que sempre existem pessoas “do contra”. E vai aconselhá-lo.
E eu acho que essa é a grande diferença, essa habilidade conjugada à ousadia, mas uma ousadia que sabe aonde quer chegar, uma ousadia respeitosa. Isso fez e faz com que o nosso país, internamente, se veja de uma outra maneira e que, externamente, tenha essa representatividade internacional que nós temos. Do contra, ministro, nós sempre vamos encontrar. E é bom até, porque as opiniões muitas vezes contrárias nos fazem repensar e, algumas vezes, se temos essa habilidade, nos fazem crescer também e verificar que as diversas vozes contribuem, se elas não vêm para atrapalhar, elas contribuem para o nosso avanço.
Uau!!! Nem parece que Celso Amorim tentou nomear um brasileiro duas vezes para a OMC e perdeu as duas; que tentou nomear outro brasileiro para o BID e perdeu; que tentou uma vaga permanente no Conselho de Segurança da ONU e perdeu; que apostou todas as fichas na Rodada Doha e perdeu; que tentou reinstalar o bandido Manuel Zelaya em Honduras e perdeu; que deu apoio a um egípcio anti-semita para comandar a Unesco e perdeu; que tentou evitar sanções ao Irã na ONU e perdeu.
Leitor, se você quiser relembrar todas as besteiras e derrotas de Celso Amorim, clique aqui.
Mas o que mais me encantou na fala de Malvina foi o seu entendimento do que vem a ser “tolerância”. Vejam que ela até admite que as pessoas “do contra” têm lá o seu lugar na sociedade. Generosa, ela se dispõe a aprender com elas. Tem apenas uma ressalva: “se elas não vêm para atrapalhar”. Do contra, pode; não pode, pelo visto, é manifestar essa contrariedade. A isso está reduzida boa parte da universidade brasileira.
O senhor falou tantas coisas importantes, mas eu destacaria, se o senhor me permite, uma palavra importante, que, para nós, é especial e que marca também a visão da política no nosso país em todos os sentidos, principalmente neste momento das relações exteriores. E é alguma coisa que tem de ser inserida no nosso modo de estar no mundo, que é a paz. E o nosso governo, por meio do nosso presidente e do senhor, tem dado também essa lição para o mundo, para nós e para o mundo.
Bem, não poderia faltar o puxa-saquismo explícito, evocando o presidente. O Brasil, com efeito, tem investido na paz. De que modo? Adulando todos os ditadores do planeta e enviando à ONU um documento que pede mais diálogo com esses facínoras. Em Honduras, o governo brasileiro investiu na paz tentando promover a guerra civil e não reconhecendo um governo eleito legitimamente. Em Cuba, investe na paz comparando prisioneiros políticos a delinqüentes brasileiros. No Sudão, investe na paz impedindo censura ao tirano que governa o país. Na Colômbia, investe na paz mobilizando-se contra o governo contitucional do país e flertando com as Farc. Em Israel, investe na paz querendo bater papinho com o Hamas. No Irã, bem, no Irã… A gente chega lá.
Eu fiquei orgulhosa, orgulhosa, ministro, da atitude que o Brasil teve especificamente, há muitas, mas especificamente ao fato do Irã. Gostei. E sou judia! E aí fico muito á vontade de dizer dessa minha satisfação, desse meu orgulho, porque, acima de tudo, nós somos homens e mulheres, crianças e pessoas mais amadurecidas, mas que temos convicções muitas vezes contraditórias, mas alguma coisa tem de nos unir, a condição de sermos humanos, e, por isso, a paz é imprescindível. Eu acho que a atuação do presidente Lula e a atuação do ministro das Relações Exteriores pode, no meu entendimento, podem ser caracterizadas e definidas, para mim, numa palavra que, nesse momento, é a mais importante de todas: paz. Muito obrigada, ministro, seja muito saudado pela nossa comunidade!
Malvina acredita que o fato de ela ser judia e de apoiar o governo Lula muda o caráter do regime iraniano. E daí que é judia? Por que isso faria seu adesismo deixar de ser o que é? Mais: ao evocar essa condição, parece que tenta representar outras mulheres e homens judeus. E não representa, não! E isso, eu, que não sou judeu, asseguro. Porque esse povo não vem de tão longe para flertar com um anti-semita delirante, negador do Holocausto, que promete varrer Israel do mapa. Nesta segunda, dia 16, cinco dias depois da fala de Malvina, o Irã anunciou mais um passo em seu programa nuclear, numa clara provocação ao Ocidente, à ONU e à Agência Internacional de Energia Nuclear. Fale em seu próprio nome, minha senhora!
Encerrando
A fala de Malvina é uma colcha de retalhos de bordões oficiais e das muitas mistificações do petismo. Até nos vícios, repete a linguagem “companheira”. Seu discurso é a expressão daquela maçaroca de bobagens entre nacionalistas e patrióticas, que mal escondem o viés militante.
A universidade é o local da pesquisa e do pensamento, não da justificação do poder. Por mais que os centros de excelência, no mundo democrático, sejam integrados ao establishment, essa integração se dá na esfera dos valores, de uma cultura votada para o progresso, para a diversidade e para a tolerância. Servilismo ao governo de turno é outra coisa. É patente na fala da “magnífica” a satanização do passado, a exemplo do que faz o governo que Celso Amorim representa, com o seu discurso recheado de clamorosas imposturas. Ok, dona Malvina não precisa concordar comigo. Mas há um modo decoroso até mesmo de puxar o saco.
Imaginem: esse “bobajol” está sendo cotidianamente repetido nas salas de aula Brasil afora, especialmente, como é o caso, nos chamados cursos da área de humanas. E depois nos perguntamos por que a escola brasileira é tão ruim. Eis aí: Malvina dá a receita para a formação de ignorantes orgulhosos e patriotas.
==========
Comento rapidamente (PRA):
Confesso que estou sem palavras, ou melhor, não sei o que dizer. A reitora da Uni-Rio conseguiu me desmentir em meu artigo preocupado com a mediocrização da universidade brasileira, mas o quadro é muito pior do que eu imaginava, muito piormente pior, se ouso dizer, e se a reitora me permite este atentado à língua dela.
Eu vou ser obrigado a reescrever o meu artigo, ou escrever um novo, para me corrigir: não existe um processo de mediocrização, pois a universidade já desceu muito fundo, e o conceito deve ser outro.
Se uma reitora consegue falar daquela maneira, é porque a universidade já se encontra lá no fundo do poço. Nem sei de que curso é essa "senhora" -- sinto muito, mas não consigo chamá-la de reitora, mas eu recomendaria que ela se tornasse pelo menos "leitora", que é reitora em chinês, se ela me entende -- mas acredito que não faça muita diferença hoje em dia: todos os cursos estão indo para o brejo, pelo menos no que se refere à linguagem -- se o termo se aplica -- utilizada...
=========
Addendum (a partir da Wikipedia):
Deve ter sido escrito por ela mesma. Tudo se explica:
Malvina Tuttman
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Ir para: navegação, pesquisa
Malvina Tania Tuttman é a atual reitora da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro. Possui graduação em Pedagogia pela Universidade Santa Úrsula (1976), mestrado em Educação pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (1981) e doutorado em Educação pela Universidade Federal Fluminense (2004). Tem experiência na área de Educação, com ênfase em Planejamento e Avaliação Educacional, especialmente nos seguintes temas: flexibilização curricular, extensão universitária, cotidiano na educação, metodologias participativas e planejamento.
A cerimônia de posse de seu atual e segundo mandato ocorreu no dia 3 de setembro de 2009, na sede do Ministério da Educação – MEC, em Brasília.
A Reitora recebeu o Prêmio Mais Mulheres, recém instituído pela Secretária Especial de Políticas para Mulheres, Nilcéia Freire, no dia 09 de março de 2009, em Brasília.
Atualmente, a reitoria da Unirio está envolvida com as mudanças necessárias para que a universidade se encaixe nos moldes do Reuni. O campus da Urca está recebendo um novo prédio para laboratório, novos cursos estão sendo oferecidos, em novos turnos, e o ensino à distância está ganhando força.
Saiu, pela terceira ou quarta vez, depois de rotundos fracassos dos anteriores, o presidente do Inep, ou melhor, ele foi demitido e a reitora da Unirio, Malvina Tuttman, vai assumir como nova presidente do Inep.
Bem, depois de me solidarizar com os estudantes, só posso desejar meus pêsames antecipados a eles, pois a personagem que assume deve prometer novas sensações (provavelmente desagradáveis) aos pobres estudantes.
Para provar o que digo, reproduzo abaixo um post de 17 de agosto de 2010, que fala precisamente dela.
Sai debaixo, como diriam alguns...
Paulo Roberto de Almeida
A Ignorancia Letrada: um exemplo involuntario (e no mais alto nível)
Escrevi e publiquei, recentemente, um artigo sobre a mediocrização das nossas academias. Obviamente não pretendia tratar desse assunto doloroso, tanto que convivo parte do tempo com colegas universitários, publico em revistas acadêmicas, dou aulas e, aparentemente, tenho alguma coisa no Lattes que me habilita a falar como um desses.
Este o artigo:
A Ignorância Letrada: ensaio sobre a mediocrização do ambiente acadêmico
Espaço Acadêmico (vol. 10, n. 111, agosto 2010, p. 120-127).
Publicados n. 985; Originais n. 2169.
Fui levado a escrever coisas um pouco severas sobre meus colegas pelo fato de receber muitos artigos para dar parecer e me surpreendo, a cada vez, com a deterioração constante da língua pátria, essa inculta e bela, que justifica o "inculta" e dispensa o "bela", já que está cada vez mais feia, torturada como vem sendo pelo nossos colegas de academia. Quanto ao conteúdo, então, dispenso-me de comentários, pois é evidente que eu recuso vários artigos -- provavelmente mais do que meus colegas pareceristas -- não tanto pelas agressões ao Português, mas pelos atentados à lógica formal, pelas crueldades cometidas com a verossimilhança, a falta de fidelidade ao mundo real, as loucuras surrealistas que brotam aqui e ali de textos que dificilmente mereceriam esse nome.
Mas, quando escrevi esse trabalho cáustico (o que reconheço) estava pensando mais naquele típico acadêmico de humanidades, que não aprendeu quase nada nos originais, mas que leu vários livros de vulgarização, e que se permite emitir julgamentos perempetórios sobre a política mundial, sobre a cultura universal e o universo mental de seus pares, que não ultrapasse uma colina de dez metros. Ou seja, o "gramsciano de baixa extração", ou o militante de chinelo de dedo que se considera acadêmico.
Eu nunca tinha pensado que um reitor de uma universidade pudesse alcançar -- se o termo se aplica -- esse nível de mediocridade. Pois é, parece que já chegamos ao ápice da mediocridade até mesmo nas reitorias.
Querem a prova?
Sigam esta matéria de um jornalista conhecido, sobre um ministro conhecido...
Paulo Roberto de Almeida
Mais um exemplo da “nova era democrática”: a barbárie intelectual da universidade. Ou: como formar ignorantes orgulhosos e patriotas
Reinaldo Azevedo, 16.08.2010
Manguei outro dia do “consenso” (!?) de três intelectuais, segundo os quais o Brasil está vivendo uma “nova era” democrática. E expus, num longo texto, as muitas agressões que o estado de direito vem sofrendo no Brasil. E não porque eu queira ou não goste do governo, mas porque são fatos. Se uma nova “era” existe, dadas aquelas violações, ela não é boa. Um fato ocorrido na semana passada, no Rio, caracteriza bem esse “novo ambiente”. Talvez vocês também fiquem um tanto chocados, embora certamente não surpresos.
Abaixo, há um áudio que está no canal que o Itamaraty tem no Youtube. Ele traz a “aula inaugural” ministrada no último dia 11 por Celso Amorim, o Colosso de Rhodes da diplomacia brasileira, no curso de história da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro — é a Uni-Rio, não a UFRJ. Sigam com o texto e ouçam depois se tiverem paciência.
http://www.youtube.com/mrebrasil#p/u/0/Y4LW97Vy99w
Falarei alguma coisinha sobre o discurso deste gigante, o homem que perdeu todas as disputas internacionais em que se meteu — e que se transformou, por isso, num formidável sucesso. Mas ele é o de menos nessa história porque se limitou a repetir a glossolalia de sempre, com aquele orgulho muito típico dos derrotados. Chocante mesmo, verdadeiramente estupefaciente, foi a fala da “Magnífica reitora, professora doutora Malvina Tuttman”. Nunca antes na história destepaiz se viu algo parecido na academia. A primeira intervenção da “magnífica” começa ali pelos 6 minutos e se estende mais ou menos até os 11. Transcrevo em vermelho [em itálico, neste blog] alguns trechos de sua fala (dando destaque a algumas palavras e expressões) e vou comentando em azul [normal].
Começo observando que a gramática da “professora doutora magnífica” rivaliza com a de Dilma Rousseff nos transes da ventura sintática e nos dons do pensamento truncado. Numa ousadia realmente digna de nota, Malvina diz que Celso Amorim contribuiu para elevar até a auto-estima dos “nossos irmãos estrangeiros”. Não tentem identificar, em sua fala, sujeito, verbo, complemento, aquelas coisas antigas que caracterizavam os discursos de “magníficos” no passado. Isso passou. Malvina é expressão de uma parcela da universidade brasileira desta “nova era”. Teria dificuldade para trabalhar em telemarketing. A ela:
(…) Celso Amorim, um dos homens deste país que, atualmente, vem imprimindo e mostrando a seriedade desse país não só para fortalecer a auto-estima nossa, do povo brasileiro, mas, em especial, dos nossos irmãos estrangeiros, que, por meio de uma política governamental importante de relações exteriores e, sem dúvida alguma, falava há pouco com o ministro, por conta da capacidade, da força, da história de vida do ministro, do embaixador Celso Amorim, o nosso país, hoje, não só por isso, mas também por isso, tem um reconhecimento e um valor importante internacional. (…) Uma das pessoas que eu considero (…) um dos nomes mais representativos da história deste país…
Bem, é o que costumo chamar de “sintaxe na fase da miséria”. A vontade de agradar é tal que a gente nota até uma certa aerofagia, uma emoção verdadeiramente genuína. Imagino a excitação intelectual desta senhora. E vocês já perceberam o vício de linguagem da “companheira”, não? Essa história de “auto-estima” é peça de resistência de todas as campanhas oficiais — e das estatais. Será que Malvina sabe que Celso Amorim perdeu todos os embates em que se meteu, sem uma só exceção? Eu acho que não. Isso não significa que pudesse dizer coisa diferente se soubesse, mas acho que ela ignora mesmo…
(…)
O ministro, ele não ficará historicamente lembrado, já que estamos numa aula inaugural de história, apenas por sua passagem neste momento político do nosso país, mas enquanto aquilo que ele representa como brasileiro que se orgulha de ser brasileiro e que leva esse orgulho para fora dos muros, das fronteiras do nosso país.
Esse “o ministro, ele” — a anteposição de uma espécie de aposto do sujeito — é um dos vícios de linguagem que mais me irritam e que, vênia máxima, viu, magnífica?, considero índice de ignorância e de pensamento vago. É coisa típica desses pastores televisivos. E o que dizer disto: “O ministro ficará lembrado enquanto aquilo que ele representa…”? Paulo Francis, nessas horas, costumava apelar ao chicote — metafórico, claro…
(…)
E posso lhe [a Amorim] dizer que, além da satisfação de estar reitora neste momento político importante do nosso país, onde as universidades têm recebido um justo olhar para aquilo que ela produz de importante, de ciência para esse país, e isso tem acontecido, nós podemos ter um marco importante, antes de 2003 e depois de 2003, e, por isso, eu posso me orgulhar de estar reitora neste momento, desde 2004, ministro, e completarei o meu mandato até 2012…
Interrompo aqui, mas o trecho abaixo é seqüência deste, sem corte. Amorim já entendeu, eu acho. O mandato dela vai até 2012… ENTENDEU, AMORIM??? Ninguém pode dizer que ela não está se esforçando para dar vôos maiores. Vejam ali a mistificação do discurso oficial repetida na fala da magnífica: o Brasil começou em 2003. Sigamos:
, mas eu quero também lhe cumprimentar e lhe dizer da grande satisfação de Malvina Tuttman, cidadã brasileira, estar, neste momento, sentada ao lado de um grande homem, um homem que fortalece o nosso país, um país que vem crescendo e que irá, se ainda não surpreendeu, irá surpreender não só alguns brasileiros incrédulos, mas Irá surpreender ao mundo.
Ah, apareceram os “brasileiros incrédulos”, aquela gente nefasta que insiste em não acreditar nas verdades eternas do petismo e do governo. A gente nota que Malvina é mesmo entusiasmada. Não lhe basta falar como reitora, não! Ela quer dar seu testemunho pessoal, falar também como “cidadã”, evidenciando que seu engajamento não é apenas profissional. Ela está nessa de corpo e alma mesmo. Dona Malvina poderia “cumprimentá-LO”, mas “lhe cumprimentar” jamais! A língua é democrática, magnífica! Oferece pronomes oblíquos tanto para verbos transitivos diretos como para os indiretos. Se a senhora servisse cafezinho na Uni-Rio, eu não lhe faria tal cobrança, mas como é a reitora…
Aí veio a intervenção do gigante, com aquele seu incrível dom de dizer coisas que estão em desacordo com a verdade. Deteve-se um pouco mais demoradamente na brilhante negociação que o Brasil empreendeu no Irã, asseverando que se alcançou lá um acordo fabuloso, mas, vocês sabem,as grandes potências, invejosas do talento brasileiro, não aceitaram… Seguiram-se algumas perguntas de estudantes e coisa e tal.
Malvina achou que a sua fala inicial não tinha sido convincente o bastante. Afinal, seu mandato vai até 2012 apenas… ENTENDEU, AMORIM??? No encerramento do evento, ela retoma a palavra (1h40min). E conclui a sua obra. Desta feita, atingiu o estado de arte nas manhas da adulação patriótica
Ministro, que quero lhe dizer que o senhor verdadeiramente nos deu uma aula. Uma aula de auto-estima, uma aula de mediação de combinação de habilidade de negociação com, se o senhor me permite, uma certa ousadia, ou muita ousadia, diplomática importante.
Vocês ainda respiram ou sufocaram na “aula de mediação de combinação de habilidade de negociação”? Adoro o “se e o senhor me permite”. Imaginem se Amorim não permitiria. Melhor do que isso só mesmo se Malvina dissesse: “Ministro, se o senhor me permite, o senhor é um gigante!” Atenção que a magnífica vai, agora, alertar Amorim para o fato de que sempre existem pessoas “do contra”. E vai aconselhá-lo.
E eu acho que essa é a grande diferença, essa habilidade conjugada à ousadia, mas uma ousadia que sabe aonde quer chegar, uma ousadia respeitosa. Isso fez e faz com que o nosso país, internamente, se veja de uma outra maneira e que, externamente, tenha essa representatividade internacional que nós temos. Do contra, ministro, nós sempre vamos encontrar. E é bom até, porque as opiniões muitas vezes contrárias nos fazem repensar e, algumas vezes, se temos essa habilidade, nos fazem crescer também e verificar que as diversas vozes contribuem, se elas não vêm para atrapalhar, elas contribuem para o nosso avanço.
Uau!!! Nem parece que Celso Amorim tentou nomear um brasileiro duas vezes para a OMC e perdeu as duas; que tentou nomear outro brasileiro para o BID e perdeu; que tentou uma vaga permanente no Conselho de Segurança da ONU e perdeu; que apostou todas as fichas na Rodada Doha e perdeu; que tentou reinstalar o bandido Manuel Zelaya em Honduras e perdeu; que deu apoio a um egípcio anti-semita para comandar a Unesco e perdeu; que tentou evitar sanções ao Irã na ONU e perdeu.
Leitor, se você quiser relembrar todas as besteiras e derrotas de Celso Amorim, clique aqui.
Mas o que mais me encantou na fala de Malvina foi o seu entendimento do que vem a ser “tolerância”. Vejam que ela até admite que as pessoas “do contra” têm lá o seu lugar na sociedade. Generosa, ela se dispõe a aprender com elas. Tem apenas uma ressalva: “se elas não vêm para atrapalhar”. Do contra, pode; não pode, pelo visto, é manifestar essa contrariedade. A isso está reduzida boa parte da universidade brasileira.
O senhor falou tantas coisas importantes, mas eu destacaria, se o senhor me permite, uma palavra importante, que, para nós, é especial e que marca também a visão da política no nosso país em todos os sentidos, principalmente neste momento das relações exteriores. E é alguma coisa que tem de ser inserida no nosso modo de estar no mundo, que é a paz. E o nosso governo, por meio do nosso presidente e do senhor, tem dado também essa lição para o mundo, para nós e para o mundo.
Bem, não poderia faltar o puxa-saquismo explícito, evocando o presidente. O Brasil, com efeito, tem investido na paz. De que modo? Adulando todos os ditadores do planeta e enviando à ONU um documento que pede mais diálogo com esses facínoras. Em Honduras, o governo brasileiro investiu na paz tentando promover a guerra civil e não reconhecendo um governo eleito legitimamente. Em Cuba, investe na paz comparando prisioneiros políticos a delinqüentes brasileiros. No Sudão, investe na paz impedindo censura ao tirano que governa o país. Na Colômbia, investe na paz mobilizando-se contra o governo contitucional do país e flertando com as Farc. Em Israel, investe na paz querendo bater papinho com o Hamas. No Irã, bem, no Irã… A gente chega lá.
Eu fiquei orgulhosa, orgulhosa, ministro, da atitude que o Brasil teve especificamente, há muitas, mas especificamente ao fato do Irã. Gostei. E sou judia! E aí fico muito á vontade de dizer dessa minha satisfação, desse meu orgulho, porque, acima de tudo, nós somos homens e mulheres, crianças e pessoas mais amadurecidas, mas que temos convicções muitas vezes contraditórias, mas alguma coisa tem de nos unir, a condição de sermos humanos, e, por isso, a paz é imprescindível. Eu acho que a atuação do presidente Lula e a atuação do ministro das Relações Exteriores pode, no meu entendimento, podem ser caracterizadas e definidas, para mim, numa palavra que, nesse momento, é a mais importante de todas: paz. Muito obrigada, ministro, seja muito saudado pela nossa comunidade!
Malvina acredita que o fato de ela ser judia e de apoiar o governo Lula muda o caráter do regime iraniano. E daí que é judia? Por que isso faria seu adesismo deixar de ser o que é? Mais: ao evocar essa condição, parece que tenta representar outras mulheres e homens judeus. E não representa, não! E isso, eu, que não sou judeu, asseguro. Porque esse povo não vem de tão longe para flertar com um anti-semita delirante, negador do Holocausto, que promete varrer Israel do mapa. Nesta segunda, dia 16, cinco dias depois da fala de Malvina, o Irã anunciou mais um passo em seu programa nuclear, numa clara provocação ao Ocidente, à ONU e à Agência Internacional de Energia Nuclear. Fale em seu próprio nome, minha senhora!
Encerrando
A fala de Malvina é uma colcha de retalhos de bordões oficiais e das muitas mistificações do petismo. Até nos vícios, repete a linguagem “companheira”. Seu discurso é a expressão daquela maçaroca de bobagens entre nacionalistas e patrióticas, que mal escondem o viés militante.
A universidade é o local da pesquisa e do pensamento, não da justificação do poder. Por mais que os centros de excelência, no mundo democrático, sejam integrados ao establishment, essa integração se dá na esfera dos valores, de uma cultura votada para o progresso, para a diversidade e para a tolerância. Servilismo ao governo de turno é outra coisa. É patente na fala da “magnífica” a satanização do passado, a exemplo do que faz o governo que Celso Amorim representa, com o seu discurso recheado de clamorosas imposturas. Ok, dona Malvina não precisa concordar comigo. Mas há um modo decoroso até mesmo de puxar o saco.
Imaginem: esse “bobajol” está sendo cotidianamente repetido nas salas de aula Brasil afora, especialmente, como é o caso, nos chamados cursos da área de humanas. E depois nos perguntamos por que a escola brasileira é tão ruim. Eis aí: Malvina dá a receita para a formação de ignorantes orgulhosos e patriotas.
==========
Comento rapidamente (PRA):
Confesso que estou sem palavras, ou melhor, não sei o que dizer. A reitora da Uni-Rio conseguiu me desmentir em meu artigo preocupado com a mediocrização da universidade brasileira, mas o quadro é muito pior do que eu imaginava, muito piormente pior, se ouso dizer, e se a reitora me permite este atentado à língua dela.
Eu vou ser obrigado a reescrever o meu artigo, ou escrever um novo, para me corrigir: não existe um processo de mediocrização, pois a universidade já desceu muito fundo, e o conceito deve ser outro.
Se uma reitora consegue falar daquela maneira, é porque a universidade já se encontra lá no fundo do poço. Nem sei de que curso é essa "senhora" -- sinto muito, mas não consigo chamá-la de reitora, mas eu recomendaria que ela se tornasse pelo menos "leitora", que é reitora em chinês, se ela me entende -- mas acredito que não faça muita diferença hoje em dia: todos os cursos estão indo para o brejo, pelo menos no que se refere à linguagem -- se o termo se aplica -- utilizada...
=========
Addendum (a partir da Wikipedia):
Deve ter sido escrito por ela mesma. Tudo se explica:
Malvina Tuttman
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Ir para: navegação, pesquisa
Malvina Tania Tuttman é a atual reitora da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro. Possui graduação em Pedagogia pela Universidade Santa Úrsula (1976), mestrado em Educação pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (1981) e doutorado em Educação pela Universidade Federal Fluminense (2004). Tem experiência na área de Educação, com ênfase em Planejamento e Avaliação Educacional, especialmente nos seguintes temas: flexibilização curricular, extensão universitária, cotidiano na educação, metodologias participativas e planejamento.
A cerimônia de posse de seu atual e segundo mandato ocorreu no dia 3 de setembro de 2009, na sede do Ministério da Educação – MEC, em Brasília.
A Reitora recebeu o Prêmio Mais Mulheres, recém instituído pela Secretária Especial de Políticas para Mulheres, Nilcéia Freire, no dia 09 de março de 2009, em Brasília.
Atualmente, a reitoria da Unirio está envolvida com as mudanças necessárias para que a universidade se encaixe nos moldes do Reuni. O campus da Urca está recebendo um novo prédio para laboratório, novos cursos estão sendo oferecidos, em novos turnos, e o ensino à distância está ganhando força.
Micro-empresarios do Oceano Indico: grande crescimento do faturamento em 2010
Os micro-empresários que atuam por iniciativa própria, com os instrumentos de bordo (é o caso de se dizer) apresentaram resultados estupendos na última reunião do Board of Somali Adverturers (ou Conselho SUperior dos Piratas Somalianos). Não apenas o número de capturados aumentou, como o volume de negócios conheceu expansão notável no ano findo, com aumento dos lucros em proporções inimagináveis para os padrões conhecidos nesse tipo de empreendimento pré-capitalista. Já se fala em fusions and mergers com piratas de outros lugares, como aqueles que atuam nos estreitos das Molucas e vários que estão pululando na América Latina, sobretudo no Caribe, inclusive no Brasil.
Dificuldades de língua devem ser resolvidas com Google tranlator, ou então usando alguns dos cativos que sejam poliglotas.
Em todo caso, se o sucesso continuar em 2011, os piratas da Somália pensam em lançar suas ações nas principais bolsas internacionais. Acredita-se que nenhuma indústria estabelecida -- nem mesmo de celulares ou tabletes eletrônicas -- apresentou lucratividade tão alta, o que permite prever grandes dividendos para os que decidirem investir na nova atividade emergente.
Paulo Roberto de Almeida
Pirates seized record 1,181 hostages in 2010 – report
BBC News, 17.01.2010
Somali pirates are now operating further offshore, the IMB says
Pirates took a record 1,181 hostages in 2010, despite increased patrolling of the seas, a maritime watchdog has said.
The International Maritime Bureau (IMB) said 53 ships were hijacked worldwide - 49 of them off Somalia's coast - and eight sailors were killed.
The IMB described as "alarming" the continued increase in hostage-taking incidents - the highest number since the centre began monitoring in 1991.
Overall, there were 445 pirate attacks last year - a 10% rise from 2009.
Last week, a separate study found maritime piracy costs the global economy between $7bn (£4.4bn) and $12bn (£7.6bn) a year.
Measures 'undermined'
"These figures for the number of hostages and vessels taken are the highest we have ever seen," said Pottengal Mukundan, the head of the IMB's Piracy Reporting Centre.
In the seas off Somalia, the IMB said, heavily-armed pirates were often overpowering fishing or merchant vessels and then using them as bases for further attacks.
The Somali attacks accounted for 1,016 hostages seized last year. Somali pirates are currently holding 31 ships with more than 700 crew on board.
Although naval patrols - launched in 2009 in the Gulf of Aden - have foiled a number of attacks, Somali pirates are now operating farther offshore.
"All measures taken at sea to limit the activities of the pirates are undermined because of a lack of responsible authority back in Somalia," the IMB said.
Somalia has not had a functioning government since 1991.
Without schools, hospitals and employment opportunities in south-central Somalia "whatever actions are taken at sea to protect from piracy will have no effect", he told the BBC World Service.
However, the IMB noted that in the Gulf of Aden itself incidents more than halved to 53 due to the presence of foreign navies.
Mr Mukundan said it was "vital" that naval patrols continue.
Elsewhere, violent attacks increased in the South China Sea and waters off Indonesia, Bangladesh and Nigeria.
Last week, a report by US think-tank One Earth Future said that piracy cost the international community up to $12bn each year.
The study calculated the amount from the costs of ransom, security equipment and the impact on trade.
It said the majority of costs came from piracy off Somalia.
Dificuldades de língua devem ser resolvidas com Google tranlator, ou então usando alguns dos cativos que sejam poliglotas.
Em todo caso, se o sucesso continuar em 2011, os piratas da Somália pensam em lançar suas ações nas principais bolsas internacionais. Acredita-se que nenhuma indústria estabelecida -- nem mesmo de celulares ou tabletes eletrônicas -- apresentou lucratividade tão alta, o que permite prever grandes dividendos para os que decidirem investir na nova atividade emergente.
Paulo Roberto de Almeida
Pirates seized record 1,181 hostages in 2010 – report
BBC News, 17.01.2010
Somali pirates are now operating further offshore, the IMB says
Pirates took a record 1,181 hostages in 2010, despite increased patrolling of the seas, a maritime watchdog has said.
The International Maritime Bureau (IMB) said 53 ships were hijacked worldwide - 49 of them off Somalia's coast - and eight sailors were killed.
The IMB described as "alarming" the continued increase in hostage-taking incidents - the highest number since the centre began monitoring in 1991.
Overall, there were 445 pirate attacks last year - a 10% rise from 2009.
Last week, a separate study found maritime piracy costs the global economy between $7bn (£4.4bn) and $12bn (£7.6bn) a year.
Measures 'undermined'
"These figures for the number of hostages and vessels taken are the highest we have ever seen," said Pottengal Mukundan, the head of the IMB's Piracy Reporting Centre.
In the seas off Somalia, the IMB said, heavily-armed pirates were often overpowering fishing or merchant vessels and then using them as bases for further attacks.
The Somali attacks accounted for 1,016 hostages seized last year. Somali pirates are currently holding 31 ships with more than 700 crew on board.
Although naval patrols - launched in 2009 in the Gulf of Aden - have foiled a number of attacks, Somali pirates are now operating farther offshore.
"All measures taken at sea to limit the activities of the pirates are undermined because of a lack of responsible authority back in Somalia," the IMB said.
Somalia has not had a functioning government since 1991.
Without schools, hospitals and employment opportunities in south-central Somalia "whatever actions are taken at sea to protect from piracy will have no effect", he told the BBC World Service.
However, the IMB noted that in the Gulf of Aden itself incidents more than halved to 53 due to the presence of foreign navies.
Mr Mukundan said it was "vital" that naval patrols continue.
Elsewhere, violent attacks increased in the South China Sea and waters off Indonesia, Bangladesh and Nigeria.
Last week, a report by US think-tank One Earth Future said that piracy cost the international community up to $12bn each year.
The study calculated the amount from the costs of ransom, security equipment and the impact on trade.
It said the majority of costs came from piracy off Somalia.
Politica Externa do Governo Lula - Revista Debates (UFRGS)
Dois artigos sobre a política externa do governo Lula (um comparativo com o governo FHC), nesta revista de ciência política da UFRGS.
Destaco, previamente ao post, mas posteriormente à postagem, este comentário de um leitor, como abaixo, que merece uma reflexão minha:
"Mário Machado deixou um novo comentário sobre a sua postagem "Politica Externa do Governo Lula - Revista Debates..."::
Duas análises sóbrias que apesar de bem feitas não cobrem a questão da eficiência das estratégias adotadas. E sem saber se foi eficiente, isto é, as políticas alcançaram seus objetivos fica impossível, a meu ver determinar se foram acertadas.
É forçoso querer que por quer algo foi manifestado como interesse nacional foi automaticamente alcançado."
Meu comentário em retorno (PRA):
De fato meu caro Mário, você tem inteiramente razão. Eu já ia fazer uma crítica similar, só não o fazendo por falta de tempo (essa coisa de postar madrugada adentro).
Minha observação é a seguinte:
Tenho reparado que muitos artigos universitários sobre a política externa lulista, ainda que "analíticos", fundamentam-se, em declarações do próprio, ou de seu chanceler, sem qualquer disposição para verificar se o que está sendo dito corresponde efetivamente à realidade, ou sem constatar resultados, custos e eventuais benefícios.
Ou seja, parte-se de declarações grandiloquentes dos próprios interessados na "grande audiência e presença internacionais do Brasil" e daí se conclui que o que está sendo dito corresponde de fato à realidade.
Outra tendência inacreditável, sobretudo em relação à "integração regional", é achar que ela se reforçou, ou que se estão combatendo "assimetrias no Mercosul", apenas porque os discursos oficiais vão nesse sentido ou porque se decidiu torrar 300 milhões de dólares no Fundo de Correção de Assimetrias, sem qualquer espírito crítico para questionar se os procedimentos adotados resolvem ou reforçam alguma coisa no processo regional de integração.
Inacreditável essa disseminação de propaganda, como se fosse realidade...
Paulo Roberto de Almeida
UMA ANÁLISE DA POLÍTICA EXTERNA DO GOVERNO LULA DA SILVA
Haroldo Ramanzini Junior
Revista Debates, Porto Alegre, v. 4, n. 2 (jul.-dez. 2010), p. 60-80; ISSN: 1982-5269
Resumo:
O objetivo deste artigo consiste em analisar a política externa do governo Lula da Silva (2003-2010). A busca de projetar o país como ator relevante no sistema internacional e de fortalecer o multilateralismo foram elementos definidores da política externa brasileira. Ainda que esses não sejam objetivos totalmente novos na história da política externa brasileira, no governo Lula da Silva adquiriram renovada centralidade, em função de aspectos da política doméstica e de mudanças no sistema internacional. Nesse contexto o Brasil parece ter adquirido uma nova posição de razoável proeminência, ancorada na melhoria da realidade econômica e social do país e em ativismo internacional que busca o fortalecimento da multipolaridade.
Texto completo em pdf
POLÍTICA EXTERNA, SEGURANÇA E DEFESA NOS GOVERNOS LULA E CARDOSO
Marcos Valle Machado da Silva
Revista Debates, Porto Alegre, v. 4, n. 2 (jul.-dez. 2010), p. 159-177; ISSN: 1982-5269
Resumo:
Este artigo tem como propósito analisar a Política Externa Brasileira nos temas de Segurança e Defesa, durante o governo do presidente Lula, comparando-o com o anterior, isto é, os dois mandatos do presidente Fernando Henrique Cardoso, a fim de identificarmos as continuidades, nuanças específicas, ou mesmo rupturas nesses temas. Para tanto, serão comparadas as ações dos governos em pauta em dois temas da agenda de Segurança e Defesa: Desarmamento e Controle de Armas Nucleares e Operações de Paz da Organização das Nações Unidas (ONU). Desse modo, pretendemos identificar traços de continuidade, ou mesmo de ruptura, na Política Externa Brasileira, nos temas supracitados, durante os governos dos dois últimos Chefes de Estado brasileiros.
Texto completo em pdf
Destaco, previamente ao post, mas posteriormente à postagem, este comentário de um leitor, como abaixo, que merece uma reflexão minha:
"Mário Machado deixou um novo comentário sobre a sua postagem "Politica Externa do Governo Lula - Revista Debates..."::
Duas análises sóbrias que apesar de bem feitas não cobrem a questão da eficiência das estratégias adotadas. E sem saber se foi eficiente, isto é, as políticas alcançaram seus objetivos fica impossível, a meu ver determinar se foram acertadas.
É forçoso querer que por quer algo foi manifestado como interesse nacional foi automaticamente alcançado."
Meu comentário em retorno (PRA):
De fato meu caro Mário, você tem inteiramente razão. Eu já ia fazer uma crítica similar, só não o fazendo por falta de tempo (essa coisa de postar madrugada adentro).
Minha observação é a seguinte:
Tenho reparado que muitos artigos universitários sobre a política externa lulista, ainda que "analíticos", fundamentam-se, em declarações do próprio, ou de seu chanceler, sem qualquer disposição para verificar se o que está sendo dito corresponde efetivamente à realidade, ou sem constatar resultados, custos e eventuais benefícios.
Ou seja, parte-se de declarações grandiloquentes dos próprios interessados na "grande audiência e presença internacionais do Brasil" e daí se conclui que o que está sendo dito corresponde de fato à realidade.
Outra tendência inacreditável, sobretudo em relação à "integração regional", é achar que ela se reforçou, ou que se estão combatendo "assimetrias no Mercosul", apenas porque os discursos oficiais vão nesse sentido ou porque se decidiu torrar 300 milhões de dólares no Fundo de Correção de Assimetrias, sem qualquer espírito crítico para questionar se os procedimentos adotados resolvem ou reforçam alguma coisa no processo regional de integração.
Inacreditável essa disseminação de propaganda, como se fosse realidade...
Paulo Roberto de Almeida
UMA ANÁLISE DA POLÍTICA EXTERNA DO GOVERNO LULA DA SILVA
Haroldo Ramanzini Junior
Revista Debates, Porto Alegre, v. 4, n. 2 (jul.-dez. 2010), p. 60-80; ISSN: 1982-5269
Resumo:
O objetivo deste artigo consiste em analisar a política externa do governo Lula da Silva (2003-2010). A busca de projetar o país como ator relevante no sistema internacional e de fortalecer o multilateralismo foram elementos definidores da política externa brasileira. Ainda que esses não sejam objetivos totalmente novos na história da política externa brasileira, no governo Lula da Silva adquiriram renovada centralidade, em função de aspectos da política doméstica e de mudanças no sistema internacional. Nesse contexto o Brasil parece ter adquirido uma nova posição de razoável proeminência, ancorada na melhoria da realidade econômica e social do país e em ativismo internacional que busca o fortalecimento da multipolaridade.
Texto completo em pdf
POLÍTICA EXTERNA, SEGURANÇA E DEFESA NOS GOVERNOS LULA E CARDOSO
Marcos Valle Machado da Silva
Revista Debates, Porto Alegre, v. 4, n. 2 (jul.-dez. 2010), p. 159-177; ISSN: 1982-5269
Resumo:
Este artigo tem como propósito analisar a Política Externa Brasileira nos temas de Segurança e Defesa, durante o governo do presidente Lula, comparando-o com o anterior, isto é, os dois mandatos do presidente Fernando Henrique Cardoso, a fim de identificarmos as continuidades, nuanças específicas, ou mesmo rupturas nesses temas. Para tanto, serão comparadas as ações dos governos em pauta em dois temas da agenda de Segurança e Defesa: Desarmamento e Controle de Armas Nucleares e Operações de Paz da Organização das Nações Unidas (ONU). Desse modo, pretendemos identificar traços de continuidade, ou mesmo de ruptura, na Política Externa Brasileira, nos temas supracitados, durante os governos dos dois últimos Chefes de Estado brasileiros.
Texto completo em pdf
New Book: The Brazilian State: Debate and Agenda
Bildner Western Hemisphere Studies
The Brazilian State: Debate and Agenda
We are delighted to announce the forthcoming publication The Brazilian State: Debate and Agenda (Lanham and New York: Lexington Books, 2011). This is a collection of essays edited by Professors Mauricio Font and Laura Randall, with the special assistance of Janaina Saad.
Part of the Bildner Western Hemisphere Studies series, this book contains papers and discussions from the conference The Brazilian State: Paths and Prospects of Dirigisme and Liberalization held at The Graduate Center, City University of New York, in November 2009.
The Brazilian State explores the changing roles, relation with society, and overall impact of the contemporary Brazilian State.
The 16 chapters by scholars from Brazil and the United States contribute to the understanding of various policy areas in an emerging and fast-growing country. Collectively, the papers probe
the relationship between state reform, institutional development, policy effectiveness, and economic dynamics since the 1930s. They provide analyses of issues that will be the center of debate in the presidency of the newly-elected Dilma Rousseff.
This volume is scheduled for publication in early 2011.
Mauricio A. Font is Professor of Sociology at The Graduate Center of the City University of New York, and director of the Bildner Center for Western Hemisphere Studies.
Laura Randall is Professor Emerita of Economics at Hunter College of the City University of New York.
Janaina Saad is Research Associate at the Bildner Center for Western Hemisphere Studies.
Contents:
1 Introduction, Mauricio Font
2 The Brazilian State since Vargas, João Paulo M. Peixoto
3 State Developmentalism: Continuity and Uncertainty,
Renato Boschi
4 New Directions in Public Policy and State-Society Relations,
Glauco Arbix and Scott B. Martin
5 Crisis and Beyond: Responses and Prospects, Eiiti Sato
6 Bureaucrats, Parties and Interest Groups; Maria Rita Loureiro,
Cecilia Olivieri, and Ana Cristina Braga Martes
7 Political Reform: A “Never-Ending Story,” David Fleischer
8 Civil Society Discourses and Practices in Porto Alegre,
J. Ricardo Tranjan
9 Pension Reform in Brazil: Addressing a Social Pact,
José Roberto Savoia
10 Feminism, the State, and Gender Equality, Lia Zanotta Machado
11 The Institution of Patrimony and Nation-State Consolidation,
John F. Collins
12 The Financial Services Industry, Fernando Sotelino
13 Regulation and Compliance: Anti-Money Laundering,
Monica Arruda de Almeida
14 Financialization, Crisis, and a ‘New’ Mania in Brazil,
Elaine da Silveira Leite
15 Brazil and the Transatlantic Community, Thomas J. Trebat
16 Regional Integration: Political Uses of Energy Policy,
Christine Gustafson and Leslie Elliott Armijo
17 Appendix: Economic and Social Indicators, Laura Randall
Disponível: http://www.amazon.com/Brazilian-State-Bildner-Western-Hemisphere/dp/0739167316/ref=sr_1_1?s=books&ie=UTF8&qid=1318020592&sr=1-1
The Brazilian State: Debate and Agenda
We are delighted to announce the forthcoming publication The Brazilian State: Debate and Agenda (Lanham and New York: Lexington Books, 2011). This is a collection of essays edited by Professors Mauricio Font and Laura Randall, with the special assistance of Janaina Saad.
Part of the Bildner Western Hemisphere Studies series, this book contains papers and discussions from the conference The Brazilian State: Paths and Prospects of Dirigisme and Liberalization held at The Graduate Center, City University of New York, in November 2009.
The Brazilian State explores the changing roles, relation with society, and overall impact of the contemporary Brazilian State.
The 16 chapters by scholars from Brazil and the United States contribute to the understanding of various policy areas in an emerging and fast-growing country. Collectively, the papers probe
the relationship between state reform, institutional development, policy effectiveness, and economic dynamics since the 1930s. They provide analyses of issues that will be the center of debate in the presidency of the newly-elected Dilma Rousseff.
This volume is scheduled for publication in early 2011.
Mauricio A. Font is Professor of Sociology at The Graduate Center of the City University of New York, and director of the Bildner Center for Western Hemisphere Studies.
Laura Randall is Professor Emerita of Economics at Hunter College of the City University of New York.
Janaina Saad is Research Associate at the Bildner Center for Western Hemisphere Studies.
Contents:
1 Introduction, Mauricio Font
2 The Brazilian State since Vargas, João Paulo M. Peixoto
3 State Developmentalism: Continuity and Uncertainty,
Renato Boschi
4 New Directions in Public Policy and State-Society Relations,
Glauco Arbix and Scott B. Martin
5 Crisis and Beyond: Responses and Prospects, Eiiti Sato
6 Bureaucrats, Parties and Interest Groups; Maria Rita Loureiro,
Cecilia Olivieri, and Ana Cristina Braga Martes
7 Political Reform: A “Never-Ending Story,” David Fleischer
8 Civil Society Discourses and Practices in Porto Alegre,
J. Ricardo Tranjan
9 Pension Reform in Brazil: Addressing a Social Pact,
José Roberto Savoia
10 Feminism, the State, and Gender Equality, Lia Zanotta Machado
11 The Institution of Patrimony and Nation-State Consolidation,
John F. Collins
12 The Financial Services Industry, Fernando Sotelino
13 Regulation and Compliance: Anti-Money Laundering,
Monica Arruda de Almeida
14 Financialization, Crisis, and a ‘New’ Mania in Brazil,
Elaine da Silveira Leite
15 Brazil and the Transatlantic Community, Thomas J. Trebat
16 Regional Integration: Political Uses of Energy Policy,
Christine Gustafson and Leslie Elliott Armijo
17 Appendix: Economic and Social Indicators, Laura Randall
Disponível: http://www.amazon.com/Brazilian-State-Bildner-Western-Hemisphere/dp/0739167316/ref=sr_1_1?s=books&ie=UTF8&qid=1318020592&sr=1-1
Assinar:
Comentários (Atom)
Postagem em destaque
Livro Marxismo e Socialismo finalmente disponível - Paulo Roberto de Almeida
Meu mais recente livro – que não tem nada a ver com o governo atual ou com sua diplomacia esquizofrênica, já vou logo avisando – ficou final...
-
Uma preparação de longo curso e uma vida nômade Paulo Roberto de Almeida A carreira diplomática tem atraído número crescente de jovens, em ...
-
FAQ do Candidato a Diplomata por Renato Domith Godinho TEMAS: Concurso do Instituto Rio Branco, Itamaraty, Carreira Diplomática, MRE, Diplom...
-
Países de Maior Acesso aos textos PRA em Academia.edu (apenas os superiores a 100 acessos) Compilação Paulo Roberto de Almeida (15/12/2025) ...
-
Mercado Comum da Guerra? O Mercosul deveria ser, em princípio, uma zona de livre comércio e também uma zona de paz, entre seus próprios memb...
-
Reproduzo novamente uma postagem minha de 2020, quando foi publicado o livro de Dennys Xavier sobre Thomas Sowell quarta-feira, 4 de março...
-
Itamaraty 'Memórias', do embaixador Marcos Azambuja, é uma aula de diplomacia Embaixador foi um grande contador de histórias, ...
-
Desde el post de José Antonio Sanahuja Persles (Linkedin) Con Camilo López Burian, de la Universidad de la República, estudiamos el ascens...
-
Israel Products in India: Check the Complete list of Israeli Brands! Several Israeli companies have established themselves in the Indian m...
-
O Brics vai de vento em popa, ao que parece. Como eu nunca fui de tomar as coisas pelo seu valor de face, nunca deixei de expressar meu pen...
