O título é uma contradição nos termos, uma "contradictio in adjecto", como diriam os latinistas, mas se existem soldados desconhecidos, por que não existem "anônimos desconhecidos"?
Pois bem, a razão é simples.
Existem anônimos "conhecidos" que frequentam regularmente este espaço, com a regularidade de um cometa mais rapidinho...
Mas existem também aqueles que entram, lêem, não gostam do que leram, e logo postam algum comentário negativo, para satisfazer sua necessidade de demonstrar descontentamento com o que leram.
Geralmente eles apenas disparam contra este humildo "post-man", este emissor de notícias ruins e menos ruins, que apenas retratam a realidade que vai pelo mundo.
Como isso não se encaixa nos cânones mentais de certos leitores, eles logo disparam uma acusação contra o posteiro que sou, me chamando de algum nome qualquer, sem ter coragem de assumir uma postura pública ou sequer sem condições de postar algum comentário coerente, indo ao "crux of the matter", em lugar de apenas demonstrar raiva ou decepção com o que leram.
Eu teria duas recomendações a comentaristas anônimos que assim procedem:
1) Pense duas vezes, conte até dez, antes de postar seu comentário subjetivo, impressionista, acusatório, sem se deter no fundamento do problema, apenas atirando neste mensageiro que sou eu.
2) Abra um blog seu, para veicular frustrações pessoais, ou então para elogiar aquelas autoridades que você acha que estão desenvolvendo uma política excepcional, benéfica ao país, que finalmente se libertou da exploração imperialista, defende sua soberania e coisa e tal. Você pode se sentir bem melhor tendo o seu próprio espaço, em lugar de ficar com raiva frequentando espaços iconoclastas como este aqui...
Assim é, caro leitor, alguns comentaristas anônimos são muito apressadinhos. Se pudessem, matariam logo de vez este blogueiro, apenas para não ter de ler certas coisas que não se encaixam no seu universo mental.
Bom dia...
Paulo Roberto de Almeida
Temas de relações internacionais, de política externa e de diplomacia brasileira, com ênfase em políticas econômicas, viagens, livros e cultura em geral. Um quilombo de resistência intelectual em defesa da racionalidade, da inteligência e das liberdades democráticas. Ver também minha página: www.pralmeida.net (em construção).
quinta-feira, 28 de julho de 2011
Caro consumidor: pense tres vezes antes de comprar a prazo...
Caro leitor-consumidor,
Quando você vai a uma loja de departamentos, na verdade qualquer grande superfície de compras -- e provavelmente em qualquer boteco da esquina também -- e a gentil vendedora lhe diz que aquele bem, aquele produto (geralmente durável ou semi-durável) custa x reais, mas que é "seis vezes sem juros" (não raro DEZ vezes sem juros), a palavra mágica, caro contribuinte explorado, é o "sem juros".
Você então diz, possivelmente, que preferia pagar à vista, para ver se consegue um preço melhor.
Ela então lhe diz que é o mesmo preço, e que você "pode pagar em x vezes SEM JUROS".
Você então se conforma e aceita, e ainda acha, talvez, que está fazendo um grande negócio, pois pagará em suaves prestações mensais, um valor alto que talvez não coubesse no seu orçamento mensal. Compra, assina, e vai embora.
SEIS VEZES SEM JUROS...
Você acha que isso existe, caro leitor?
O vendedor está lhe chamando (sem querer, claro) de idiota consumado.
NÃO EXISTE essa coisa de "x vezes sem juros".
O preço que você está pagando já embute um juro altíssimo sobre o custo do capital, ou do financiamento.
O que menos importa, na verdade, em sua compra, é o produto. Pode ser qualquer coisa, pode ser até coisa alguma. O que você paga, na verdade, é o financiamento.
Você acaba de adquirir um financiamento altíssimo, em seis ou dez vezes, que vai fazer com que você forneça um lucro extraordinário ao sistema financeiro, que vive disso.
Aliás, as lojas de departamento vivem disso e poderiam alegremente vender qualquer coisa, desde que seja financiada.
O governo também pensa que somos todos idiotas, e talvez acerte. Assim como NENHUM PRODUTO -- salvo certas faturas de serviços -- contém o valor dos impostos discriminado, nada do que compramos nas lojas possuem os preços "saído das fábricas" acrescidos do custo dos juros.
Se fosse assim, muitos consumidores cairiam para trás, pois os juros do financiamento correspondem a um valor maior do que o custo do produto.
Caro leitor, você está pagando DOIS TELEVISORES, mas levando só um para casa..
Pense nisso, e veja o que recolhi hoje num desses boletins financeiros, abaixo:
OPERAÇÕES COM RECURSOS LIVRES - CRÉDITO REFERENCIAL PARA TAXA DE JUROS. Nas modalidades destinadas a pessoas físicas, destaca-se o arrefecimento dos financiamentos para aquisição de veículos, cujo saldo, R$158,1 bilhões, acumulou crescimento semestral de 12,6% até junho, comparativamente a expansões de 18,2% e de 26,2% no primeiro e no segundo semestres de 2010. Nessa modalidade, a média diária das concessões no primeiro semestre de 2011 foi 24,8% inferior à observada no semestre antecedente. Entre as modalidades destinadas às empresas, sobressaíram os empréstimos de capital de giro, com crescimento de 6,2% em seis meses, alcançando R$282,7 bilhões. Nas modalidades com recursos externos, as operações de adiantamentos sobre contratos de câmbio (ACC), após crescimento expressivo desde o início do ano, apresentaram redução de 2,2% no mês, ao atingirem R$36 bilhões. A taxa média de juros referente ao crédito referencial situou-se em 39,5% a.a. em junho, com decréscimo de 0,5 p.p. no mês e alta de 4,9 p.p. relativamente a junho de 2010.
Já viu isso caro leitor?
As financiadoras obtém um capital a 5 ou 6% no exterior e o colocam aqui a 40%, gerando um lucro extrardinário, qualquer que seja o nível de impostos do governo.
Você está pagando isso caro leitor-consumidor...
E não adianta chorar: você não conseguirá escapar do "seis vezes sem juros" da próxima vez que for às compras...
O Brasil, definitivamente, não é um país normal.
Somos o protótipo da teoria da jabuticaba.
Paulo Roberto de Almeida
PS.: Desculpe estragar o seu dia, caro leitor...
Quando você vai a uma loja de departamentos, na verdade qualquer grande superfície de compras -- e provavelmente em qualquer boteco da esquina também -- e a gentil vendedora lhe diz que aquele bem, aquele produto (geralmente durável ou semi-durável) custa x reais, mas que é "seis vezes sem juros" (não raro DEZ vezes sem juros), a palavra mágica, caro contribuinte explorado, é o "sem juros".
Você então diz, possivelmente, que preferia pagar à vista, para ver se consegue um preço melhor.
Ela então lhe diz que é o mesmo preço, e que você "pode pagar em x vezes SEM JUROS".
Você então se conforma e aceita, e ainda acha, talvez, que está fazendo um grande negócio, pois pagará em suaves prestações mensais, um valor alto que talvez não coubesse no seu orçamento mensal. Compra, assina, e vai embora.
SEIS VEZES SEM JUROS...
Você acha que isso existe, caro leitor?
O vendedor está lhe chamando (sem querer, claro) de idiota consumado.
NÃO EXISTE essa coisa de "x vezes sem juros".
O preço que você está pagando já embute um juro altíssimo sobre o custo do capital, ou do financiamento.
O que menos importa, na verdade, em sua compra, é o produto. Pode ser qualquer coisa, pode ser até coisa alguma. O que você paga, na verdade, é o financiamento.
Você acaba de adquirir um financiamento altíssimo, em seis ou dez vezes, que vai fazer com que você forneça um lucro extraordinário ao sistema financeiro, que vive disso.
Aliás, as lojas de departamento vivem disso e poderiam alegremente vender qualquer coisa, desde que seja financiada.
O governo também pensa que somos todos idiotas, e talvez acerte. Assim como NENHUM PRODUTO -- salvo certas faturas de serviços -- contém o valor dos impostos discriminado, nada do que compramos nas lojas possuem os preços "saído das fábricas" acrescidos do custo dos juros.
Se fosse assim, muitos consumidores cairiam para trás, pois os juros do financiamento correspondem a um valor maior do que o custo do produto.
Caro leitor, você está pagando DOIS TELEVISORES, mas levando só um para casa..
Pense nisso, e veja o que recolhi hoje num desses boletins financeiros, abaixo:
OPERAÇÕES COM RECURSOS LIVRES - CRÉDITO REFERENCIAL PARA TAXA DE JUROS. Nas modalidades destinadas a pessoas físicas, destaca-se o arrefecimento dos financiamentos para aquisição de veículos, cujo saldo, R$158,1 bilhões, acumulou crescimento semestral de 12,6% até junho, comparativamente a expansões de 18,2% e de 26,2% no primeiro e no segundo semestres de 2010. Nessa modalidade, a média diária das concessões no primeiro semestre de 2011 foi 24,8% inferior à observada no semestre antecedente. Entre as modalidades destinadas às empresas, sobressaíram os empréstimos de capital de giro, com crescimento de 6,2% em seis meses, alcançando R$282,7 bilhões. Nas modalidades com recursos externos, as operações de adiantamentos sobre contratos de câmbio (ACC), após crescimento expressivo desde o início do ano, apresentaram redução de 2,2% no mês, ao atingirem R$36 bilhões. A taxa média de juros referente ao crédito referencial situou-se em 39,5% a.a. em junho, com decréscimo de 0,5 p.p. no mês e alta de 4,9 p.p. relativamente a junho de 2010.
Já viu isso caro leitor?
As financiadoras obtém um capital a 5 ou 6% no exterior e o colocam aqui a 40%, gerando um lucro extrardinário, qualquer que seja o nível de impostos do governo.
Você está pagando isso caro leitor-consumidor...
E não adianta chorar: você não conseguirá escapar do "seis vezes sem juros" da próxima vez que for às compras...
O Brasil, definitivamente, não é um país normal.
Somos o protótipo da teoria da jabuticaba.
Paulo Roberto de Almeida
PS.: Desculpe estragar o seu dia, caro leitor...
Venezuela: un modelo económico irracional (y II) - LUIS ESTEBAN G. MANRIQUE
Continuidade do post iniciado com data de 26/07/2011
Venezuela: un modelo económico irracional (y II)
Por LUIS ESTEBAN G. MANRIQUE
Infolatam, 27 julio 2011
Madrid - Chávez firmó, cuando estaba en La Habana, una ley para autorizar emisiones de deuda por valor de 10.400 millones de dólares en 2011 para financiar el gasto público con vistas a las elecciones y pagar los intereses de la deuda. Los bonos venezolanos pagan un 15% anual. La petrolera estatal PDVSA, por su parte, ha emitido 6.100 millones de dólares este año en deuda corporativa, la mayor parte de la cual ha sido adquirida por el Banco Central de Venezual (BCV).
PDVSA tiene una deuda acumulada de 27.500 millones de dólares, por la que paga entre 12,7 y 16% de intereses, una cifra cercana a la calificación de bonos “basura”. Mientras el precio medio de la cesta de crudo venezolana subió un 27% el año pasado, la economía se contrajo un 1,9%. Por su parte, la deuda externa aumentó en 11.000 millones, equivalentes al 5% del PIB y las reservas internacionales cayeron en 5.000 millones, hasta los 30.300 millones.
Desde 1998 el crecimiento medio de la economía ha sido del 2,3% anual, frente al 3,2% de la siete mayores economías de la región. En ese lapso, la economía venezolana se contrajo en cinco años, con una caída media del 5,6%, y durante siete años el crecimiento fue positivo, con una expansión media del 8,4%. En parte ello se debe a la caída de la producción petrolera.
Las cifras demuestran que Venezuela no tiene riesgos de caer en la insolvencia. En los próximos dos años, tendrá que dedicar un 12% de sus ingresos por exportaciones al servicio de la deuda. Pero tras haber recibido los frutos de una de las mayores bonanzas petroleras de las últimas décadas, el fracaso de la gestión económica de Chávez es inocultable a pesar de los avances en la reducción de la pobreza.
Los problemas provienen de un modelo económico basado en el monocultivo petrolero. El sistema de control de cambios, que priva de insumos a los importadores, y un tipo de cambio sobrevalorado han provocado una desindustrialización masiva que ha hecho desaparecer a la industria exportadora no petrolera.
Venezuela es un caso paradigmático de la maldición del oro negro. La economía venezolana es estructuralmente inflacionaria (su capacidad de compra supera su capacidad de producción), generando una cultura rentista, en la que mucha gente piensa que tiene derecho a todo y no está obligada a nada. De ahí la paradoja de que el país con mayor nivel de producción y consumo de energía per cápita de la región esté racionando la electricidad.
El propio Chávez ha declarado que PDVSA subsidia el 90% del precio de sus productos refinados, estimando el subsidio en unos 1.500 millones de dólares anuales.
El propio Chávez ha declarado que PDVSA subsidia el 90% del precio de sus productos refinados, estimando el subsidio en unos 1.500 millones de dólares anuales. Pero si tiene en cuenta el precio de exportación, la devaluación del bolívar, la subida de los precios del crudo y el constante aumento del consumo, esa cifra es inmensamente mayor.
La preocupación por la salud de Chávez se extiende a la larga lista de los gobiernos clientes, satélites o aliados de Chávez: Cuba, Ecuador, Bolivia, Nicaragua y otros países centroamericanos y caribeños. Caracas es de lejos el principal donante y/o financista de la región. Venezuela ha entregado, por ejemplo, unos 500 millones de dólares en ayudas a Nicaragua durante los últimos tres años, lo que ha permitido al gobierno de Daniel Ortega financiar iniciativas para aliviar la pobreza y fortalecer sus posibilidades de ser reelegido el próximo noviembre.
Nicaragua y República Dominicana reciben 30.000 barriles de petróleo diarios de Venezuela. El gobierno dominicano refina el crudo venezolano que recibe y luego vende los productos refinados a precios de mercado. Por esas operaciones, Santo Domingo obtendrá este año 450 millones de dólares. Los subsidios a Nicaragua alcanzan un cifra similar.
En Bolivia, según la según la agencia estatal ABI, los fondos de Venezuela han financiado 4.000 obras de infraestructura (escuelas, hospitales, instalaciones deportivas…) en 338 municipios entre 2006 y 2010 por valor de 290 millones de dólares.
Si algo le pasase a Chávez, el cordón umbilical que une a Venezuela con Cuba se rompería, lo que podría enfrentar al régimen de La Habana con una crisis tan o más grave que el “periodo especial” que sufrió la isla tras la disolución de la Unión Soviética y que produjo la caída de un 40% del PIB en los tres años posteriores a 1991.
En otros países centroamericanos y caribeños, PDVSA financia el 50% del valor de sus importaciones petroleras en condiciones preferentes: créditos de 17 a 25 años con un interés anual del 1% y un periodo de gracia de uno o dos años. Para Venezuela esas condiciones representarán pérdidas por valor de 6.200 millones de dólares este año y de 6.600 millones en 2012, según estimaciones de Barclay’s Capital. No es extraño que Bengoa haya urgido a los dominicanos a “rezar” por la salud de Chávez.
Venezuela: un modelo económico irracional (y II)
Por LUIS ESTEBAN G. MANRIQUE
Infolatam, 27 julio 2011
Madrid - Chávez firmó, cuando estaba en La Habana, una ley para autorizar emisiones de deuda por valor de 10.400 millones de dólares en 2011 para financiar el gasto público con vistas a las elecciones y pagar los intereses de la deuda. Los bonos venezolanos pagan un 15% anual. La petrolera estatal PDVSA, por su parte, ha emitido 6.100 millones de dólares este año en deuda corporativa, la mayor parte de la cual ha sido adquirida por el Banco Central de Venezual (BCV).
PDVSA tiene una deuda acumulada de 27.500 millones de dólares, por la que paga entre 12,7 y 16% de intereses, una cifra cercana a la calificación de bonos “basura”. Mientras el precio medio de la cesta de crudo venezolana subió un 27% el año pasado, la economía se contrajo un 1,9%. Por su parte, la deuda externa aumentó en 11.000 millones, equivalentes al 5% del PIB y las reservas internacionales cayeron en 5.000 millones, hasta los 30.300 millones.
Desde 1998 el crecimiento medio de la economía ha sido del 2,3% anual, frente al 3,2% de la siete mayores economías de la región. En ese lapso, la economía venezolana se contrajo en cinco años, con una caída media del 5,6%, y durante siete años el crecimiento fue positivo, con una expansión media del 8,4%. En parte ello se debe a la caída de la producción petrolera.
Las cifras demuestran que Venezuela no tiene riesgos de caer en la insolvencia. En los próximos dos años, tendrá que dedicar un 12% de sus ingresos por exportaciones al servicio de la deuda. Pero tras haber recibido los frutos de una de las mayores bonanzas petroleras de las últimas décadas, el fracaso de la gestión económica de Chávez es inocultable a pesar de los avances en la reducción de la pobreza.
Los problemas provienen de un modelo económico basado en el monocultivo petrolero. El sistema de control de cambios, que priva de insumos a los importadores, y un tipo de cambio sobrevalorado han provocado una desindustrialización masiva que ha hecho desaparecer a la industria exportadora no petrolera.
Venezuela es un caso paradigmático de la maldición del oro negro. La economía venezolana es estructuralmente inflacionaria (su capacidad de compra supera su capacidad de producción), generando una cultura rentista, en la que mucha gente piensa que tiene derecho a todo y no está obligada a nada. De ahí la paradoja de que el país con mayor nivel de producción y consumo de energía per cápita de la región esté racionando la electricidad.
El propio Chávez ha declarado que PDVSA subsidia el 90% del precio de sus productos refinados, estimando el subsidio en unos 1.500 millones de dólares anuales.
El propio Chávez ha declarado que PDVSA subsidia el 90% del precio de sus productos refinados, estimando el subsidio en unos 1.500 millones de dólares anuales. Pero si tiene en cuenta el precio de exportación, la devaluación del bolívar, la subida de los precios del crudo y el constante aumento del consumo, esa cifra es inmensamente mayor.
La preocupación por la salud de Chávez se extiende a la larga lista de los gobiernos clientes, satélites o aliados de Chávez: Cuba, Ecuador, Bolivia, Nicaragua y otros países centroamericanos y caribeños. Caracas es de lejos el principal donante y/o financista de la región. Venezuela ha entregado, por ejemplo, unos 500 millones de dólares en ayudas a Nicaragua durante los últimos tres años, lo que ha permitido al gobierno de Daniel Ortega financiar iniciativas para aliviar la pobreza y fortalecer sus posibilidades de ser reelegido el próximo noviembre.
Nicaragua y República Dominicana reciben 30.000 barriles de petróleo diarios de Venezuela. El gobierno dominicano refina el crudo venezolano que recibe y luego vende los productos refinados a precios de mercado. Por esas operaciones, Santo Domingo obtendrá este año 450 millones de dólares. Los subsidios a Nicaragua alcanzan un cifra similar.
En Bolivia, según la según la agencia estatal ABI, los fondos de Venezuela han financiado 4.000 obras de infraestructura (escuelas, hospitales, instalaciones deportivas…) en 338 municipios entre 2006 y 2010 por valor de 290 millones de dólares.
Si algo le pasase a Chávez, el cordón umbilical que une a Venezuela con Cuba se rompería, lo que podría enfrentar al régimen de La Habana con una crisis tan o más grave que el “periodo especial” que sufrió la isla tras la disolución de la Unión Soviética y que produjo la caída de un 40% del PIB en los tres años posteriores a 1991.
En otros países centroamericanos y caribeños, PDVSA financia el 50% del valor de sus importaciones petroleras en condiciones preferentes: créditos de 17 a 25 años con un interés anual del 1% y un periodo de gracia de uno o dos años. Para Venezuela esas condiciones representarán pérdidas por valor de 6.200 millones de dólares este año y de 6.600 millones en 2012, según estimaciones de Barclay’s Capital. No es extraño que Bengoa haya urgido a los dominicanos a “rezar” por la salud de Chávez.
quarta-feira, 27 de julho de 2011
Liberdade Economica no Mundo: recuando, ligeiramente - Cato Institute
Foi recentemente publicado o último relatório sobre a liberdade econômica no mundo.
Em resumo: liberdade recuando, ainda que ligeiramente...
Abaixo a versão em espanhol da nota de publicação.
Paulo Roberto de Almeida
Libertad económica en el mundo: Informe Anual 2010
Cato Institute, 6 de julio de 2011
La edición en español de este Informe ha sido co-publicado por ElCato.org, el Fraser Institute y El Economista (España).
El informe de este año muestra que la libertad económica mundial sufrió su primer retroceso en décadas. La libertad económica promedio aumentó de 5,55 (de un puntaje máximo de 10) en 1980 a 6,70 en 2007, pero se redujo a 6,67 en 2008, el año más reciente para el cual hubo información disponible. De los 123 países con puntajes en 2007 y 2008, 88 mostraron una reducción y solamente 35 registraron un aumento en su puntaje. En el índice de este año, Hong Kong sigue obteniendo el puntaje más alto en libertad económica, 9,05 de 10, seguido por Singapur, Nueva Zelanda, Suiza, Chile, EE.UU., Canadá, Australia, Mauritania y el Reino Unido.
El informe de este año también contiene una investigación nueva que demuestra el impacto de la libertad económica sobre las tasas de desempleo y homocidio. De acuerdo a Horst Feldmann, más libertad económica parece reducir el desempleo y la magnitud de este impacto parece ser sustancial, especialmente entre la gente jóven. Edward Peter Stringham y John Levendis examinan el efecto de la libertad económica sobre las tasas de homicidio en Venezuela, Colombia, Sudáfrica, Letonia y Lituania. Los resultados sugieren que aumentos en la libertad económica conducen a una reducción de homicidios.
El primer informe de Libertad económica en el mundo fue publicado en 1996 y fue el resultado de una década de investigaciones por parte de un equipo que incluyó varios Premios Nobel y más de 60 académicos destacados en un amplio rango de áreas de estudio, desde la economía hasta las ciencias políticas, y desde el derecho a la filosofía. Esta es la edición No. 14 de Libertad económica en el mundo y la publicación de este año comprende 141 naciones para 2008, el año más reciente para el cual hubo información disponible.
Libertad económica en el mundo utiliza 42 criterios distintos para crear un índice que califica a los países alrededor del mundo en base a sus políticas promotoras de la libertad económica. La libertad económica está compuesta por cinco áreas distintas: (1) el tamaño del Estado; (2) estructura jurídica y garantía de los derechos de propiedad; (3) acceso a una moneda sana; (4) la libertad de comercio internacional; y (5) la regulación crediticia, laboral y de la empresa.
Libertad económica en el mundo es elaborado por el profesor James Gwartney, académico de Florida State University, Robert Lawson, profesor asociado de Finanzas en Auburn University y Joshua C. Hall, profesor adjunto del Departamento de Economía y Administración de Empresas del Beloit College.
Aquí puede accesar el mapa interactivo de libertad económica.
Aquí puede obtener el texto completo del Informe en formato PDF:
Índice; Agradecimientos y Resumen ejecutivo
Capítulo 1: Libertad Económica en el Mundo, 2008
Capítulo 2: Tablas de datos por países
Capítulo 3: ¿Cómo están interrelacionadas las instituciones?
Capítulo 4: Volatilidad macroeconómica y libertad económica, un análisis preliminar
Capítulo 5: Libertad económica y desempleo
Capítulo 6: Relación entre la libertad económica y los homicidios
Apéndice, agradecimientos, autores, colaboradores, miembros de la Red de Libertad Económica
Em resumo: liberdade recuando, ainda que ligeiramente...
Abaixo a versão em espanhol da nota de publicação.
Paulo Roberto de Almeida
Libertad económica en el mundo: Informe Anual 2010
Cato Institute, 6 de julio de 2011
La edición en español de este Informe ha sido co-publicado por ElCato.org, el Fraser Institute y El Economista (España).
El informe de este año muestra que la libertad económica mundial sufrió su primer retroceso en décadas. La libertad económica promedio aumentó de 5,55 (de un puntaje máximo de 10) en 1980 a 6,70 en 2007, pero se redujo a 6,67 en 2008, el año más reciente para el cual hubo información disponible. De los 123 países con puntajes en 2007 y 2008, 88 mostraron una reducción y solamente 35 registraron un aumento en su puntaje. En el índice de este año, Hong Kong sigue obteniendo el puntaje más alto en libertad económica, 9,05 de 10, seguido por Singapur, Nueva Zelanda, Suiza, Chile, EE.UU., Canadá, Australia, Mauritania y el Reino Unido.
El informe de este año también contiene una investigación nueva que demuestra el impacto de la libertad económica sobre las tasas de desempleo y homocidio. De acuerdo a Horst Feldmann, más libertad económica parece reducir el desempleo y la magnitud de este impacto parece ser sustancial, especialmente entre la gente jóven. Edward Peter Stringham y John Levendis examinan el efecto de la libertad económica sobre las tasas de homicidio en Venezuela, Colombia, Sudáfrica, Letonia y Lituania. Los resultados sugieren que aumentos en la libertad económica conducen a una reducción de homicidios.
El primer informe de Libertad económica en el mundo fue publicado en 1996 y fue el resultado de una década de investigaciones por parte de un equipo que incluyó varios Premios Nobel y más de 60 académicos destacados en un amplio rango de áreas de estudio, desde la economía hasta las ciencias políticas, y desde el derecho a la filosofía. Esta es la edición No. 14 de Libertad económica en el mundo y la publicación de este año comprende 141 naciones para 2008, el año más reciente para el cual hubo información disponible.
Libertad económica en el mundo utiliza 42 criterios distintos para crear un índice que califica a los países alrededor del mundo en base a sus políticas promotoras de la libertad económica. La libertad económica está compuesta por cinco áreas distintas: (1) el tamaño del Estado; (2) estructura jurídica y garantía de los derechos de propiedad; (3) acceso a una moneda sana; (4) la libertad de comercio internacional; y (5) la regulación crediticia, laboral y de la empresa.
Libertad económica en el mundo es elaborado por el profesor James Gwartney, académico de Florida State University, Robert Lawson, profesor asociado de Finanzas en Auburn University y Joshua C. Hall, profesor adjunto del Departamento de Economía y Administración de Empresas del Beloit College.
Aquí puede accesar el mapa interactivo de libertad económica.
Aquí puede obtener el texto completo del Informe en formato PDF:
Índice; Agradecimientos y Resumen ejecutivo
Capítulo 1: Libertad Económica en el Mundo, 2008
Capítulo 2: Tablas de datos por países
Capítulo 3: ¿Cómo están interrelacionadas las instituciones?
Capítulo 4: Volatilidad macroeconómica y libertad económica, un análisis preliminar
Capítulo 5: Libertad económica y desempleo
Capítulo 6: Relación entre la libertad económica y los homicidios
Apéndice, agradecimientos, autores, colaboradores, miembros de la Red de Libertad Económica
Revista de Direito Internacional do Uniceub - Chamada para artigos
Colaborando na divulgação de um empreendimento acadêmico...
CHAMADA DE ARTIGOS
REVISTA DE DIREITO INTERNACIONAL (RDI)
A Revista de Direito Internacional (RDI), torna pública a presente chamada de artigos para os volumes 9 e 10 de 2012 e 2013. A Revista de Direito Internacional (RDI) foi criada como instrumento de vinculação de trabalhos acadêmicos relacionados a temáticas tratadas pelo Direito Internacional Público e Privado. A revista é sucessora da Revista Prismas (herdando sua avaliação B3), que foi dividida em dois periódicos (junto com Revista Brasileira de Políticas Públicas), em virtude da quantidade de submissão de artigos e procura. Na busca pelo desenvolvimento e construção de visões críticas a respeito do Direito Internacional, a RDI possui sua linha editorial dividida em dois eixos:
1. Proteção internacional da pessoa humana: abrange questões referentes ao direito internacional ambiental, direito humanitário, internacionalização do direito, além de pesquisas sobre a evolução do direito dos tratados como forma de expansão do direito internacional contemporâneo.
2. Direito Internacional Econômico: abrange questões referentes aos sistemas regionais de integração, direito internacional econômico e financeiro e solução de controvérsias comerciais e financeiras.
Buscando um tratamento focalizado em temáticas específicas, cada número da RDI será dedicado a um tema abrangido por um dos eixos, devendo os trabalhos e artigos publicados pela RDI enquadrar-se no tema selecionado. Para o aumento do impacto dos textos e difusão balanceada de temas e pesquisas, a cada ano, a RDI publicará dois números, sendo cada um dedicado a um dos eixos, sem repetição dos temas abordados. Para os próximos quatro números (publicação prevista para 2012 e 2013) os temas selecionados foram:
1/2012: Cortes internacionais (envio de trabalhos até dia 30 de setembro 2011)
2/2012: Direito humanitário (envio de trabalhos até dia 31 de março de 2012)
1/2013: Direito Internacional do Meio Ambiente (envio de trabalhos até dia 30 setembro 2012)
2/2013: Direito Internacional Econômico (envio de trabalhos até dia 31 de março 2013)
A cada número, a equipe editorial selecionará um artigo de autor estrangeiro considerado relevante para a temática selecionada, trazendo a tradução do mesmo e possibilitando a comunidade acadêmica um maior acesso e difusão do mesmo. O artigo selecionado comporá o fio condutor da edição.
A RDI busca incentivar a pesquisa e divulgação de trabalhos relacionados às disciplinas voltadas para o estudo do Direito Internacional publicando artigos, resenhas e ensaios inéditos. A revista está aberta às mais diversas abordagens teóricas e metodológicas impulsionando a divulgação, o estudo e a prática do Direito Internacional.
Os artigos serão avaliados à partir do sistema de duplo blind review (o autor desconhece os avaliadores e vice-versa). O processo de avaliação dos artigos e resenhas compreende duas fases: a primeira destinada à análise da adequação do trabalho à linha editorial da revista (realizada pelo editor) e a segunda referente à avaliação do conteúdo e qualidade dos trabalhos. Esta segunda fase é realizada mediante o processo de avaliação pelos pares, ou seja, os artigos serão submetidos à aprovação de no mínimo 2 pareceristas ad hoc.
O periódico será difundido somente em versão eletrônica em acesso livre pelo site http://www.publicacoesacademicas.uniceub.br/index.php/rdi/index. O periódico será indexado desde o seu primeiro número no ISSN, Latindex, RVBI e no Portal Periódicos da Capes. Todos os artigos também são identificados pelo DOI (certificador reconhecido pelo CNPq).
Cada autor receberá ainda uma separata eletrônica do seu artigo, com o intuito de incentivar a difusão do mesmo em lista de mailing pessoal.
Serão aceitas colaborações inéditas, a publicação de um artigo está condicionada a sua adequação às normas editoriais e seu simples recebimento desobriga a sua publicação. A submissão on-line das contribuições deverá ser realizada no site da RDI: http://www.publicacoesacademicas.uniceub.br/index.php/rdi/index e deverão estar em conformidade com as regras de publicação da revista anexadas a esta chamada.
Alice Rocha da Silva
Editora da Revista de Direito Internacional
CHAMADA DE ARTIGOS
REVISTA DE DIREITO INTERNACIONAL (RDI)
A Revista de Direito Internacional (RDI), torna pública a presente chamada de artigos para os volumes 9 e 10 de 2012 e 2013. A Revista de Direito Internacional (RDI) foi criada como instrumento de vinculação de trabalhos acadêmicos relacionados a temáticas tratadas pelo Direito Internacional Público e Privado. A revista é sucessora da Revista Prismas (herdando sua avaliação B3), que foi dividida em dois periódicos (junto com Revista Brasileira de Políticas Públicas), em virtude da quantidade de submissão de artigos e procura. Na busca pelo desenvolvimento e construção de visões críticas a respeito do Direito Internacional, a RDI possui sua linha editorial dividida em dois eixos:
1. Proteção internacional da pessoa humana: abrange questões referentes ao direito internacional ambiental, direito humanitário, internacionalização do direito, além de pesquisas sobre a evolução do direito dos tratados como forma de expansão do direito internacional contemporâneo.
2. Direito Internacional Econômico: abrange questões referentes aos sistemas regionais de integração, direito internacional econômico e financeiro e solução de controvérsias comerciais e financeiras.
Buscando um tratamento focalizado em temáticas específicas, cada número da RDI será dedicado a um tema abrangido por um dos eixos, devendo os trabalhos e artigos publicados pela RDI enquadrar-se no tema selecionado. Para o aumento do impacto dos textos e difusão balanceada de temas e pesquisas, a cada ano, a RDI publicará dois números, sendo cada um dedicado a um dos eixos, sem repetição dos temas abordados. Para os próximos quatro números (publicação prevista para 2012 e 2013) os temas selecionados foram:
1/2012: Cortes internacionais (envio de trabalhos até dia 30 de setembro 2011)
2/2012: Direito humanitário (envio de trabalhos até dia 31 de março de 2012)
1/2013: Direito Internacional do Meio Ambiente (envio de trabalhos até dia 30 setembro 2012)
2/2013: Direito Internacional Econômico (envio de trabalhos até dia 31 de março 2013)
A cada número, a equipe editorial selecionará um artigo de autor estrangeiro considerado relevante para a temática selecionada, trazendo a tradução do mesmo e possibilitando a comunidade acadêmica um maior acesso e difusão do mesmo. O artigo selecionado comporá o fio condutor da edição.
A RDI busca incentivar a pesquisa e divulgação de trabalhos relacionados às disciplinas voltadas para o estudo do Direito Internacional publicando artigos, resenhas e ensaios inéditos. A revista está aberta às mais diversas abordagens teóricas e metodológicas impulsionando a divulgação, o estudo e a prática do Direito Internacional.
Os artigos serão avaliados à partir do sistema de duplo blind review (o autor desconhece os avaliadores e vice-versa). O processo de avaliação dos artigos e resenhas compreende duas fases: a primeira destinada à análise da adequação do trabalho à linha editorial da revista (realizada pelo editor) e a segunda referente à avaliação do conteúdo e qualidade dos trabalhos. Esta segunda fase é realizada mediante o processo de avaliação pelos pares, ou seja, os artigos serão submetidos à aprovação de no mínimo 2 pareceristas ad hoc.
O periódico será difundido somente em versão eletrônica em acesso livre pelo site http://www.publicacoesacademicas.uniceub.br/index.php/rdi/index. O periódico será indexado desde o seu primeiro número no ISSN, Latindex, RVBI e no Portal Periódicos da Capes. Todos os artigos também são identificados pelo DOI (certificador reconhecido pelo CNPq).
Cada autor receberá ainda uma separata eletrônica do seu artigo, com o intuito de incentivar a difusão do mesmo em lista de mailing pessoal.
Serão aceitas colaborações inéditas, a publicação de um artigo está condicionada a sua adequação às normas editoriais e seu simples recebimento desobriga a sua publicação. A submissão on-line das contribuições deverá ser realizada no site da RDI: http://www.publicacoesacademicas.uniceub.br/index.php/rdi/index e deverão estar em conformidade com as regras de publicação da revista anexadas a esta chamada.
Alice Rocha da Silva
Editora da Revista de Direito Internacional
O psicopata da Noruega e o Brasil: racismo, de onde menos se espera...
Primeiro a transcrição de matéria sobre as referências ao Brasil feitas em documento do maluco norueguês que matou dezenas de pessoas na última semana:
Atirador de Oslo tem visão racista do Brasil
Opinião e Notícia, 26/07/2011
Brasil é citado 12 vezes no manifesto de 1.500 páginas atribuído a Anders Behring Breivik
O Brasil é citado no longo manifesto de 1.500 páginas atribuído a Anders Behring Breivik, autor do duplo atentado da última sexta-feira, 22, em Oslo, na Noruega, como exemplo do que ele considera o efeito negativo da mistura de raças.
“Os resultados são evidentes e se manifestam num alto nível de corrupção, falta de produtividade e um eterno conflito entre várias ‘culturas’ competindo, enquanto as ‘subtribos’ criadas (preto, mulato, mestiço, branco) paralisam qualquer esperança de sequer alcançar o mesmo nível de produtividade e igualdade de, por exemplo, Escandinávia, Alemanha, Coreia do Sul e Japão”, escreveu o autor dos ataques.
‘País permanentemente disfuncional’
E ainda: “um país com culturas que competem entre si se destruirá internamente a longo prazo ou terminará como um país permanentemente disfuncional como o Brasil”.
O Brasil é citado 12 vezes no manifesto de Breivik. O arquivo de 1.500 páginas foi distribuído para os cerca de 7 mil “amigos” do atirador no Facebook horas antes dos atentados.
=================
Agora meus comentários:
O psicopata tem razão quanto ao altíssimo nível de corrupção no Brasil, aliás até nas mais altas esferas do Estado -- como o provam as duas mais recentes demissões ministeriais no Brasil, e só não foram mais por estranha leniência dos que comandam -- mas se engana totalmente quanto À origem. Não tem nada a ver com raças ou sua mistura: brancos, loiros de olhos azuis, como diria um corruptor ativo, são os mais frequentes na roubalheira de alto coturno, mas negros também poderia ser corruptores ativos se tivessem mais acesso aos postos da alta cúpula. Não existe nenhuma restrição religiosa, étnica, cultura, social, na corrução brasileira: ela é ampla, disseminada, multicultural e multirracial; todos roubam e se pudessem roubar mais, assim o fariam, numa ampla democracia multirracial da roubalheira organizada e desorganizada. Faz parte, digamos assim, da nossa formação, essa apropriação do alheio, sem distinção de raças...
Tampouco existe conflito ou competição entre raças, e sim racismo ordinário, os energúmenos de sempre, praticando seus preconceitos vulgares, os racistas mais idiotas que existem em toda e qualquer cultura ainda não suficientemente mesclada.
Como o Brasil é um pouco mais misturado do que outros povos, o racismo aqui tende a assumir menor acuidade social, e só se manifesta entre brancos de classe média baixa, que convivem com delinquência e atribuem isso a características "genéticas", o que é de uma ignorãncia atroz.
Aliás, se fôssemos falar de racismo, ele só pode vir dos negros militantes, dos ativistas das causas racialistas, desses promotores das políticas separatistas de cunho racial, desses disseminadores da falsa ideologia da "afrodescendência", enfim, desses construtores do Apartheid que o Brasil não teve até hoje, mas que pode vir a ter por causa desse câncer que ameaça nossa sociedade.
Paulo Roberto de Almeida
================
Enviado pelo comentarista, abaixo, a quem agradeço a dica:
Cotas para negros e índios em concursos públicos
Blog da Yvonne Maggie, qua, 20/07/11
O governador Sérgio Cabral assinou o decreto 43.007 reservando 20% das vagas de todos os concursos públicos do Estado do Rio de Janeiro para negros e índios. O decreto entrou em vigor no dia 7 de julho de 2011. O § 4 do artigo 1º, diz: “Para os efeitos deste decreto será considerado negro ou índio o candidato que assim se declare no momento da inscrição”. Logo abaixo, o § 5 afirma “A autodeclaração é facultativa, ficando o candidato submetido às regras gerais estabelecidas no edital do concurso, caso não opte pela reserva de vagas.” No artigo 2º salta aos olhos o paradoxo recorrente em quase todos os casos em que se reservam vagas com base na “raça”: “Decretada falsidade na declaração a que se refere o artigo 1º § 5 será o candidato eliminado do concurso e, se houver sido nomeado, ficará sujeito à anulação de sua admissão ao serviço público, após procedimento administrativo em que lhe seja assegurado o contraditório e a ampla defesa, sem prejuízo de outras sanções cabíveis.”
Se o candidato negro ou índio é assim considerado por autodeclaração – seguindo o preceito internacional – como pode ao mesmo tempo dizer-se “detectada a falsidade?”. Está faltando uma peça neste quebra-cabeça. Como será avaliada a falsidade da autodeclaração?
O governador eximiu-se deixando para os burocratas a invenção das regras que deverão definir se há verdade ou não nas declarações ou autodeclarações. Há exemplos que me levam a imaginar a solução que se dará aqui. No Paraná reserva-se, desde 2003, 10% das vagas para negros em concursos públicos. No Mato Grosso do Sul, 10% para negros e 3% para índios e, nos dois casos, um tribunal, ou uma comissão, julga por meio de fotos, ou de documento onde esteja inscrita a cor do cidadão, se a autodeclaração está correta. Como farão isso aqui no Rio? Quem definirá o procedimento para julgar o mentiroso?
Atirador de Oslo tem visão racista do Brasil
Opinião e Notícia, 26/07/2011
Brasil é citado 12 vezes no manifesto de 1.500 páginas atribuído a Anders Behring Breivik
O Brasil é citado no longo manifesto de 1.500 páginas atribuído a Anders Behring Breivik, autor do duplo atentado da última sexta-feira, 22, em Oslo, na Noruega, como exemplo do que ele considera o efeito negativo da mistura de raças.
“Os resultados são evidentes e se manifestam num alto nível de corrupção, falta de produtividade e um eterno conflito entre várias ‘culturas’ competindo, enquanto as ‘subtribos’ criadas (preto, mulato, mestiço, branco) paralisam qualquer esperança de sequer alcançar o mesmo nível de produtividade e igualdade de, por exemplo, Escandinávia, Alemanha, Coreia do Sul e Japão”, escreveu o autor dos ataques.
‘País permanentemente disfuncional’
E ainda: “um país com culturas que competem entre si se destruirá internamente a longo prazo ou terminará como um país permanentemente disfuncional como o Brasil”.
O Brasil é citado 12 vezes no manifesto de Breivik. O arquivo de 1.500 páginas foi distribuído para os cerca de 7 mil “amigos” do atirador no Facebook horas antes dos atentados.
=================
Agora meus comentários:
O psicopata tem razão quanto ao altíssimo nível de corrupção no Brasil, aliás até nas mais altas esferas do Estado -- como o provam as duas mais recentes demissões ministeriais no Brasil, e só não foram mais por estranha leniência dos que comandam -- mas se engana totalmente quanto À origem. Não tem nada a ver com raças ou sua mistura: brancos, loiros de olhos azuis, como diria um corruptor ativo, são os mais frequentes na roubalheira de alto coturno, mas negros também poderia ser corruptores ativos se tivessem mais acesso aos postos da alta cúpula. Não existe nenhuma restrição religiosa, étnica, cultura, social, na corrução brasileira: ela é ampla, disseminada, multicultural e multirracial; todos roubam e se pudessem roubar mais, assim o fariam, numa ampla democracia multirracial da roubalheira organizada e desorganizada. Faz parte, digamos assim, da nossa formação, essa apropriação do alheio, sem distinção de raças...
Tampouco existe conflito ou competição entre raças, e sim racismo ordinário, os energúmenos de sempre, praticando seus preconceitos vulgares, os racistas mais idiotas que existem em toda e qualquer cultura ainda não suficientemente mesclada.
Como o Brasil é um pouco mais misturado do que outros povos, o racismo aqui tende a assumir menor acuidade social, e só se manifesta entre brancos de classe média baixa, que convivem com delinquência e atribuem isso a características "genéticas", o que é de uma ignorãncia atroz.
Aliás, se fôssemos falar de racismo, ele só pode vir dos negros militantes, dos ativistas das causas racialistas, desses promotores das políticas separatistas de cunho racial, desses disseminadores da falsa ideologia da "afrodescendência", enfim, desses construtores do Apartheid que o Brasil não teve até hoje, mas que pode vir a ter por causa desse câncer que ameaça nossa sociedade.
Paulo Roberto de Almeida
================
Enviado pelo comentarista, abaixo, a quem agradeço a dica:
Cotas para negros e índios em concursos públicos
Blog da Yvonne Maggie, qua, 20/07/11
O governador Sérgio Cabral assinou o decreto 43.007 reservando 20% das vagas de todos os concursos públicos do Estado do Rio de Janeiro para negros e índios. O decreto entrou em vigor no dia 7 de julho de 2011. O § 4 do artigo 1º, diz: “Para os efeitos deste decreto será considerado negro ou índio o candidato que assim se declare no momento da inscrição”. Logo abaixo, o § 5 afirma “A autodeclaração é facultativa, ficando o candidato submetido às regras gerais estabelecidas no edital do concurso, caso não opte pela reserva de vagas.” No artigo 2º salta aos olhos o paradoxo recorrente em quase todos os casos em que se reservam vagas com base na “raça”: “Decretada falsidade na declaração a que se refere o artigo 1º § 5 será o candidato eliminado do concurso e, se houver sido nomeado, ficará sujeito à anulação de sua admissão ao serviço público, após procedimento administrativo em que lhe seja assegurado o contraditório e a ampla defesa, sem prejuízo de outras sanções cabíveis.”
Se o candidato negro ou índio é assim considerado por autodeclaração – seguindo o preceito internacional – como pode ao mesmo tempo dizer-se “detectada a falsidade?”. Está faltando uma peça neste quebra-cabeça. Como será avaliada a falsidade da autodeclaração?
O governador eximiu-se deixando para os burocratas a invenção das regras que deverão definir se há verdade ou não nas declarações ou autodeclarações. Há exemplos que me levam a imaginar a solução que se dará aqui. No Paraná reserva-se, desde 2003, 10% das vagas para negros em concursos públicos. No Mato Grosso do Sul, 10% para negros e 3% para índios e, nos dois casos, um tribunal, ou uma comissão, julga por meio de fotos, ou de documento onde esteja inscrita a cor do cidadão, se a autodeclaração está correta. Como farão isso aqui no Rio? Quem definirá o procedimento para julgar o mentiroso?
Uma economia irracional (qual seria?) - Luis Esteban Manrique
Venezuela: Un modelo económico irracional (I)
Por LUIS ESTEBAN G. MANRIQUE
InfoLatam, 26/07/2011
Venezuela es ya el país con las mayores reservas de crudo del planeta, con 296.501 millones de barriles
Si el modelo económico del “socialismo del siglo XXI” apenas funcionaba racionalmente con Hugo Chávez al mando, sin sus manos sobre el timón simplemente podría entrar en una deriva incontrolada. Caracas ha pasado del puesto 91 al 15 entre las ciudades más caras del mundo debido a una inflación cercana al 30% anual. En el primer semestre de este año los precios subieron un 13%, la mayor tasa de la región.
Una taza en un café en Caracas cuesta unos 6,29 dólares, según la encuesta Costo de Vida 2011 realizada por la consultora Mercer en 214 ciudades de los cinco continentes. En Londres por esa misma tasa se paga 4,35 dólares y en Nueva York 4,40. Solo en Tokio (7,63), Beijing (7,45), Hong Kong (6,80) y Shangai (6,39) es más cara.
Otros precios en la capital venezolana resaltados por Mercer son una entrada al cine (21,42 dólares), una hamburguesa en McDonalds (8,38), o un litro de leche pasteurizada (1,69). Hoy el 25% más pobre de la población gasta un promedio del 45% de sus ingresos en comida. Hasta el pasado marzo, los precios de los alimentos aumentaron un 33,7% año en año, muy por encima de la media del 7,7% de la región, según cifras de la FAO.
Según un sondeo del diario El Universal en seis supermercados y cadenas estatales de alimentación, de 16 productos subsidiados, al menos 10 son escasos o inexistentes, entre ellos el aceite de cocina, quesos y carnes. Venezuela importa el 75% de los alimentos que consume, el doble que hace una década.
Aunque el gobierno ha subido el salario mínimo en un 25% en el último año, el poder adquisitivo de los venezolanos ha caído un 14,5% en los últimos cuatro años debido a la inflación. En los últimos 12 meses, los sueldos subieron un 22%, ocho puntos menos que el IPC. Desde 1998, cuando Hugo Chávez llegó al poder, el volumen de la masa monetaria ha aumentado un 160% en términos reales. Si no se toma en cuenta la inflación, la oferta monetaria en diciembre de 2010 era 29 veces mayor que en diciembre de 1998.
El endeudamiento desbocado del gobierno está alcanzando niveles que hacen temer a muchos analistas que Venezuela no pueda cumplir con sus obligaciones a pesar de la renta petrolera y los altos precios del crudo. Según un reciente informe de UBS Investment Research (Por cuanto tiempo puede Venezuela pagar sus deudas) “en ausencia de ajustes de política, o incluso precios del petróleos más altos, creemos que la trayectoria fiscal de Venezuela apunta a un incidente crediticio”, un eufemismo financiero para referirse a un default.
El riesgo no es, sin embargo, inmediato. Venezuela cuenta con reservas de divisas de alrededor de 30.000 millones de dólares y obtiene alrededor de 65.000 millones anuales por sus exportaciones petroleras, el 90% del total.
Según el boletín estadístico anual de la OPEP, Venezuela es ya el país con las mayores reservas de crudo del planeta, con 296.501 millones de barriles, un 40% más que en 2009, frente a los 264.215 millones de Arabia Saudí. Pero el acelerado ritmo de endeudamiento del gobierno -con pasivos que economistas venezolanos actualmente sitúan en el orden de los 130.000 millones de dólares-; los costes del sistema cambiario y de las importaciones y el elevado déficit fiscal, están generando desequilibrios que UBS cree podrían terminar estallando en mediados de esta década.
(Continuará mañana II Parte)
Por LUIS ESTEBAN G. MANRIQUE
InfoLatam, 26/07/2011
Venezuela es ya el país con las mayores reservas de crudo del planeta, con 296.501 millones de barriles
Si el modelo económico del “socialismo del siglo XXI” apenas funcionaba racionalmente con Hugo Chávez al mando, sin sus manos sobre el timón simplemente podría entrar en una deriva incontrolada. Caracas ha pasado del puesto 91 al 15 entre las ciudades más caras del mundo debido a una inflación cercana al 30% anual. En el primer semestre de este año los precios subieron un 13%, la mayor tasa de la región.
Una taza en un café en Caracas cuesta unos 6,29 dólares, según la encuesta Costo de Vida 2011 realizada por la consultora Mercer en 214 ciudades de los cinco continentes. En Londres por esa misma tasa se paga 4,35 dólares y en Nueva York 4,40. Solo en Tokio (7,63), Beijing (7,45), Hong Kong (6,80) y Shangai (6,39) es más cara.
Otros precios en la capital venezolana resaltados por Mercer son una entrada al cine (21,42 dólares), una hamburguesa en McDonalds (8,38), o un litro de leche pasteurizada (1,69). Hoy el 25% más pobre de la población gasta un promedio del 45% de sus ingresos en comida. Hasta el pasado marzo, los precios de los alimentos aumentaron un 33,7% año en año, muy por encima de la media del 7,7% de la región, según cifras de la FAO.
Según un sondeo del diario El Universal en seis supermercados y cadenas estatales de alimentación, de 16 productos subsidiados, al menos 10 son escasos o inexistentes, entre ellos el aceite de cocina, quesos y carnes. Venezuela importa el 75% de los alimentos que consume, el doble que hace una década.
Aunque el gobierno ha subido el salario mínimo en un 25% en el último año, el poder adquisitivo de los venezolanos ha caído un 14,5% en los últimos cuatro años debido a la inflación. En los últimos 12 meses, los sueldos subieron un 22%, ocho puntos menos que el IPC. Desde 1998, cuando Hugo Chávez llegó al poder, el volumen de la masa monetaria ha aumentado un 160% en términos reales. Si no se toma en cuenta la inflación, la oferta monetaria en diciembre de 2010 era 29 veces mayor que en diciembre de 1998.
El endeudamiento desbocado del gobierno está alcanzando niveles que hacen temer a muchos analistas que Venezuela no pueda cumplir con sus obligaciones a pesar de la renta petrolera y los altos precios del crudo. Según un reciente informe de UBS Investment Research (Por cuanto tiempo puede Venezuela pagar sus deudas) “en ausencia de ajustes de política, o incluso precios del petróleos más altos, creemos que la trayectoria fiscal de Venezuela apunta a un incidente crediticio”, un eufemismo financiero para referirse a un default.
El riesgo no es, sin embargo, inmediato. Venezuela cuenta con reservas de divisas de alrededor de 30.000 millones de dólares y obtiene alrededor de 65.000 millones anuales por sus exportaciones petroleras, el 90% del total.
Según el boletín estadístico anual de la OPEP, Venezuela es ya el país con las mayores reservas de crudo del planeta, con 296.501 millones de barriles, un 40% más que en 2009, frente a los 264.215 millones de Arabia Saudí. Pero el acelerado ritmo de endeudamiento del gobierno -con pasivos que economistas venezolanos actualmente sitúan en el orden de los 130.000 millones de dólares-; los costes del sistema cambiario y de las importaciones y el elevado déficit fiscal, están generando desequilibrios que UBS cree podrían terminar estallando en mediados de esta década.
(Continuará mañana II Parte)
Assinar:
Comentários (Atom)
Postagem em destaque
Livro Marxismo e Socialismo finalmente disponível - Paulo Roberto de Almeida
Meu mais recente livro – que não tem nada a ver com o governo atual ou com sua diplomacia esquizofrênica, já vou logo avisando – ficou final...
-
Uma preparação de longo curso e uma vida nômade Paulo Roberto de Almeida A carreira diplomática tem atraído número crescente de jovens, em ...
-
FAQ do Candidato a Diplomata por Renato Domith Godinho TEMAS: Concurso do Instituto Rio Branco, Itamaraty, Carreira Diplomática, MRE, Diplom...
-
Liberando um artigo que passou um ano no limbo: Mercosul e União Europeia: a longa marcha da cooperação à associação Recebo, em 19/12/2025,...
-
Mercado Comum da Guerra? O Mercosul deveria ser, em princípio, uma zona de livre comércio e também uma zona de paz, entre seus próprios memb...
-
O destino do Brasil? Uma tartarug a? Paulo Roberto de Almeida Nota sobre os desafios políticos ao desenvolvimento do Brasil Esse “destino” é...
-
Homeric Epithets: Famous Titles From 'The Iliad' & 'The Odyssey' Word Genius, Tuesday, November 16, 2021 https://www.w...
-
ÚLTIMO ENCONTRO DO CICLO DE HUMANIDADES 2025- 🕊️ A Paz como Projeto e Potência! 🌎 Acadêmicos, pesquisadores e todos os curiosos por um ...
-
Desde el post de José Antonio Sanahuja Persles (Linkedin) Con Camilo López Burian, de la Universidad de la República, estudiamos el ascens...
-
Quando a desgraça é bem-vinda… Leio, tardiamente, nas notícias do dia, que o segundo chanceler virtual do bolsolavismo diplomático (2019-202...

