domingo, 14 de agosto de 2011

Esta aumentando o numero de idiotas no mundo?: a proposito do criacionismo (e suas derivacoes catolicas)

Tenho sido alertado, por diversos meios, para o crescimento do número de católicos normais -- com escusas pelo "normais", mas é que podem existir os anormais, também, como em qualquer outro agrupamento humano -- que pregam, como os evangélicos e outras tribos religiosas mais fundamentalistas, o direito de escolas religiosas, neste caso católicas, ensinarem também a versão "criacionista" da criação do mundo e da espécie humana paras as crianças matriculadas nesses estabelecimentos.

Com perdão dos mais sensíveis, já vou classificar esse tipo de iniciativa entre as idiotices que assaltam o mundo, de modo preocupantemente crescente, se ouso dizer.
Com efeito, o besteirol criacionista -- como vêem sequer atribuo a esse ajuntamento de bobagens o estatuto de "versão", sequer de "teoria", o que seria uma ofensa ao pensamento racional e científico -- vem sendo desde muito tempo propagado por seitas religiosas as mais diversas, geralmente vinculadas à vertente reformista, ou protestante, dos cultos cristãos. Começou, provavelmente, com os batistas -- que ensinam a tradição bíblica elementar, e totalmente ingênua -- da criação do mundo e dos homens, depois se espalhou por outras seitas evangélicas, algumas assumindo uma suposta "teoria" do "desenho inteligente" -- que não deixa de ser misticismo igual -- que tenta, como as outras, colocar deus como a origem de todas as coisas.
Enfim, tudo isso tem sua função nas pregações religiosas, que, como se sabe, tentam sempre congregar seus fiéis em torno de preceitos básicos que sempre colocam seu deus no centro de tudo, assegurando com isso a fidelização de pessoas que poderiam, de outro modo, buscar outras explicações para os chamados "mistérios do mundo" (que não são mistérios, obviamente, apenas fenômenos ainda não devassados pela pesquisa científica).
O que era, até pouco tempo atrás, o apanágio de seitas protestantes, unicamente, e que faziam disso um cavalo de batalha em escolas laicas, ou públicas, por querer impor suas crenças num sistema basicamente neutro e infenso às religiões, parece estar contaminando, ultimamente, grupos ou indivíduos católicos igualmente, o que é, além de idiota, preocupante.

A Igreja Católica há muito já se afastou das bobagens geocêntricas que tinham levado a processos memoráveis num passado distante, e mais recentemente ela já se reconciliou com a teoria darwinista, que permanece a base de qualquer estudo científico em matérias biológicas e naturais para qualquer pessoa que pretenda seguir carreira nessas áreas. O processo de laicização e de secularização já avançou bastante em sociedades cristãs do Ocidente, de maneira que as escolas públicas, agora separadas das Igrejas em grande medida, com padrões curriculares obrigatórios ou não, ensinam as teorias científicas sobre o mundo e as sociedades humanas. Escolas religiosas são livres para ter disciplinas ligadas a seus credos, mas se um país formaliza currículos básicos nas áreas científicas, o mais provável é que a ciência tenha precedência, até obrigatória, sobre a religião, nos currículos padronizados que serão objeto de exames e de requerimentos necessários para outras etapas de ensino. A religião é confinada, como é o certo, a seu domínio exclusivo, separado do ensino formal de ciências, de história, de filosofia, etc.
É curioso, portanto, ver católicos empenhados em que o criacionismo seja ensinado nas escolas, ao mesmo título e com a mesma ênfase que as teorias científicas.

Sinto muito, mas só posso classificar essa atitude como retorno à idiotice, que eu pensava estar recuando em função da disseminação do pensamento científico no mundo.
Creio que vou ter de revisar um trabalho anterior sobre o assunto:

Está aumentando o número de idiotas no mundo?
revista Espaço Acadêmico (ano 6, nr. 72, maio de 2007; ISSN: 1519-6186).
Via Política (29.04.2007).

A revolta das classes medias, everywhere - Tom Friedman, Moises Naim

Dois artigos sobre as manifestações recentes em diversos países:

A Theory of Everything (Sort of)
By THOMAS L. FRIEDMAN
The New York Times, August 13, 2011

LONDON burns. The Arab Spring triggers popular rebellions against autocrats across the Arab world. The Israeli Summer brings 250,000 Israelis into the streets, protesting the lack of affordable housing and the way their country is now dominated by an oligopoly of crony capitalists. From Athens to Barcelona, European town squares are being taken over by young people railing against unemployment and the injustice of yawning income gaps, while the angry Tea Party emerges from nowhere and sets American politics on its head.

There are multiple and different reasons for these explosions, but to the extent they might have a common denominator I think it can be found in one of the slogans of Israel’s middle-class uprising: “We are fighting for an accessible future.” Across the world, a lot of middle- and lower-middle-class people now feel that the “future” is out of their grasp, and they are letting their leaders know it.

Why now? It starts with the fact that globalization and the information technology revolution have gone to a whole new level. Thanks to cloud computing, robotics, 3G wireless connectivity, Skype, Facebook, Google, LinkedIn, Twitter, the iPad, and cheap Internet-enabled smartphones, the world has gone from connected to hyper-connected.

This is the single most important trend in the world today. And it is a critical reason why, to get into the middle class now, you have to study harder, work smarter and adapt quicker than ever before. All this technology and globalization are eliminating more and more “routine” work — the sort of work that once sustained a lot of middle-class lifestyles.

The merger of globalization and I.T. is driving huge productivity gains, especially in recessionary times, where employers are finding it easier, cheaper and more necessary than ever to replace labor with machines, computers, robots and talented foreign workers. It used to be that only cheap foreign manual labor was easily available; now cheap foreign genius is easily available. This explains why corporations are getting richer and middle-skilled workers poorer. Good jobs do exist, but they require more education or technical skills. Unemployment today still remains relatively low for people with college degrees. But to get one of those degrees and to leverage it for a good job requires everyone to raise their game. It’s hard.

Think of what The Times reported last February: At little Grinnell College in rural Iowa, with 1,600 students, “nearly one of every 10 applicants being considered for the class of 2015 is from China.” The article noted that dozens of other American colleges and universities are seeing a similar surge as well. And the article added this fact: Half the “applicants from China this year have perfect scores of 800 on the math portion of the SAT.”

Not only does it take more skill to get a good job, but for those who are unable to raise their games, governments no longer can afford generous welfare support or cheap credit to be used to buy a home for nothing down — which created a lot of manual labor in construction and retail. Alas, for the 50 years after World War II, to be a president, mayor, governor or university president meant, more often than not, giving things away to people. Today, it means taking things away from people.

All of this is happening at a time when this same globalization/I.T. revolution enables the globalization of anger, with all of these demonstrations now inspiring each other. Some Israeli protestors carried a sign: “Walk Like an Egyptian.” While these social protests — and their flash-mob, criminal mutations like those in London — are not caused by new technologies per se, they are fueled by them.

This globalization/I.T. revolution is also “super-empowering” individuals, enabling them to challenge hierarchies and traditional authority figures — from business to science to government. It is also enabling the creation of powerful minorities and making governing harder and minority rule easier than ever. See dictionary for: “Tea Party.”

Surely one of the iconic images of this time is the picture of Egypt’s President Hosni Mubarak — for three decades a modern pharaoh — being hauled into court, held in a cage with his two sons and tried for attempting to crush his people’s peaceful demonstrations. Every leader and C.E.O. should reflect on that photo. “The power pyramid is being turned upside down," said Yaron Ezrahi, an Israeli political theorist.

So let’s review: We are increasingly taking easy credit, routine work and government jobs and entitlements away from the middle class — at a time when it takes more skill to get and hold a decent job, at a time when citizens have more access to media to organize, protest and challenge authority and at a time when this same merger of globalization and I.T. is creating huge wages for people with global skills (or for those who learn to game the system and get access to money, monopolies or government contracts by being close to those in power) — thus widening income gaps and fueling resentments even more.

Put it all together and you have today’s front-page news.

A version of this op-ed appeared in print on August 14, 2011, on page SR11 of the New York edition with the headline: A Theory of Everything (Sort of).

=========

Explosión social en Reino Unido
Test: ¡Adivine el país!
MOISÉS NAÍM
El País, 14/08/2011

Hoy comenzamos con un test. Seleccione el país de donde proviene la siguiente noticia: "En las últimas semanas, calles y plazas han sido tomadas por miles de personas que protestan contra el Gobierno y por la situación del país. En algunos lugares, las manifestaciones se han tornado violentas". Las opciones son: Azerbaiyán, Chile, China, España, Filipinas, Grecia, Indonesia, Israel, Portugal, Reino Unido, Rusia, Tailandia. La respuesta es fácil: en todos. Y la lista podría, por supuesto, incluir Bahréin, Egipto, Jordania, Marruecos, Libia, Siria, Túnez o Yemen.

Este año comenzó con la primavera árabe y siguió con el verano furioso. La furia callejera se ha vuelto contagiosa y la indignación popular se ha globalizado. Es imposible diferenciar una foto de jóvenes enfrentados a la policía en Santiago de Chile de otra con la misma imagen en Londres. O una que muestra a los indignados acampados en la Puerta del Sol en Madrid de otra con las tiendas de campaña de los miles de manifestantes en las calles de Tel Aviv.

Es tentador buscar una explicación única para todas estas protestas. Si bien es cierto que la mala situación económica, la desigualdad y la falta de oportunidades para los jóvenes están presentes en muchas de ellas, más cierto aún es que cada una de estas movilizaciones está impulsada por fuerzas muy propias. Los estudiantes chilenos salen a la calle porque quieren mejor educación, los ingleses porque quieren robar un televisor. Los israelíes protestan por el alto costo de la vida y la falta de vivienda y los indignados españoles porque... No sé bien por qué. Por todo.

En Reino Unido el debate público sobre las causas de los saqueos es particularmente revelador. Cada quien tiene una explicación distinta: familias débiles y rotas, ineptitud policial, inmigración, multiculturalismo, discriminación racial, las políticas sociales, los recortes presupuestarios, la desigualdad económica, la tolerancia frente a conductas antisociales, los defectos del sistema educativo, la sobredosis de blackberrys y redes sociales y muchas más. Lo que esta variedad de explicaciones significa es que, en realidad, nadie entiende el origen de esta súbita explosión de violencia callejera. Decir que revela un profundo malestar social o, como señaló el primer ministro inglés, David Cameron, que hay segmentos de su sociedad que están muy enfermos, es equivalente a diagnosticar a un paciente diciendo que tiene un virus indeterminado. Este diagnóstico puede ser cierto, pero ayuda muy poco a encontrar la cura.

Por otro lado, aunque no sabemos qué pasó esta semana en Reino Unido, sí contamos con un análisis riguroso y reciente de la inestabilidad social que hubo en Europa entre 1919 y 2009. Jacopo Ponticelli y Hans-Joachim Voth, de la Universidad Pompeu Fabra, en Barcelona, acaban de publicar un fascinante ensayo en el cual, tras analizar rigurosamente una enorme base de datos para 26 países europeos, determinan que en estos 90 años "los recortes en el gasto público aumentaron significativamente la frecuencia de disturbios, marchas anti-Gobierno, huelgas generales, asesinatos políticos e intentos de derrocar el orden establecido". Esto no es una sorpresa, pero está bien que alguien lo haya comprobado científicamente.

La gran pregunta, sobre la que tampoco tenemos respuestas concluyentes, es si las acciones en la calle logran cambiar las cosas. Por ahora, la única afirmación, tan segura como inútil, es que en algunos casos sí y en otros no. La toma de la plaza de Tahrir produjo cambios cataclísmicos en Egipto. En Tiananmen, no. ¿En la Puerta del Sol? Tampoco, por ahora. No se sabe qué hace que las protestas callejeras se transformen en fuente de cambio político o solo sirvan de ejercicio catártico sin más consecuencias en la práctica.

Este es un terreno intelectualmente resbaladizo. Por ejemplo, los profesores Ponticelli y Voth, basándose en los mejores análisis disponibles, afirman que, en contraste con lo que cabría suponer, "los Gobiernos que imponen recortes presupuestarios no son significativamente penalizados en las elecciones por los votantes, pero tampoco hay evidencia de que la expansión del gasto resulte en ganancias electorales". Si esto es así, se preguntan los profesores, ¿por qué entonces los Gobiernos posponen tanto como pueden las medidas de austeridad y cuando las ponen en práctica lo hacen a medias?

Según ellos, es porque los políticos ya saben lo que las investigaciones académicas confirman: hay pocas decisiones gubernamentales que saquen a la gente a protestar a la calle más rápidamente que los tijeretazos fiscales.

Así, en vista de que en muchos países los recortes al gasto público se han hecho inevitables, ya sabemos qué debemos esperar. La furia callejera de este verano se va a prolongar. Son afortunados -y pocos- los países que la podrán evitar.

Brasileiros na Guerra Civil Espanhola, 1936-1939 - artigos PRA

Estou sempre sendo consultado por pesquisadores ou simples curiosos (familiares de ex-combatentes, por exemplo) sobre a participação de brasileiros na guerra civil espanhola, tema que pesquisei a partir do conhecimento direto de alguns desses voluntários (geralmente comunistas) que empreenderam o esforço militar, como resultado de diversas formas de mobilização feitas em torno de um dos grandes conflitos bélicos à margem das duas guerras globais ocorridas no continente europeu no século XX.

Para facilitar o acesso dos interessados a meus trabalhos a esse respeito, indico a seguir os dois artigos publicados, sendo o segundo um simples resumo do primeiro:

BRASILEIROS NA GUERRA CIVIL ESPANHOLA, 1936-1939: COMBATENTES BRASILEIROS NA LUTA CONTRA O FASCISMO
Paulo Roberto de Almeida
Revista Sociologia e Política
(Curitiba, PR; UFPR; ano 4, nº 12, junho 1999,
Dossiê: Política Internacional, pp. 35-66; ISSN 0104-4478)
link: http://www.pralmeida.org/05DocsPRA/608BrasilEspanhaRevSocPol1999.pdf
Relação de Trabalhos n° 608. Relação de Publicados nº 238.

O Brasil e a Guerra Civil Espanhola: Participação de brasileiros no conflito
Revista Hispanista, n. 37
link: http://www.hispanista.com.br/revista/artigo37esp.htm

Revolucionarios (de meia pataca?)

Por acaso caí neste quadrinho tão significativo de certa esquerda camaleônica, que me permito postar aqui, por simpático.
Creio que clicando em cima e ampliando, fica mais fácil de ler as palabritas dos atores.
Paulo Roberto de Almeida

Congresso Brasileiro de Direito Internacional, Brasília, 24-27/08/2011

O Congresso Brasileiro de Direito Internacional ocorrerá pela primeira vez, em Brasília, de 24 a 27 de agosto de 2011, e o tema central da discussão será Institucionalização e efetividade do Direito Internacional . A capital federal foi escolhida, por ser um centro acadêmico e universitário importante e voltado ao estudo do Direito e das Relações Internacionais. O UniCEUB e Itamaraty vão sediar o evento, que contará com mais de 50 conferencistas nacionais e estrangeiros.

Inscrições e mais informações podem ser conferidas no site da ABDI:
http://www.direitointernacional.org/prog_oficial.php

Devo participar de um painel no dia 25, as 11h30, como abaixo:

Painel: MERCOSUL: AVANÇOS E RETROCESSOS
Auditório Santiago Dantas
Presidência: Raquel Coelho Lenz César - PhD em Direito Publico pela Universidade Estadual do Rio de Janeiro, Harvard LL.M., Especialista em Violência Urbana pela UFPE, Advogada e Professora de Direito Constitucional da Universidade Federal do Ceará.
MERCOSUL AOS 20 ANOS: AVANÇOS E LIMITAÇÕES
Paulo Roberto de Almeida - Diplomata, professor universitário e pesquisador
OS BLOCOS ECONÔMICOS COMO CONSTRUCTO POLÍTICO E A INGERÊNCIA DAS FORMAS DE GOVERNO: OS LIMITES DA SUPRANACIONALIDADE
Jorge Fontoura - Doutor em Direito pela Universidade de Parma, Consultor jurídico do Senado para assuntos internacionais, Professor do Instituto Rio Branco.
A IDENTIDADE CONSTITUCIONAL DO MERCOSUL NA PERSPECTIVA DA JURISPRUDÊNCIA DAS CORTES SUPREMAS
Luís Coni - Professor do UNICEUB
MARCO GERAL DO SISTEMA JURÍDICO BRASILEIRO E O PROCESSO DE INTEGRAÇÃO
Tercio Waldir de Albuquerque - Advogado, professor de Direito Internacional e Presidente da Comissão de Relações Internacionais da OAB/MS.

A programação completa tem 72 páginas, e pode ser vista neste link:
http://direitointernacional.org/arquivos/programacao_2011.doc

Bom congresso a todos.
Paulo Roberto de Almeida

ALADI: crescendo, apesar de tudo...

ALADI eligió a “Chacho” Álvarez y abre la puerta a Nicaragua
Infolatam
Montevideo, 11 agosto 2011

Las claves
La ALADI, que tiene su sede permanente en Montevideo, está integrada por Argentina, Bolivia, Brasil, Colombia, Cuba, Chile, Ecuador, México, Paraguay, Perú, Uruguay y Venezuela como miembros plenos. Panamá está en etapa de concretar su adhesión, ya aprobada.
El Consejo de Ministros de la Asociación Latinoamericana de Integración (ALADI) eligió hoy al ex vicepresidente argentino (1999-2000) Carlos ‘Chacho’ Álvarez para regir los destinos de la organización durante los próximos tres años y le abrió la puerta a Nicaragua para ser nuevo miembro.

Los participantes en la reunión, con Álvarez a la cabeza, hicieron hincapié en que la actual crisis internacional hace que la integración de América Latina cobre mayor importancia y en la necesidad de que los países de la región incrementen su comercio y tomen sus propias decisiones sin imposiciones desde afuera.

‘Hay que vigorizar los organismos de integración que tenemos en América Latina y el Caribe. Tenemos buenas perspectivas y podemos ser optimistas’, afirmó el nuevo secretario general de ALADI.

Álvarez destacó que en los últimos tiempos ‘todos los países de la región están revalorizando la pertenencia a América Latina, contrariamente a lo que pasó tiempo atrás cuando se miraba más hacia los países desarrollados’.

La crisis económica internacional ‘nos hace a todos reflexionar y le da aún mas importancia a la construcción de espacio común latinoamericano’, aseguró.

En el encuentro participaron los ministros de Relaciones Exteriores de Argentina, Héctor Timerman, y Venezuela, Nicolás Maduro, así como Luis Almagro, de Uruguay, que fue elegido para presidir el Consejo de Ministros.

El canciller argentino pidió a los países de América Latina y el Caribe que a la hora de decidir su comercio miren hacia sus vecinos y también que se preparen para impedir que la crisis global afecte a la región.

La crisis económica internacional que vive Estados Unidos y Europa ‘no ha llegado a nuestras costas’ pero ‘debemos empezar a tomar medidas para evitar que una crisis con origen fuera de la región nos doblegue, como sucedió en el pasado’, afirmó Timerman.

‘Una de esas formas de trabajar es tomar medidas juntos, decidir de forma conjunta cuales son los mejores mecanismo para aliviar los posibles efectos y seguir creciendo’, destacó.

Timerman también hizo hincapié en la necesidad de reforzar el comercio entre países de América Latina y el Caribe.

‘No tenemos que ir a buscar fuera lo que tenemos en la región’, afirmó Timerman

El canciller venezolano por su parte afirmó que los países de América Latina y el Caribe están creciendo a pesar de la crisis económica internacional, porque ‘después de muchos años fueron capaces de elegir su camino sin que se les imponga desde fuera’.

‘Si damos una mirada a veinte, quince o diez años atrás veremos que la región estaba sometida a fórmulas extrañas e intereses distintos a los de nuestros pueblos’, afirmó Maduro.

La región ‘recibía recetas económicas y programas de ajustes que fueron desindustrializando y destruyendo el aparato económico de nuestros países’, agregó.

Pero en los últimos tiempos, la región ‘con gobiernos de diversa ideología ha venido tomando un camino de construcción de un pensamiento propio para afrontar los retos económicos’.

‘En buena medida esa decisión le ha permitido hacer frente con éxito a la tremenda crisis económica que sufre el capitalismo en Estados Unidos y en Europa’, aseguró el canciller venezolano.

El Consejo de Ministros aprobó además la adhesión de Nicaragua al organismo lo que le abre la puerta para ser en un futuro miembro pleno.

La ALADI, que tiene su sede permanente en Montevideo, está integrada por Argentina, Bolivia, Brasil, Colombia, Cuba, Chile, Ecuador, México, Paraguay, Perú, Uruguay y Venezuela como miembros plenos. Panamá está en etapa de concretar su adhesión, ya aprobada.

Brics: "milagre" chegando ao fim - Satyajit Das

Um crítico crítico (se me permitem a redundância) dos queridinhos do momento dos economistas e contestadores da arrogância imperial. Não creio que ele tenha razão inteiramente, mas muito do que ele diz parece coerente com os dados da realidade.
Paulo Roberto de Almeida

ENTREVISTA
Satyajit Das, economista, autor do best-seller "Traders, Guns & Money"
"O milagre dos BRICS está chegando ao fim"
Para indiano, Brasil terá de adotar medidas adicionais de controle de capital e de estimulo à economia doméstica
O Estado de S.Paulo, 12/08/2011

Se o ministro da Fazenda, Guido Mantega, chamou de guerra cambial as ações dos governos mundiais que culminaram com um real sobrevalorizado, o que se verá no curto prazo será uma conflagração bem mais sangrenta, feroz e de custos elevados para os países exportadores de commodities, como o Brasil.

O alerta é do indiano Satyajit Das, 53 anos, autor de Traders, Guns & Money, o best-seller que elucidou os bastidores do mundo dos derivativos, muitos dos quais deram origem à bolha de crédito nos EUA. Das trabalhou por mais de 33 anos em grandes instituições financeiras internacionais, entre elas a Merrill Lynch e o Citicorp (antes da fusão com o Travelers Group, tornando-se Citigroup).

Na opinião de Das, o acirramento da guerra cambial virá dos EUA, por meio da desvalorização do dólar. E a desaceleração da maior economia global deve acabar com o "milagre" do Brics, grupo formado por Brasil, Rússia, Índia, China e, agora, também a África do Sul.

A seguir, trechos da entrevista concedida à Agência Estado.

Qual será o impacto sobre o Brasil de uma desaceleração econômica forte nos EUA e Europa?

O milagre dos Brics está chegando ao fim. O que as pessoas esquecem é que os Brics se beneficiaram do crescimento mundial para elevar suas exportações. Embora o Brasil tenha um mercado doméstico bem mais desenvolvido do que outros Brics, o País ainda depende muito do capital estrangeiro. A escassez do capital estrangeiro e a falta do crescimento das exportações por causa da desaceleração mundial vai afetar todos os Brics, embora de forma diferente. O Brasil, por sua vez, se beneficiou da injeção de liquidez em razão dos gastos orçamentários nos EUA nos últimos anos, mas isso também teve um lado nocivo: a baixa taxa de juros americana traduziu-se em pressões no câmbio e mais inflação. E os EUA vão sair dessa situação via desvalorização do dólar. E, se o seu ministro da Fazenda (Guido Mantega) já falou em guerra cambial, ele não viu nada: o que aconteceu foi apenas um prelúdio. Não chegamos ao primeiro ato dessa ópera. Vai acontecer ainda uma guerra cambial e comercial feroz. Será cada país por si.

Há como o Brasil evitar isso?

Não, porque vocês são uma nação exportadora muito grande. Sua economia foi desenhada ao redor do negócio de exportação de commodities, e vai crescer mais ainda como exportadora quando os campos de petróleo do pré-sal, como o Tupi, entrarem em operação.

E o real, que muitos dizem estar até 40% sobrevalorizado, continuará se valorizando?

Sim, absolutamente. O real vai continuar se fortalecendo porque não tem nada a ver com o real, e sim com a fraqueza do dólar. O Brasil mantém taxas de juros elevadas e o Federal Reserve (Fed) permanece injetando dinheiro no sistema financeiro para manter o dólar desvalorizado pois é a única forma de os EUA pagarem sua dívida.

O Brasil tem sido agressivo no controle de capital estrangeiro. Isso deve ser reforçado?

Lógico, especialmente o de curto prazo. Nesse cenário que descrevo, os países precisam de controle de capital, de desenvolver a economia doméstica e de se certificar de que o envolvimento do capital estrangeiro seja bem controlado, pois o capital estrangeiro pode ser muito perigoso neste momento.

Os EUA resvalaram novamente para uma recessão?

Se os EUA estão ou não na chamada recessão técnica, ou seja, dois trimestres seguidos de desempenho econômico abaixo de zero, não quer dizer nada. O que está em jogo é o seguinte: se quisermos sair dessa situação de superendividamento mundial, é preciso um crescimento econômico forte e também de inflação, os quais não existem (nos países desenvolvidos).

Foi o rebaixamento da nota de risco soberano dos EUA pela S&P que provocou turbulência no mercado financeiro mundial?

A queda forte nos mercados não tem nada a ver com a S&P e o rebaixamento dos EUA. O fato é que as pessoas estão acordando para o fato de que o mundo tem muita dívida e desde a crise financeira de 2008 não foi feito nada para diminuí-la. O que os reguladores e as autoridades econômicas mundiais fizeram foi pôr "band-aid" num ferimento feito por bala de revólver. Eles injetaram mais dinheiro no sistema.

Postagem em destaque

Livro Marxismo e Socialismo finalmente disponível - Paulo Roberto de Almeida

Meu mais recente livro – que não tem nada a ver com o governo atual ou com sua diplomacia esquizofrênica, já vou logo avisando – ficou final...