sexta-feira, 26 de agosto de 2011

MDIC muda norma de aplicação antidumping (para pior, suponho...)

MDIC muda norma de aplicação antidumping
DCI, 26/08/2011

O Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) irá alterar o decreto que regulamenta os procedimentos relativos à aplicação de medidas antidumping. A medida faz parte do esforço do governo para reforçar a área de defesa comercial. O MDIC publicará hoje, no Diário Oficial da União, portaria abrindo consulta pública para colher sugestões das entidades empresariais para a revisão da norma. O decreto tem mais de 15 anos e precisa ser adequado à realidade atual do comércio exterior.

Bem, digamos que a "realidade atual" do comércio exterior brasileiro seja de perda de competitividade dos produtos brasileiros e crescimento potencial, ainda que setorial (ou seja, não atingindo o agronegócio) da defasagem entre importações e exportações, com possível decréscimo do superávit na balança comercial e eventual surgimento de algum déficit no futuro mediato.
Vocês acham que isso se deve à tal de "concorrência predatória" de produtos importados (leia-se chineses) ou ao chamado "custo Brasil". O que os chineses (ou os americanos e europeus) têm a ver com a nossa absurda carga tributários, nossos juros elevadíssimos, com o peso da nossa burocracia infernal, com os enormes gastos públicos inúteis (quando não contaminados por desperdício e corrupção), com o déficit orçamentário, com as estrada esburacadas e o custo das comunicações, enfim por todas as mazelas made in Brazil?
Vocês acham que um antidumping reforçado, ou seja, protecionista, vai resolver algum desses problemas?
Ganha um livro quem me provar que sim...
Paulo Roberto de Almeida

O galã brega do Magreb e a dama de ferro do Imperio: ligações desamorosas...

Leio a manchete:

Kadafi escondia fotografias de Condoleezza Rice

Vejo a foto:
Sergey Ponomarev/AP
Álbum de fotos foi encontrado por rebeldes líbios ao entrarem no palácio de Muammar Kadafi

E fico imaginando como o ditador brega, com ar de Cauby Peixoto do deserto, imaginava coisas, no recesso de um de seus redutos secretos, em torno de sua admirada dama de ferro do império, quem sabe até pensando em afinidades extra-políticas e em vínculos perigosos.
Também fico pensando onde estará aquela "blonde plantureuse", a tal enfermeira ucraniana, que deveria dar de mamar ao ditador maluco em vista de seus atributos, digamos, portentosos...
Poupem a loira, rebeldes. Ela não tinha nada a ver com política...
Suas artes eram outras...
Paulo Roberto de Almeida

Kadafi escondia álbum de fotos de Condoleezza Rice em seu palácio
Efe, 26 de agosto de 2011 | 1h 04

Fotografias foram descobertas por rebeldes líbios; em entrevista cedida em 2007, líder líbio confessa se sentir orgulhoso por ela 'ser uma mulher negra de origem africana'

WASHINGTON - O líder líbio Muammar Kadafi escondia em seu palácio um álbum de fotos da ex-secretária de Estado dos Estados Unidos, Condoleezza Rice.

A imprensa deu destaque na quinta-feira, 25, para as fotografias de um álbum descoberto pelos rebeldes líbios ao entrar no palácio que revela que a paixão de Kadafi por Condoleezza ia além das palavras que já havia dedicado a ela em público.

Em uma entrevista à rede de televisão Al Jazeera em 2007 - um ano antes da visita histórica que a chefe da diplomacia americana fez à Líbia-, Kadafi declarou sua admiração pela americana.

"Admiro a forma como se reclina e dá ordens aos líderes árabes... Leezza, Leezza, Leezza. Gosto muito dela. Me sinto orgulhoso porque ela é uma mulher negra de origem africana", disse o ditador na ocasião.

No álbum, que alguns meios de comunicação compararam aos que um adolescente guarda de seu ídolo musical, podem ser vistas fotografias oficiais de Rice em eventos públicos, algumas em primeiríssimo plano.

Perguntada sobre a coleção de fotos do líder líbio, a porta-voz do Departamento de Estado, Victoria Nuland, reconheceu que não as viu, mas acredita que também não necessita fazê-lo "para definir como excêntrico e repulsivo o comportamento de Kadafi".

Em setembro de 2008, Condoleezza Rice realizou uma viagem oficial a Trípoli, a primeira de um secretário de Estado em 55 anos, depois que em 1953 o então titular desse cargo, John Foster Dulles, se encontrou com o rei líbio Idris.

Durante a visita, Kadafi rompeu o jejum do Ramadã para jantar com Condoleezza e presenteou a convidada com lembranças avaliadas em até US$ 212 mil.

Entre os presentes havia um anel com um diamante, um alaúde acompanhado de um DVD, um cadeado com uma foto de Kadafi no interior e uma cópia do "Livro Verde da Revolução" com uma dedicatória na qual o ditador expressava seu "respeito e admiração" por ela.

Muito mais discreta, Condoleezza entregou a Kadafi um prato com o selo dos EUA. Além disso, devido à estrita política do Departamento de Estado, a então secretária não pôde aceitar os presentes.

Segundo o jornal Huffington Post, Kadafi não é o único que tinha uma queda por Condoleezza: o ex-ministro de Relações Exteriores do Canadá, Peter McKay; o ex- ministro de Exteriores britânico, Jack Straw; e o ex-ministro de Relações Exteriores italiano, Massimo D'Alema, também sentiram mais que admiração pela política americana.

Reaganomics vs Obamanomics: a recuperacao e a "afundacao" - Wall Street Journal

OK, concordo, o Wall Street Journal é suspeito para comparar dois presidentes e duas crises. Afinal de contas, se trata do jornal mais desavergonhadamente capitalista que existe, o mais eloquente defensor da economia de mercado e de políticas liberais, o maior inimigo das "bondades" social-democratas que políticos (de diversas afiliações, aliás) adoram promover em nome do povo (e com o dinheiro do próprio, claro), enfim, o jornal mais conservador (alguns diriam reacionário) que possa haver no coração do capitalismo financeiro do império.
E, no entanto, se trata do jornal mais favorável à competição, ao jogo limpo dos governos, que não hesita em denunciar um "inside job" quando vê isso ocorrer na "indústria" de Wall Street, que proclama as virtudes do liberalismo puro e duro, que exalta os valores do trabalho e da acumulação, em face do distributivismo improdutivo, enfim, o jornal que defende seus princípios, e estes são, simplesmente, o capitalismo e a economia de mercado.
Sendo tudo isso, o jornal também é escrupulosamente partidário da verdade informativa, pela maior competição possível entre os meios de comunicação, tem uma rede de correspondentes e free lancers all over the world -- não esqueçamos de Daniel Pearl, que investigava a Al Qaeda no Paquistão, e que foi covardemente assassinado por terroristas imbecis -- e que não tem medo de defender esses princípios mesmo contra Washingron e metade de Wall Street.
Enfim, tudo isso para introduzir esta comparação feita por umn de seus editorialistas entre os resultados das políticas econômicas respectivas do presidente Reagan (1980-1988) e do presidente Barak Obama (2009-2012), ambos navegando em águas turbulentas, na sequência de crises herdadas de seus antecessores. A comparação pode ser um pouco forçada, mas, libertando-se das peias mentais, que colocam um no "neoliberalismo" (um conceito desonesto, idiota, simplifcador e que designa simplesmente uma realidade que não existe) e o outro numa suposta "economia do bem-estar", vale a pena deter-se nos números e nos resultados efetivos.

Bem, qual a lição que se deve tirar desse debate, ou que pelo menos eu tiro dessa leitura? Para mim, se trata da "vingança" de Jean-Baptiste Say contra John Maynard Keynes, ou seja, a preeminência da chamada "Lei de Say" -- a oferta cria sua própria demanda" -- sobre a suposta "lei" de Keynes, a tal de "manutenção da demanda agregada", que nada mais é do que o meu, o seu, o nosso dinheiro mal gasto pelo poder público para criar uma suposta demanda que vai "alimentar" a economia. Mas se o governo tira dinheiro dos cidadãos, como é que ele espera depois que esses mesmos cidadãos passem a comprar ou a investir? Os keynesianos não se conformam com a "manutenção da propensão a poupar" dos cidadãos e com a falta de "espírito animal" nos capitalistas, mas se esquecem que os governos fazem tudo o contrário do que deveriam fazer...
Paulo Roberto de Almeida
PS.: Não sei se o editorialista cometeu um erro de digitação no título, ou o próprio jornal, pois o título original era: "Obamanonics vs. Reaganomics"; corrigi "Obamanonics" para "Obamanomics", mas talvez a intenção do autor fosse mesmo de (des)caracterizar a economia política de Obama como uma "Obamanonics". Seja como for, o artigo é mais importante do que o título...

Obamanomics vs. Reaganomics
By STEPHEN MOORE
The Wall Street Journal, August 26, 2011

One program for recovery worked, and the other hasn't.

If you really want to light the fuse of a liberal Democrat, compare Barack Obama's economic performance after 30 months in office with that of Ronald Reagan. It's not at all flattering for Mr. Obama.

The two presidents have a lot in common. Both inherited an American economy in collapse. And both applied daring, expensive remedies. Mr. Reagan passed the biggest tax cut ever, combined with an agenda of deregulation, monetary restraint and spending controls. Mr. Obama, of course, has given us a $1 trillion spending stimulus.

By the end of the summer of Reagan's third year in office, the economy was soaring. The GDP growth rate was 5% and racing toward 7%, even 8% growth. In 1983 and '84 output was growing so fast the biggest worry was that the economy would "overheat." In the summer of 2011 we have an economy limping along at barely 1% growth and by some indications headed toward a "double-dip" recession. By the end of Reagan's first term, it was Morning in America. Today there is gloomy talk of America in its twilight.

My purpose here is not more Reagan idolatry, but to point out an incontrovertible truth: One program for recovery worked, and the other hasn't.

The Reagan philosophy was to incentivize production—i.e., the "supply side" of the economy—by lowering restraints on business expansion and investment. This was done by slashing marginal income tax rates, eliminating regulatory high hurdles, and reining in inflation with a tighter monetary policy.
Ronald Reagan talks taxes, 1981.

The Keynesians in the early 1980s assured us that the Reagan expansion would not and could not happen. Rapid growth with new jobs and falling rates of inflation (to 4% in 1983 from 13% in 1980) is an impossibility in Keynesian textbooks. If you increase demand, prices go up. If you increase supply—as Reagan did—prices go down.

The Godfather of the neo-Keynesians, Paul Samuelson, was the lead critic of the supposed follies of Reaganomics. He wrote in a 1980 Newsweek column that to slay the inflation monster would take "five to ten years of austerity," with unemployment of 8% or 9% and real output of "barely 1 or 2 percent." Reaganomics was routinely ridiculed in the media, especially in the 1982 recession. That was the year MIT economist Lester Thurow famously said, "The engines of economic growth have shut down here and across the globe, and they are likely to stay that way for years to come."

The economy would soon take flight for more than 80 consecutive months. Then the Reagan critics declared what they once thought couldn't work was actually a textbook Keynesian expansion fueled by budget deficits of $200 billion a year, or about 4%-5% of GDP.

Robert Reich, now at the University of California, Berkeley, explained that "The recession of 1981-82 was so severe that the bounce back has been vigorous." Paul Krugman wrote in 2004 that the Reagan boom was really nothing special because: "You see, rapid growth is normal when an economy is bouncing back from a deep slump."

Mr. Krugman was, for once, at least partly right. How could Reagan not look good after four years of Jimmy Carter's economic malpractice?

Fast-forward to today. Mr. Obama is running deficits of $1.3 trillion, or 8%-9% of GDP. If the Reagan deficits powered the '80s expansion, the Obama deficits—twice as large—should have the U.S. sprinting at Olympic speed.

The left has now embraced a new theory to explain why the Obama spending hasn't worked. The answer is contained in the book "This Time Is Different," by economists Carmen Reinhart and Kenneth Rogoff. Published in 2009, the book examines centuries of recessions and depressions world-wide. The authors conclude that it takes nations much longer—six years or more—to recover from financial crises and the popping of asset bubbles than from typical recessions.

In any case, what Reagan inherited was arguably a more severe financial crisis than what was dropped in Mr. Obama's lap. You don't believe it? From 1967 to 1982 stocks lost two-thirds of their value relative to inflation, according to a new report from Laffer Associates. That mass liquidation of wealth was a first-rate financial calamity. And tell me that 20% mortgage interest rates, as we saw in the 1970s, aren't indicative of a monetary-policy meltdown.

There is something that is genuinely different this time. It isn't the nature of the crisis Mr. Obama inherited, but the nature of his policy prescriptions. Reagan applied tax cuts and other policies that, yes, took the deficit to unchartered peacetime highs.

But that borrowing financed a remarkable and prolonged economic expansion and a victory against the Evil Empire in the Cold War. What exactly have Mr. Obama's deficits gotten us?

Mr. Moore is a member of the Journal's editorial board.

EConomia e reformas no Brasil: entrevista com Rubens Antonio Barbosa

No Diário do Comércio e Indústria, neste link: http://www.scribd.com/doc/62619196/Especial-da-Semana-com-Rubens-Barbosa-Ex-embaixador-do-Brasil-nos-Estados-Unidos-e-Inglaterra

Entrevista com o Embaixador Rubens Antônio Barbosa
DCI, ESPECIAL DA SEMANA - Sexta-feira, 19 de agosto de 2011

ENTREVISTA
Para o ex-embaixador Rubens Barbosa, é hora de o País findar o ciclo de reformas
Roberto Müller Filho; Liliana Lavoratti
(aqui)

A tragedia educacional brasileira: nao existe nenhum risco de melhorar nos proximos 20 ou 30 anos...

Sou, como muita gente sabe, moderadamente pessimista quanto aos rumos da economia brasileira. Acredito -- não, tenho certeza -- que vamos continuar crescendo a taxas medíocres e acumulando desequilíbrios, desequilíbrios e desigualdades pelo futuro previsível, isso se não ocorrer um desastre maior, mas em princípio acho que vamos apenas continuar na mediocridade de crescimento.
Agora, quanto a educação eu sou ABSOLUTAMENTE pessimista, e continuo mais pessimista ainda, se ouso dizer, ou seja, sou crescentemente pessimista. Acredito que a coisa ainda vai piorar muito, e que não há NENHUM risco de melhorar no futuro previsível, e até onde a vista nem alcança...
Este é o resultado de uma das mais pavorosas deformações da sociedade brasileira, e a tragédia se completa pois praticamente ninguém, salvo meia dúzia de alucinados -- como eu e este jornalista abaixo, Reinaldo Azevedo -- percebe a tragédia em CONSOLIDAÇÃO.
Bem, vou parar de lamentar e simplesmente postar a matéria e o comentário.
Paulo Roberto de Almeida

A miséria da educação no Brasil. Ou: O país que não está nos discursos
Reinaldo Azevedo, 25/08/2011 16:13:21

Do Portal G1:
Uma avaliação feita com alunos que cursaram em 2010 o 3º ano do ensino fundamental de escolas públicas e privadas do país mostra que menos da metade (42,8%) das crianças aprendeu o mínimo do que era esperado no conteúdo de matemática para este nível do ensino.

O resultado da Prova ABC (Avaliação Brasileira do Final do Ciclo de Alfabetização) mostrou ainda que 56,1% dos alunos aprenderam o que era esperado em leitura, e 53,4% dos estudantes tiveram desempenho dentro do esperado em redação.

Os dados acima consideram a média entre alunos de escolas públicas e privadas. Entretanto, o levantamento registrou diferença significativa no desempenho entre estudantes dos dois grupos. (Veja tabela abaixo)
A avaliação foi feita com alunos do 3º ano do ensino fundamental; ele é o equivalente à 2ª série do antigo ensino primário. Nessa fase, os alunos têm, em média, oito anos.

A Prova ABC mostra ainda uma grande variação entre as regiões do país e as redes de ensino (pública e privada). Sul e Sudeste obtiveram os melhores desempenhos, enquanto Norte e Nordeste mostraram as piores avaliações.

A prova foi aplicada no primeiro semestre deste ano para cerca de 6 mil alunos de escolas municipais, estaduais e particulares de todas as capitais do país para medir seu conhecimento do conteúdo até o 3º ano. A avaliação foi elaborada em uma parceria do Todos Pela Educação com o Instituto Paulo Montenegro /Ibope, a Fundação Cesgranrio e o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep).

Cada criança respondeu a 20 itens (questões de múltipla escolha) de leitura ou de matemática (o aluno fez testes de apenas uma das duas áreas). Além disso, todas elas escreveram uma breve redação, a partir de um tema único. O objetivo foi avaliar o nível de conhecimento adquirido pelos alunos ao final do terceiro ano, que representa o fim do ciclo básico de alfabetização.

Matemática
Na prova de matemática, o objetivo era obter no mínimo 175 pontos para mostrar domínio da adição e subtração e conseguir resolver problemas envolvendo, por exemplo, notas e moedas. Estes 175 pontos correspondem ao conhecimento esperado dos alunos desta série segundo escala do Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb).

No total, 42,8% do total das crianças tendo aprendido o que era esperado para esta etapa do ensino em matemática. A média nacional foi de 171,1 pontos, sendo que entre os alunos da rede privada foi de 211,2 pontos, a da rede pública ficou em 158,0 pontos.
“As pessoas acham que alfabetização é apenas saber ler e escrever. Tem que se pensar na alfabetização numérica também, precisamos desde cedo que nossas crianças saibam as operações básicas de matemática”, diz o professor Ruben Klein, da Cesgranrio. “Para que o país possa ter conhecimento tecnológico e formar engenheiros é preciso desde cedo ter uma boa formação em matemática.”

A média de 42 pontos percentuais entre os alunos da rede pública e os da rede privada chamou a atenção na pesquisa.

Os pesquisadores destacam a preocupação em se corrigir o problema ainda na educação básica. “A tendência é este desempenho piorar nas séries mais avançadas”, diz Klein. “Pesquisa com estudantes que estão terminando o ensino médio mostra que só 11% atingem o conhecimento mínimo em matemática.”

Leitura
Na prova de leitura, os alunos, entre outras tarefas, tinham que identificar temas de uma narrativa, localizar informações, identificar características de personagens e perceber relações de causa e efeito contidas nestas narrativas. A média foi de 185,8 pontos na escala, sendo 216,7 pontos entre alunos da rede privada e 175,8 pontos para estudantes da rede pública. A médica nacional (incluindo escolas públicas e privadas) foi de 56,1%

Escrita
Na prova avaliação de escrita, a média esperada do desempenho dos alunos na redação era de 75 pontos. A média nacional ficou em 68,1 pontos, sendo a média das escolas públicas de 62,3 pontos e a das privadas 86,2 pontos.
“Todas as crianças deveriam atingir 100% de aproveitamento. É um direito básico de educação”, afirma Priscila Cruz, diretora executiva do Todos Pela Educação. “É preciso um investimento pesado na formação de professores e na educação infantil. Para reduzir a desigualdade social é também preciso reduzir esta desigualdade educacional.

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A doença da educação brasileira é ideológica. E seu nome é “petismo”
Reinaldo Azevedo, 25/08/2011

No post das 16h13, há um retrato do ensino no Brasil, revelado pela Prova ABC. É uma vergonha! Digam o que disserem, acreditem: não chegamos a isso por falta de verba. Dada a realidade do país, o Brasil gasta bastante com a educação. Não dispomos é de mecanismos eficazes para avaliar a qualidade do trabalho feito nas escolas e intervir para corrigir as deficiências.

Sempre que o debate é colocado, tudo termina na ladainha sindical de sempre: se os professores fossem mais bem pagos, tudo seria diferente. Essa é uma das falácias mais influentes no setor. Seria estúpido afirmar que salários maiores fariam mal aos alunos — e, com efeito, há realidades dramáticas em certas áreas do país. A verdade insofismável, no entanto, é que o aumento da remuneração poderia fazer bem aos professores sem mudar uma vírgula na qualidade de ensino.

Há um coquetel de problemas que resulta nesse desastre. Embora tenham naturezas distintas, têm algo em comum: desprezam o aluno, que deixou de ser o centro da preocupação das escolas — em especial, dos educadores. Vamos ver. Os estados e municípios, pouco importa o salário que paguem, não dispõem de mecanismos para promover os competentes e punir os incompetentes.

O estado de São Paulo, na gestão Serra, instituiu um sistema de promoção salarial por mérito. A escola melhorou, provaram os exames. Os petista-cutistas da Apeoesp foram às ruas protestar. Chegaram a queimar livros didáticos em praça pública, os fascistas! Neste momento, a Apeoesp tenta negociar com a Secretaria da Educação o fim do modelo. Os valentes não querem saber de mérito. Eles gostam é do demérito que iguala todos por baixo. Os alunos que se danem! No Brasil inteiro, a educação é refém da militância política, especialmente a petista — quando não está entregue a radicais à esquerda do PT.

Embora as escolas privadas não sejam lá grande coisa, já demonstraram alguns outros indicadores, a Prova ABC evidencia que o desempenho dos estudantes dessas instituições é muito superior ao das escolas públicas. A razão é simples: a cobrança é maior.

O ensino — também em boa parte das escolas privadas, note-se — está corroído por uma doença ideológica. Boa parte dos “educadores” acredita que sua função não é ensinar português, matemática e ciências, mas princípios de cidadania, com o objetivo de formar “indivíduos conscientes”. Alunos seriam pessoas “oprimidas”, que precisam passar por um processo de “libertação”. O mal que a paulo-freirização fez à escola levará gerações para ser superado. Todos os mitos ideológicos que Paulo Freire criou com seu método de alfabetização de adultos foram transferidos para a educação de crianças e jovens. O resultado é devastador. Escrevo sobre esse assunto há anos. Era um dos temas recorrentes da revista e site Primeira Leitura.

À pedagogia “libertadora” de Paulo Freire se juntou, mais recentemente, a turma da “pedagogia do amor”, de que Gabriel Chalita é um dos formuladores. Em vez de educar, o professor liberta; em vez de educar, o professor ama. Se toda essa conversa mole der errado, há o risco até de a escola ensinar alguma coisa. O fato é que o cruzamento de Freire com Chalita resulta em ignorância propositiva e amorosa.

Enquanto objetivos claros não forem estabelecidos e enquanto as várias esferas do estado não dispuserem de instrumentos de intervenção para exigir qualidade, podem esquecer. A reação bucéfala às medidas modernizadoras implementadas pelo governo Serra, em São Paulo, demonstra que a raiz do problema é, sim, ideológica. O sindicato dos professores foi usado como mero instrumento da luta política. De dia, a presidente da entidade, a notória Bebel, fazia passeata; à noite, encontrava-se com Dilma Rousseff, candidata do PT à Presidência, e era tratada como heroína.

E uma última questão por ora: deixem um pouco o sociologismo fora disso. Essa conversa de que é impossível ensinar alunos com fome, vindos de lares desestruturados etc. não cola mais. A fome é exceção no Brasil. A imensa maioria das famílias pobres é mais organizada e hierarquizada do que as de classe média e média-alta — o tal “povo” é bastante conservador nessas coisas. Desorganizado e desestruturado, no que concerne à educação, é o estado brasileiro.

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Mercosul: selecao de trabalhos de Paulo Roberto de Almeida

Seleção de trabalhos sobre o Mercosul
Paulo Roberto de Almeida.
Compilação efetuada em 24/08/2011

http://www.pralmeida.org/05DocsPRA/110824MercosulWorks.pdf

2258. “Desenvolvimento histórico do Mercosul: panorama de 20 anos”, revista Digesto Econômico (ano LXVI, n. 463, março-abril-maio 2011, p. 68-82; ISSN: 0101-4218). Relação de Publicados n. 1038.

2247. “Seria o Mercosul reversível?: Especulações teóricas sobre trajetórias alternativas concretas”, Revista Universitas Relações Internacionais (vol. 9, n. 1, jan.-jun. 2011, p, 39-71; ISSN: 1807-2135; link: http://www.publicacoesacademicas.uniceub.br/index.php/relacoesinternacionais/article/view/1360/1288). Relação de Publicados n. 1036.

2025. “Percalços da integração”, Conjuntura Econômica (Rio de Janeiro: FGV, vol. 63, n. 09, setembro 2009, ISSN: 0010-5945; p. 58-61); em inglês: “Brazilian Foreign Relations with South America and USA”, The Brazilian Economy: Economy, Politics and Policy Issues (FGV, Brazilian Institute of Economics: vol. 1, n. 8, September 2009) p. 30-33. Postado no website pessoal (link: http://www.pralmeida.org/05DocsPRA/2025BrazEconSept09PRAlm.pdf). Relação de Publicados n. 925.

1996. “Brazil’s role in South America and in the global arena”, Urbana, 13 abril 2009, 7 p. Answers to questions presented by M.A. Candidate 2010 of the Latin American & Hemispheric Studies Elliott School of International Affairs - George Washington University. Blog Diplomatizzando (13.04.2009; link: http://diplomatizzando.blogspot.com/2009/04/1063-turismo-academico-13-brazils-role.html).

1994. “O nascimento do Mercosul: impacto do Nafta e dos Estados Unidos”, Urbana, Illinois, 5-6 abril 2009, 10 p. Answers to questions presented PhD candidate – UnB. Blog Diplomatizzando (16.04.2009; link: http://diplomatizzando.blogspot.com/2009/04/1066-o-nascimento-do-mercosul-impacto.html#links).

1974. “O Mercosul na sua fase ascendente”, Brasília, 4-12 de janeiro de 2009, 5 p. Resenha de Renato L. R. Marques: Mercosul 1989-1999: depoimentos de um negociador (Kiev: s.e., 2008, 280 p; ISBN: 978-966-171-170-1). Divulgada no blog de Book Reviews (14.01.2009; link: http://praresenhas.blogspot.com/2009/01/213-mercosul-depoimento-de-um-dos-pais.html#links).

1972. “L’intégration de l’Amérique du Sud: une perspective historique et un bilan”. In: Christian Girault (éd.). Intégrations em Amérique du Sud (Paris: Presses Sorbonne Nouvelle, 2009, 286 p.; ISBN: 978-2-87854-473-2; p. 23-37); link: http://www.pralmeida.org/01Livros/2FramesBooks/Integration2009.html. “A integração na América do Sul em perspectiva histórica: um balanço”, Espaço da Sophia (Tomazina – PR, ISSN: 1981-318X, Ano 2, n. 23, p. 1-17, fevereiro de 2009; edição eletrônica; link: http://www.espacodasophia.com.br/publicacoes/doc_view/146-a-integracao-na-america-do-sul-em-perspectiva-historica-um-balanco?tmpl=component&format=raw). Relação de Publicados n. 893 e 936.

1889. “O regionalismo latino-americano no confronto com o modelo europeu: uma perspectiva histórica de seu desenvolvimento”, Brasília, 17 maio 2008, 34 p. Resumo do trabalho 1844. Revista Novos Estudos Jurídicos (Programa de Pós-Graduação em Ciência Jurídica da Universidade do Vale do Itajaí, Univali; vol. 14, n. 1, 2009, p. 127-146; links: http://siaiweb06.univali.br/seer/index.php/nej/article/view/1626/1332; ficha do trabalho: http://br.vlex.com/vid/regionalismo-latino-confronto-europeu-66330099). Relação de Publicados n. 890.

1842. “Uma pesquisa sobre o Mercosul: sua possível evolução até 2011 e 2021”, Espaço Acadêmico (ano 7, n. 79; ISSN: 1519-6186; dezembro 2007; link: http://www.espacoacademico.com.br/079/79pra.htm). Relação de Publicados n. 801.

1835 “Mercosul: uma avaliação retrospectiva e uma visão prospectiva”, in: Anais: VII Encontro Nacional de Estudos Estratégicos (06 a 08 de novembro de 2007). Brasília: Presidência da República, Gabinete de Segurança Institucional, 2008, vol. 2, ISBN: 978-85-85142-23-0, p. 495-515). Relação de Publicados nºs 871 e 872. Livros Coletivos 69. “Limites do Mercosul no sistema internacional: passado recente e perspectivas futuras” In: Anais: VII Encontro Nacional de Estudos Estratégicos (06 a 08 de novembro de 2007). Brasília: Presidência da República, Gabinete de Segurança Institucional, 2008, vol. 2, ISBN: 978-85-85142-23-0, p. 65-72 e 78-81 (debate). Livros Coletivos 68.

1820. “Mercosul e América do Sul na visão estratégica brasileira: revisão histórica e perspectivas para o futuro”, revista Asteriskos (Corunha; IGESIP, vol. 4, ns. 7-8, 2009, p. 155-185; ISSN: 1886-5860; disponível no site: http://www.pralmeida.org/05DocsPRA/1820AsteriskosMercosul.pdf). Relação de Publicados n. 889.

1738. “Quinze anos de Mercosul” [Resenha de Rubens Antônio Barbosa (org.). Mercosul quinze anos (São Paulo: Fundação Memorial da América Latina- Imprensa Oficial do Estado, 2007, 304 p.)], Desafios do Desenvolvimento (ano 4, n. 33, 10 abril 2007, p. ; link: http://desafios2.ipea.gov.br/desafios/edicoes/33/artigo47023-1.php). Publicada em versão completa, como “Mercosul aborrecente” no site Parlata )2007; link: http://www.parlata.com.br/parlata_indica.php?id_geral=82). Relação de Publicados nº 758.

1734. “Sete teses impertinentes sobre o Mercosul”, Via Política (22.04.2007; link: http://www.viapolitica.com.br/diplomatizando_view.php?id_diplomatizando=36). Relação de Publicados nº 760.

1728. “Insegurança jurídica no Mercosul” [Nota sobre o livro de Otávio Augusto Drummond Cançado Trindade: O Mercosul no Direito Brasileiro: incorporação de normas e segurança jurídica (Belo Horizonte: Del Rey, 2007, 180 p.)], Relação de Publicados nº 771.

1710. “Mercosul: uma revisão histórica e uma visão de futuro”, Meridiano 47 (nr. 77, dezembro 2006, p. 7-17; ISSN: 1518-1219; link: http://meridiano47.info/2006/12/). Republicado In: Rubens A. Barbosa (organizador): Mercosul revisitado (São Paulo: Fundação Memorial da América Latina, 2007, 80 p.; Coleção Cadernos da América Latina; p. 57-75). Relação de Publicados n. 727.

1554. “La dimension sociale de l’intégration en Amérique du Sud: politiques stratégiques et options sociales”, in “Symposium de Haut Niveau sur les Dimensions Sociales des processus d’intégration régionale” (Paris: Unesco, série Multilatéralisme régional, n. 6, 15 p.; SHS-2006/WS/MR/6; http://unesdoc.unesco.org/images/0014/001462/146221F.pdf). Relação de Publicados n. 691.

1550. “Problemas conjunturais e estruturais da integração na América do Sul: a trajetória do Mercosul desde suas origens até 2006”, Meridiano 47 (Brasília, IBRI, n. 68, mar. 2006, p. 4-9). Relação de Publicados n. 635.

1459. “O Mercosul não é para principiantes: sete teses na linha do bom senso”, Espaço Acadêmico (Maringá, a. VI, n. 53, out. 2005; http://www.espacoacademico.com.br/053/53almeida.htm). Relação de Publicados n. 590.

1091. “O Brasil e o processo de formação de blocos econômicos: conceito e história, com aplicação aos casos do Mercosul e da Alca”, in Eduardo Biacchi Gomes e Tarcísio Hardman Reis (orgs.), Globalização e o Comércio Internacional no Direito da Integração (São Paulo: Editora Aduaneiras, 2005; p. 17-38). Relação de Publicados n. 562. “

850b. Mercosul em sua primeira década (1991-2001): uma avaliação política a partir do Brasil, INTAL-BID, (Buenos Aires: Documento de Divulgação nº 14, Série INTAL/ITD/STA, Divisão de Integração, Comércio e Assuntos Hemisféricos, Unidade de Estatística e Análise Quantitiva, Abril 2002, 64 p.; disponível no link http://www.iadb.org/intal/publicaciones/deAlmeida_DD14.pdf. Relação de Publicados nº 313.

850. “Mercosul: antecedentes, desenvolvimento e crise: uma avaliação analítico-descritiva do período 1986-2002”, revista Impulso (Piracicaba, SP: Editora Unimep, ISSN: 0103-7676; vol. 13, nº 31, maio-agosto 2002, pp. 9-45). Relação Publicados nº 353.

798. “O Mercosul e a Alca na perpectiva do Brasil: uma avaliação política sobre possíveis estratégias de atuação”, in Marcos Cintra e Carlos Henrique Cardim (orgs.), O Brasil e a Alca: seminário (Brasília: Câmara dos Deputados, Coordenação de Publicações: Instituto de Pesquisa de Relações Internacionais, 2002; ISBN: 85-7365-188-1, pp. 97-110; link: http://www.pralmeida.org/01Livros/2FramesBooks/60BrasilAlcaCD2002.html). Publicado na versão original no livro Wagner Menezes (org.), O Direito Internacional no Cenário Contemporâneo (Curitiba: Editora Juruá, 2002, pp. ). Republicado na revista Aldea Mundo (San Cristóbal, Venezuela: Centro de Estudios de Fronteras e Integración (CEFI) da Universidad de los Andes, 1995; ISSN: 1316-6727; ano VI, nº 12, noviembre 2001-abril 2002, pp. 85-95; link: http://www.saber.ula.ve/cgi-win/be_alex.exe?Acceso=T016300001299/8&Nombrebd=SSABER). Relação de Publicados nº 335.

793. Trajetória do Mercosul em sua primeira década (1991-2001): uma avaliação política a partir do Brasil, in Luiz Otávio Pimentel (org.), Direito da Integração: Estudos em Homenagem a Werter R. Faria (Curitiba: Juruá, 2001, 2 v., ISBN 85-7394-855-8; II, p. 305-362). Relação de Publicados n. 283.

792. Mercosul e Alca na perspectiva brasileira: alternativas excludentes?, in Marcos da Costa Lima (org.), O Lugar da América do Sul na Nova Ordem Mundial (São Paulo-Recife: Cortez Editora-FAPEPE, 2001, p. 53-69). Relação de Publicados n. 285.

769. Dez Anos de Mercosul: uma visão brasileira, revista Scientia Juris (Londrina: UEL-CESA, Curso de Mestrado em Direito Negocial, v. IV, 2000, p. 19-50). Relação de Publicados n. 263.

727. Le Mercosud: un marché commun pour l’Amérique du Sud, Paris: L’Harmattan, 2000. Relação de Publicados n. 256.

701. A Experiência de Integração Europeia e a Evolução do Mercosul, Civitas, Revista de Ciências Sociais (Porto Alegre: PPGCS/PUC-RS, a. I, n. 1, jun. 2001, p. 37-53; ISSN: 1519-6089). Relação de Publicados n. 289.

689. O futuro do Mercosul: Os desafios da agenda interna e da liberalização hemisférica, in Marcos Costa Lima e Marcelo de Almeida Medeiros (orgs.), O Mercosul no limiar do século XXI (São Paulo: Cortez; Buenos Aires: CLACSO, 2000, p. 17-26; ISBN 85-249-0749-5). Relação de Publicados n. 261.

686. “Problemas da Integração no Mercosul: Obstáculos Estruturais e Conflitos Negociais”, in Araminta de Azevedo Mercadante e José Carlos de Magalhães (coords.). Solução e Prevenção de Litígios Internacionais, volume II (São Paulo: NECIN-CAPES; Porto Alegre: Livraria do Advogado, 1999), pp. 469-492. Relação de Publicados nº 246..

674. “Dilemas da soberania no Mercosul: supranacional ou intergovernamental?”, In PIDIG, Programa Interdisciplinar Direito e Globalização, UERJ: Anuário: Direito e Globalizacao, 1: A Soberania. Rio de Janeiro: Editora Renovar, 1999; dossiê coordenado por Celso de Albuquerque Mello; pp. 239-261. Relação de Publicados n° 240.

667. O Brasil e o futuro do Mercosul: dilemas e opções in Paulo Borba Casella (coord.), Mercosul: integração regional e globalização (Rio de Janeiro: Renovar, 2000, p. 13-38). Relação de Publicados n. 251.

651. Mercosul, Nafta e Alca: a dimensão social (São Paulo: LTr, 1999, em coordenação com Yves Chaloult). Relação de Publicados nº 236.

628. Mercosul: Fundamentos e Perspectivas (São Paulo: Editora LTr, 1998, 160 pp). Relação de Publicados n. 227.

612. “O Mercosul no contexto global” in Celso Ribeiro Bastos, Cláudio Finkelstein (coords.), Mercosul. Lições do Período de Transitoriedade (São Paulo: Instituto Brasileiro de Direito Constitucional, 1998, pp. 109-135). Relação de Publicados nº 233b.

559. “O Mercosul e os processos de integração nas Américas no contexto do sistema econômico internacional: uma cronologia comentada”, Boletim de Diplomacia Econômica (Brasília: Ministério das Relações Exteriores, SGIE/GETEC: nº 20/21, 1996/97, pp. 70-76). Relação de Publicados nº 205.

474. L’Intégration latino-américaine et le Mercosud (Paris: Ambassade du Brésil, avril 1995, 68 pp). Brochura sobre o contexto histórico e institucional do processo de integração regional e o Mercosul. Relação de Publicados n° 176.

441. “Mercosul e União Européia: Vidas Paralelas?”, Boletim de Integração Latino-Americana (Brasília: n° 14, julho-agosto-setembro de 1994, pp. 16-25). Relação de Publicados n° 161.

416. “O Brasil e o Mercosul em Face do NAFTA”, Política Externa (São Paulo: vol. 3, nº 1, junho-julho-agosto 1994, pp. 84-96). Republicado, sob o título “Brasil y el Mercosur de Cara al TLC”, nos Cuadernos de Marcha (Montevideo: nº 100, dic. 1995, p. 29-37; ISBN: 0797-2350; referido no Handbook of Latin American Studies, Volume: 57; HLAS Item#: bi 96003830). Relação de Publicados nº 158.

348. O Mercosul no contexto regional e internacional (São Paulo: Edições Aduaneiras, 1993, 204 p.). Relação de Publicados nº 141.

320. “Apresentação”, in José Angelo Estrella Faria, O Mercosul: Princípios, Finalidade e Alcance do Tratado de Assunção (Brasília: NAT/SGIE/MRE, 1993), pp. vii-x.; Publicados n. 123.

Existem mais: www.pralmeida.org

Profecias nao realizadas: megatendencias que fizeram chabu - Foreign Policy en Espanol

Pronto: vou desistir de fazer minhas "previsões imprevidentes" (se bem que estas são para coisas que realmente NÃO vão acontecer). Depois dessa ducha fria de previsões fracassadas, acho melhor aposentar minha pouco promissora carreira de profeta do futuro. Vou ficar com o passado, que tampouco é seguro, mas pelo menos os mortos não vão poder mais reclamar comigo, só os seus sucessores...
Paulo Roberto de Almeida

MEGATENDENCIAS QUE NO ERAN TALES
Joshua Keating
Foreign Policy en Español, agosto 2011

Un repaso a las grandes novedades más vaticinadas, desde el ascenso de Japón a la escasez de recursos.

Del ascenso del resto a las guerras por los recursos, pontificar sobre las grandes tendencias que darán forma al futuro de la política y la economía globales se ha convertido en un gran negocio. Pero la historia puede ser terriblemente cruel con los expertos con bola de cristal. Cualquier cosa, desde una inundación de las que ocurren una vez cada siglo al suicidio de un vendedor de fruta tunecino, puede desbaratar creencias aceptadas durante décadas. Como muestran los siguientes ejemplos, la gran novedad de hoy puede convertirse rápidamente en una tendencia que nunca fue tal, mañana.

La superpotencia japonesa
Los paranoicos de China deben tener cuidado: esta no es la primera vez que EE UU se ha sentido amenazado por una potencia en ascenso procedente de Oriente. En la década de 1980 y principios de los 90, cuando la producción industrial de Japón aumentaba en más de un 50%, nació una industria casera que pronosticaba el predominio económico de este país, que comenzó con el best seller de 1979 de Ezra Vogel, Japan as Number One. Los ejecutivos estadounidenses acudían en manada a seminarios sobre las prácticas niponas en los negocios, mientras acontecimientos reales como la compra por Japón del Rockefeller Center en 1989 y escenarios ficticios como la novela de Michael Crichton de 1992 Rising Sun elevaban lo japonés a la categoría de hombre del saco nacional.

Por supuesto, justo cuando la moda de Japón alcanzó su punto álgido, el país entraba en su década perdida de estancamiento económico. Aunque el imperio el sol naciente todavía era uno de los países más ricos del mundo, fue adelantado por China como la segunda mayor economía en 2010.

El permanente ‘boom’ económico
Sólo hay dos cosas que pueden predecirse sobre los mercados. En primer lugar, que son impredecibles; en segundo lugar, que siempre hay alguien que predice que los buenos tiempos no tienen por qué que terminar. El optimismo desenfrenado ha sido una característica integral del negocio financiero desde que los holandeses padecieran la famosa “locura del tulipán” en el siglo XVII, y era muy evidente en los momentos previos a la actual crisis financiera, cuando los expertos depositaron una fe excesiva en el poder del comercio informatizado, la “innovación financiera” y la burbuja del mercado de la vivienda.

El promedio del índice industrial Dow Jones nunca superó el pico de 2007 de 14,164.53, pero el libro36.000 Dow, de James Glassman y Kevin Hassett, no fue el crimen más atroz, sólo el más conocido; otros dos volúmenes prometieron, en 1999, un Dow a 40.000 y un Dow a 100.000. Podemos citar también a David Lereah, antiguo miembro de la Asociación Nacional de Inmobiliarias y autor, en 2005, de Are you missing the Real Estate boom? (¿Echa de menos el boom inmobiliario?).

Hoy en día, están más de moda títulos pesimistas como Caída libre de Stiglitz y The Great Stagnation de Tyler Cowen. Esperemos que el tiempo sea tan cruel con sus autores como con sus desbocados predecesores.

El pico del petróleo
Es cierto que hay una cantidad finita de crudo en el planeta y que va a agotarse antes o después. Pero determinar la fecha en que comenzará la disminución de la producción mundial ha resultado ser más difícil de lo esperado. En 1956, el geofísico M. King Hubbert creó un modelo ─ahora conocido como pico de Hubbert─ que predijo que la producción global de petróleo alcanzaría su cénit a principios de la década de 1970. No fue así.

Los teóricos del pico del petróleo no tuvieron en cuenta el descubrimiento de nuevos yacimientos de oro negro y los nuevos medios de extracción de reservas difíciles de recuperar, enterradas a gran profundidad bajo el océano o en arenas alquitranadas de la tundra canadiense. En realidad, en los últimos veinte años, las reservas probadas a escala mundial han aumentado en más de 380.000 millones de barriles.

Pese a que los teóricos del pico del petróleo van cambiando la fecha en la que llegaremos al pico de Hubbert ─desde hace cuatro décadas hasta el año próximo─ la teoría sigue siendo popular. Su defensor más destacado en los últimos años fue el fallecido inversor en energías de Texas Matthew Simmons, quien sostuvo que las reservas de Arabia Saudí son mucho más reducidas de lo que se ha reconocido y que es inminente un shock global del crudo. De hecho, hay dudas sobre las reservas saudíes ─a diferencia de otros petroestados, el reino árabe no permite que sus campos sean auditados de forma independiente─ pero los precios del petróleo, aunque han permanecido volátiles, no han vuelto a los niveles previos a la recesión.
Sin duda, tiene sentido buscar alternativas a los combustibles fósiles, pero tratar de determinar con precisión la fecha del apocalipsis petrolífero no parece la mejor manera de fomentarlo.

La escasez de recursos
En 1798, el erudito inglés Thomas Malthus escribió Ensayo sobre el principio de la población, en el que predecía que las enfermedades y el hambre globales acabarían limitando el crecimiento de la población humana. Aunque la población mundial ha aumentado más de seis veces y media desde los tiempos de Malthus, las mejoras en los rendimientos de los cultivos y la salud humana han evitado que sus terribles predicciones se hicieran realidad.

El defensor moderno más conocido del pensamiento maltusiano tal vez sea el biólogo Paul Ehrlich, autor de La bomba demográfica, en 1968, obra en la que advertía de la hambruna y la catástrofe global inminentes a causa del rápido crecimiento demográfico. Ehrlich perdió, también, una de las apuestas más famosas de la historia, cuando apostó contra el profesor de negocios Julian Simon, en 1980, que los precios de cinco metales muy empleados subirían enormemente durante la siguiente década, debido al aumento de la demanda. A pesar de que la población presentaba un rápido crecimiento, los precios de los metales cayeron y Ehrlich perdió la apuesta.

La 'Internetmanía'
‘Comprar’ predicciones demasiado optimistas puede ser peligroso. Pero un excesivo escepticismo también tiene riesgos, sobre todo cuando se trata de tecnología. Por cada enloquecido sueño sobre coches voladores y comida en pastilla, hay aguafiestas como el empresario británico Alan Sugar, quien predijo in 2005 que el iPod estaría kaput en un año, o el entonces presidente de IBM, Thomas Watson, que en 1943 previó que el mercado global de ordenadores sería de “tal vez cinco ordenadores”.
Tomemos el caso del astrónomo y popular autor de obras de ciencia-ficción Clifford Stoll, quien, en su libro de 1995 Silicon Snake Oil y en un artículo en Newsweek se burló de la idea de que “pronto compraremos libros y periódicos directamente por Internet” y sostuvo que “ninguna base de datos online sustituirá nuestro diario”. Citó como prueba que este “centro comercial local hace más negocio en una tarde que todo Internet en un mes”. A veces compensa creerse la propaganda.

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Meu mais recente livro – que não tem nada a ver com o governo atual ou com sua diplomacia esquizofrênica, já vou logo avisando – ficou final...