sábado, 21 de dezembro de 2013

A monopolizacao da politica pelos totalitarios - Demetrio Magnoli

DEMÉTRIO MAGNOLI
O Globo, 19/12/2013'

“As manifestações da população nas ruas mostraram que há uma crise muito profunda no modelo de representatividade. A origem desse mal está no sistema eleitoral”.
Desse diagnóstico, expresso por seu presidente, Marcus Vinicius Coelho, a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) extraiu a ação de inconstitucionalidade contra o financiamento empresarial de campanha em julgamento no STF.

A OAB alega defender um princípio político, mas, de fato, promove um fim partidário: a instauração do financiamento público de campanha. Nesse passo, a entidade dos advogados rebaixa-se à condição de linha auxiliar do PT e agrava o mal que reivindica combater.
“O poder emana do povo, não das empresas”, proclamou o eloquente Coelho, argumentando que o financiamento empresarial viola o princípio da igualdade política e inclina as eleições na direção do dinheiro.
Na prática, não é bem assim: os empresários doam para todos os partidos relevantes e são mais generosos com aqueles que ocupam o poder, como evidenciam as prestações de contas do PT nas campanhas de 2006 e 2010. Contudo, em tese, o argumento filosófico tem valor: a sociedade política é constituída por cidadãos, não por companhias.
O problema é que, entre os inúmeros princípios constitucionais violados por nosso sistema eleitoral, a OAB selecionou caprichosamente apenas um — e isso converte em vício a aparente virtude de seu impulso reformista.
Nas eleições de 2010, 98% das receitas de Dilma e Serra originaram-se de pessoas jurídicas. Sem uma reforma política e eleitoral, o vácuo nos cofres partidários gerado pela proibição de doações empresariais empurrará o Congresso à aprovação do financiamento público — coincidentemente, uma proposta do PT que não obteve apoio parlamentar.
No fim do arco-íris, a ação movida pela OAB completará a estatização dos partidos políticos, tornando-os ainda menos permeáveis à vontade dos cidadãos. O indômito Coelho que invoca a “população nas ruas” serve, efetivamente, aos interesses dos políticos nos gabinetes — e tem especial apreço por certos gabinetes.
No seu principismo seletivo, a OAB ignorou o princípio da liberdade partidária. O Brasil tem cerca de três dezenas de partidos, mas não tem liberdade partidária. Por aqui, curiosamente, um tribunal especializado decide sobre a existência legal de um partido com base em regras arcanas sobre números e distribuição geográfica de assinaturas.
A recusa do registro da Rede, de Marina Silva, equivale à cassação da expressão partidária de uma vasta parcela do eleitorado. Coelho não enxerga nesse escândalo uma flagrante inconstitucionalidade. É que os doutos líderes da entidade dos advogados concordam com o traço mais antidemocrático de nosso sistema eleitoral: a natureza compulsoriamente estatal dos partidos políticos.
A Justiça Eleitoral, uma herança do varguismo, cumpre essencialmente a função de oficializar os partidos políticos, um ato que lhes abre as portas para o acesso a recursos públicos (o Fundo Partidário e o horário de propaganda eletrônica). Daí deriva o dinamismo da indústria de criação de partidos, tão ativa quanto a de fundação de sindicatos e igrejas.
Um partido é um negócio, que se faz às custas do bolso de contribuintes indefesos. Mas, na santa indignação de Coelho, a invocação do “povo” não passa de uma estratégia retórica. “O poder emana do Estado e dos partidos, não do povo” — diria o presidente da OAB se ousasse ser sincero.
No seu principismo seletivo, a OAB ignorou, ainda, o princípio da liberdade de consciência. A substituição do financiamento empresarial de campanha pelo financiamento público, o fruto provável da ação dos ínclitos advogados, agride diretamente o direito dos cidadãos de não contribuírem com partidos que não representam sua visão de mundo.
Diga-me, Coelho: por que devo transferir dinheiro para um anacrônico defensor da ditadura militar, como Jair Bolsonaro, ou para um partido que celebra figuras condenadas por corrupção no STF, como o PT?
A OAB ilude os incautos quando alega se insurgir contra o atual sistema eleitoral. De fato, ao empurrar o Congresso para a alternativa do financiamento público, o que faz é completar o edifício político e jurídico da estatização dos partidos.
Nesse passo, os partidos alcançam uma “liberdade” absoluta — isto é, libertam-se inteiramente da necessidade de obter apoio financeiro dos eleitores. Não, Coelho, não venha com esse papo de “povo”: a ação que a OAB patrocina é uma oferenda à elite política e um escárnio do conceito de representação.
Uma reforma democrática do sistema eleitoral solicitaria enfrentar o conjunto das violações de princípios que formam a cena desoladora repudiada pelas “manifestações da população nas ruas”. Intelectualmente, é fácil imaginar um sistema decente.
Elimine-se a Justiça Eleitoral: qualquer grupo de cidadãos deve ter o direito de formar um partido e disputar eleições. Fora com o Fundo Partidário: partidos são entes privados e, portanto, devem se financiar junto a seus apoiadores. Fora com as coligações proporcionais: partidos servem para veicular programas, não para comercializar minutos na televisão. Abaixo as campanhas milionárias: voto distrital misto e limitação obrigatória dos custos de propaganda política. Só nesse contexto seria apropriado proibir o financiamento empresarial de campanha e estabelecer limites razoáveis para contribuições privadas.
Na prática, uma reforma segundo essas linhas enfrenta ferrenha resistência da elite política, que se beneficia das inúmeras distorções de nosso sistema eleitoral. Os políticos não querem abrir mão das benesses estatais e dos truques que lhes permitem escapar do escrutínio dos eleitores.

Meses atrás, o castelo no qual se entrincheiram foi assediado pelas manifestações de rua. Para sorte deles, e azar nosso, a OAB de Coelho decidiu erguer uma paliçada defensiva.

Companheiros combatem seriamente o desemprego, deles mesmos - Augusto Nunes

Correto, Mateus: primeiro os teus...
Paulo Roberto de Almeida

Augusto Nunes, 20/12/2013

Que Bolsa Família, que nada: nenhum programa assistencial deu tão certo quanto o Desemprego Zero para a Companheirada, informa o balanço do projeto concebido em 2003 para garantir um bom salário mensal a todo brasileiro filiado ao Partido dos Trabalhadores. O sucesso foi tão extraordinário que, passados 11 anos, o petista desempregado sumiu. Ou é uma espécie extinta ou se tornou invisível. Faz tempo que busco em vão enxergar remanescentes da tribo. Não conheço nenhum. Nem sei de alguém que conheça.
A filiação ao PT dispensa o companheiro do aflitivo garimpo de vagas no mercado de trabalho. O emprego vem junto com a carteirinha de filiado (à disposição dos interessados por módicos R$3,50). Basta a exibição do documento para que o portador dê um jeito na vida e um fim nas inquietações financeiras. Sem concursos, exames ou avaliações de qualquer gênero, porque o currículo dos novos servidores da nação é irrelevante. Sejam gênios da raça ou cretinos fundamentais, doutores de verdade ou doutoras dilmas, primeiros da classe ou ignorantes sem cura, há sempre lugar para mais alguns no mamute estatal.
Eles mordem o dinheiro dos pagadores de impostos no Planalto, no Congresso, no Judiciário, nos ministérios, no Banco do Brasil, na Caixa Econômica, na Petrobras, no pré-sal, na empresa que promete parir um trem-bala, nas agências reguladoras, nas administrações estaduais, nas prefeituras, nas ONGs exploradas por comparsas, nos blogs estatizados, nos Correios, nos aeroportos, no Ibama, no Incra ─ os roedores dos cofres públicos estão por toda parte. Nem o mais remoto cafundó do Estado-patrâo escapou do aparelhamento indecente, repulsivo, criminoso.
O IBGE acaba de informar que, em novembro, os desempregados na Grande São Paulo somavam cerca de 1 milhão. É provável que muitos votem no PT. Mas não existe nessa imensidão de brasileiros um único e escasso petista de carteirinha. É compreensível que a hipótese da derrota de Dilma Rousseff em outubro de 2014 tire o sono, o que resta de pudor e o pouco juízo dos ineptos assombrados pela demissão. Perder a eleição é muito ruim. Perder o salário é um pesadelo, principalmente quando não se tem para onde ir.

Como Lula em 2006 e a atual presidente em 2010, Dilma não vai apenas liderar uma campanha eleitoral. Vai sobretudo comandar uma guerra contra o desemprego no PT. É mais que uma batalha eleitoral. É uma luta pela sobrevivência.

Carga fiscal aumenta mesmo com crescimento baixo: voracidade do Estado nao tem limites

Carga tributária cresce pelo 3º ano seguido e chega a 35,85% do PIB

Dado divulgado nesta sexta-feira pela Receita Federal é referente a 2012; arrecadação cresceu mais que a economia no ano passado


20 de dezembro de 2013 | 17h 17
Ayr Aliski, da Agência Estado, e Economia & Negócios
BRASÍLIA - A carga tributária bruta em 2012 foi de 35,85% do Produto Interno Bruto (PIB), ante 35,31% em 2011. Trata-se da terceira alta seguida (veja o gráfico acima). O dado foi divulgado nesta sexta-feira, 20, pela Receita Federal. Já a carga tributária líquida foi de 19,82% no ano passado, ante 20,17% em 2011.
Segundo explica a Receita, a alta de 0,54 ponto porcentual na carga tributária bruta de 2012 em relação a 2011 resulta da combinação dos crescimentos, em termos reais, de 1,0% do PIB e de 2,44% da arrecadação tributária nos três níveis de governo (municipal, estadual e federal). A Receita Tributária total do ano passado foi de R$ 1,574 trilhão, frente a um PIB de R$ 4,392 trilhão. De todo esse conjunto, fatia de 69,05% ficou com a União (R$ 1,087 trilhão); parcela de 25,16% foi para os Estados (R$ 396 bilhões); e 5,79%, com os municípios (R$ 91 bilhões).
A Secretaria de Política Econômica, por sua vez, informa que a carga tributária líquida de 2012 foi de 19,82%; ante 20,17% em 2011. "Esta queda, explicada pelo fato das transferências (TAPS) terem crescimento mais que a carga tributária bruta, se deve principalmente à ampliação da rede de proteção social no Brasil, que inclui a política de valorização do salário mínimo,que elevou o seu valor em 14,1% em 2012 em relação a 2011, e a ampliação da cobertura dos programas sociais", cita nota da SPE sobre o tema.
A carga tributária líquida é definida como o valor da totalidade dos impostos, taxas e contribuições arrecadadas pelo governo, deduzido dos subsídios ao setor privado e das transferências previdenciárias, assistenciais e subsídios, efetuadas pelo governo às famílias e às instituições privadas sem fins lucrativos, explica a Secretaria de Política Econômica. As transferências para a Previdência e Assistência Social e Subsídios (TAPS) em 2012 representaram 16,03% do PIB, ante 15,14% em 2011.

Economia brasileira: companheiros continuam asfixiando, sufocando oempresariado...

... com seu instrumento fascista por excelência.
Paulo Roberto de Almeida 

Carga tributária bruta em 2012 foi 35,85% do PIB

A alta se deve à combinação dos crescimentos do PIB e da arrecadação tributária nos três níveis de governo

Produção de cédulas de notas de 20 reais na Casa da Moeda no Rio de Janeiro
A carga tributária líquida é definida como o valor da totalidade dos impostos, taxas e contribuições arrecadadas pelo governo (Marcelo Sayão/EFE)
A carga tributária bruta em 2012 foi de 35,85% do Produto Interno Bruto (PIB), ante 35,31% em 2011. O dado foi divulgado nesta sexta-feira pela Receita Federal. Já a carga tributária líquida foi de 19,82% no ano passado, ante 20,17% em 2011.
Segundo explica a Receita, a alta de 0,54 ponto porcentual na carga tributária bruta de 2012 em relação a 2011 resulta da combinação dos crescimentos, em termos reais, de 1,0% do PIB e de 2,44% da arrecadação tributária nos três níveis de governo (municipal, estadual e federal). A Receita Tributária total do ano passado foi de 1,574 trilhão de reais, frente a um PIB de 4,392 trilhão. De todo esse conjunto, uma fatia de 69,05% ficou com a União (1,087 trilhão de reais); uma parcela de 25,16% foi para os Estados (396 bilhões); e 5,79%, com os municípios (91 bilhões).
"Esta queda, explicada pelo fato das transferências (TAPS) terem crescimento mais que a carga tributária bruta, se deve principalmente à ampliação da rede de proteção social no Brasil, que inclui a política de valorização do salário mínimo, que elevou o seu valor em 14,1% em 2012 em relação a 2011, e a ampliação da cobertura dos programas sociais", cita nota da SPE sobre o tema.
A carga tributária líquida é definida como o valor da totalidade dos impostos, taxas e contribuições arrecadadas pelo governo, deduzido dos subsídios ao setor privado e das transferências previdenciárias, assistenciais e subsídios, efetuadas pelo governo às famílias e às instituições privadas sem fins lucrativos, explica a Secretaria de Política Econômica. As transferências para a Previdência e Assistência Social e Subsídios (TAPS) em 2012 representaram 16,03% do PIB, ante 15,14% em 2011.

sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

Drogas, sexo e... tango!: Aprovechen hermanos!

A Argentina, dos malucos peronistas, já aprovou três ou quatro congelamentos de preços neste ano da (des)graça de 2013, sempre para, supostamente, combater a inflação, que insiste em mostrar a cabeça, tronco e as quatro patas, a desgraçada.
Pois bem, neste último congelamento, segundo li na imprensa e ouvi na rádio, entre os 180 itens que tiveram seus preços tabelados e inamovíveis até março de 2014, todos de absoluta necessidade para a vida diária (e noturna também), figuram camisinhas de latex (não especificaram a marca, tipo, cor, textura ou sabor), e se supõe que sejam realmente itens de primeira necessidade, absolutamente indispensáveis na vida diária (em grande medida noturna, suponho).
Sortudos argentinos: vão poder fazer amor mais baratinho por pelo menos três meses, mas não tenho certeza: a primeira coisa que ocorre nesse tipo de medida idiota é a busca frenética e depois a ruptura de estoques, seguida de mercado negro e penúria, neste caso perigosa, pois o barato pode acabar saindo caro, no médio ou no longo prazo.
Por isso, divirtam-se argentinos, enquanto podem; depois, tudo ficará mais caro ou será impossível encontrar. 
Aos estoques hermanos, de todos los sexos. 
Atenção à Aids: sexo seguro é sempre melhor, mas não sei se com os peronistas isso é possível...
Paulo Roberto de Almeida 
Trata-se do terceiro congelamento anunciado em 2013 para tentar frear a aceleração da inflação, que já acumula alta anual de quase 27%, conforme estimativas de institutos privados

Paraguai, o rato que ruge, e o Mercosul que mia

América Latina

Paraguai volta ao Mercosul sem acatar todos os protocolos

País não irá respeitar o acordo de Ushuaia II, que estipula sanções no "caso de ruptura da ordem democrática" entre integrantes do bloco

Horacio Cartes, presidente do Paraguai
Horacio Cartes, presidente do Paraguai (Andrés Cristaldo/EFE)
O governo do Paraguai esclareceu nesta quinta-feira que o regresso do país ao Mercosul não implica na aceitação do que foi decidido durante sua ausência do bloco. "O Paraguai se reserva alguns direitos, como ignorar a vigência do Protocolo de Ushuaia II", destacou o texto da chancelaria de Assunção. O Protocolo de Ushuaia II, firmado no dia 20 de dezembro de 2011 na Cúpula de Montevidéu, se refere à aplicação de sanções no "caso de ruptura ou ameaça da ordem democrática" entre os integrantes do bloco.
Tais sanções podem suspender o direito de participar de distintos órgãos do Mercosul no processo de integração, como o fechamento das fronteiras, limitação do tráfego aéreo e marítimo, suspensão das comunicações e fornecimento de energia, e sanções políticas e diplomáticas. O Paraguai firmou o tratado Ushuaia I, a chamada Cláusula Democrática do Mercosul, que determina a exclusão do bloco do país que viole a ordem democrática.

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Senado do Paraguai aprova entrada da Venezuela no Mercosul

Dilma recebe Cartes e defende volta do Paraguai ao Mercosul
Na cúpula de junho de 2012, três integrantes do Mercosul: Brasil, Argentina e Uruguai decidiramsuspender o Paraguai, o quarto sócio pleno do grupo, devido ao impeachment relâmpago do presidente Fernando Lugo, e imediatamente depois a Venezuela foi incorporada.
O ingresso da Venezuela no bloco estava exatamente bloqueado pela falta de aprovação do Senado paraguaio, uma condição prevista nos estatutos do Mercosul. Em 18 de dezembro passado, a Câmara dos Deputados do Paraguai aprovou, de forma definitiva, oprotocolo de adesão da Venezuela ao Mercosul, retirando também uma declaração de "persona non grata" que mantinha desde 2012 contra o atual presidente venezuelano, Nicolás Maduro.
(Com agência France-Presse)

"Querida: encolheram o meu salario!" - Chefe da quadrilha tem de darcalote nas cinco ex-mulheres...

Pois é: com toda essa perseguição do politicamente correto, mesmo entre juízes complacentes (e coniventes), não vai dar para pagar todas as ex-mulheres, mais vinhos, charutos, advogados, hoteis-resorts, enfim, essas coisas simples da vida.
Ser perseguido deve ser terrível, sobretudo para quem tem vocação de Stalin...
Mas se ele for bom bibliotecário, posso pensar em contratá-lo para organizar os meus livros, que estão uma bagunça. Não tenho nada dele, mas alguns marxistas, isso tenho.
Paulo Roberto de Almeida 

Mensalão

Dirceu receberá R$ 2.100 para trabalhar em escritório 

O mensaleiro será responsável pela organização e manutenção de biblioteca jurídica. Pedido de emprego ainda será analisado pela Justiça

O ex-ministro José Dirceu em 2012
O ex-ministro José Dirceu em 2012 ( Lúcio Tavora/A Tarde/AE)
José Dirceu tem uma nova proposta de trabalho. O ex-ministro da Casa Civil, apontado comolíder do esquema do mensalão, recebeu proposta de trabalho, e aceitou. Dessa vez o empregador de Dirceu será o escritório José Gerardo Grossi de Advocacia. O salário oferecido dessa vez será de 2.100 reais, quase dez vezes menos do que a proposta anterior oferecida ao mensaleiro pelo Saint Peter Hotel, em Brasília, que era de 20.000 reais mensais.
A oferta de emprego foi apresentada por escrito pelo próprio Grossi, em carta ao criminalista José Luís Oliveira Lima, advogado de Dirceu. Grossi, de 81 anos, informa na proposta de trabalho que o ex-ministro "se encarregará da organização e manutenção da biblioteca jurídica, da eventual pesquisa de jurisprudência e de colaboração na parte administrativa". O horário de trabalho é das 8 às 18 horas. A oferta de emprego foi entregue à Vara de Execuções Penais nesta quinta-feira.
Caso a Justiça aprove o pedido, Dirceu dará expediente no Setor Bancário Sul em Brasília. A correspondência de Grossi foi anexada à petição que Oliveira Lima entregou à Justiça, por meio da qual requer "autorização para exercício de trabalho externo" em favor de Dirceu. No requerimento, Oliveira Lima e Dall'Acqua, advogados que defendem o mensaleiro, pedem que seja concedida prioridade no trâmite da execução penal do ex-ministro.
Clientes e amigos - O escritório de advocacia que ofereceu trabalho ao mensaleiro não o afastará do convívio com os antigos colegas e amigos do governo. Entre os clientes atendidos pelo escritório estão o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Semiaberto - O argumento de Oliveira Lima e de seu colega, Rodrigo Dall'Acqua, que defendem o ex-ministro, é que ele cumpre pena de 7 anos e 11 meses pelo crime de corrupção ativa. Essa pena garantiria ao réu regime semiaberto e a possibilidade de realizar trabalhos externos ao presídio da Papuda, onde ele está encarcerado. A outra acusação que pesa contra Dirceu, pelo crime de quadrilha, é alvo de recurso ainda pendente de julgamento pelo Supremo Tribunal Federal que deverá ser julgado apenas no segundo semestre de 2014.
Concierge barrado - A proposta para que Dirceu exercesse a função de gerente administrativo no Saint Peter naufragou no dia 5 de dezembro, depois de uma série de denúncias veiculadas na imprensa sobre a existência de um laranja residente no Panamá na constituição societária do hotel. A defesa anunciou a desistência "tendo em vista o linchamento midiático instalado contra José Dirceu".

Postagem em destaque

Livro Marxismo e Socialismo finalmente disponível - Paulo Roberto de Almeida

Meu mais recente livro – que não tem nada a ver com o governo atual ou com sua diplomacia esquizofrênica, já vou logo avisando – ficou final...