Temas de relações internacionais, de política externa e de diplomacia brasileira, com ênfase em políticas econômicas, viagens, livros e cultura em geral. Um quilombo de resistência intelectual em defesa da racionalidade, da inteligência e das liberdades democráticas. Ver também minha página: www.pralmeida.net (em construção).
domingo, 5 de julho de 2015
Impeachment: mais proximo do que vcs pensam
sábado, 4 de julho de 2015
Livros Paulo Roberto de Almeida: consolidando a informacao
O Panorama visto em Mundorama
Paralelos com Meridiano 47
Nunca Antes na Diplomacia: a política externa brasileira em tempos não convencionais
Integração Regional: uma introdução
Globalizando: ensaios sobre a globalização e a antiglobalização
Relações Internacionais e Política Externa do Brasil: a diplomacia brasileira no contexto da globalização
Livros de P. R. de Almeida: uma resenha de Fabio Ribeiro
Diplomacia sem frescura e com inteligência
A diplomacia brasileira sempre foi uma referência no teatro internacional. Muitos diplomatas brasileiros se tornaram verdadeiros heróis de guerras de bastidores, sem contar na defesa de milhares de pessoas e na liberdade e desenvolvimento de novos países.
Referência e respeito, sempre foi assim para a diplomacia brasileira, por mais que nos últimos anos, manchas surreais feriram a honra do legado de Rio Branco.
Outro ponto importante na história da diplomacia brasileira está na sua formação. Tanto a academia de diplomatas como as formações superiores podem ser consideradas as verdadeiras “Think Tank” no Brasil. O conhecimento produzido é vasto, seja pela academia como também pela produção individual de diversos diplomatas. Conteúdo da melhor safra para a diplomacia mundial, os diplomatas brasileiros se encerem no rol de grandes textos e conhecimentos que formam a inteligência na arte da diplomacia.
Com vasta inteligência, estratégia, diplomacia e prudência, sem contar arrojo internacional, o diplomata Paulo Roberto de Almeida é um dos profissionais da arte diplomática que contribui para este cenário.
Com as suas obras a diplomacia brasileira ganhou um patamar superior de inteligência, e com certeza, sem frescuras. Doutor em Ciências Sociais e Mestre em Planejamento Econômico, o diplomata também foi professor no Instituto Rio Branco e na Universidade de Brasília. Como diplomata serviu em diversos postos no exterior, e hoje é editor adjunto da Revista Brasileira de Política Internacional.
Recentemente lançou uma obra que apresenta o cenário da diplomacia e sua verdadeira realidade. “Nunca antes na diplomacia… – a política externa brasileira em tempos não convencionais” publicado pela Editora Appris, Paulo Roberto de Almeida apresentou um cenário real dos caminhos, e descaminhos, da diplomacia nacional. Como em uma citação de George Orwell na abertura do livro que Paulo Roberto de Almeida apresenta, “em tempos de grandes mentiras, o ato de falar a verdade torna-se revolucionário”, a obra é revolucionária para muitos irreais governantes que não entendem, ou não dão a devida atenção às questões de política externa.
Na mesma linha criativa e inteligente, sem perder a diplomacia, Paulo Roberto de Almeida lançou, através de edição própria, dois grandes livros que todo estudante de política internacional, diplomacia, estratégia e inteligência estratégica deveriam ter como referência e cabeceira.
As obras “O panorama visto em Mundorama – ensaios irreverentes e não autorizados” e “Paralelos com o Meridiano 47 – ensaios longitudinais e de ampla latitude” formam uma excelência em altos estudos de diplomacia, estratégia e inteligência. Publicadas este ano pela Editora Hartford em Edição do Autor, as obras constituem um conjunto de experiências na diplomacia e na política, e de uma forma geral, como realmente a política nacional precisa entender a política externa.
Em “O panorama visto em Mundorama – ensaios irreverentes e não autorizados” Paulo Roberto de Almeida revê loucuras diplomáticas de um Estado que se perdeu, ou melhor, que morreu mas esqueceram de enterrar. Com análises cirúrgicas e cenários conscientes de uma verdade diplomacia, Paulo Roberto de Almeida disseca a realidade, e até mesmo o futuro que possa acontecer, da diplomacia atual, principalmente da diplomacia companheira ou da embromação. O livro é um belo tratado de política internacional que demonstra a realidade e sua efetividade para gerar um conhecimento contundente da diplomacia.
Já em “Paralelos com o Meridiano 47 – ensaios longitudinais e de ampla latitude” o diplomata apresenta uma visão completa da política externa através da sociologia, da história e da inteligência estratégica para a construção de uma diplomacia real e sensata para que o Brasil, considerando seus condicionantes de política externa, possa realmente constituir reflexões e construções de um futuro diplomático.
A visão de Paulo Roberto de Almeida traz um novo alento à diplomacia brasileira, principalmente para os novos estudantes e políticos que precisam entender de fato os caminhos da política externa, e cá entre nós, sem frescura.
Para saber mais: http://www.pralmeida.org
sexta-feira, 3 de julho de 2015
Partido Totalitario: de líder estudantil a chefe de quadrilha, uma trajetoria coerente com os crimes cometidos
Acuado pela Lava Jato, José Dirceu pede habeas preventivo
O Estado de S.Paulo, 02 Julho 2015 | 12:30
Defesa diz que ex-ministro-chefe da Casa Civil no governo Lula está no ‘crepúsculo de sua vida’ e à disposição da Justiça
Atualizada às 17h15
Por Ricardo Brandt, enviado especial a Curitiba, Julia Affonso e Fausto Macedo
O ex-ministro José Dirceu (Casa Civil no governo Lula) ingressou com habeas corpus preventivo no Tribunal Regional Federal da 4.ª Região (TRF4), que mantém jurisdição inclusive em Curitiba (PR), base da Operação Lava Jato. A medida, subscrita por seis criminalistas defensores do ex-mininstro, busca evitar que Dirceu seja alvo de uma ordem de prisão no âmbito das investigações sobre esquema de propinas e corrupção na Petrobrás.
LEIA A ÍNTEGRA DO HABEAS CORPUS PREVENTIVO DE JOSÉ DIRCEU
LEIA A ÍNTEGRA DA NOTA DA ASSESSORIA DE IMPRENSA DO EX-MINISTRO JOSÉ DIRCEU
A defesa de Dirceu avalia que ele está “na iminência de sofrer constrangimento ilegal” – referindo-se a uma eventual ordem de prisão pela Justiça Federal no Paraná. A Lava Jato suspeita que o ex-ministro tenha recebido propinas em forma de consultorias de sua empresa, a JD Assessoria. Também é alvo da investigação suposta lavagem de dinheiro por parte de Dirceu.
+ Delator diz que Dirceu queria reconstruir imagem
+ Pascowitch detalha elo com José Dirceu
Na última segunda-feira, 29, o lobista Milton Pascowitch firmou acordo de delação premiada com a força-tarefa da Lava Jato e apontou supostos repasses de propinas para o ex-ministro.
Os advogados do ex-ministro – Roberto Podval, Paula Moreira Indalecio Gambôa, Luis Fernando Silveira Beraldo, Daniel Romeiro, Viviane Santana Jacob Raffaini e Jorge Coutinho Paschoal – assinalam no habeas preventivo. ” No caso da conhecida Operação Lava Jato, que tanto tem ocupado os noticiários nos últimos meses e que, quase semanalmente, tem levado diversas pessoas ao cárcere, a dedicada e firme atuação das autoridades públicas envolvidas tem sido motivo de regozijo da sociedade, já que o males da corrupção de agentes públicos e do desvio de recursos do Estado são, com razão, umas das maiores preocupações dos brasileiros.”
Eles fazem um alerta. “Esse júbilo, todavia, tem se transformado em euforia, à medida que novas prisões e novas delações (ou partes destas) são vazadas pela cobertura diuturna da imprensa. Festeja-se a prisão de políticos e empresários como se estivesse sendo feita justiça, ignorando-se que ainda não houve julgamento, que
muitas vezes, sequer foram ouvidos. Toma-se, como verdade absoluta, o relato de delatores, deixando-se de lado a necessidade de que a acusação prove, em juízo, a veracidade de suas alegações, e desprezando o fato de que o motivo que leva alguém a delatar não é o nobre desejo de justiça, mas o anseio pela liberdade a qualquer custo.”
Sobre José Dirceu, os advogados traçam um perfil, desde os primórdios de sua atuação estudantil contra o regime militar e a criação do PT. ” O paciente é pessoa pública desde sua juventude, quando foi preso e exilado por se opor ao regime ditatorial que vigorava no país, tendo, mais tarde, papel determinante na criação de um dos maiores partidos políticos de esquerda da atualidade, o Partido dos Trabalhadores. Independentemente de se concordar ou não com suas ideias, de gostar ou não do seu partido, há que se reconhecer que o paciente foi
personagem importante na história do país.”
Argumentam os defensores: “(Dirceu) nunca se pautou por fins mesquinhos ou gananciosos; ao longo da sua vida como político, não construiu castelos, não criou impérios ou acumulou fortuna. Até mesmo seus críticos mais duros sabem que com ele não encontrarão riquezas escondidas; dele, não acharão contas no exterior, nem com muito, nem com pouco dinheiro. Pelo contrário, o que se afirma nas delações é que amigos pediram por ele. Ainda que verdade fosse (e aqui o afirmamos apenas como exercício argumentativo), essa afirmativa só demonstra sua necessidade.”
Dirceu está no crepúsculo de sua vida e já foi condenado em outro processo, o do Mensalão, diz o texto do habeas corpus. “Hoje, no crepúsculo de sua vida, já com 70 anos, após ter sido processado, condenado, preso e estar cumprindo pena em regime aberto, tudo sob o acompanhamento incansável da imprensa, o paciente vê-se
citado e enredado em nova investigação, agora, porém, sem a perspectiva de viver para ver sua sentença final.”
A defesa descreve as atividades da JD Assessoria e Consultoria. “(Dirceu) foi sócio de empresa de consultoria JD Assessoria e Consultoria LTDA., sediada na cidade de São Paulo/SP , que atuou de 2006 a 2014 prestando assessoria a empresas brasileiras e estrangeiras com foco, sobretudo, em prospecção de negócios no exterior. No período, foram atendidos cerca de 60 clientes de quase 20 setores diferentes da economia, como indústrias de bens de consumo, telecomunicações, comércio exterior, logística, tecnologia da informação, comunicações e construção civil. José Dirceu trabalhou, entre outras, para as brasileiras Ambev, Hypermarcas, EMS, o grupo ABC, do publicitário Nizan Guanaes, além de atender a espanhola Telefônica, e dar consultoria para os empresários Carlos Slim, Gustavo Cisneros e Ricardo Salinas.”
Os advogados apontam para o cerco da força-tarefa do Ministério Público Federal, que pediu a quebra do sigilo da empresa do ex-ministro. ” A mal disfarçada ânsia do parquet (Ministério Público) em envolver o paciente numa suposta prática criminosa fica clara, quando se observa que, no pedido de quebra, o MPF afirma haver indícios de utilização da JD Assessoria na prática de crimes, não por se dispor de qualquer indício nesse sentido, mas apenas em razão de José Dirceu figurar como seu sócio.”
Os advogados de Dirceu reiteram que ele não pretende obstruir as investigações, nem ocultar documentos ou valores. “Ele jamais pretendeu e jamais pretenderá furtar-se à aplicação da lei penal, não havendo que se falar em ilações e presunções a respeito de probabilidade de fuga, tão repelidas pela doutrina pátria. Não havendo, portanto, qualquer prova nos autos, mesmo que indiciária, de que, caso seja condenado, o paciente procurará furtar-se à aplicação da lei penal, não há que se falar em prisão preventiva para se assegurar a aplicação seja da lei penal.”
Tags: José Dirceu, operação Lava Jato
Petrolão: corrupcao e roubalheira muito maiores do que o imaginado
PF já calcula em R$ 19 bi o prejuízo da Petrobrás
O Estado de S.Paulo, 02 Julho 2015 | 19:52
Delegado da Lava Jato anuncia que perícia técnica em fase final apontará sobrepreços muito maiores que os porcentuais inicialmente anunciados em propinas; valor é três vezes maior que o inserido no balanço da estatal
Por Julia Affonso, Fausto Macedo e Ricardo Brandt, enviado especial a Curitiba
A Polícia Federal reuniu elementos para apontar que o prejuízo gerado para a Petrobrás pelo esquema de cartel, fraudes em licitações, desvios e corrupção alvos da Operação Lava Jato pode chegar a 20% do valor dos contratos. O porcentual é muito superior aos 3% referentes às propinas confessadas por delatores. Segundo a PF, o rombo no caixa da estatal petrolífera já chega a R$ 19 bilhões.
O delegado da Polícia Federal Igor Romário de Paulo, um dos coordenadores da equipe da Lava Jato, afirmou que essa coleta de elementos “pode levar um prejuízo à Petrobrás em seus contratos da ordem de 15% a 20%”.
“Laudos de nossos peritos da área contábil e de engenharia que devem ser divulgados em breve derrubam a tese de que a corrupção nesses contratos era em torno de 2% a 3%. Provavelmente vamos chegar em patamares de 15% a 20% do valor dos contratos sendo destinados à corrupção”, afirmou o delegado nesta quinta-feira, 2.
A Lava Jato aponta até o momento um prejuízo de pelo menos R$ 6,2 bilhões para a Petrobrás, valor reconhecido pela estatal em seu balanço.
“Aquele número do balanço da Petrobrás é válido, mas conservador. Não temos dúvida de que os prejuízos são maiores que os R$ 6 bilhões lançados no balanço. Mas é quase impossível fazer essa mensuração porque há uma série de efeitos em toda a cadeia de licitação”, afirmou o procurador da República Carlos Fernando Santos Lima, da força-tarefa da Lava Jato.
Os procuradores da força-tarefa esperam recuperar espontaneamente R$ 1 bilhão até o fim deste ano, segundo avaliação de Carlos Lima. Até o momento já retornaram aos cofres públicos R$ 700 milhões – incluindo valores devolvidos pelos réus confessos.
O delegado Igor Romário explicou que peritos federais incluíram nos cálculos em fase final “não apenas porcentuais destinados a pagamentos de agentes públicos e políticos”. “Mas também prejuízos causados em favor das empresas contratadas através do sobrepreço dos contratos, seja por jogo de planilha, seja por inserção de despesas desnecessárias.”
Igor Romário de Paula explicou que os porcentuais de até 3% comunicados até aqui nas operações da Lava Jato tinham por base a informação dos delatores.
“Só que esses laudos que estão sendo concluídos estão considerando não só a corrupção destinada aos agentes públicos. Estão embutidos aí superfaturamento, jogo de planilhas, montagem de projetos destinados a favorecer as empresas.”
O levantamento em análise concentra alguns contratos investigados. Por isso, o valo total do rombo é muito maior, segundo avaliação dos investigadores.
O delegado da Lava Jato afirmou que assim que for concluído o laudo poderá ser melhor detalhado como as empresas, além de participarem de um cartel, que lhes garantia a divisão do mercado, também recebiam pagamento superior ao que era justificado para o contrato.
As denúncias envolvendo sobrepreço e fraudes em licitações ainda não integram o rol de acusações dos primeiros processos da Lava Jato. O Ministério Público Federal tem priorizado a divisão dos crimes em denúncias distintas, e concentrou as primeiras etapas nos crimes de corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa.
“Temos a impressão que nunca chegaremos a um número fechado. E, infelizmente, nunca vamos recuperar um número próximo a esse valor”, afirmou Igor Romário.
quinta-feira, 2 de julho de 2015
Venezuela: a vida miseravel sob a ditadura bolivariana
Desabastecimento põe venezuelanos horas nas filas para fazer compras
SAMY ADGHIRNI
DE CARACAS
FSP, 02/07/2015
Numa manhã recente, a engenheira Karina Rangel, 40, mãe de dois bebês, foi a uma farmácia de Caracas onde havia chegado um carregamento de fraldas, item raro numa Venezuela assolada pelo desabastecimento.
Enquanto esperava na fila do caixa, viu entrar na loja um grupo de dez pessoas que ela identificou como "bachaqueros", como são chamados os que compram produtos a preço regulado para revendê-los no mercado negro.
O grupo furou a fila na frente de Karina. A engenheira reclamou, provocando reação furiosa de uma "bachaquera". "Ela me empurrou e jurou que iria me cortar a cara", lembra Karina, que teve de sair da loja protegida pelos seguranças.
Federico Parra - 16.jan.2015/AFP | ||
Venezuelanos fazem fila para entrar em supermercado na capital, Caracas |
Em maio, a imprensa local relatou o caso de uma gerente de supermercado que teve o rosto mutilado por uma cliente inconformada por não poder levar mais de três vidros de azeite de oliva –o limite fixado pelo governo.
A dona de casa Dina Rawlins, 57, não voltou ao supermercado do seu bairro desde a recente briga de socos entre um segurança e um cliente acusado de roubo. "Quando a pancadaria começou, quis sair correndo, mas trancaram a porta da loja. Fiquei apavorada", lembra.
É difícil encontrar um venezuelano que não tenha sofrido ou presenciado recente episódio de tensão em mercados ou farmácias, que se tornaram a face mais visível do caos provocado pela crise econômica.
Ir às compras na Venezuela significa passar horas na fila, muitas vezes sob sol escaldante, sem saber se ainda haverá o que se busca ao final da espera ou se o dinheiro será suficiente diante da escalada semanal dos preços.
Significa, ainda, submeter-se a compras racionadas mediante controle de identidade, muitas vezes sob observação de policiais e soldados.
A isso se soma a irritação gerada por quem tira proveito do caos, como pessoas que vendem lugares na fila e os "bachaqueros", que passam na frente de todos sob pretexto de estarem "trabalhando". Na saída das lojas, clientes temem ladrões.
Em janeiro, uma discussão na fila do Makro de Caracas terminou com o assassinato de uma mulher.
"O venezuelano tornou-se agressivo, mal humorado e ressentido. É uma sociedade em estado de 'salve-se quem puder'. Não há espaço para civilidade", diz o psicólogo social Axel Capriles.
Também socióloga, Daniuska González vê sintomas de uma banalização da violência que se manifesta igualmente na proliferação das armas e na admiração por delinquentes.
"Há uma paranoia que leva à reafirmação da identidade por meio do confronto", diz.
QUATRO FILAS SEGUIDAS
Em Caracas, a tensão é palpável nas múltiplas filas do hipermercado estatal Bicentenário.
A primeira fila, que as autoridades empurraram para o estacionamento subterrâneo para escondê-la, antecede a entrada no complexo Bicentenário.
A segunda forma-se no andar da área de vendas.
A terceira, que dá acesso às prateleiras de itens escassos, é a mais tensa.
A Folha viu centenas de pessoas espremidas umas às outras atropelarem um cordão de funcionários que tentavam controlar a distribuição de frango e leite em pó.
Nem a presença de policiais armados foi suficiente para conter o caos. "Há dias piores", disse uma policial.
Os clientes ainda precisam encarar uma quarta fila, nos caixas. É comum pessoas chegarem às 6h e só saírem no início da tarde.
A tática básica de quem depende dos mercados estatais –onde quase tudo tem preço subsidiado– é chegar em grupo. Uns garantem logo lugar na fila do caixa, outros buscam produtos.
Comprar em grupo também permite driblar o rodízio de compra por documento de identidade (final em 7 só pode comprar às quintas, por exemplo) e contornar o racionamento (multiplica-se a cota por pessoa).
GUERRA ECONÔMICA
O presidente Nicolás Maduro diz que as filas refletem a "guerra econômica" travada por empresários supostamente opositores que escondem produtos para jogar a população contra o governo.
Segundo economistas, porém, a escassez é fruto do controle de preços e de câmbio e das expropriações de empresas, que minam a já modesta indústria nacional.
A situação piorou há um ano, quando a queda do preço do petróleo derrubou a arrecadação do Estado, que dispõe de cada vez menos dólares para importar alimentos.
A socióloga González considera o governo incapaz de melhorar a vida das pessoas, o que, de acordo com ela, continuará elevando o "nível de intolerância".
quarta-feira, 1 de julho de 2015
Itamaraty: um orcamento ridiculo - João Paulo Peixoto (Diario do Poder)
DE MAJESTADE A PATINHO FEIO – O ITAMARATY EM BUSCA DO TEMPO PERDIDO
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