sábado, 27 de agosto de 2016

Relacoes Internacionais Em Pauta: programa de entrevistas do IPRI, criado por Alessandro Candeas

Apresento a seguir este programa muito interessante criado pelo meu antecessor na chefia do IPRI (Instituto de Pesquisa de Relações Internacionais), Ministro Alessandro Candeas, que pretende ser um repositório de depoimentos interessantes sobre temas afetos a nosso universo de pesquisa e estudos, as relações internacionais e a diplomacia do Brasil, e temas conexos.
Primeiro a apresentação geral, constante do site, depois a própria apresentação do Alessandro e a relação dos depoentes.
Eu mesmo apareço num dos videos: 
11) Ministro Paulo Roberto de Almeida 
https://www.youtube.com/watch?v=As78ES-kFSk

Paulo Roberto de Almeida

 

http://www.funag.gov.br/ipri/riempauta/

1) IPRI: Introdução ao programa Relações Internacionais em Pauta
https://youtu.be/gBCLer8uI8M

2) Embaixador José Alfredo Graça Lima
https://www.youtube.com/watch?v=vkQnJIfZeqs

3) Embaixador Carlos Márcio Bicalho Cozendey
https://www.youtube.com/watch?v=8e4fdVwIyVc

4) Embaixador Paulo Estivallet Mesquita
https://www.youtube.com/watch?v=iKEArD839YI

5) Embaixador Carlos Alberto Simas Magalhães
https://www.youtube.com/watch?v=hZN8QhLoa7w

6) Embaixador Fernando José Marroni de Abreu
https://www.youtube.com/watch?v=tzBi4wW_810

7) Embaixadora Maria-Thereza Lazaro
https://www.youtube.com/watch?v=Q7NfMQrmNok

8) Embaixador Luiz Felipe de Seixas Corrêa
https://www.youtube.com/watch?v=6sNHltV_JUc

9) Nathalie Tocci - Assessora na UE em Assuntos de Política Externa
https://www.youtube.com/watch?v=PEM0yxjHv9s

10) Professor Pascal Boniface - Directeur de l'IRIS
https://www.youtube.com/watch?v=lhOiqkYPxT8

11) Ministro Paulo Roberto de Almeida 
https://www.youtube.com/watch?v=As78ES-kFSk

12) Embaixador  João Almino
https://www.youtube.com/watch?v=3sFfPOp1gUo

13) Embaixador Fernando Igreja
https://www.youtube.com/watch?v=rj5-3b8u-sY

14) Embaixadora Vitória Alice Cleaver
https://www.youtube.com/watch?v=H5LDi78c0vE

15) Conselheira Almerinda Carvalho
https://www.youtube.com/watch?v=Fiyy1YG492o

16) Alunos estrangeiros do Instituto Rio Branco
https://www.youtube.com/watch?v=G5VsDLbug_I

17) Professora Sara Walker
https://www.youtube.com/watch?v=jw-hN_JX0oQ

18) Professoras Catherine Withol de  Wenden e Virginie Guiraudon
https://www.youtube.com/watch?v=EcGKa1nckeQ   

19) Professor Walter Russel-Mead
https://www.youtube.com/watch?v=UsUlS1M-X6k   

20) Embaixadora Vera Cíntia Álvarez
https://www.youtube.com/watch?v=80yDdj5QI_0   

21) Embaixador Sérgio Eduardo Moreira Lima
https://www.youtube.com/watch?v=5lLRmrPFMGo

22) Professor Antonio Jorge Ramalho
https://www.youtube.com/watch?v=EPpjxehWxWM

23) Professor Stephen Burman
https://www.youtube.com/watch?v=arEpubt4Oq4

24) Embaixador Alberto da Costa e Silva
https://www.youtube.com/watch?v=W43tN8iQT_s

25) Embaixador Marcos Castríoto de Azambuja
https://www.youtube.com/watch?v=aDwekxniO60

26)  Embaixador José Botafogo Gonçalves
(em preparação)

27) Professor James Hershberg, George Washington University
 (em preparação)

George Soros, o milionario que financia movimentos de esquerda - Bruno Garschagen

A esquerda brasileira quer definir o que você pensa. 
E com dinheiro de bilionário americano...
 Bruno Garschagen
Extra, 25/08/2016
http://m.extra.globo.com/noticias/brasil/sem-mimimi/a-esquerda-brasileira-quer-definir-que-voce-pensa-com-dinheiro-de-bilionario-americano-19988968.html

O que você pensa a respeito de temas como desarmamento, liberação das drogas, marco civil da internet, desmilitarização da polícia militar, democracia é fruto de pesquisa e reflexão ou é mera adesão à posição de pessoas famosas, de jornais, de comentaristas de TV, de políticos, de entidades que gozam de boa imagem pública? Se os "progressistas" defendem soluções únicas e amorais para esses problemas, de onde vem esse certo consenso cada dia mais consolidado?
As agendas políticas que hoje despertam paixões, que provocam "polêmicas" e discussões nas redes sociais, são muitas vezes o resultado de um trabalho muito bem articulado de instituições e personagens que nem sempre aparecem. Mas quem são essas pessoas e organizações? E quem as financiam? E qual é a conexão entre Hillary Clinton, candidata do Partido Democrata à presidência dos Estados Unidos, e certos grupos de esquerda do Brasil?
No post "Quem é a Hillary Clinton que a imprensa não mostra?" tentei expor o projeto ideológico e de poder da candidata democrata que a imprensa brasileira ignora ao preferir atacar - com e sem motivos - Donald Trump, candidato do partido Republicano. E também mostrei a influência financeira do bilionário George Soros sobre a família Clinton (Bill e Hillary).
Pois são dois os vínculos de Hillary com parte da esquerda brasileira: 1) um projeto de engenharia social por meio da mudança de mentalidade e de comportamento; 2) o patrocínio de Soros.
Documentos vazados recentemente pelos sites Wikileaks e DC Leaks mostram o grau de influência de Soros sobre Hillary e o Partido Democrata, que receberam cerca de US$ 25 milhões do bilionário até agora para esta eleição. Soros é um dos maiores doadores da carreira política de Hillary, não apenas desta eleição. Um dos emails revela que Soros, mediante um representante, enviou instruções à Hillary, então secretária de Estado, para intervir na política da Albânia, país onde tem negócios. Três dias depois da mensagem, o nome sugerido por Soros, Miroslav Lajcak, foi enviado pela União Europeia para mediar o conflito entre os rivais políticos albaneses.
Investindo o seu dinheiro de forma estratégica, Soros teria orientado políticos do partido Democrata para fazer valer seus interesses dentro e fora dos Estados Unidos, além de ter tentado manipular eleições na Europa. Ainda segundo os documentos vazados, através da Open Society, o bilionário financiou entidades em várias partes do mundo.
E no Brasil? A Open Society injeta cerca de US$ 37 milhões por ano no Brasil e em outros países da América Latina e a Fundação Ford US$ 25 milhões anualmente.
Aqui, várias entidades que gozam de prestígio social fazem parte do grande projeto global de revolução social financiado por Soros a partir da promoção de agendas de grupos defensores do aborto, da legalização das drogas e dos que se travestem de mídia independente para defender certas bandeiras. O Movimento Viva Rio, por exemplo, recebeu US$ 107 mil entre 2009 e 2014 para atuar como representante de uma postura nova e diferente em relação à política de drogas, ou seja, na defesa da liberação. E o Mídia Ninja (Narrativas Independentes, Jornalismo e Ação), que ficou conhecido nas manifestações de 2013 dizendo-se independente, recebeu US$ 80 mil do bilionário. A independência parece ter um preço.
Outro projeto financiado por Soros é o Instituto de Tecnologia e Sociedade do Rio (ITS Rio), que recebeu US$ 350 mil em 2014 e em 2015 da Open Society e mais US$ 200 mil da Fundação Ford. E quem faz parte do ITS Rio? Ronaldo Lemos, cofundador e seu atual diretor, o nome mais conhecido na elaboração e defesa do Marco Civil da Internet, que abriu a possibilidade de regulação e de controle pelo Estado e que tem sido usado pela justiça como fundamento jurídico para suspender o aplicativo WhatsApp.
Também fazem parte da equipe do ITS Rio Eliane Costa, que foi gerente de patrocínio da Petrobras de 2003 a 2012 (ou seja, durante todo o governo Lula); Lucia Nader, que é Fellow da Open Society Foundations, entidade de Soros; e Ana Toni, que integra o conselho editorial do jornal socialista Le Monde Diplomatique Brasil e que atuou como diretora da Fundação Ford no Brasil de 2003 a 2011 (quase o mesmo período em que sua colega trabalhou na Petrobras). A Fundação Ford, assim como a Open Society de Soros, financia grupos e projetos socialistas no mundo inteiro.
Qualquer coincidência não é mera semelhança.
A drenagem dos recursos de Soros também alimenta entidades criadas por aquelas já financiadas pela Open Society. O ITS Rio, por exemplo, criou o site Mudamos.org, que também recebe dinheiro de Soros e orgulha-se de ter participado da criação do Marco Civil da Internet, que foi elaborado pelo cofundador do ITS Rio, Ronaldo Lemos. O dinheiro entra por vários canais, mas convergem para o mesmo duto.
O idealizador do Mudamos.org é o sociólogo socialista Luiz Eduardo Soares, que foi secretário de segurança pública do governo Antony Garotinho no Rio de Janeiro e secretário nacional de Segurança Pública do governo Lula. Soares é notório defensor da desmilitarização da Polícia Militar e da descriminalização das drogas, cuja proibição tem como consequência, segundo ele, " a criminalização da pobreza, sem reduzir a criminalidade ou o consumo de drogas". Se a pobreza é criminalizada em função da proibição, o sociólogo está dizendo que os pobres são criminalizados por envolvimento com as drogas? Não seria esta uma posição altamente preconceituosa e falsa de alguém que tenta combinar Karl Marx e Michel Foucault?
Soares também é coautor do livro "Elite da Tropa", que deu origem ao filme "Tropa de Elite". Conhecendo como ele pensa é possível analisar o livro de outra forma e entender os seus comentários sobre a reação do público diante do filme.
Sobre a legalização das drogas, o nome mais conhecido da política brasileira a defendê-la é o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, cujo instituto que leva seu nome recebeu US$ 111.220,00 em 2015 e 2016.
Outras organizações que receberam dinheiro de Soros para influenciar a sociedade brasileira de acordo com uma agenda revolucionária foi a Agência Pública, do socialista Leonardo Sakamoto, que em cinco anos recebeu mais de R$ 1 milhão da Open Society. É com os dólares de Soros que a Agência Pública diz realizar um "modelo de jornalismo sem fins lucrativos para manter a independência". Independência similar a do Mídia Ninja. Sakamoto também é autor da célebre frase: "o que define uma mulher não é o que ela tem ou teve entre as pernas".
Há ainda o Instituto Arapyaú, fundado por Guilherme Leal, um dos donos da empresa Natura que, em 2010, foi candidato a vice-presidente de Marina Silva, que foi petista por 24 anos até pedir para sair em 2009. Um dos membros do conselho de governança é o petista Oded Grajew, idealizador do Fórum Social Mundial (a disneylândia do socialismo latinoamericano), ex-assessor especial do presidente Lula e coordenador-geral da Rede Nossa São Paulo, que recebeu US$ 500 mil da Open Society em 2014 e 2015.
A lista vai além. O projeto Alerta Democrático, que recebeu US$ 512.438,00 em 2014 da Open Society Foundations, tem na sua equipe o petista Pedro Abramovay, que trabalhou no Ministério da Justiça nos governos Lula e Dilma e que é, vejam só, Diretor Regional para América Latina e Caribe da própria Open Society. Abramovay também foi diretor no Brasil do site de petições Avaaz, que ele definiu "como um movimento" que não era uma rede social nem "um espaço neutro", mas "um movimento que tem princípios". Por isso, só aceita petições de causas afeitas à ideologia e retira do ar qualquer petição vá "contra os princípios do movimento".
Outro que integra a equipe do Alerta Democrático é o ex-BBB Jean Wyllys, que usa o seu mandato de deputado federal para fazer valer o projeto de engenharia social pela mudança de comportamentos mediante a ação do Estado.
É possível tanto considerar que a esquerda contemporânea tem seguido a agenda de um bilionário com um projeto global de revolução a partir da mudança de mentalidades como achar que a esquerda está usando o dinheiro de um capitalista para financiar a implantação da sua ideologia. Mas não há, como pode parecer, um antagonismo, pois ambos compartilham os meios e os fins ideológicos.
O financiamento de organizações socialistas e comunistas por uma certa elite econômica nem é uma novidade histórica: os revolucionários russos foram financiados por grandes empresários para fazerem a revolução de 1917; os nazistas foram financiados por grandes empresários para conquistarem o poder em 1932; os petistas foram financiados por grandes empresários até conquistarem o governo federal em 2002.
Sequer o projeto global de Soros é novidade para o leitor atento. Desde o fim da década de 1990 o professor Olavo de Carvalho alerta para o financiamento de entidades socialistas realizado por Soros e outros endinheirados. Muitos dos artigos sobre o tema foram publicados no jornal O Globo e depois reunidos no livro " O mínimo que você precisa saber para não ser um idiota", organizado pelo colunista da VEJA.com Felipe Moura Brasil e publicado pela Editora Record.
E porque Soros faz o que faz?
"Soros é, possivelmente, o indivíduo sem cargo eletivo mais influente do mundo. Possuidor de uma fortuna pessoal estimada em US$ 13 bilhões e administrando US$ 25 bilhões de terceiros, é tão poderoso no Partido Democrata americano que no programa humorístico Saturday Night Live foi chamado de 'dono' do partido. E na prática não é nada muito diferente disso. Dentro do Partido Democrata, candidatos independentes, não ligados a Soros, são cada vez mais raros.
George Soros se vê como um missionário das próprias utopias e não conhece limites para usar sua fortuna quase sem paralelo para influenciar a política, a imprensa e a opinião pública em diversos países, especialmente os EUA. Como ele mesmo disse, 'minha principal diferença de outros com uma quantidade de recursos acumulados parecida com a minha é que não tenho muito uso pessoal para o dinheiro, meu principal interesse é em ideias.' Soros também revelou que seu sonho era escrever um livro 'que durasse o mesmo que nossa civilização' e que ele valorizaria isso mais do que qualquer sucesso financeiro. Ele já lamentou que mudar o mundo é muito mais difícil do que ganhar dinheiro. Num livro de 1987, disse que já tinha se achado uma espécie de deus mas que depois se convenceu que seria mais como uma mistura de John Maynard Keynes com Albert Einstein.
Há 30 anos, Soros mantém a Open Society, nome tirado de um livro de Karl Popper. A Open Society é uma ONG bilionária destinada a influenciar a opinião pública e a política no mundo. Ela está presente em mais de 70 países é tão poderosa que, em alguns regimes, é considerada um 'governo informal'.
Nos EUA, mantém o poderosíssimo Media Matters, que dá o tom de praticamente toda imprensa americana, além de ser o principal financiador do The Huffington Post, um ícone da esquerda mundial. A Open Society é inspirada pela idéia do filósofo francês Henri Louis Bergson que acreditava num mundo com valores morais 'universais' e não de sociedades 'fechadas', o que influenciou vários pensadores que até hoje criticam os ideais do pais fundadores da nação americana e do 'excepcionalismo americano'.
Soros é tão próximo de Bill Clinton que alguns dos mais importantes ocupantes de cargos públicos no seu governo são considerados indicações diretas dele. Em 2004, gastou tudo que podia para tentar impedir a reeleição de George W. Bush mas não conseguiu.
Em dezembro de 2006, George Soros recebeu Barack Obama em seu escritório em Nova York. Duas semanas depois, Obama revelou que seria candidato a presidente dos EUA e, uma semana depois, George Soros anunciou publicamente que apoiava sua indicação nas primárias contra Hillary Clinton, o que parecia uma maluquice na época. O resto é história. Hoje ele apoia Hillary para a próxima eleição presidencial.
O número de fundações, ONGs, sindicatos e veículos de comunicação que recebem dinheiro de George Soros ou de suas fundações é tão vasto que só um incansável pesquisador como David Horowitz para catalogar e publicar no seu portal Discover the Networks. Se você tiver curiosidade, é só clicar aqui."
Depois de descobrir qual é a agenda desses grupos, quem os representa e os financia e a influência que exercem na opinião pública de diversos países, incluindo o Brasil, cabe ao leitor refletir se aquilo que pensa e defende é o resultado de uma análise genuína pautada em informações diversificadas ou uma mera repetição de discursos ideológicos previamente criados por socialistas que criticam o grande capital financeiro e os poderosos enquanto desfrutam do dinheiro daqueles que aparentemente atacam. Como diz o escritor Flavio Morgenstern em seu podcast, " Não é você que pensa o que pensa, George Soros pensa por você".
Convém ter isso em mente antes de defender determinadas posições e de agir como inocente útil de uma ideologia e de um projeto político que desconhece.


Leia mais: http://extra.globo.com/noticias/brasil/sem-mimimi/a-esquerda-brasileira-quer-definir-que-voce-pensa-com-dinheiro-de-bilionario-americano-19988968.html#ixzz4IYrQA0HZ

A republiqueta corrupta de alguns magistrados protege seus marajas - FSP

Justiça seja feita a Nancy Andrighi
POR FREDERICO VASCONCELOS
Folha de S.Paulo, 26/08/2016


No balanço da gestão que se encerra, o presidente do Conselho Nacional de Justiça, ministro Ricardo Lewandowski, deveria, em nome do interesse público, esclarecer por que não chamou a julgamento dezenas de processos conclusos pela corregedora nacional de Justiça, ministra Nancy Andrighi.

Na edição desta quarta-feira (24), a coluna “Painel” da Folha publicou a seguinte nota:

“Chateada – Nancy Andrighi deixou a Corregedoria do CNJ sem que os cerca de 40 processos prontos do órgão fossem levados a julgamento. Abandonou o plenário sem se despedir nem receber a homenagem prevista.”

Como várias vezes este Blog registrou, o presidente do CNJ esvaziou o órgão de controle do Judiciário, conduziu os trabalhos adotando um “imperialismo presidencialista”, como bem definiu o ex-conselheiro Rubens Curado.

Em várias ocasiões não cumpriu o regimento interno, não deu prioridade ao julgamento de liminares, reduziu a duração das sessões e não deu maior atenção aos prazos para retomada dos julgamentos de processos interrompidos por pedidos de vista.

No caso dos processos da corregedoria, a situação tem dupla gravidade.

Primeiro, porque o represamento provocado pela presidência aparenta ser uma forma autoritária de fazer prevalecer o entendimento pessoal de Lewandowski de que não é finalidade relevante do conselho apurar, julgar e punir irregularidades de magistrados.

Segundo, porque ofusca a atuação da corregedoria, estimula a impunidade e inibe a realização da Justiça.

A título de exemplo, mencionando apenas um dos casos graves, Lewandowski não colocou em julgamento —desde fevereiro de 2015, quando Nancy Andrighi mandou incluir em pauta— a reclamação disciplinar contra o desembargador Armando Toledo, do Tribunal de Justiça de São Paulo.

O magistrado é suspeito de haver retardado por mais de três anos o andamento de uma ação penal contra o deputado estadual e ex-presidente da Assembleia Legislativa Barros Munhoz (PSDB) para beneficiar o parlamentar.

Toledo antecipou a aposentadoria, foi prestar serviços de consultoria à presidência da Petrobras e seu processo no CNJ permaneceu esquecido pela presidência do órgão.

Para evitar leituras equivocadas, o Blog esclarece que não alcança a corregedora Nancy Andrighi o seguinte comentário feito no final do post intitulado “Blindagem de juízes e togas voadoras“, publicado nesta quinta-feira (25):

A gestão que se encerra no CNJ deixou de levar a julgamento vários processos graves contra magistrados. Descumpriu o regimento interno, que estipula prazos e prioridade para serem levados a julgamento liminares e pedidos de vista.

Aparentemente, o Conselho já vinha blindando a magistratura muito antes da posse do novo corregedor.

O comentário foi dedicado exclusivamente ao presidente, que encerra a controvertida administração, e ao novo corregedor, João Otávio Noronha, que assume o cargo sustentando que o papel primordial do CNJ é proteger e blindar a magistratura.

Permanece atual o registro feito neste mesmo espaço, em julho, em post sob o título “O triste fim da gestão Lewandowski”:

Em contagem regressiva para encerrar sua gestão no Conselho Nacional de Justiça –órgão cujo “enterro” foi anunciado dois anos atrás, em letra de forma, por ex-conselheiros– o ministro Ricardo Lewandowski é alvo de novas críticas por decisões marcadas por prepotência, corporativismo e falta de transparência.

É de se esperar que a nova gestão do CNJ, sob o comando da ministra Cármen Lúcia, dê prioridade ao julgamento desses 40 processos concluídos por Andrighi e não levados a julgamento por Lewandowski.

Em busca da modernidade, espantando os descontentes - Book review: Steven B. Smith

Photo
From left: Saul Bellow, Niccolò Machiavelli, Isaiah Berlin, Baruch Spinoza.CreditFrom left: Neal Boenzi/The New York TImes; Palazzo Della Signoria, via Getty Images; Jane Bown/Camera Press; Camera Press, Hulton Archive
MODERNITY AND ITS DISCONTENTS
Making and Unmaking the Bourgeois From Machiavelli to Bellow
By Steven B. Smith
402 pp. Yale University Press. $45.
At an elite gathering of the great and good at Aspen in 2007, shortly before the start of the Great Recession, those in attendance — haute bourgeois all, one assumes — were asked to forecast how the world would look in 2050. According to a reporter who was there, everyone predicted a grim future of “global warming, famine, unending terrorism, . . . a Mad Max movie, only without the style and thrills.”
A similarly dour outlook appears in the closing pages of Steven B. Smith’s learned new work, “Modernity and Its Discontents,” an otherwise genial survey of Western intellectual history from Machiavelli to Saul Bellow. “The narrative of progress is no longer sustainable,” Smith solemnly concludes: “The regime officially dedicated to the pursuit of happiness” — that would be us, the United States — “has found the attainment of happiness an increasingly elusive object of desire.”
The Aspen gathering consisted of venture capitalists and Washington ­strategists, the kind of people who make predictions based on market conditions and political intelligence. Smith, by contrast, is an expert on Spinoza, Hegel and Leo Strauss. He’s preoccupied not with economic leading indicators, but with a handful of great thinkers.

Book Review Newsletter

Sign up to receive a preview of each Sunday’s Book Review, delivered to your inbox every Friday.
Smith is a beloved lecturer at Yale. He’s superb at bringing abstract ideas to life, even if his colloquial style can be jarring on the page (“Here is where the Kantian rubber meets the road”). He’s divided his survey into two parts: The first covers writers he regards as quintessentially “modern” in their attitudes, from Machiavelli to Hegel; the second covers writers more attuned to pessimistic doubts about the modern world, including Rousseau, Tocqueville, Nietzsche and the two 20th-century critics of the Enlightenment that he perhaps most admires, Isaiah ­Berlin and Leo Strauss.
For Smith, the “modernity” of his book’s title connotes (among other things) a handful of core convictions: the value of freedom and equality; the importance of being able to think for oneself; the real possibility of universal enlightenment. Like Tocqueville, Smith worries that these liberal convictions, though superficially benign, nevertheless issue in a debased form of life that he associates with “low-minded materialism, moral cowardice and philistinism.” It’s as if an expansion of popular optimism about the future, alongside an amelioration of everyday life for ordinary people, must produce, as its shadow, a supine complacency, conjoined with a lazy form of what-me-worry ­nihilism — a democracy of dunces.
Allan Bloom made a somewhat similar argument in “The Closing of the American Mind.” Smith happily lacks Bloom’s bile, and is far more catholic in his taste. He includes a series of close readings not just of theoretical texts, but also of fictional works, among them an elegiac essay on “The Leopard,” the historical novel by ­Giuseppe di Lampedusa, published in 1958 and later filmed by Visconti. As a good college lecturer must be, Smith is skilled at haute vulgarisation. But like Bloom (and Lampedusa, for that matter), he’s deeply suspicious of the demotic drift of modern culture. “Its goal,” he writes, summing up Leo Strauss’s contemptuous attitude, “is not contemplation but ‘universal enlightenment’ ” — the scare quotes say it all.
Continue reading the main story
As for the relationship of modernity to the bourgeois world adverted to in Smith’s subtitle, the most important recent work on that topic is surely Jerrold Seigel’s “Modernity and Bourgeois Life: Society, Politics, and Culture in England, France, and Germany Since 1750” (published in 2012, but ignored by Smith). A major work of comparative history, Seigel’s book ­traces in detail the rise of new networks of commerce, power and culture: Merchants and bankers exploit expanding worldwide trade routes; diplomats and statesmen create new forms of international relations (including the possibility of world wars); while scientists and scholars exchange knowledge and ideas without regard to borders. The result is a great global marshaling of human capacities, for purposes that remain undefined and indefinite.
Seigel reminds us that “modernity” isn’t just a matter of great books. It’s also bound up with a great transformation in human life. Until quite recently, a vast majority of people endured circumscribed lives ruled by customary interactions and the cycle of the seasons. By contrast, in the past two centuries those who have moved to a city and entered into ever more cosmopolitan social relationships have experienced accelerating change. “All that is solid melts into air,” Marx observed, in a phrase that Smith knows well: “All fixed, fast-­frozen relations, with their train of ancient and venerable prejudices and opinions, are swept away, all new-formed ones become antiquated before they can ossify.”
In response to the changes Marx itemized, and in reaction to the pervasive sense of uneasiness they unleash, new forms of fearful rural populism and religious fundamentalism have arisen, furiously resisting the main currents of social change — one of the paradoxical developments that pass almost unremarked in Smith’s bookish survey. Fanatics of secular perfection join the fray — though again Smith has little to say about them, feeling “the failures of defunct ideologies like Communism and fascism require little comment.”
Pondering these historical patterns, Theodor Adorno, a disenchanted Marxist, once quipped that “no universal history leads from savagery to humanitarianism, but there is one leading from the slingshot to the atom bomb.” Smith’s conclusions are similarly gloomy. Yet as the conclave at Aspen shows, such gloom has become a cultural cliché (and, in some elite contexts, an excuse for inaction).
Of course, we have good reason to worry about all kinds of developments, from climate change and soaring inequality to an endless parade of other man-made ­disasters. Still, given the impressive evidence of continuing technological progress (the steam engine, electricity, the internet, etc.), and given the striking strides made even in the moral sphere, as witness the abolition of slavery and the even more recent (and still incomplete) treatment of women as equal to men in principle and practice, one has to wonder why Smith, like Adorno, seems so certain that “the narrative of progress is no longer sustainable.”
In any case, Smith’s heart is with an urbane liberal like Berlin, for whom, as he aptly says, “modernity is not a problem to be overcome but a challenge to be met.” And he ends his book by arguing that the final words of Saul Bellow’s novel “Mr. Sammler’s Planet” suggest “that underlying all the explanations, intellectual constructions and self-delusions, we can still know a good man when we see one.”
In the same spirit, I would argue that we can, and should, acknowledge improvement when we see it. Our discontents are real, but so is our uneven progress in the past 200 years in reducing poverty, spreading literacy and lengthening the life span for ordinary people around the world. These and other improvements in the human condition suggest that we’ve only just begun to meet the real challenges of modernity, and its radically egalitarian promise of universal enlightenment — without the scare quotes.

Postagem em destaque

Livro Marxismo e Socialismo finalmente disponível - Paulo Roberto de Almeida

Meu mais recente livro – que não tem nada a ver com o governo atual ou com sua diplomacia esquizofrênica, já vou logo avisando – ficou final...