quinta-feira, 21 de maio de 2020

Money, Banking and Politics in Early Nineteenth-Century Portugal - José Luis Cardoso

Grande historiador econômico português, editou as obras econômicas de José da Silva Lisboa, o nosso Visconde de Cairu, o "Adam Smith brasileiro", patrono dos economistas brasileiros. Sobre Lisboa, escrevi o seguinte ensaio: “A Brazilian Adam Smith: Cairu as the Founding Father of Political Economy in Brazil at the beginning of the 19thcentury”, revista Mises: Interdisciplinary Journal of Philosophy, Law and Economics (São Paulo, SP, Brazil; vol. 6, n. 1, edição 10 (janeiro-abril 2018); ISSN: 2318-0811, pp. 117-129; DOI: https://doi.org/10.30800/mises.2018.v6.64e-ISSN: 2594-9187; link: https://www.misesjournal.org.br/misesjournal/article/view/64; artigo em pdf, link: https://www.misesjournal.org.br/misesjournal/article/view/64/179).
Paulo Roberto de Almeida

Money, Banking and Politics in Early Nineteenth-Century Portugal 

  • José Luís CardosoEmail author

  1. 1.
Chapter

Abstract

The creation of the Bank of Lisbon in December 1821, in the context of the Portuguese liberal revolution of 1820, provides a pretext for examining the main monetary and financial problems of the time, taking into account the particular period of political change and the possibility that it provided for a wider discussion of this subject at various civil society institutions. Public debt management and the control of paper money in circulation are central themes for understanding the origins of, and the motivation for, the modern organization of banking. These themes invaded the public debate and promoted the confrontation and convergence of different views on monetary and financial issues in which the credibility and trust in the State were at stake. The Portuguese case also enables us to better understand the rhetorical use of political economy in the course of political action, particularly in matters of a monetary and financial nature.

Keywords

Bank of Lisbon Public debt Paper money Banking history Financial history Monetary theories and policy Classical political economy 

Notes

Acknowledgements

This is a preliminary outcome of a research project on the history of the Bank of Lisbon and the liberal revolution of 1820, conducted with the financial support of Banco de Portugal. I am grateful to comments made by Antoin Murphy, Nuno Palma, Jaime Reis, Ulas Sener and the editors of this book. The usual disclaimer applies.

References

  1. Arnon, A. (2010). Ricardo Versus Bosanquet. In Monetary Theory and Policy from Hume and Smith to Wicksell: Money, Credit, and the Economy (pp. 127–151). Cambridge and New York: Cambridge University Press.Google Scholar
  2. Atack, J., & Neal, L. (Eds.). (2009). The Origins and Development of Financial Markets and Institutions: From the Seventeenth Century to the Present. Cambridge and New York: Cambridge University Press.Google Scholar
  3. Azevedo, F. Gomes Veloso de. (1822a). Método de evitar a introdução do falso papel-moeda, e extinguir o que atualmente circula. Lisbon: Tipografia Rollandiana.Google Scholar
  4. Azevedo, F. Gomes Veloso de. (1822b). Indicação de projeto sobre a amortização da dívida pública, oferecido à iluminada consideração do Soberano Congresso. Lisbon: Tipografia Rollandiana.Google Scholar
  5. Borges, J. Ferreira. (1827). Do Banco de Lisboa. Lisbon: Tipografia de António Rodrigues Galhardo.Google Scholar
  6. Breve Ensaio para servir à História do Banco de Lisboa. (1828). Lisbon: Impressão Régia.Google Scholar
  7. Capie, F. (2004). Money and Economic Development in Eighteenth-Century England. In L. Prados de la Escosura (Ed.), Exceptionalism and Industrialization: Britain and Its European Rivals, 1688–1815 (pp. 216–232). Cambridge and New York: Cambridge University Press.Google Scholar
  8. Cardoso, J. L. (1989). O Pensamento Económico em Portugal nos Finais do Século XVIII (1780–1808). Lisbon: Editorial Estampa.Google Scholar
  9. Cardoso, J. L. (1990). Economic Thought in Late Eighteenth-Century Portugal: Physiocratic and Smithian Influences. History of Political Economy, 22(3), 429–441.CrossRefGoogle Scholar
  10. Cardoso, J. L. (1997). Novos Elementos para a História Bancária de Portugal. Projetos de Banco, 1801–1803. Lisbon: Banco de Portugal.Google Scholar
  11. Cardoso, J. L. (2010). A New Contribution to the History of Banco do Brasil (1808–1829): Chronicle of a Foretold Failure. Revista Brasileira de História, 30(59), 165–189.CrossRefGoogle Scholar
  12. Costa, F. Dores. (2016). A ‘nova dívida’ – 1796–1803. A difusão de uma nova política financeira. Análise Social, 51(3), 598–627.Google Scholar
  13. Costa, V. J. Ferreira Cardoso da. (1822). Os bons desejos de um português, ou a sua receita para se animar a circulação paralisada, acudindo-se aos males do papel-moeda e à miséria pública …. Lisbon: Tipografia de António Rodrigues Galhardo.Google Scholar
  14. Coutinho, D. R. de Sousa. ([1797] 1993). Projeto de Banco Nacional Brigantino. In A. Diniz Silva (Ed.), Textos Políticos, Económicos e Financeiros (1783–1811) (Vol. 2, pp. 110–119). Lisbon: Banco de Portugal.Google Scholar
  15. Deleplace, G. (2013). The Role of the Standard in Ricardo’s Theory of Money. In Y. Sato & S. Takenaga (Eds.), Ricardo on Money and Finance: A Bicentenary Reappraisal (pp. 115–123). London and New York: Routledge.Google Scholar
  16. Diatkine, S. (2013). Interest Rates, Banking Theory and Monetary Policy in Ricardo’s Economics. In Y. Sato & S. Takenaga (Eds.), Ricardo on Money and Finance: A Bicentenary Reappraisal (pp. 124–146). London and New York: Routledge.Google Scholar
  17. Fortune, T. (1801). História Breve e Autêntica do Banco de Inglaterra (H. J. da Costa Pereira, Trans.). Lisbon: Tipografia do Arco do Cego.Google Scholar
  18. Gallard, D. M. (1821). Memória sobra a utilidade e fáceis meios para estabelecer em Lisboa um Banco Nacional com caixa de desconto anexa do papel-moeda circulante (manuscript). Arquivo Histórico Parlamentar, Cortes Constituintes 1821–22, Comissão de Fazenda, Cx. 117, mç 80, doc. 25.Google Scholar
  19. Jordão, J. Lineu. (1821). Meio fácil natural, e proveitoso de sobreviver às fatais consequências do papel-moeda tornado e descrédito pelo estado infeliz das Finanças (manuscript). Arquivo Histórico Parlamentar, Cortes Constituintes 1821–22, Comissão de Fazenda, Cx. 117, mç 80, doc. 20.Google Scholar
  20. Madureira, N. L. (1994). Crédito e mercados financeiros em Lisboa. Ler História, 26, 21–43.Google Scholar
  21. Moniz, J. de Sousa. (1820). Plano para se extinguir a dívida nacional tanto antiga como moderna, oferecido ao Supremo Governo do Reino. Lisbon: Tipografia de Bulhões.Google Scholar
  22. Monteiro, N. G. (1992). O endividamento aristocrático (1750–1832): alguns aspetos. Análise Social, 27(2/3), 263–283.Google Scholar
  23. Neves, J. Acúrsio das. ([1814–17] 1984). Variedades sobre objectos relativos às artes, comércio e manufacturas, consideradas segundo os princípios da economia política. In A. Almodovar & A. Castro (Eds.), Obras Completas de José Acúrsio das Neves (Vol. 3). Porto: Edições Afrontamento.Google Scholar
  24. Nunes, J. A. (2018). Contributo para um estudo histórico-jurídico do Banco de Lisboa. Revista de Direito Das Sociedades, 9(1), 79–133.Google Scholar
  25. O’Brien, P., & Palma, N. (2019). Danger to the Old Lady of Threadneedle Street? The Bank Restriction Act and the Regime Shift to Paper Money, 1797–1821. European Review of Economic History https://doi.org/10.1093/ereh/hez008.
  26. Pedreira, J. M. (1996). Tratos e contratos: atividades, interesses e orientações dos investimentos dos negociantes da praça de Lisboa. Análise Social, 31(2/3), 355–379.Google Scholar
  27. Peres, D. (1971). História do Banco de Portugal (1821–1846). Lisbon: Banco de Portugal.Google Scholar
  28. Pinheiro, M. (1991). Os Portugueses e as Finanças no Dealbar do Liberalismo. Lisbon: Edições João Sá da Costa.Google Scholar
  29. Pinto, A. J. de Gouveia. (1820). Memória em que se mostra a origem e progresso do papel-moeda em o nosso reino, e apontam os meios de verificar a sua amortização. Lisbon: Impressão Régia.Google Scholar
  30. Pohl, M. (Ed.). (1994). Handbook on the History of European Banks. Aldershot: Edward Elgar.Google Scholar
  31. Regulamento do Banco de Lisboa precedido das leis, ofícios do Presidente da Assembleia Geral e Resolução das Cortes relativas ao mesmo Banco. (1822). Lisbon: Tipografia Maigrense.Google Scholar
  32. Reis, D. L. C. Moura. (1836). Repertório Comercial ou Novo Tratado das moedas efetivas, e conta, pesos e medidas, preço e curso de câmbios das 36 praças da Europa mais comerciantes …. Porto: Tipografia Comercial Portuense.Google Scholar
  33. Reis, J. (1996). O Banco de Portugal. Das origens a 1914. Lisbon: Banco de Portugal.Google Scholar
  34. Ricardo, D. (1816). Proposals for an Economical and Secure Currency. Reprinted in P. Sraffa (Ed., with the collaboration of M. H. Dobb), The Works and Correspondence of David RicardoVol. 4: Pamphlets and Papers 1815–1823 (pp. 43–141). Cambridge: Cambridge University Press for the Royal Economic Society, 1951.Google Scholar
  35. Rocha, M. M. (1996). Atividade creditícia em Lisboa (1770–1830). Análise Social, 31(2/3), 579–598.Google Scholar
  36. Rocha, M. M. (1998). Crédito privado em Lisboa numa perspetiva comparada. Análise Social, 33(1), 91–115.Google Scholar
  37. Roover, R. de. (1974). New Interpretations of the History of Banking. Business, Banking and Economic Thought in Late Medieval and Early Modern Europe (pp. 200–238). Chicago and London: University of Chicago Press.Google Scholar
  38. Rosselli, A. (1999). The Origin of the Political Economy of Money. Review of Political Economy, 11(4), 443–454.CrossRefGoogle Scholar
  39. Silveira, L. Espinha. (1987). Aspetos da evolução das finanças públicas portuguesas nas primeiras décadas do século XIX (1800–1827). Análise Social, 23(3), 505–529.Google Scholar
  40. Tedde de Lorca, P. (1999). Los primeros ciento cincuenta años del Banco de España (1782–1931). In P. M. Aceña & M. T. Martínez (Eds.), El Sistema Financiero en España. Una síntesis histórica (pp. 53–82). Granada: Universidad de Granada.Google Scholar
  41. Temin, P., & Voth, H.-J. (2013). Prometheus Shackled: Goldsmith Banks and England’s Financial Revolution After 1700. Oxford and New York: Oxford University Press.Google Scholar
  42. Valério, N. (Ed.). (2007). História do Sistema Bancário Português (Vol. 1). Lisbon: Banco de Portugal.Google Scholar
  43. Vandelli, D. ([1796–97] 1994). Alvitrismo económico e financeiro. In J. V. Serrão (Ed.), Aritmética Política, Economia e Finanças (1770–1804) (pp. 273–421). Lisbon: Banco de Portugal.Google Scholar
Cite this chapter as:
Cardoso J.L. (2020) Money, Banking and Politics in Early Nineteenth-Century Portugal. In: Marcuzzo M., Deleplace G., Paesani P. (eds) New Perspectives on Political Economy and Its History. Palgrave Studies in the History of Economic Thought. Palgrave Macmillan, Cham
  • First Online14 May 2020
  •  
  • DOIhttps://doi.org/10.1007/978-3-030-42925-6_6
  •  
  • Publisher NamePalgrave Macmillan, Cham
  •  
  • Print ISBN978-3-030-42924-9
  •  
  • Online ISBN978-3-030-42925-6
  •  
  • eBook PackagesEconomics and Finance

A Miséria da Diplomacia e a destruição da Inteligência, no Itamaraty, se estendem à Funag



A situação é tão deprimente, um verdadeiro atentado à inteligência, que transcrevo aqui o último capítulo de meu livro que deverá estar disponível em poucos dias: 

16. Meu ‘manifesto’ diplomático


Na condução de suas atividades, a Fundação Alexandre de Gusmão, do Itamaraty bolsonaristas, se dobrou – como tinha de fazê-lo por subordinação funcional de seu presidente de turno, que se esmera em ser um “soldado, na linha de frente dos combates” contra supostos inimigos do desgoverno do capitão — ao sectarismo doentio dos atuais mandantes da política externa (todos de fora da diplomacia profissional, com a exceção de um chanceler da carreira, mas ventríloquo e sabujo), e à estupidez fundamental que eles expressam, na inépcia que caracteriza a atual orientação diplomática do Brasil.
NUNCA, nem nos tempos do regime militar, se desceu tão baixo na escala da dignidade política e na expressão dos padrões de trabalho do Serviço Exterior brasileiro. O que está ocorrendo atualmente no Itamaraty é um rebaixamento INACEITÁVEL dos valores e princípios que SEMPRE guiaram a nossa política externa e nossa diplomacia, mesmo em momentos difíceis para o exercício de nossos deveres indeclináveis de defesa dos interesses da nação na frente externa.
A autonomia de postura internacional que pautava anteriormente nossa diplomacia e nossa política externa cedeu lugar ao mais vergonhoso servilismo, não simplesmente à poderosa nação hemisférica, mas ao chefe de um governo que encarna a mesma postura de desprezo pelo multilateralismo e pela cooperação internacional, entregue ao mais mesquinho jogo de exclusivismo nacional e de introversão hostil aos demais Estados membros da ONU. O pior, e o mais ridículo ainda, é que o atual governo despreparado do Brasil se esmera em proclamar sua submissão a esse chefe de Estado que proclama abertamente que coloca os interesses exclusivos de sua gestão acima e à parte de qualquer consideração pelos legítimos interesses dos demais membros da comunidade internacional.
Se ouso usar uma expressão forte para caracterizar o que nós, diplomatas profissionais, estamos vivendo, seja na Funag, seja na Secretaria de Estado das Relações Exteriores, eu claramente usaria o conceito de INFÂMIA. Nenhuma outra palavra descreve melhor a ruptura registrada e imposta a uma das mais importantes instituições de Estado, que deu contribuição inestimável para a construção do Brasil, como aliás expresso no título da obra que já nasceu clássica do embaixador Rubens Ricupero. Infâmia diplomática e degradação da política externa e das relações exteriores do Brasil, num contexto de isolamento internacional inédito e de rebaixamento extraordinário de nossa imagem externa.
Eis o que somos obrigados a suportar, numa fase que é, de longe, não a mais vergonhosa de nossa história institucional (porque ela não tem NENHUM precedente, sendo única numa trajetória de quase 200 anos), mas simplesmente a mais inqualificável por sua indignidade e mediocridade intrínsecas, alienadora de nossa soberania, e destruidora de padrões de conduta profissional e de valores morais que sempre caracterizaram nossa postura enquanto servidores do Estado brasileiro.

Em defesa do verdadeiro Itamaraty
Em 16 de maio de 2020, Rafael Moro Martins, jornalista do The Intercept Brasil, publicou um artigo intitulado “A boçalidade infectou o Itamaraty” (disponível em meu blog: https://diplomatizzando.blogspot.com/2020/05/a-bocalidade-contaminou-o-itamaraty.html). A matéria relata os eventos que estão sendo organizados pela Funag bolsolavista, para os quais apenas representantes medíocres dessa pretensa corrente política são convidados, em total desacordo com os objetivos estatutários da Funag, que são os de estimular pesquisas e debates sobre temas de interessante relevante da política externa e da diplomacia brasileira, em contato e cooperação com a comunidade acadêmica. Mas expresso meu desacordo com a frase final do artigo: “O Itamaraty está doente.”
Não, o Itamaraty não está doente. Quem está doente, ou já era, são aqueles que o levaram a tal situação de prostração intelectual. Todos sabemos quem são, e eles não escaparão do julgamento da História, ou pelo menos da minha história.
Eu diria que o Itamaraty, enquanto corpo profissional de alta qualidade, permanece totalmente imune — digamos, a 99,9% — ao bacilo da estupides e ao vírus da boçalidade olavista. Seus quadros continuam capazes de produzir posições, posturas, subsídios a processos racionais de tomadas de decisão, nos métodos de trabalho e nos padrões de excelente qualidade técnica, que sempre foram os seus ao longo da história.
Os convertidos – mais por oportunismo sabujo, do que por crença verdadeira – ao ataque de boçalidade conduzido conjuntamente (mas de forma descoordenada, como é próprio dos personagens) pelo capitão desmiolado e seu suposto guru expatriado (o Rasputin de subúrbio, o subsofista da Virgínia), são muito poucos na outrora Casa de Rio Branco, talvez dois ou três, no máximo, entre os quais se incluem o chanceler acidental e seu chefe de gabinete. 
Todos os demais diplomatas, ou dão continuidade normal a seus trabalhos, como sempre fizeram, ou permanecem silenciosos, esperando que o pesadelo termine. Alguns resolveram sair, pediram postos ou ficam enclausurados no silêncio.
Eu devo ser o único da ativa que ainda ousa falar abertamente, mas estou no limbo, lotado formalmente na Divisão do Arquivo, onde respondo a um Primeiro Secretário, de onde disparo estes meus petardos, recolhidos em meu “quilombo de resistência intelectual” (à estupidez e à boçalidade), que é o meu blog Diplomatizzando.
Alguns poucos, por vocação bajuladora, e/ou obsessão por promoção, por belos postos ou chefias remuneradoras, se deixam enredar no festival de patetices que emanam do Gabinete, na verdade controlado de fora, por dois ou três malucos, e amadores (pior que aprendizes) em política externa, anteriormente tutelados de longe por uma suposta “ala militar” que tampouco existe.
O Itamaraty de outrora, vibrante, participante, inteligente, converteu-se hoje em terra arrasada, sob o tacão dos ignaros que manipulam o chanceler acidental e seus subordinados.
Essa miséria destruidora da sua inteligência — como intitulei meu livro dedicado a estes tristes tempos, disponível livremente no meu blog — passará um dia, e vamos reconstruir a instituição em sua plenitude intelectual.
Os poucos que colaboraram ativamente na obra insana de desmantelamento de sua institucionalidade sentirão vergonha de terem servido de capatazes aos algozes de um momento, de uma fase que será superada. Eu pelo menos luto por isso, a que me obriga a minha consciência e minha honestidade intelectual.
Estou certo de expressar a opinião da quase totalidade de meus colegas da ativa, atualmente impedidos de se expressar livremente, por força de uma política de intimidação funcional também inédita em nossa trajetória institucional.


Paulo Roberto de Almeida
Brasília, 8-16 de maio de 2020



Agruras dos embaixadores brasileiros no exterior, sobretudo na França

Embaixada do Brasil em Paris é alvo de manifestações dias após embaixador brasileiro enviar carta ao LE Monde.

Fabiana Ceyhan
Jornalista por formação, Professora de Inglês (TEFL ,Teaching English as a Foreigner Language ) . Estudou Media Studies na Goldsmiths University Of London e tem vasta experiência como Jornalista da área internacional, tradutora e professora de Inglês. Poliglota, já acompanhou a visita de vários presidentes estrangeiros ao Brasil. Morou e trabalhou 15 anos fora do país

Projeto de livro (2010) sobre o Brasil no mundo, diplomacia, política externa, economia, integração - Paulo Roberto de Almeida

Em 2010, já tendo acumulado certo número de trabalhos - este projeto de livro, por exemplo, levou o número 2195 da lista de originais – agrupei os trabalhos mais significativos em duas listas, possivelmente pensando numa publicação de autor. A primeira, de caráter mais conjuntural, ou formada por artigos mais leves, e uma segunda, com ensaios de caráter mais estrutural, ou analítico.
Eis o esquema do segundo livro projetado.
Talvez aproveite alguns, ou a maioria, numa nova publicação, em 2020, ou seja, dez anos depois. O problema é que, neste intervalo de tempo, dezenas de novos itens foram agregados à lista, e que poderão, portanto, integrar novos projetos de livros.
Eis a nova lista: 
3677. “Listagem de ensaios de relações internacionais, de política externa e de história da diplomacia brasileira e sobre personalidades nessas áreas (para fins de seleção)”, Brasília, 21 maio 2020, 4 p. Para elaborar seleção de trabalhos a serem publicados. Postado no blog Diplomatizzando (link: https://diplomatizzando.blogspot.com/2020/05/listagem-de-trabalhos-sobre-relacoes.html).

Ou seja, de 3667 a 2195, são quase 1.500 trabalhos novos, dos quais certamente 5 ou 10% merecerão compilação em algum novo volume.
Paulo Roberto de Almeida

Diplomatizando 2
Sumário:

Prefácio: O Brasil, na região e no mundo...                                                                            9

Parte I:
O Brasil, na região e no mundo
1. Le Brésil à deux moments de la globalisation capitaliste et à un siècle de distance (1909-2009) (2020)
2. A ordem mundial e as relações internacionais do Brasil, 63 p (1960); Economia Internacional, Globalização e Regionalização”, 164 p. (1899); O Brasil nas relações internacionais do século 21: fatores externos e internos de sua atuação (1858) 
3. O Brasil e as relações internacionais no pós-Guerra Fria (2018) 
4. O Brasil no contexto da governança global (1946)
5. Obsolescência de uma velha senhora?: a OEA (2011)
6. A Estratégia Nacional de Defesa e a União das Nações Sul-Americanas (2151)
7. Convergências e divergências no regionalismo econômico e político da América do Sul: evolução histórica, dilemas atuais e perspectivas futuras”, 59 p. (1927)
8. O regionalismo latino-americano no confronto com o modelo europeu: uma perspectiva histórica de seu desenvolvimento”, Brasília, 17 maio 2008, 34 p. Resumo do trabalho 1844. (1889); As experiências de integração regional na América Latina”, Brasília, 13 maio 2008, 23 p. Revisão, redutora, do trabalho 1844, para fins de publicação (1887)
9. Mercosul, 1991-2011: percurso histórico, desafios e perspectivas (2179)
10. O Mercosul não é para principiantes: sete teses na linha do bom senso 
11. Por que a América Latina não decola: alguma explicação plausível?
12. Por que o Brasil avança tão pouco: sumário das explicações possíveis
13. Brasil: o que poderíamos ter feito melhor, como sociedade, e não fizemos?
14. Qual a melhor política econômica para o Brasil?: algumas opções pessoais
15. O que podemos aprender com a experiência dos demais países?
16. Nossa contribuição para o mundo: onde o Brasil poderia ser melhor (2144)

Parte IV: 
Política Externa e diplomacia do Brasil
17. A herança portuguesa e a obra brasileira: balanço e avaliação de dois séculos (1857)
18. A política comercial do Brasil no contexto internacional, 1889-1945 (1991)
19. Estratégia Nacional de Defesa (END): comentários dissidentes (1984)
20. A Arte de NÃO Fazer a Guerra: novos comentários à END (2066)
21. As crises financeiras internacionais e o Brasil desde 1929: 80 anos de uma história turbulenta (2013)
22. Finanças internacionais do Brasil na segunda metade do século XX
23. Relações econômicas internacionais do Brasil dos anos 1950 aos 1980
24. As relações Brasil-Estados Unidos do século XX ao século XXI (1918)
25. Non-Intervention: a political concept, in a legal wrap: a historical and juridical appraisal of the Brazilian doctrine and practice (2023)
26. O Brasil e a (finada) Alca: doze questões para um debate racional 
27. Pensamento e ação da diplomacia de Lula: uma visão crítica (2168 ?)
28. Política exterior do Brasil: potência regional ou ator global? (2134)
29. A dinâmica da relações exteriores do Brasil (2068)
30. Qual a melhor política externa para o Brasil?: algumas preferências pessoais
31. Dez novas regras de diplomacia

Posfácio: O que o Brasil pode ser, daqui para a frente                                                                    

Obras do autor

Postagem em destaque

Livro Marxismo e Socialismo finalmente disponível - Paulo Roberto de Almeida

Meu mais recente livro – que não tem nada a ver com o governo atual ou com sua diplomacia esquizofrênica, já vou logo avisando – ficou final...