quarta-feira, 8 de janeiro de 2025

Intervenção dos EUA no golpe militar vontra Goulart em 1964 - Felipe Loureiro (Jornal da USP)

 

O passado não pode ser desfeito, mas deve ser reparado: documento mostra apoio militar dos EUA ao golpe de 1964 no Brasil

Por Felipe Loureiro, professor do Instituto de Relações Internacionais da USP

  16/04/2024 - Publicado há 9 meses     Atualizado: 18/04/2024 às 21:28
Felipe Pereira Loureiro – Foto: Editora Unesp
Um dos debates mais acalorados quando se fala sobre o golpe militar de 1964 refere-se ao apoio norte-americano aos golpistas. Ainda há muitos que duvidam que Washington teria estado disposto a intervir militarmente no maior país da América Latina para depor o presidente João Goulart.

A dificuldade do tema está no fato de o apoio militar norte-americano, ao final das contas, não ter sido necessário. Como mostra de forma detalhada o novo livro de Heloísa Starling, A máquina do golpe, apesar de o governo Lyndon Johnson ter aprovado uma gigantesca força-tarefa naval para oferecer suporte logístico e militar aos conspiradores – operação que receberia o codinome de Grande Irmão –, essa força-tarefa acabaria sendo cancelada antes de chegar ao litoral brasileiro. Já que o governo Goulart cairia sem resistência, não tinha por que explicitar o apoio ianque a uma causa ganha.

Por mais que a Operação Grande Irmão esteja fartamente documentada, ainda pairam dúvidas sobre até onde Washington estaria disposta a ir. Tratava-se de oferecer somente armas, munições e combustível aos golpistas, ou será que o governo Johnson concebia ir além, atacando diretamente forças brasileiras por água e ar, além de desembarcar tropas em solo brasileiro?

Para responder a essa pergunta, o Núcleo de Apoio à Cultura e Extensão da Comissão Nacional da Verdade-Brasil (NACE CNV-Brasil) da USP publicou, no aniversário dos 60 anos do golpe de 1964, um documento bombástico que prova que os ianques estavam, sim, pelo menos concebendo uma ajuda militar de gigantescas proporções aos golpistas. Se concretizada, essa ajuda representaria a maior intervenção militar de uma potência estrangeira na história da América Latina.

Trata-se de um plano de contingência elaborado pela Embaixada norte-americana no Rio de Janeiro em 4 de novembro de 1963, ainda durante a presidência de John F. Kennedy, que previa três possíveis cenários de enfrentamento entre forças pró-Estados Unidos e o governo Goulart, e a ajuda norte-americana que seria necessária em cada um deles.

No primeiro cenário, os ianques pressupunham um ato explicitamente ilegal de Goulart, como o fechamento do Congresso Nacional, por exemplo, o que, segundo a Embaixada, não demandaria apoio logístico e militar norte-americano explícito, já que as Forças Armadas brasileiras, em sua maioria, resistiriam a um movimento desse tipo por parte de Jango.

Em outro cenário, a Embaixada projetava ações ambíguas de Goulart no sentido de cercear, bloquear ou até mesmo eliminar forças opositoras, o que provavelmente acabaria rachando as Forças Armadas brasileiras. Aqui a Embaixada previa, inicialmente, apoio explícito em termos de suprimentos de armas, munições e combustíveis, mas que poderia evoluir para algo muito maior em caso de uma guerra civil prolongada.

No último cenário (que, na verdade, é o segundo cenário na sequência apresentada pelo documento), previa-se o surgimento de uma confederação de Estados aliados aos Estados Unidos que proclamariam secessão do Brasil de Goulart.

Formada pelos Estados de São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, essa confederação se rebelaria contra o governo federal visando, obviamente, derrubar João Goulart, e isso sem que o presidente tivesse dado qualquer pretexto, explícito ou ambíguo, para tal.

Nesse impressionante cenário, a Embaixada ianque projetava a necessidade de uma gigantesca operação logística e militar dos Estados Unidos no Brasil em apoio à confederação. Dado que o governo Goulart, pelos cálculos da Embaixada, acabaria retendo o grosso das forças terrestres, aéreas e navais do País, a confederação rebelada não teria qualquer chance de vitória sem um suporte de grande magnitude de Washington.

E que suporte seria esse, exatamente? Tratava-se, nada mais, nada menos, de prover uma companhia inteira de Forças Especiais, composta de sete brigadas (dois mil soldados cada); uma companhia de engenharia; uma companhia para transporte aéreo leve; uma brigada aerotransportada, uma brigada de infantaria e um hospital móvel. Ao total, a Embaixada previa colocar algo em torno de 35 mil soldados ianques em solo brasileiro.

Isso sem contar toda a parte relativa à Marinha e à Aeronáutica, que envolveria, entre várias outras unidades, um porta-aviões, um porta-helicóptero, seis destroieres e sete esquadrões aéreos de diferentes características. Enfim, como dissemos, tratava-se de uma intervenção militar sem precedentes.

O plano de contingência também trazia um mapeamento detalhado sobre as distâncias e necessidade de reabastecimento para jatos entre as bases ianques no Canal do Panamá e aeroportos brasileiros, principalmente aqueles do Estado de São Paulo (Congonhas, Cumbica e Viracopos).

O plano apresentava ainda um mapeamento extensivo sobre a capacidade de refino e de estoque de vários tipos de combustíveis e alimentos para diferentes regiões brasileiras, com destaque para as cidades de Belém, Recife, São Paulo, Rio de Janeiro e Porto Alegre. Trazia, da mesma forma, uma listagem das principais rádios, com suas respectivas frequências, do Rio e de São Paulo.

É verdade que estamos falando de um plano de contingência, o que significa que se trata de uma projeção da Embaixada sobre possíveis cenários, e não de decisões que tivessem sido aprovadas oficialmente pelo governo Lyndon Johnson. No entanto, dado que Washington acabaria aprovando uma enorme operação logístico-militar de apoio ao golpe, é plausível supor que, se houvesse resistência por parte do governo Goulart, os Estados Unidos estariam prontos para intervir de forma muito mais significativa no território brasileiro.

Com tamanho apoio previsto aos golpistas, que certamente foi divulgado pelas lideranças dos movimentos a outros oficiais, pode-se entender o porquê de muitas lideranças das Forças Armadas que vinham se posicionando de forma neutra e até mesmo legalista terem debandado em manada a favor dos conspiradores.

Até hoje, essa impressionante e ilegal intervenção na política brasileira, com consequências tão dramáticas para o nosso país, que conviveria com uma ditadura de 21 anos como decorrência do golpe de 1964, ainda não resultou em um pedido oficial de desculpas por parte de Washington.

O passado não pode ser desfeito, mas pode e deve ser reparado. E os Estados Unidos devem uma reparação à sociedade brasileira por esse ato de indefensável violação à soberania nacional.

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(As opiniões expressas nos artigos publicados no Jornal da USP são de inteira responsabilidade de seus autores e não refletem opiniões do veículo nem posições institucionais da Universidade de São Paulo. Acesse aqui nossos parâmetros editoriais para artigos de opinião.)

terça-feira, 7 de janeiro de 2025

Duas insurreições, dois processos bem diferentes, nos EUA e no Brasil - Ishaan Tharoor, Benjamin Soloway (WP)

 Duas insurreições, dois processos bem diferentes, nos EUA e no Brasil


80 Anos do Brasil na ONU: a história da diplomacia e de uma vida - Paulo Roberto de Almeida (Aula magna, curso CACD)

 Preparando um texto informativo sobre o conteúdo da próxima aula, dita magna:

80 Anos do Brasil na ONU: a história da diplomacia e de uma vida
Paulo Roberto de Almeida, diplomata, professor.
Notas para Aula magna para o curso CACD, em 10/01/2025
1) Introdução: da ordem mundial do segundo pós-guerra à desordem atual
2) O Brasil, presente na criação da ordem mundial contemporânea, trajetória pessoal
3) Uma trajetória voltada para o estudo e a análise das relações internacionais
(...)



As universidades brasileiras como museus de teorias do século passado - Augusto de Franco (Revista ID)

Incrível como a esquerda brasileira, em especial o PT, está mentalmente atrasada. PRA 

As universidades brasileiras como museus de teorias do século passado

Augusto de Franco

Augusto de Franco, 98live (06/01/2025)

As esperanças de muitos intelectuais de esquerda - vejam que lamentável - é a candidatura do Boulos em 2026 em São Paulo. Acham que, se ele ganhar, há a possibilidade para empurrar uma coalizão progressista para a esquerda. Mas cabe perguntar: para quê?

  • Para apoiar a invasão de Taiwan e sua anexação pela ditadura chinesa?

  • Para apoiar os braços terroristas do Irã e o própria teocracia iraniana na sua guerra contra a democracia de Israel?

  • Para continuar apoiando Putin na sua guerra expansionista contra a Ucrânia e, depois, contra a Georgia, a Moldávia, os países bálticos e, quem sabe, até a Polônia e a Finlândia?

  • Para continuar tomando Cuba como grande referência ideológica e apoiando as ditaduras da Venezuela, da Nicarágua, de Angola?

  • Para liderar a adesão dos regimes eleitorais parasitados pelo populismo de esquerda - como México, Honduras, Colômbia, Bolívia, África do Sul, Angola, quem sabe Indonésia e o próprio Brasil - ao eixo autocrático (Rússia, Bielorrússia, China, Coreia do Norte, Irã, Cuba, Venezuela, Nicarágua etc.) contra as democracias liberais?

  • Para acabar com a autonomia do Banco Central e das Agências Reguladoras, subordinando-as ao governo e aparelhando-as de cima a baixo?

  • Para continuar sendo contra as privatizações e sabotando a lei das estatais?

  • Para acelerar e intensificar o uso político dos bancos públicos?

  • Para escolher complexos industriais estratégicos (ou "campeões nacionais") direcionando para eles investimentos públicos?

Se for para isso, o importante é que Boulos, caso dispute o governo de São Paulo em 2026, seja derrotado. Aliás, do ponto de vista da democracia liberal, a derrota de Boulos para a prefeitura da cidade de São Paulo em 2024 foi o evento mais significativo. A esquerda dependia disso para retomar o fôlego, de vez que já se sabia derrotada nas disputas municipais.

Mas é lamentável mesmo que as universidades continuem sendo museus de teorias dos séculos passados.

Os marxistas de academia (anticapitalistas universitários) acham que há um complô entre a banca (e os operadores do mercado financeiro) e os meios de comunicação (que não deveriam ficar divulgando índices da subida do dólar e de queda da bolsa) para obrigar o Lula a fazer corte de gastos (tirando-lhe com isso o poder de cumprir a promessa eleitoral de "colocar o pobre no orçamento").

Eles continuam com a mesma cantilena. Acham que o mercado financeiro é o malvadão da parada, responsabilizam uma suposta ordem neoliberal por todos os desastres – e não dizem uma palavra sobre a ameaça real de ascensão de um eixo autocrático (Rússia, China, Bielorrússia, Irã, Coreia do Norte, Vietnam, Cuba, Venezuela, Nicarágua, Angola etc.) – o maior, diga-se, já erigido no planeta em toda a história. Enfim...

É inexplicável - e também revelador - que (quase) nenhuma das análises produzidas pelos intelectuais de academia leve em conta, como fator central, o surgimento de um eixo autocrático em guerra contra as democracias liberais.

Por que? Ora, porque eles não prezam as democracias liberais. Mesmo com vergonha de dizer, para não cair no ridículo, eles continuam achando que a democracia liberal não passa de uma “democracia burguesa”. É sempre o marxismo que fala mais alto.

Sobre isso vale a pena explorar o relatório 2024 do World Justice Project (WJP), que elaborou um index e daí um ranking mundial de adesão ao Estado de direito (num universo de 142 países).

Dos 30 primeiros colocados quase a totalidade é composta por democracias liberais (V-Dem) ou por democracias plenas (The Economist Intelligence Unit). O índice é composto por 8 indicadores: 1) Restrições aos poderes do governo, 2) Ausência de corrupção, 3) Governo aberto, 4) Direitos fundamentais, 5) Ordem e segurança, 6) Aplicação da regulamentação, 7) Justiça civil e 8) Justiça criminal. O Brasil está na colocação 80, a Venezuela em último lugar, na posição 142.

Há problemas com o índice, claro (como há em qualquer índice). Por exemplo, no primeiro indicador deveriam ser consideradas restrições a todos os poderes (ou freios e contrapesos mútuos entre Executivo, Legislativo e Judiciário) e não apenas ao governo (stricto sensu). Não queremos um governo nas mãos do parlamento, mas não devemos querer também um parlamento nas mãos do governo (sob o pretexto da governabilidade). Ademais, não queremos que governo ou parlamento fiquem nas mãos da judiciário, nem um judiciário subordinado ao governo (sob o pretexto da defesa da democracia). Difícil equilíbrio, mas sem ele não há pleno Estado democrático de direito. Ademais, governos e judiciário existem em qualquer regime, mas parlamento livre e judiciário independente só nas democracias liberais.

De qualquer modo é mais um subsídio importante. Seria bom se o STF – com a ajuda dos universitários – nos explicasse por que estamos numa posição bem ruim em termos de adesão ao Estado de direito no Brasil (tão exaltado por seus ministros). Também seria bom conferir as posições dos países BRICS (o Brasil na posição 80, a China na 95, a Rússia na 113 etc.).

Vejamos os trinta primeiros colocados no ranking WJP Rule of Law Index (que mede a adesão ao Estado de direito): Dinamarca, Noruega, Finlândia, Suécia, Alemanha, Nova Zelândia, Luxemburgo, Holanda, Irlanda, Estônia, Austrália, Canadá, Austria, Japão, Reino Unido, Singapura, Bélgica, Lituânia, Coreia do Sul, Chequia, Letônia, França, Hong Kong, Uruguai, Espanha, EUA, Eslovênia, Portugual, Costa Rica e Malta.

Na América Latina e Caribe estão mais bem colocados do que o Brasil (uma vergonha para nós): Uruguai, Costa Rica, Barbados, Chile, Antigua e Barbuda, St. Kitts e Nevis, Santa Lúcia, São Vicente e Granadinas, Granada, Bahamas, Dominica, Jamaica, Argentina, Panamá, Trindade e Tobago, Guiana.

E os trinta piores colocados: El Salvador, Madagascar, Rússia, Níger, Angola, Honduras, Turquia, México, Guiné, Nigéria, Congo, Gabão, Zimbabue, Mali, Moçambique, Uganda, Bangladesh, Irã, Paquistão, Etiópia, Bolívia, Mauritânia, Camarões, Sudão, Egito, República Democrática do Congo, Nicarágua, Mianmar, Haiti, Afeganistão, Cambodja, Venezuela.

Entre os 30 piores colocados estão os aliados tradicionais do Brasil: a) os regimes eleitorais parasitados pelo populismo de esquerda (como Honduras, México e Bolívia); b) as ditaduras amigas (como Nicarágua, Venezuela e Angola - Cuba também estaria, mas não foi incluída no ranking pela falta de dados confiáveis); e c) os expoentes do eixo autocrático ao qual o governo Lula se alinha (hoje no BRICS, como Rússia, Irã, Egito, Etiópia, Turquia, Nigéria, Uganda).

Nas universidades brasileiras tudo isso passa em branco. Ninguém dá a menor bola. Porque o importante é lutar contra o neoliberalismo (ao estilo dos anos 90, do século 20) e contra o capitalismo (ao estilo dos anos 80, do século 19). Pelo menos nas áreas das chamadas “ciências humanas” nossas universidades viraram mesmo um museu de teorias dos séculos passados.

Revista ID é uma publicação apoiada pelos leitores.

O peso das sanções econômicas ocidentais vai paralisar vários projetos da Rússia de Putin: navio quebra gelo comprometido - Malte Humpert (gCaptain)

 

Russia’s first ice-capable LNG gas carrier beings trials. 

In a significant step to expand Russia’s domestic shipbuilding portfolio the Zvezda shipyard has completed work on its first LNG vessel. Ice-capable gas carrier Aleksey Kosygin departed from the yard near Vladivostok for sea trials on December 25. It is the first LNG carrier completed by a Russian yard, though key parts of the vessels were constructed in South Korea. The vessel will become part of the fleet to service Russia’s flagship LNG plant, Arctic LNG 2. The project has been plagued by delays due to escalating Western sanctions. Majority owner Novatek has struggled to secure ice-capable shipping capacity to service the project during winter. The company has thus far also been unable to find buyers for its LNG. Originally Arctic LNG 2 was designed to rely on a fleet of 21 ice-capable LNG carriers for year-round transport via the Arctic; none of which have been delivered. The Arc7 LNG carriers – 300 meters long and 48.8 meters wide – are designed for year-round independent navigation along the Northern Sea Route. With a 45 MW power plant and powerful icebreaking capabilities they can travel through ice up to 1.7 meters thick.

AIS data showing Aleksey Kosygin beginning sea trials. (Source: Shipatlas)

Following sea trials Aleksey Kosygin is expected to enter service in early 2025. South Korean firm Samsung Heavy Industries (SHI) constructed the more challenging blocks of the vessel. The hull up to the forward cargo bulkhead was towed to Zvezda in October 2021. The vessel was completed at Zvezda, including the installation of the gas membrane through French manufacturer GTT and propulsion components by European supplies MAN and Wärtsilä. SHI had been contracted to provide 15 hulls to Zvezda, but only delivered five of them before the sanctions environment prompted the cancellation of the contract in 2024. Over the past several years the five delivered hulls remained at various stages of construction prompting questions how many vessels Russia would be able to launch on its own.

Source: Malte Humpert in gCaptain


O crescimento das plataformas de direita não é apenas um fenômeno político: está no mundo dos negócios também: Rumble (Forbes Daily)

A extrema-direita está reforçando seu caixa com bilionários comprometidos com sua ideologia ultra-conservadora.

From: Forbes  Daily, Jan 7, 2025

DAILY COVER STORY
Rumble founder and CEO Chris Pavlovski   ZACH ROBERTS/NURPHOTO/ZUMA PRESS
Why The Founder Of The Right-Wing Video Platform Rumble Is Now A Billionaire
Read Article
TOPLINE
Plenty of people got presents at the end of December, but Rumble founder and CEO Chris Pavlovski had a particularly lucrative holiday season. 

On December 20, Pavlovski’s cash-strapped YouTube alternative, which claims the mantle of free speech and is popular with the political right, announced a $775 million investment from crypto giant Tether. That sent Rumble’s stock soaring by more than 100% over the next week and made Pavlovski a billionaire.

Forbes estimates that Pavlovski is now worth around $1.3 billion, thanks to his 25% stake in Rumble. And that’s with Rumble’s volatile stock down 15% to $13.77 per share Monday, after closing at a peak of $16.27 on December 26.

Not included in Forbes’ estimate of Pavlovski’s fortune: “earnout” shares and options that could boost his stake in Rumble to as high as 44%, if the company’s stock trades above $17.50 per share for 20 days in a 30 day period prior to September 2027—a scenario that now seems a little less outlandish than it did a month ago. 

“The strength in the stock has been driven by [an] improved balance sheet [due to] the Tether investment and the more favorable political backdrop for alternative news outlets,” says Wedbush analyst Scott Devitt.

WHY IT MATTERS
“Chris Pavlovski isn’t the first person to make a huge fortune from creating tech companies that appeal to conservatives—just look at the president-elect,” says Forbes reporter Kyle Khan-Mullins. “But Rumble’s takeoff and Pavlovski’s net worth boom signal that some investors believe such websites could pose a real threat to established Big Tech companies. What remains to be seen is whether Rumble can finally turn that cash into a profitable business or whether giants like YouTube and Amazon will ultimately win the day.”
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Postagem em destaque

Livro Marxismo e Socialismo finalmente disponível - Paulo Roberto de Almeida

Meu mais recente livro – que não tem nada a ver com o governo atual ou com sua diplomacia esquizofrênica, já vou logo avisando – ficou final...