Temas de relações internacionais, de política externa e de diplomacia brasileira, com ênfase em políticas econômicas, em viagens, livros e cultura em geral. Um quilombo de resistência intelectual em defesa da racionalidade, da inteligência e das liberdades democráticas.
O que é este blog?
Este blog trata basicamente de ideias, se possível inteligentes, para pessoas inteligentes. Ele também se ocupa de ideias aplicadas à política, em especial à política econômica. Ele constitui uma tentativa de manter um pensamento crítico e independente sobre livros, sobre questões culturais em geral, focando numa discussão bem informada sobre temas de relações internacionais e de política externa do Brasil. Para meus livros e ensaios ver o website: www.pralmeida.org. Para a maior parte de meus textos, ver minha página na plataforma Academia.edu, link: https://itamaraty.academia.edu/PauloRobertodeAlmeida;
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terça-feira, 13 de novembro de 2012
Livro Branco da Defesa - Rubens Barbosa
segunda-feira, 12 de novembro de 2012
Mais uma morte em posto diplomatico: evitavel?; inevitavel? - dois protestos
Não preciso de adjetivos ou palavras eloquentes para expressar minha desconformidade com o que vem acontecendo em certos postos, criados pela diplomacia ativa e altiva de certos protagonistas da fase recente.
Paulo Roberto de Almeida
Addendum em 17/11/2012: A AC Berenice Ferreira, segundo laudo médico efetuado por dois médicos especialistas, aferiu que a causa de sua morte não foi provocada por malário ou febre, mas por aneurisma. Fica, portanto, descartada a razão apressadamente alegada pelo sindicato e por colegas da vítima. Ainda que ela também tivesse sido afetada por malária, se tratava de doença contraída no Brasil em fase anterior, não diretamente relacionada a sua morte.
PRA
Esquizofrenia tributaria brasileira: reforma impossivel (Editorial Estadao)
O Brasil é um país condenado a só se reformar nas crises, de caráter fiscal ou de transações correntes.
Não existe pior situação política do que a inconsciência sobre os grandes problemas nacionais e a incapacidade de adotar as soluções que se impõem. A Argentina que o diga...
Paulo Roberto de Almeida
Defensores da guerra fiscal
domingo, 11 de novembro de 2012
Brasil e Paquistao: duas atitudes sobre a educacao
Leiam este excelente post do meu amigo Mário Machado, no seu blog Coisas Internacionais.
Paulo R. Almeida
Coisas Internacionais, 10 Nov 2012 03:54 PM PST
Qualquer pessoa minimante informada sobre os acontecimentos internacionais já ouviu falar da jovem Malala Yousafzai, a adolescente paquistanesa que é ativista pela educação das meninas de seu país, que foi alvejada por um terrorista covarde talibã e agora com apenas 15 anos luta pela vida em um hospital londrino.
Não há relativismo cultural no mundo que justifique que a luta pela educação feminina seja uma ofensa capital, não imagino uma pessoa normal que possa defender tal postura, só mesmo a mente deturpada de um radical pode concatenar vil ato. O atentado causou tamanha ojeriza que outras alas talibãs decretaram que o atirador responsável deve ser executado (resisto a escrever abatido). Normalmente não escrevo textos tão enfáticos, mas neutralidade nesse caso é uma espécie de aquiescência com esse ato que deve ser sempre repudiado e denunciado.
Hoje, 10 de novembro, o governo paquistanês realiza o Dia de Malala, esse dia, é claro, tanto serve para repudiar o ataque e reforçar a campanha para que as meninas tenham acesso a educação e sejam estimuladas por seus pais, como serve para que o governo paquistanês demonstre ao mundo que sua sociedade não é composta só de talibãs e que é de fato uma sociedade complexa com múltiplas correntes de opinião.
(Convido meus leitores a pesquisarem os projetos de Malala e inspirados por ela, que agora são espalhadas por outras províncias paquistanesas e o Google ta ai para nos ajudar nisso.)
Por um acaso, me deparei com os mais recentes desenvolvimentos da história de Isadora Faber, a garota catarinense que por meio do Facebook expõe as fragilidades da sua escola pública e dá seu olhar singular sobre os eventos em sala da aula.
Desde a primeira vez que ouvi falar no Diário de Classe tive duas certezas: que essa página ficaria famosa e que as represálias seriam pesadas e viriam de colegas e professores. Afinal, os acomodados, incompetentes, ineptos em geral detestam a publicidade. Na página a menina que compartilha sua visão dos fatos de modo corajoso e público, afinal, ela poderia ser uma anônima, mas dá a cara pra bater, aliás, essa metáfora está tragicamente perto de ser uma descrição factual, afinal até o Ministério Público estadual se envolveu para investigar as supostas ameaças e o apedrejamento da casa da família da jovem.
Não vou me arriscar em psicologismo barato e discorrer sobre a inveja que a notoriedade do Diário de Classe desperta em alguns dos colegas da menina, não nego que deve ser um fator, mas não tenho credenciais para enveredar nesse rumo.
Os textos do Diário de Classe, não são particularmente bem redigidos são apenas coletâneas de momentos vividos pela menina no dia-a-dia de sua escola e nesse sentido não são corrosivos, irônicos, ofensivos ou agressivos. Ela retrata uma escola normal, em que há tensão entre alunos “bagunceiros” e estudiosos, em que professores têm preferidos e outros que perseguem. Uma realidade que todos nós já vivemos em sala de aula.
A Isadora tem preferência por postar fotos do cardápio e das refeições da escola e isso tem um potencial problemático, por que a correlação entre o que é oferecido aos estudantes e o que o poder público paga pode conter alguma anormalidade. Chega a ser triste ler os comentários que dizem que o lanche está bom demais e ironizam a menina, mas que não procuram saber se correspondem ao orçamento da chamada “merenda escolar”. Não estou acusando ninguém de nada, que fique claro, apenas mostro como a página tem um potencial de controle social do orçamento público que é desconfortável para os políticos e burocratas.
Há um quê de muito ridículo quando adultos, professores, com formação superior se juntam para circular um manifesto que objetiva “um outro olhar” para refutar uma menina.
Pouco importa se há concordância ou não com o que escreve a menina, ela não pode ser alvo de intimidação para cessar de escrever, não quero viver num Brasil em que a página na internet de uma menina de 13 anos seja alvo de uma “fatwa” dos talibãs do comodismo, do status quo e da incompetência.
Quem diria que com tantas diferenças entre Brasil e Paquistão estaríamos unidos pelo radicalismo contra meninas que querem mais educação?
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Intervencionismo do governo: perdas para a sociedade
Recomendo, a propósito, este meu texto ainda não publicado, mas já disponível em meu site:
Intervencionismo governamental: Von Mises e a prática brasileira
Paulo Roberto de Almeida
As intervenções feitas pelo governo federal em alguns setores da economia, em nome do aumento da competitividade, já custaram 61,6 bilhões de reais para as empresas. A cifra corresponde ao valor de mercado perdido pelos setores elétrico, bancário e de telecomunicações na bolsa.
- Ações do setor elétrico despencam na Bovespa;
- Indenizações do setor elétrico somam R$ 20 bilhões;
- Governo confirma “pente-fino” no setor elétrico
- Anatel aprova plano de competição que beneficia pequenas operadoras;
- Nextel diz que aquisição da Unicel é “complementar”;
- Como Erenice fez da falência um negócio milionário
- Dilma mira o avanço, mas cai no protecionismo
(com Estadão Conteúdo)
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Empresas 'enquadradas' por Dilma perderam R$ 61 bilhões na Bolsa este ano
Agronegocio salva o Brasil: MST deve morrer de raiva...
Paulo Roberto de Almeida
Exportações brasileiras do agronegócio aumentam 11,8% em outubro
As maiores exportações no mês foram feitas pelo setor sucroalcooleiro, que embarcou 3,93 milhões de toneladas de açúcar, equivalentes a US$ 2,34 bilhões – aumento de 56,5% em comparação a outubro de 2011. No acumulado do ano, o destaque é o complexo soja, com vendas no valor de US$ 24,65 bilhões, que equivalem à expansão de 15,1% no período.
Webinar on new China leaders and the US
China’s New Leaders:
Implications for Foreign Policy and U.S.-China Relations.
Monday, November 19, 2012
1:30 to 3:00 p.m. ET
Exclusively avaialable via web or teleconference
Featuring
Jacques deLisle, Director FPRI Asia Program
University of Pennsylvania Law School
June Teufel Dreyer, Senior Fellow, FPRI, University of Miami
Vincent Wang, Senior Fellow, FPRI, University of Richmond
China’s top leaders, headed by Xi Jinping as Party General Secretary
and President and Li Keqiang as Premier, formally take power at the
Chinese Communist Party’s Congress in November (with state and
government positions formally conferred at the National People’s
Congress meeting the following spring). The full line-up of the ruling
Politburo Standing Committee remained uncertain on the eve of the
meeting, with a once-orderly if secretive arrangement thrown into tumult
by the Bo Xilai affair. Even in less tumultuous times, China’s leadership
succession process means that observers have only limited clues about
future leaders’ policy agendas. Further complicating the implications for
China’s foreign policy and U.S.-China relations is the U.S. presidential
election, held just days before China’s Party Congress. An FPRI webinar
discusses what to expect from China’s new leaders in terms of policy
toward the U.S., East Asia, cross-Strait relations, international economic
and security affairs and issues of domestic policy that affect China’s
place in the world. Panelists include FPRI senior scholars
Jacques deLisle, June Teufel Dreyer, and Vincent Wang.
To register for the free webinar/teleconference visit:
https://cc.readytalk.com/r/gphmux0210do
Listeners may submit questions online or via email.
Email your questions to questions@fpri.org.
For more information and updates visit:
http://www.fpri.org/events/2012/11/chinas-new-leaders-implications-foreign-policy-and-us-china-relations
or contact Harry Richlin at
(215) 732-3774, ext 102 or
Email: hr@fpri.org
About the Presenters
Jacques deLisle
Jacques deLisle is Director of FPRI’s Asia Program and Professor of
Law at the University of Pennsylvania, specializing in US-China relations,
Chinese politics and legal reform, cross-strait relations, and the
international status of Taiwan.
His publications in Orbis include “After the Gold Rush: The Beijing
Olympics and China's Evolving International Roles” (Fall 2009),
“Democratization in Greater China” (2004), “SARS, Greater China
and the Politics of Globalization and Transition” (Fall 2003) “Law’s
Spectral Answers to the Cross-Strait Sovereignty Question” (Fall 2002),
“The Roles of Law in the War on Terrorism” (Spring 2002), and
“Humanitarian Intervention: Legality, Morality, and the Good
Samaritan” (Fall 2001).
He regularly publishes commentaries on Asian affairs as FPRI E-notes
and in other media. Other recent scholarly publications include
“Exceptional Powers in an Exceptional State: Emergency Powers Law
in China” in Emergency Powers Law in Asia (Victor V. Ramraj and
Arun K. Thiruvengadam, eds. forthcoming 2009); “The Other China
Trade Deficit: Export Safety Problems and Responses” in Import
Safety: Regulatory Governance in the Global Economy
(Cary Coglianese, David Zaring, and Adam Finkel, eds.
forthcoming 2009); “Development without Democratization? China,
Law and the East Asian Model” in Democratizations: Comparisons,
Confrontations and Contrasts (Jose V. Ciprut, ed. 2009); “International
Contexts and Domestic Pushback” in Democratization in Greater
China (Larry Diamond and Bruce Gilley, eds. 2008); “‘One World,
Different Dreams’: Assessing the Struggle to Define the Beijing
Olympics” in Owning the Olympics: Narratives of the New China
(Monroe E. Price and Daniel Dayan, eds., 2008); and “Legalization
without Democratization in China Under Hu Jintao” in China’s
Changing Political Landscape: Prospects for Democracy
(Cheng Li, ed. 2008)
His articles also have appeared in Sino-American Relations,
University of Pennsylvania Journal of International Economic
Law, American Society of International Law Proceedings,
Harvard Asia Quarterly, and edited volumes. He serves regularly
as an expert witness on issues of P.R.C., Hong Kong and Taiwan
law and government policies. He is a member of the National
Committee on U.S.-China Relations, vice-chair of the Pacific Rim
section of the American Society of International Law, and a
consultant, lecturer and advisor to foreign-assisted legal reform,
development and education programs, primarily in the PRC. He
received a J.D. and graduate education in political science at Harvard.
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June Teufel Dreyer is Professor of Political Science at the University
of Miami, Coral Gables, Florida. Formerly senior Far East Specialist
at the Library of Congress, she has also served as Asia policy advisor
to the Chief of Naval Operations and as commissioner of the United
States-China Economic and Security Review Commission established
by the U.S. Congress. Dr Dreyer’s most recent book is China’s
Political System: Modernization and Tradition, eighth edition, 2012.
She recently served as keynote speaker for the National Security
Agency’s annual conference.
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Vincent Wei-Cheng Wang is Professor of Political Science and
Chairman of the Department at the University of Richmond,
specializing in international political economy and Asian studies.
He has been a Visiting Professor or Fellow at National Chengchi
University (Taipei), National Sun-Yat-sen University
(Kaohsiung, Taiwan), El Colegio de Mexico, and Institute for Far
Eastern Studies, Kyungnam University (Seoul, South Korea).
He received his Ph.D. from the University of Chicago. His latest
and forthcoming publications cover the China-India rivalry,
the rise of China, and China-Taiwan relations.
To register for the free webinar/teleconference visit:
https://cc.readytalk.com/r/gphmux0210do
FPRI, 1528 Walnut Street, Suite 610
Philadelphia, PA 19102-3684
Tel: (215) 732-3774
www.fpri.org
sábado, 10 de novembro de 2012
The Goodfellows Business Inc (negocios companheiros)
Paulo Roberto de Almeida
Como transformar a empresa falida do marido num negócio multimilionário
- Nextel diz que aquisição da Unicel é complementar
O fracasso da ajuda ao desenvolvimento, Deutsche Welle
Documentário alemão reflete sobre erros da ajuda ao desenvolvimento
Pre-sal saiu mais salgado que o previsto - Editorial Estadao
Hoje se paga o preço pela irresponsabilidade, ganância, equívocos.
Paulo Roberto de Almeida
A deturpação do royalty
Editorial O Estado de S.Paulo, 10/11/2012
Processos decisorios na diplomacia brasileira - artigo PRAlmeida
1707. “Processos decisórios no âmbito da política externa do Brasil”
Revista Porto (Natal: Programa de Pós-Graduação em História da UFRN; vol. 1, n, 2, 2012, p. 24-43; link:http://periodicos.ufrn.br/index.php/porto/article/download/2196/1612).
Relação de Originais n. 2369.