Temas de relações internacionais, de política externa e de diplomacia brasileira, com ênfase em políticas econômicas, em viagens, livros e cultura em geral. Um quilombo de resistência intelectual em defesa da racionalidade, da inteligência e das liberdades democráticas.
O que é este blog?
Este blog trata basicamente de ideias, se possível inteligentes, para pessoas inteligentes. Ele também se ocupa de ideias aplicadas à política, em especial à política econômica. Ele constitui uma tentativa de manter um pensamento crítico e independente sobre livros, sobre questões culturais em geral, focando numa discussão bem informada sobre temas de relações internacionais e de política externa do Brasil. Para meus livros e ensaios ver o website: www.pralmeida.org. Para a maior parte de meus textos, ver minha página na plataforma Academia.edu, link: https://itamaraty.academia.edu/PauloRobertodeAlmeida;
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quinta-feira, 26 de março de 2015
Contexto Internacional: Call for Proposals – Special Issues 2016
Call for Proposals – Special Issues 2016
The Editors of Contexto Internacional: journal of global connections invite proposals for Special Issues for the year 2016. Editors welcome proposals that promote and encourage the development of International Relations (IR), with a particular scope in the dynamics and challenges experienced within and around the Global South. Submissions that contribute to an understanding of the plurality of perspectives present in the field of IR and that advance our understanding of the connections between situated knowledges and global affairs are therefore preferred. Up to two special issues will be published in 2016.
Contexto Internacional is one of the leading journals in international relations within Brazil. Submissions in English, French, Portuguese and Spanish are accepted. Contexto is published in English three times a year.
Proposals will be reviewed in the language of submission. If the review process results in a decision to publish, it is the responsibility of the author alone to translate the article into English. All contributions are submitted to double blind peer review and are rigorously evaluated by experts.
Normally, a special issue includes 5-7 research articles speaking to a common theme / set of questions. The articles are selected through an open call for contributions. The articles should follow the standard guidelines for submissions and will be subjected to the same blind peer review process as normal articles. In collaboration with the Contexto editorial team, the Guest Editor(s) will formulate the call for papers and select the articles to be peer reviewed, oversee the review process, and be involved in finalizing the editorial. The total length of the proposal should not exceed 4000 words.
Proposal for special issues must include: 1. Title of Special Issue, 2.Name, affiliation, contact details, and short bio of Guest Editor(s),3. Brief statement about the issue theme, 4. A rationale justifying the proposal, 5. Titles, abstracts, and five keywords of any article the Guest Editor would like to include and 6. Names, affiliation, and contact details of each contributor.
Proposals for special issues are to be submitted by May 15, 2015.
Acceptance decisions will be announced in June 2015.
Proposals and correspondence should be directed to Carolina Moulin,
Editor: contextointernacional@puc-rio.br
For more information about Contexto Internacional, consult the journal’s webpage: http://contextointernacional.iri.puc-rio.br
Individual research articles as well as review essays can be submitted on a continuous basis. See our instructions for authors at: http://contextointernacional.iri.puc-rio.br
Carolina Moulin, IRI/PUC-Rio (Editor)
Alina Sajed, McMaster University (Associate Editor)
Anna Leander, Copenhagen Business School and IRI/PUC-Rio (Associate Editor)
Roberto Yamato, IRI/PUC-Rio (Associate Editor)
Petrobras: sua destruicao pelos companheiros mafiosos - novos processos no exterior
Duas novas ações são protocoladas nos EUA contra a Petrobras
Processos pedem o ressarcimento de prejuízos por investimentos em ADRs e títulos de dívida, negociados entre maio de 2010 e janeiro de 2014
- Atualizado em
Duas novas ações judiciais foram protocoladas contra a Petrobras na Justiça americana. Ambas pedem o ressarcimento de prejuízos por investimentos em ADRs (recibo de ações na Bolsa de Nova York) e em títulos de dívida da companhia brasileira, negociados entre maio de 2010 e janeiro de 2014. Segundo o jornal Folha de S. Paulo, um dos processos é movido pela gestora de fundos Skagen, da Noruega, o grupo Danske, com subsidiária na Dinamarca e em Luxemburgo e a gestora Oppehneimer, com sede em Nova York.
Duas das gestoras envolvidas nesse novo processo, Skagen e Danske, participavam de um ação coletiva contra a estatal brasileira, também movida na Corte de Nova York. Elas queriam liderar o processo, mas o juiz do caso, Jed Rakoff, apontou outro grupo, o fundo de pensão de professores e pesquisadores do USS, do Reino Unido, como investidor líder. Após a decisão, segundo Bailer Nicholas, um dos advogados do grupo que reúne Skagen, Danske e Oppenheimer, eles decidiram sair e "dar início a um processo próprio".
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Petrobras: Superfaturamento será contabilizado como perda em balanço
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Além da Petrobras, o novo processo tem como réus os bancos responsáveis por distribuir títulos da dívida da companhia no mercado americano, como Citigroup, JP Morgan, HSBC, Banco do Brasil, entre outros. A segunda nova ação foi protocolada em nome do fundo do grupo Dimensional.
(Da redação)
Mais Medicos, Mais Cubanos, Menos Itamaraty, Menos Transparencia - Veja
O Itamaraty foi chamado a colaborar. E colaborou, como bom colaboracionista que é. Integralmente. Sem levar sequer comissão nas transações, como é de seu feitio correto e a favor do bom cumprimento do dever...
Paulo Roberto de Almeida
Mais Médicos: a ordem era ignorar o Itamaraty
Áudio de reunião no Ministério da Saúde revela que a diplomacia oficial era excluída das decisões sobre a contratação de médicos cubanos
Veja,
Em um trecho da conversa (reproduzido abaixo), a representante da Opas, Maria Alice Barbosa Fortunato - que foi indicada para a função pelo então ministro da Saúde Alexandre Padilha - sugere que o Ministério das Relações Exteriores seja ignorado na discussão do plano para acobertar o verdadeiro objetivo do convênio com a Opas: ocultar o fato de que a contratação de médicos cubanos era um acordo bilateral entre Brasil e Cuba. O então assessor jurídico do Ministério da Saúde, Jean Uema, afirma na gravação que o Itamaraty pode reclamar e pergunta se todos estão dispostos a ignorar a pasta. E, como prova de que o Itamaraty não teria poder para atrapalhar o acordo, Uema afirma que "o programa é da Dilma". O Mais Médicos foi um dos mais importantes elementos da campanha de reeleição da presidente, apesar de seu impacto no atendimento à população ter sido amplamente exagerado.
Os participantes aceitam a sugestão de Uema e tratam com desdém os servidores do Itamaraty. O então chanceler Antonio Patriota é chamado de "Cabelinho" por Kleiman e Maria Alice, que afirma não confiar no ministro para a realização da operação que eles desenhavam clandestinamente. Kleiman revela que Marco Aurélio Garcia tratou dos termos do acordo bilateral diretamente com os cubanos.
Eis os trechos da gravação. As frases precedidas de (?) indicam um participante da reunião cujo nome não foi possível identificar.
Alberto Kleiman - Você manda o texto antes, eles veem (Advocacia Geral da União)...
Maria Alice - Agora, sinceramente, eu não sei se a gente tinha que mandar para o MRE (Ministério das Relações Exteriores), não...
(?) - Manda depois...
Maria Alice - É, depois. Aquela mulher (do MRE) que foi para reunião na AGU, me poupe. Ela não sabia de nada.
(?) - O que vocês está dizendo, Jean, é que a rigor, a rigor, não passaria...
Jean Uema - Gente! Esse programa. O programa é da Dilma.
(?) - Tudo bem . É isso que eu quero entender. Vai passar.
Jean Uema - Vocês topam sem mostrar para eles (MRE)? Depois vai dar uma m... e ai eles vão falar. "Cadê? Porque não passou aqui?"
(?) - A regra é essa. Mas é a mesma coisa que a gente fez com o edital e a portaria...
Jean Uema - Isso...
Alberto Kleiman - Arnaldo Coelho: "A regra é clara".
(Risos)
(?) - Não passaria. Fora este caso.
Alberto Kleiman - Eu passaria por último. Por que ali está vazando mais que o Wikileaks. Eu ia mandar um e-mail. Um emailzinho para nosso amigo Cabelinho (o então ministro das Relações Exteriores Antonio Patriota)
Maria Alice - Ah! Tu também chama ele de Cabelinho?
(Risos)
Maria Alice - Eu não confio no Cabelinho, não...
Alberto Kleiman - A gente está dialogando com as coisas de Cuba sem ter nenhuma decisão tomada em alto nível. Era coisa de 300 (médicos). Depois 1.000 por mês. Aliás, essa dos 1.000 por mês já mudou para 1.000 e pouco. Estão falando em 4.000 até o final do ano.
Maria Alice - Sempre foi.
Alberto Kleiman - Não. Na semana passada, eu saí aqui da reunião para falar para o Marco Aurélio (Garcia) que eram 300 agora e 1.000 em outubro. Outubro, novembro e dezembro. Era 1.000 cada mês.
(?) - O Marco Aurélio falou com o embaixador?
Alberto Kleiman - Falou hoje. A gente estava lá. Falou com o embaixador de Cuba.
quarta-feira, 25 de março de 2015
Tesoureiro petralha: mas ele roubava para o partido, certo? E agora TSE?
A Ordem Internacional e o Progresso da Nacao: estado da arte (ordem? progresso?, onde eu li isso?) - Paulo Roberto de Almeida
Não coloco aqui por exibição, mas para que me cobrem o término...
Fazem dez anos que prometi escrever. Agora é ou vai ou racha, boom or bust...
Paulo Roberto de Almeida
A frase (equivocada) do seculo (e meio), e uma autocritica - Karl Marx, Paulo Roberto de Almeida
Que seja, mas vamos ao trecho em questão:
The mode of production of material life,” Marx wrote, “conditions the general process of social, political and intellectual life”: economic developments give rise to politics, not the other way round. And economics will determine the politics of Britain’s relationship with the EU.
Bem, eu também fui adepto desse tipo de pensamento, quando comecei a ler Marx, bem jovem aliás, e acreditei piamente que ele estava correto.
A frase me parece sair de um texto de juventude (ou primeira maturidade), A Ideologia Alemã (1845) ou mais provavelmente da Introdução à Contribuição à Crítica da Economia Política (1851), e reza assim:
O modo de produção da vida material condiciona o processo geral da vida social, política e intelectual.
Bem, qualquer pessoa sensata saberia hoje reconhecer que se trata de um equívoco fundamental, e que a vida intelectual pode não ter absolutamente nada a ver com a vida material, como aliás provam todos os dias os companheiros. A despeito de se proclamarem partido dos trabalhadores, o conjunto de medidas que eles tomaram no governo privilegiaram, antes de mais nada, sobretudo, principalmente, essencialmente (etc., etc., etc.) a burguesia, ou seja, industriais e banqueiros.
Alguém quer me desmentir?
Paulo Roberto de Almeida