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Este blog trata basicamente de ideias, se possível inteligentes, para pessoas inteligentes. Ele também se ocupa de ideias aplicadas à política, em especial à política econômica. Ele constitui uma tentativa de manter um pensamento crítico e independente sobre livros, sobre questões culturais em geral, focando numa discussão bem informada sobre temas de relações internacionais e de política externa do Brasil. Para meus livros e ensaios ver o website: www.pralmeida.org. Para a maior parte de meus textos, ver minha página na plataforma Academia.edu, link: https://itamaraty.academia.edu/PauloRobertodeAlmeida;

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sábado, 25 de julho de 2015

Suely Caldas: "O PT entortou o Estado" (Estadao)

Pior que isso: corrompeu, roubou, deformou as instituições, desmantelou a economia e prostituiu a política. Numa palavra: matou um Brasil viável.
Paulo Roberto e Almeida 

Leia Mais:http://economia.estadao.com.br/noticias/geral,o-pt-entortou-o-estado,1719575
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Corrupcao petralha perto do fim? Apenas uma questao de tempo? Hesito em afirmar...

O Brasil só vai dormir tranquilo, e poder, finalmente, começar a reconstruir tudo o que foi destroçado pelas saúvas mafiosas nos últimos treze anos, depois que o chefão da quadrilha for preso, condenado e trancafiado, e sua associação criminosa cassada legalmente. 
Até lá vivemos em sursis. 
Vai acontecer?
Não sei...
Paulo Roberto de Almeida 

24/07/2015

 às 20:13 \ BrasilCultura

BOMBA DA VEJA! Léo Pinheiro entrega Lula e Lulinha! Pegaram o “chefe” do petrolão! Brasiiiiilllll!

A casa caiu para o “chefe”!

A VEJA desta semana revela uma bomba atômica – um míssil nuclear! – com exclusividade.

E este blog antecipa em primeira mão.

Lula capa VEJA

Reproduzo a chamada de capa: “Amigo de Lula, o empreiteiro Léo Pinheiro decidiu contar ao ministério público tudo o que sabe sobre a participação do ex-presidente no petrolão e como o filho Lulinha ficou milionário”.

Léo Pinheiro, que chama Lula de “chefe”, havia avisado.

Em abril, VEJA antecipou três bombas do presidente da OAS:

1) Induzido por Lula, o empreiteiro mandou reformar o sítio que está em nome de um sócio do filho Lulinha, mas que Lula diz ser seu.

* Veja AQUI.

2) Léo Pinheiro recebeu de um emissário de Lula a missão de arranjar serviço e dinheiro para o marido de Rosemary Noronha, a amante de Lula que ameaçava contar tudo que sabia dos esquemas do petista após ser abandonada.

* Veja AQUI.

3) Léo Pinheiro contou como Lula virou dono do tríplex no edifício Solaris, no Guarujá (SP), em uma das oito obras assumidas pela OAS depois da quebra em 2006 da Bancoop, então presidida por João Vaccari Neto.

* Veja AQUI.

Agora VEJA traz a história completa, com muito mais novidades. Não perca.

O Brahma não está numa fase muito boa, não.

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Obrigado, Léo

Felipe Moura Brasil ⎯ http://veja.abril.com.br/blog/felipe-moura-brasil

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sexta-feira, 24 de julho de 2015

Brics: um relatorio do Ipea

Tenho por hábito só escrever coisas com as quais eu me sinto confortável, ou seja, quando exista alguma empatia entre o assunto e o seu analista, no caso, este escrevinhador.
A despeito de eu saber muita coisa sobre os Brics, e até de ter escrito um capítulo sobre o Brasil nos Brics, para um livro publicado em Portugal ainda recentemente, creio que eu não saberia escrever qualquer capítulo, ou seção para o relatório abaixo.
Não é que me faltasse capacidade, mas é que eu não saberia encontrar coisas muito positivas para dizer sobre cada uma dessas áreas no formato Brics.
Estou certo de ser entendido...
Paulo Roberto de Almeida

IPEA. Relatório sobre os BRICS foi entregue a chefes de Estado. Ipea coordenou a elaboração do documento do Conselho de Think Tanks apresentado na cúpula de Ufá.
24/07/2015.

Chefes de Estado dos cinco países que formam os BRICS receberam na recente cúpula em Ufá, na Rússia, o documento Towards a long-term strategy for BRICS (Rumo a uma estratégia de longo prazo para os BRICS, em tradução livre). Essa é a proposta do Conselho de Think Tanks dos BRICS para o futuro da parceria entre os cinco países – Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. A elaboração do texto foi coordenada pelo Ipea, think tank oficial do Brasil junto ao bloco.

O texto é dividido em cinco capítulos: Promovendo a Cooperação para o Desenvolvimento e Crescimento Econômico; Governança Política e Econômica; Justiça Social, Desenvolvimento Sustentável e Qualidade de Vida; Paz e Segurança; e Troca de Conhecimento e Inovação para o Progresso. A cúpula dos chefes de Estado ocorreu no dia 9 de julho, com a presença da presidenta Dilma Rousseff.

Entre as várias recomendações listadas, estão a necessidade de os países ampliarem posições nas cadeias globais de valor, reduzirem gradualmente as desigualdades sociais, desenvolverem novos produtos financeiros para segmentos específicos das populações, buscarem a reforma do Conselho de Segurança da ONU, trocarem experiências bem-sucedidas na área social e facilitarem a emissão de vistos para pesquisadores.

Também é sugerida a criação de um centro de pesquisas sobre políticas sociais dos BRICS, de um fórum de debates sobre controle de armas e não-proliferação e de um instituto para inovação e tecnologia. O documento entregue aos chefes de Estado é mencionado na declaração final da cúpula de Ufá como uma iniciativa bem-vinda. O texto começou a tomar forma durante a terceira reunião do Conselho de Think Tanks, em março de 2014, no Rio de Janeiro, organizada pelo Ipea.

Towards a long-term strategy for BRICS - A proposal by the BRICS Think Tanks Councilhttp://www.ipea.gov.br/portal/images/stories/PDFs/150724_brics_long_term_strategy.pdf

Cartoes corporativos da PR: mais um dos crimes economicos dos petralhas

A matéria abaixo trata apenas dos gastos abusivos dos cartões corporativos da amante daquele que já foi chamado de grande Apedeuta (e de outros nomes também), ademais de mencionar en passant algumas fofocas que se sabe sobre o uso dos demais cartões corporativos em uso pelos mandarins do partido totalitário.
Na verdade, não é apenas em relação a esse caso que o segredo a pretexto de "segurança nacional" deveria ser levantado, mas em relação a TODOS os demais cartões de todos os órgãos da República.
É um escárnio contra todos nós, contribuintes compulsórios dos impostos extorsivos, que esses gastos sejam considerados segredos, como se esses tipos de ato, e sua divulgação pública, fossem atentar contra a "segurança nacional" (de quem, para ser mais exato?, do Brasil?).
Uma vergonha que esse tipo de abuso continue sendo perpetrado contra nós...
Na verdade, nem se trata de crime econômico, mas de crimes comuns, mesmo...
Paulo Roberto de Almeida

LULA & ROSE
Carlos Newton
Da edição digital da Tribuna da Imprensa, 24/07/2015
 
Está chegando ao final um dos maiores mistérios da República. Os autos do Mandado de Segurança 20895, impetrado pelo repórter Thiago Herdy e por O Globo já estão conclusos desde 27 de março, na mesa do ministro Napoleão Nunes Maia Filho, do Superior Tribunal de Justiça, para que mande cumprir o acórdão da 1ª Seção da corte, que autorizou o acesso aos dados do cartão corporativo do governo federal usado pela ex-chefe da representação da Presidência da República em São Paulo, Rosemary Nóvoa de Noronha.
O tribunal acolheu pedido feito pela rede de jornais Infoglobo e pelo jornalista Thiago Herdy Lana para terem acesso aos gastos, com as discriminações de tipo, data, valor das transações e CNPJ/razão social.

TÓRRIDA PAIXÃO
Como se sabe, desde a década de 1990, quando se conheceram no Sindicato dos Bancários de São Paulo, numa reunião conduzida pelo dirigente sindical João Vaccari Neto, Rosemary era concubina do então líder sindical Luiz Inácio Lula da Silva.
Em 2003, ao assumir o poder, Lula trouxe a companheira para perto de si, nomeando-a para o importante cargo de chefe de gabinete da Presidência da República em São Paulo. E o romance prosseguiu, com o presidente usufruindo da companhia de Rose em 32 viagens internacionais que tiveram a ausência da primeira-dama.
Tudo continua bem, até que novembro de 2012, já no governo Dilma Rousseff, Rose acabou envolvida na Operação Porto Seguro, da Polícia Federal, que investigou venda de pareceres técnicos para liberação de obras favorecendo empresas privadas, foi imediatamente demitida e está respondendo a processo.

DILMA USOU ROSE
Desde 2013, já rolava na Justiça o mandado de segurança apresentado pelo repórter Thiago Herdy e pelo O Globo para quebrar o sigilo dos gastos do cartão de Rose, sob argumento de que o acesso a documentos administrativos tem status de direito fundamental, consagrado na Constituição Federal e em legislação infraconstitucional.
Em 2014, quando cresceu no PT o movimento “Volta, Lula”, para que o ex-presidente Lula fosse candidato, Dilma Rousseff resistiu e não quis abrir mão da candidatura. Lula insistiu e ela então lançou sobre a mesa a cartada decisiva, ameaçando divulgar os absurdos gastos de Rose no cartão corporativo da Presidência, que se tornariam um escândalo capaz de destruir a campanha eleitoral do PT, Lula foi obrigado a recuar.

DIREITO LÍQUIDO E CERTO
Para o relator do caso no STJ, ministro Napoleão Nunes Maia Filho, a recusa de fornecer os documentos e as informações a respeito dos gastos efetuados com o cartão corporativo, com o detalhamento solicitado, constitui violação ilegal do direito líquido e certo da empresa e do jornalista de terem acesso à informação de interesse coletivo, assegurado pela Constituição e regulamentado pela Lei 12.527/11 (Lei de Acesso à Informação).
“Inexiste justificativa para manter em sigilo as informações solicitadas, pois não se evidencia que a publicidade de tais questões atente contra a segurança do presidente e vice-presidente da República ou de suas famílias, e nem isso ficou evidenciado nas informações da Secretaria de Comunicação”, afirmou em seu parecer.
“A divulgação dessas informações seguramente contribui para evitar episódios lesivos e prejudicantes; também nessa matéria tem aplicação a parêmia consagrada pela secular sabedoria do povo, segundo a qual é melhor prevenir do que remediar”, concluiu o ministro, que vai mandar cumprir a sentença do STJ.

O PT VAI ÀS COMPRAS
Segundo o jornalista Cláudio Humberto, do site Diário do Poder, nos governos petistas de Lula e Dilma, de 2003 a 2015, os gastos com cartões corporativos já somaram R$ 615 milhões, o que significa mais de R$ 51 milhões por ano, enquanto em 2002, último ano do governo FHC, a conta dos cartões foi de R$ 3 milhões.
Cerca de 95% dessas despesas são “secretas”, por decisão do então presidente Lula, que alegou “segurança do Estado”, após o escândalo de ministros usando essa forma de pagamento em gastos extravagantes, como pagar tapiocas, resorts de luxo, jantares, cabelereira, aluguel de carro, etc.
Humberto diz que a anarquia chegou ao ponto de um alto funcionário do Ministério das Comunicações quitar duas mesas de sinuca usando o cartão, enquanto em São Bernardo, seguranças da família do então presidente Lula pagavam equipamentos de musculação com cartão corporativo e compraram R$ 55 mil em material de construção para a filha dele, Lurian.
Quando o sigilo for quebrado, esta nação vai estremecer. Será divertido, podem esperar.

Contencioso territorial Venezuela-Guiana: uma disputa que interessa tambem ao Brasil

O contencioso não tem razão de ser, de existir, ou de prosseguir. Mas se for discutido, abordado, falado, tratado em reuniões formais ou informais, diplomáticas ou não, seria bom ter presente o seguinte aspecto.


O contencioso Venezuela-Guiana tem um agravante ainda mais preocupante do que o mencionado neste editorial do Estadão, com implicações para a nossa diplomacia, ainda que por motivos puramente históricos atualmente: o fato de envolver território "brasileiro". Explico. Ao adjudicar à Grã-Bretanha boa parte do território disputado naquela região com o Brasil, que atuou no diferendo por arbitragem por meio de Joaquim Nabuco (mas com base nos excelentes estudos de cartografia histórica feitos por Rio Branco), o rei italiano (presidente) acabou concedendo aos britânicos território que o Brasil considerava como seu, com base nos memoráveis esforços de penetração feitos pelos portugueses na era colonial. Ora, se a Venezuela contesta as fronteiras atuais, ela de fato está querendo avançar sobre território "brasileiro", ou que deveria sê-lo, se por acaso as fronteiras históricas forem contestadas segundo uma cronologia que antecede a arbitragem do final do século 19. A diplomacia brasileira não pode ficar indifente a esse avanço ilegítimo dos venezuelanos sobre terras que poderiam ser brasileiras, e que só estão atualmente sob a soberania da Guiana porque o rei italiano queria agradar e ficar com os ingleses mais de um século atrás.
Paulo Roberto de Almeida 

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Uma disputa sob encomenda
Editorial O Estado de S. Paulo,. 22 Julho 2015

Nada como um bom contencioso internacional para alimentar o discurso nacionalista e patriótico do presidente Nicolás Maduro, que tenta com isso aliviar a pressão exercida pela crise profunda que o chavismo provocou na Venezuela. A secular reivindicação territorial sobre um pedaço da vizinha Guiana está sendo retomada agora com renovado vigor, em razão da anunciada descoberta de petróleo naquela região. É uma combinação perfeita para a retórica rastaquera de Maduro: ao suposto roubo do território no século 19, patrocinado pelo Império Britânico, soma-se a exploração “imperialista”.
A reivindicação sobre o território conhecido como Essequibo é um tema que une os venezuelanos. Mesmo uma parte da oposição ao chavismo considera válido exigir a devolução da área, embora tal demanda tenha remotíssimas chances de ser atendida – pois o Essequibo representa nada menos que 62% do território da Guiana. É, portanto, um assunto capaz de mexer com o sentimento do país, razão pela qual, de tempos em tempos, serve a todo tipo de interesse.
O contencioso sobre o Essequibo remonta ao século 19. A atual fronteira entre Venezuela e Guiana foi estabelecida pelos britânicos em 1840. Mas a Venezuela considerava que seus limites se estendiam até o Rio Essequibo, incorporando uma área de 160 mil quilômetros quadrados – em seus mapas atuais, o país chama essa área, que hoje pertence à Guiana, de “Guayana Esequiba”, dizendo tratar-se de região “disputada”.
Em 1894, os Estados Unidos, a pedido dos venezuelanos, sugeriram uma arbitragem internacional – na qual os americanos serviram como advogados da Venezuela. Sem a defesa feita pelos Estados Unidos, que tinham interesse em evitar a expansão britânica na região, a Venezuela teria perdido território até o Rio Orinoco, isto é, metade de sua área atual. Portanto, o resultado da arbitragem, proclamado em 1899, foi razoável para a Venezuela – tanto é assim que os venezuelanos só voltaram a reivindicar o Essequibo em 1949.
Nesse meio tempo, porém, o território já estava ocupado por guianenses de fala inglesa, que hoje não têm intenção de se tornarem cidadãos venezuelanos. Essa realidade, além do fato de que é bastante improvável que a comunidade internacional decida dar a um país mais da metade do território de outro em razão de um suposto erro de arbitragem cometido há mais de um século, torna o pleito venezuelano ainda mais implausível.
Em 1966, Venezuela e Grã-Bretanha (e posteriormente a Guiana independente) se comprometeram a resolver o diferendo em negociações, mas não houve avanços. Em 1980, a Guiana incorporou formalmente o Essequibo a seu território.
Em todo esse tempo, o contencioso foi retomado ou esquecido ao sabor das conveniências políticas. A situação voltou a ficar tensa em março deste ano, quando a Guiana anunciou que a Exxon Mobil começaria a explorar petróleo em águas da região disputada. A Venezuela reagiu, e Maduro, bem a seu estilo, estendeu por decreto a soberania venezuelana às águas da área que reivindica. Com razão, a Guiana protestou, alegando violação do direito internacional e do princípio de que todos os Estados devem respeitar a soberania e a integridade dos demais.
Na última cúpula do Mercosul, o presidente da Guiana, David Granger, queixou-se das provocações venezuelanas e, num encontro bilateral, pediu à presidente Dilma Rousseff que ajudasse na mediação. Maduro quis participar do encontro, mas Dilma não permitiu – no que fez muito bem.
O chefão venezuelano, como se sabe, não se preocupa muito com leis, ordenamento jurídico e rituais diplomáticos quando se trata de preservar as fantasias chavistas. A retomada retumbante do contencioso do Essequibo – em que Maduro diz defender a Venezuela do “imperialismo” americano, mas age ele mesmo como imperialista – expõe toda a sua truculência, inadmissível no concerto das nações civilizadas.

Acordo espacial fracassado Brasil-Ucrania: um produto legítimo da estupidez petista

Tanto o ministro da Defesa, do partido totalitário, quanto o da "ciência e tecnologia", do anacrônico PCdoB, estiveram entre os responsáveis pelo maior fracasso do programa espacial brasileiro, que foi a sabotagem e a oposição estúpida conduzidas contra o acordo de salvaguardas tecnológicas com os EUA, que teria viabilizado comercialmente Alcântara mais de 13 anos atrás. Eles são os culpados de todos os prejuízos causados ao Brasil por mais este crime econômico monumental.
A matéria é deformada e esconde os crimes petistas, como mente quando afirma que o acordo com os EUA falhou porque estes não queriam repassar tecnologia, pois o acordo era justamente para NÃO repassar tecnologia. Era simplesmente um acordo comercial e de proteção da tecnologia americana, mas esta acabaria sendo repassada indireta e gradualmente, e o Brasil teria ganho milhões nesses anos todos. Bandidos!
Paulo Roberto de Almeida 

Brasil desiste de foguete que já custou R$ 1 bi em parceria com a Ucrânia

Débora Nogueira
Do UOL, em São Paulo (SP) 
931

  • Imagem mostra como seria o foguete Cyclone 4, que já estava praticamente pronto
    Imagem mostra como seria o foguete Cyclone 4, que já estava praticamente pronto

O Brasil decidiu cancelar unilateralmente o acordo bilateral que assinou com a Ucrânia em 2003 para a construção de um foguete lançador de satélites (Cyclone 4) e de um centro de lançamento na base de Alcântara (MA), segundo confirmaram nesta quinta-feira (23) fontes oficiais. O projeto recebeu um investimento de R$ 1 bilhão desde que foi iniciado o acordo de cooperação entre ambos países em 2004, sendo que os gastos foram divididos entre os países. Especula-se que as autoridades perceberam que o lançamento de satélites de grande porte não teria o retorno financeiro esperado.
"Era melhor desfazer esta cooperação e encontrar outros parceiros, que ainda não foram determinados, para que possamos avançar na área aeroespacial", disse o ministro da Defesa, Jaques Wagner, em declarações que concedeu aos jornalistas durante o ato de apresentação de uma nova embarcação de pesquisa oceanográfica da Marinha no Rio de Janeiro.
Nos últimos meses uma comissão integrada por representantes dos ministérios brasileiros de Defesa, Ciência e Tecnologia e Relações Exteriores estudou as alternativas para levar adiante o projeto, disse Wagner, mas chegou à conclusão de que "era melhor desfazer esta cooperação".
O projeto desse foguete foi a prioridade da Agência Espacial Brasileira (AEB) em um projeto que reconstruiria o  Centro de Lançamento de Alcântara (CLA) após o incêndio  da base, no Maranhão, em 2003. Até então, o foco do governo era o lançamento do VLS-1, um lançador de satélites menores, com alto envolvimento da indústria e pesquisa brasileiros. 
Após a explosão da base, que matou 21 importantes técnicos e destruiu instalações, o projeto do VLS foi suspenso. Na tentativa de recuperação da base e com o objetivo de explorar o mercado de lançadores de satélites, o Brasil optou por focar na construção desse foguete maior, porém com tecnologia criticada mundialmente. O chamado Cyclone 4 seria maior que o VLS, capaz de lançar cargas mais pesadas como de satélites de telecomunicações (de até 800 kg e numa órbita geoestacionária, a 36 mil quilômetros de distância).
A Ucrânia usa métodos ultrapassados e abolidos em grande parte do mundo para a propulsão do foguete. O propelente hidrazina é altamente tóxico e um acidente poderia causar diversas mortes e dano ambiental catastrófico. Uma vez que a intenção comercial era a de realizar diversos lançamentos, havia ainda a preocupação quanto ao transporte da hidrazina na região.
Transferência de tecnologia
As decisões brasileiras na área espacial foram sempre tomadas com o objetivo de se favorecer a transferência de tecnologia, e isso muitas vezes deixou o Brasil distante dos maiores fabricantes da indústria espacial, principalmente os europeus e americanos, que não concordavam com a transferência total da tecnologia. Porém, o projeto do Cyclone 4 era um acordo "entre Congressos dos países" e não havia sido uma decisão que partiu da Agência Espacial Brasileira (AEB), que nega que tenha ingerência no acordo. 
Hoje, o ministro brasileiro de Ciência e Tecnologia, Aldo Rebelo, que também participou do ato no Rio de Janeiro, afirmou que tratava-se de um "acordo comercial" entre ambos países, que não incluía nenhum tipo de "transferência" de conhecimento tecnológico, para "prestar serviços a terceiros países que estivessem interessados em pôr satélites em órbita".
O foguete em parceria com a Ucrânia era realizado através da constituição de uma empresa conjunta, a Alcântara Cyclone Space (ACS), cuja missão seria o desenvolvimento e a exploração da base mediante prestação de serviços de lançamentos espaciais tanto para o Brasil e Ucrânia, como para outras potências ou, inclusive, para clientes privados.
Mas, segundo fontes oficiais, perante a atual política do governo brasileiro de redução dos gastos públicos para fazer frente à estagnação da economia brasileira, para o país é inviável um projeto que, segundo se previa, seria deficitário durante os primeiros 20 anos.
Por outro lado, a atual crise política da Ucrânia, provocada pela anexação da Crimeia por parte da Rússia e que tinha levado à paralisação de sua participação econômica no projeto, também contou na decisão. Com isso, cada um dos países perdeu cerca de R$ 500 milhões cada, segundo os números oficiais.
Segundo algumas versões, o governo da Rússia pressionava pelo fim da cooperação espacial entre Ucrânia e Brasil, seu principal parceiro comercial na América Latina.
Wagner, no entanto, rejeitou que o fim do projeto se deva a questões políticas, já que o fim do acordo "foi decidido antes disso", apesar de admitir que "eventualmente o conflito agravou (a situação) já que este incluía muita tecnologia que é compartilhada entre Rússia e Ucrânia".
Destino de Alcântara
A base de Alcântara é muito cobiçada internacionalmente por causa de sua localização privilegiada, que permite o uso máximo da rotação da Terra para impulsionar lançamentos com economia de combustível de até 30%.
A previsão do projeto era que o complexo de lançamento espacial começasse a funcionar em 2015, mas neste momento as obras de ampliação mostram um evidente estado de abandono, o que provocou a deterioração de grande parte do trabalho já realizado.
Entre as opções para uma saída às instalações "que já foram levantadas, apesar de ainda não terem sido terminadas", é a possibilidade de alcançar um acordo com outro parceiro que bem poderia ser Estados Unidos, Rússia, China ou Europa. Há um empecilho com o governo norte-americano em que a ausência de um acordo de salvaguarda tecnológica impede que sejam lançados no Brasil satélites que contenham peças com tecnologia norte-americana, o que restringe brutalmente a operação comercial.
Com os americanos, segundo confirmou Rebelo, foram retomadas as conversas a respeito no marco da visita de Estado que a presidente Dilma Rousseff realizou a Washington no final do mês passado. Os países não conseguem entrar em acordo
Em 2000 chegou a ser assinado um acordo de colaboração em matéria aeroespacial com os Estados Unidos, mas finalmente não prosperou por que os americanos não quiseram compartilhar sua tecnologia com o Brasil.

quinta-feira, 23 de julho de 2015

Impeachment: agora quase uma certeza - Fernando Exman (Valor)

 Apoio ao impeachment surpreende Planalto 
Fernando Exman - Valor Econômico, 23/07/2015

BRASÍLIA - A trajetória de queda da popularidade da presidente Dilma Rousseff já vinha sendo apurada nas mais recentes pesquisas de avaliação do governo. Assim, a notícia divulgada ontem pela Confederação Nacional do Transporte (CNT) e o instituto MDA de que a aprovação da petista caiu de 10,8% em março para 7,7% em julho não chegou a surpreender autoridades do Palácio do Planalto. O mesmo não pode ser dito, porém, em relação ao dado segundo o qual cerca de dois terços da população apoiam o impeachment da presidente. Agora, o risco de Dilma é tal estatística traduzir-se em maior volume de manifestantes nos protestos contra o governo que devem ocorrer neste segundo semestre.

Em março, a pesquisa CNT/MDA calculou em 59,7% os entrevistados que apoiavam o impedimento da presidente. No mais recente levantamento, feito neste mês, o percentual atingiu 62,8% - alteração preocupante para quem pode depender da boa vontade de um presidente da Câmara dos Deputados que acaba de romper com sua administração e enfrenta ações no Tribunal de Contas da União (TCU) e no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que, no limite, podem levar à perda de seu mandato.

Em pergunta estimulada apenas aos que se disseram favoráveis à interrupção do segundo mandato da presidente, 26,8% mencionaram que a medida se justificaria devido à existência de irregularidades nas prestações de contas do governo, as chamadas "pedaladas fiscais". Outros 25% citaram a corrupção na Petrobras investigada pela Operação Lava-Jato, ante 14,2% que apontaram ilegalidades na prestação das contas da campanha presidencial de 2014. Para 44,6% dessa parcela dos entrevistados, todos os três motivos embasariam o impeachment de Dilma.

Apenas 1,5% citaram outros assuntos como justificativa e outros 1,8% não souberam ou não responderam. Além de apontar uma maioria favorável ao impeachment da presidente da República, a pesquisa demonstra que grande parte dos críticos do governo sabe exatamente os motivos de sua indignação. Com o risco de enfrentar novos panelaços se for à televisão para explicar as ações de sua gestão ou vaias em eventos públicos em que o cerimonial do Palácio do Planalto não tiver o controle total da plateia, a margem de manobra da presidente também parece cair a cada dia.

Acordo espacial Brasil-Ucrania vai para o espaco: mais um crime economico lulo-petista

Previsível o fim do acordo espacial Brasil-Ucrânia: o fracasso mais gigantesco do programa espacial brasileiro e um dos maiores crimes econômicos jamais perpetrados contra os interesses do Brasil , tudo por obra do partido totalitário que nos governa, e isso começou bem antes, com a rejeição, também por irresponsabilidade e cegueira estúpida do PT, do acordo de salvaguardas tecnológicas Brasil-EUA. Nunca antes tivemos tanta incompetência e corrupção no comando do país. Que acabe logo...
Paulo Roberto de Almeida 

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Brasil formaliza rompimento de acordo para lançar foguete ucraniano

Tesouro já pagou meio bilhão por projeto fracassado. Itamaraty justifica em carta "significativa alteração da equação tecnológica-comercial"

por 
Cyclone 4 - Alcântara Cyclone Space / Divulgação

RIO -O Brasil informou à Ucrânia, por meio de comunicado ao embaixador do país em Brasília, que vai romper o tratado assinado entre os dois países para lançar de Alcântara (MA) o foguete Cyclone 4, cujo primeiro protótipo está em construção na Europa. A empreitada já custou meio bilhão de reais ao Tesouro Nacional e pode causar prejuízos ainda maiores por conta dos desdobramentos do rompimento do tratado binacional. 

A carta que anuncia a decisão foi publicada pelo site especializado Defesanet e é assinada pelo ministro de Relações Exteriores, Mauro Vieira. Seu envio foi confirmado ao GLOBO por uma fonte do governo. O documento foi encaminhado ao embaixador Rostyslav Tronenko em 16 de julho, poucos dias depois de uma reunião, em Brasília, com a presença de representantes de vários ministérios, para tratar do impasse sobre o programa. A partir desta reunião, o assunto passou a ser tratado exclusivamente pelo gabinete do ministro das Relações Exteriores.

No comunicado, o chanceler brasileiro afirma que "ocorreu significativa alteração da equação tecnológico-comercial que justificou o início da parceria. E que, portanto, comunica a "decisão irrevogável do governo brasileiro de denunciá-lo (o tratado)".

A decisão foi tomada três anos depois que a presidente Dilma Rousseff recebeu diagnóstico, elaborado pelo então ministro da Ciência e Tecnologia, Marco Antônio Raupp, apontando que o projeto não geraria os lucros projetados com o lançamento comercial de satélites a partir do Centro de Lançamento de Alcântara, por um preço de US$ 35 a 50 milhões, a cada satélite lançado. Os investimentos adicionais para viabilizar o programa seriam altos demais, e o mercado de lançamentos comerciais de satélites não tinha espaço para a entrada do foguete ucraniano. O orçamento inicial do programa era de R$ 1 bilhão. Sua primeira data de lançamento seria 2010. Todas estimativas estavam erradas

Em fevereiro de 2015, O GLOBO revelou que o governo já trabalhava com a possibilidade de cancelamento porque o projeto não era viável comercialmente.

A parceria agora renunciada pelo governo brasileiro é fruto de um tratado formalizado pelos congressos de Brasil e Ucrânia, em 2006. Nos termos do acordo, a Ucrânia pode contestar os argumentos do Brasil para desistir da parceria e, teoricamente, pode pedir o ressarcimento pelos prejuízos causados pelos investimentos já efetuados.

Enquanto o Brasil já consumiu cerca de R$ 500 milhões do Tesouro Nacional com a construção do Centro de Lançamento de Alcântara, a Ucrânia já construiu três quartos do foguete, sendo que a parte mais complexa do artefato, a tecnológica, ainda estava em desenvolvimento.

O GLOBO revelou, em 2010, que a construção do complexo espacial no Maranhão foi entregue, sem licitação, ao consórcio formado pelas empreiteiras Odebrecht e Camargo Corrêa, hoje investigadas na Operação Lava-Jato. A concorrência foi suspensa após o Ministério da Defesa, com uso de Decreto de Segurança Nacional, cancelar o edital que já havia sido publicado.

quarta-feira, 22 de julho de 2015

Mestrado em economia online: informacoes sobre o curso - Universidade Francisco Marroquín

Mestrado em Economia OMMA-UFM.

A empresa OMMA (Online de Madrid Manuel Ayau) tem sua sede em Madrid.
Já foram realizadas quatro edições do Mestrado em Economia em Espanhol; ele agora está sendo lançado pela primeira vez em Português.

O Mestrado em Economia em português, será totalmente online e "presencial".
Todas as terças e quintas serão ministradas aulas em tempo real, ocorrendo assim a interatividade professor-aluno.
Para quem não puder assistir em tempo real, há a possibilidade de acesso às gravações das aulas. Desta forma, não necessitará se deslocar para acompanhar o curso.

Para uma matricula no Mestrado, o primeiro passo é o preenchimento do formulário de admissão.
Para o fomulário de admissão acesse este link:
http://economia.ommayau.com/pt/index.php/Especial:Solicitud

Após preencher o formulário, em alguns dias o Diretor Adriano Gianturco entrará em contato para uma breve entrevista e você poderá aproveitar esse momento para tirar possíveis dúvidas. Só após a aprovação do diretor é que poderá efetuar o pagamento da matrícula e garantir uma vaga.

Segue o link do vídeo da Sessão Informativa do Mestrado em Economia OMMA-UFM que ocorreu no dia 10 de julho de 2015:
https://www.youtube.com/watch?v=wK20j_Jieqc

Conheça nossos professores:
http://economia.ommayau.com/pt/index.php/Professores

Saiba mais sobre a Universidade Francisco Marroquin:
http://economia.ommayau.com/pt/index.php/Manuel_F._Ayau

Veja nosso site em Espanhol:
http://www.ommayau.com/index.php/P%C3%A1gina_principal

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Assista os depoimento da turma do Mestrado em Economia em Espanhol:
https://www.facebook.com/221494731279021/videos/vb.221494731279021/746447472117075/?type=2&theater

Seguem mais informações sobre o Mestrado:

Duração e horários:
A 1ª edição do Mestrado em Economia UFM-OMMA começará no dia 17 de setembro de 2015 e terá duração de 12 meses + Tese. As aulas ocorrerão terças e quintas, das 12:30h às 15:30h (horário de Brasília).
No caso de o aluno não poder assistir a alguma das aulas, não há problema, já que todas as aulas são gravadas e disponibilizadas no ambiente virtual, para que o aluno não perca nenhum dos conteúdos tratados.
A nota final é composta por três componentes: 80% trabalhos / provas; 10% presença (ao assistir 70% das aulas, o aluno obterá pontuação máxima); e os outros 10% corresponderá à participação do aluno em aula.

Programa:
Você pode verificar o programa do Mestrado visitando o link abaixo:
http://economia.ommayau.com/pt/index.php/Nosso_programa
 
Online e "presencial"
O mestrado é disponibilizado na modalidade online-presencial. O aluno acessa uma plataforma online. Por meio de uma videoconferência, ele vê e escuta o professor ministrando sua aula em tempo real. O aluno pode interagir com o professor e os demais colegas, realizando perguntas, fazendo comentários, participando dos debates, etc. A vantagem dessa modalidade é que se pode assistir às aulas a partir de qualquer lugar do mundo, sendo necessário, unicamente, um computador com conexão à internet. Em todas as aulas será utilizado o método socrático e damos ênfase à participação ativa do aluno.
 
Perfil do aluno
Este Mestrado é dirigido a todas aquelas pessoas que querem aprender ou aprofundar seus conhecimentos em economia. Os alunos conhecerão todas as contribuições das correntes mais importantes do pensamento econômico, desde a seminal Escola Austríaca, passando pela Escola de Chicago (Ronald Coase, Robert Lucas, Milton Friedman...), a Escola da Escolha Pública (James Buchanan), a Escola de Bloomington (que popularizou Elinor Ostrom), e, por fim, o neoinstitucionalismo de Douglas North.

As pessoas que trabalham em think tanks ou no jornalismo econômico e financeiro encontrarão neste Mestrado em Economia o lugar ideal para poder consolidar sua carreira. Ademais, todos aqueles que desejam fortalecer seus conhecimentos de Economia por meio de um Doutorado verão nesse Mestrado um meio adequado, pois os professores, graças à parceria com a prestigiada Universidade Francisco Marroquín, poderão orientar os alunos para um Doutorado. E, em última instância, os fundadores da UFM e da OMMA estão cientes da importância que é possuir uma sólida formação econômica, em especial, na conjuntura atual; por isso, nosso Mestrado em Economia também é dirigido a quem quer aprender Economia, mas não está disposto a cursar uma graduação na área. O Mestrado em Economia da UFM-OMMA oferece, em um ano, a formação necessária para que você se converta em um economista preparado para o mercado.
 
Valor
O valor do Mestrado em Economia, com duração de 1 ano, oscilará entre 6.500 e 7.650 dólares dependendo da modalidade de pagamento escolhida. (considerando o dolar a 3.20 reais, valores sujeitos a alterações de acordo com a variação do dolar)

1x  6500 dolares - 1000 dolares (matrícula) =5.500 = 17.600 reais
2x  6885 dolares - 1000 dolares (matrícula) =1832 dolares / 2 = 9.416 reais (desconto de 5%)
4x  7267,5 dolares - 1000 dolares (matrícula) =20.056 dolares /4 = 5.014 reais(desconto de 10%)
12x 7650 dolares - 1000 dolares (matrícula) =18.720 /12  = 1.773 reais

Ao valor escolhido (12x, 4x, 2x, 1x) será descontado o depósito inicial de US$1000 (reserva da vaga) quando for efetivada a matrícula.

PROMOÇÃO:
Grupo de 2 pessoas = desconto de 5% em qualquer modalidade (12x, 4x, 2x)
Grupo de 3 pessoas ou mais = desconto de 10% em qualquer modalidade (12x, 4x, 2x)
(*)Todos os valores estão em Dólares

Mais informações, no site:
http://economia.ommayau.com/pt/index.php/P%C3%A1gina_principal

Tuane Umeki
Coordenadora de Mestrado

Centro de Estudios Superiores Online de Madrid Manuel Ayau
Calle Ángel, 2
28005 Madrid, España
Tel. +34 91 172 23 94
jadominguez@ufm.edu
www.ufm.edu
www.ommayau.com/pt

Mais Wikileaks das amizades petralhas (com dinheiro desviado do Brasil): chavistas...

EUA também monitoraram ligação entre Lula e o governo da Venezuela

Documentos da diplomacia americana avaliaram que o apoio do ex-presidente à campanha de reeleição de Hugo Chávez se dava por meio de licitações da Odebrecht

DINHEIRO SUJO - O empreiteiro apresentou extratos de movimentação de uma conta criada na Suíça para pagar propina. De lá, segundo ele, saíram 2,4 milhões de reais para a campanha de Lula
Estados Unidos monitoraram ligação entre o ex-presidente Lula, a construtora Odebrecht e o governo da Venezuela(Cristiano Mariz/VEJA)

A relação entre o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a empreiteira Odebrecht e o governo da Venezuela também estavam entre os documentos examinados pela diplomacia americana, que monitorou as obras da construtora no exterior e apontou sinais de corrupção. Um telegrama enviado pela embaixada dos EUA em Caracas para o Departamento de Estado, no dia 7 de dezembro de 2006, fala sobre como o apoio de Lula à campanha para a reeleição de Hugo Chávez "poderia parecer um passo diplomático errado, mas realmente foi simplesmente um bom negócio".

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O apoio de Lula se dava por meio de licitações vencidas pela empresa brasileira. "A ponte [sobre o rio Orinoco] foi construída pela empresa de construção brasileira Odebrecht e financiada pelo banco de desenvolvimento do Brasil, BNDES", diz o telegrama. "Supostamente, ela custou à Venezuela entre 1,1 bilhão e 1,2 bilhão de dólares [supostamente 40% acima do orçamento] e planos já existem para uma ponte número três", indicou.

"Apesar de a Odebrecht ter também 'vencido' o contrato para a terceira ponte, pelo que sabemos não houve um processo de licitação", indicam os americanos. No mesmo e-mail, a diplomacia dos EUA aponta como a Odebrecht também é a principal empresa nas obras das linhas 3 e 4 do metrô de Caracas.

Em 13 de novembro de 2007, outro telegrama voltou a falar das relações entre a Odebrecht e a diplomacia venezuelana. Desta vez, o alerta havia partido do então senador Heráclito Fortes, ex-DEM e atualmente deputado pelo PSB do Piauí. No dia 5 de novembro, ele telefonou para o embaixador americano em Brasília, Clifford Sobel, para pedir para ter uma conversa "ao vivo" com o diplomata. "Ele pediu um encontro urgente para levantar um assunto que ele não poderia falar pelo telefone", explicou o telegrama.

O assunto era a relação entre Venezuela, Irã, Rússia e o governo brasileiro. Fortes explicaria no encontro com o embaixador que "a diplomacia oficial venezuelana é cada vez mais comercial, com enormes contratos para empresas como a gigante brasileira Odebrecht, que então faria lobby pela Venezuela".

Nota do deputado Heráclito Fortes enviada ao site de VEJA:

Em 2007, como presidente da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional do Senado, de fato recebi, com outros colegas e a pedido, a visita do embaixador - conforme registrado na matéria da Agência Senado. Na ocasião, vários foram os assuntos tratados. No entanto, a interpretação que o embaixador deu às conversas foge ao meu alcance. Eu não pedi encontro urgente para tratar de temas da política internacional que faziam, sim, parte da agenda da Comissão de Relações Exteriores e que foram debatidos com vários atores importantes. Minha posição pessoal sobre a Venezuela, sua entrada no Mercosul, as relações com o Brasil e a presença de empresas brasileiras naquele país estão todas expressas em pronunciamentos que fiz à época e que podem ser consultados por qualquer pessoa.