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segunda-feira, 10 de outubro de 2016

Muita noticia boa num unico dia: ate parece bilhete premiado...

MPF/DF denuncia ex-presidente Lula, Marcelo Odebrecht e outras nove pessoas por cinco crimes
Para investigadores, grupo montou um esquema criminoso para garantir a liberação de financiamentos do BNDES para obras em Angola
10 DE OUTUBRO DE 2016

O Ministério Público Federal (MPF/DF) enviou à Justiça Federal, nesta segunda-feira (10), uma ação penal contra 11 pessoas – entre elas o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o empresário Marcelo Odebrecht – pelos crimes de corrupção ativa e passiva, lavagem de dinheiro, tráfico de influência e organização criminosa. As práticas criminosas ocorreram entre, pelo menos, 2008 e 2015 e envolveram, segundo o MPF, a atuação de Lula junto ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e outros órgãos sediados em Brasília com o propósito de garantir a liberação de financiamentos pelo banco público para a realização de obras de engenharia em Angola. Os trabalhos foram executados pela Construtora Odebrecht que – em retribuição ao fato de ter sido contratada pelo governo angolano com base em financiamento para exportação de serviços concedida pelo BNDES –, repassou aos envolvidos, de forma dissimulada, valores que, atualizados, passam de R$ 30 milhões.

No caso de Lula, a denúncia separa a atuação em duas fases: a primeira, entre 2008 e 2010, quando ele ainda ocupava a presidência da República e, na condição de agente público, praticou corrupção passiva. E a segunda, entre 2011 e 2015, já como ex-mandatário, momento em que cometeu tráfico de influência em benefício dos envolvidos. Além disso, o ex-presidente deve responder por lavagem de dinheiro, crime que, na avaliação dos investigadores, foi praticado 44 vezes e que foi viabilizado, por exemplo, por meio de repasses de valores justificados pela subcontratação da empresa Exergia Brasil, criada em 2009 por Taiguara Rodrigues dos Santos, “sobrinho” de Lula e também denunciado na ação penal.

Outra constatação é a de que parte dos pagamentos indevidos se concretizou por meio de palestras supostamente ministradas pelo ex-presidente a convite da construtora. Nesse caso, a contratação foi feita por meio da empresa LILS Palestras, criada por Lula no início de 2011, menos de dois meses depois de deixar a presidência. Na ação, os procuradores da República Francisco Guilherme Bastos, Ivan Cláudio Marx e Luciana Loureiro Oliveira – que integram o grupo de trabalho responsável pelas investigações – explicam que as palestras foram o foco inicial da apuração. “Apesar de formalmente justificados os recursos recebidos a título de palestras proferidas no exterior, a suspeita, derivada inicialmente das notícias jornalísticas, era de que tais contratações e pagamentos, em verdade, prestavam-se tão somente a ocultar a real motivação da transferência de recursos da Odebrecht para o ex-presidente Lula”, destaca um dos trechos do documento.

Além do ex-presidente, de Marcelo Odebrecht e de Taiguara integram a lista de denunciados José Emmanuel Camano Ramos, Pedro Henrique de Paula Schettino, Maurício Bastianelli, Javier Chuman Rojas, Marcus Fábio Souza Azevedo, Eduardo Alexandre de Athayde Badin, Gustavo Teixeira Belitardo e José Madureira Correia. Na ação, os procuradores explicam que a apresentação da ação penal não significa o fim das investigações. A apuração continua – tanto no caso dos empreendimentos feitos em Angola e da participação da empresa Exergia Portugal na organização criminosa – como em relação a outros empréstimos liberados pelo BNDES no âmbito do financiamento para exportação de serviços. O programa beneficiou vários países da África e da América Latina e, além da Odebrecht, teve obras executadas por outras construtoras. Ao todo, outros cinco procedimentos investigatórios estão em andamento na Divisão de Combate à Corrupção (DCC) na unidade do MPF no Distrito Federal.

Entenda o caso - As investigações começaram em julho de 2015, quando o Ministério Público Federal instaurou um Procedimento Investigatório Criminal (PIC) para apurar suposta destinação de vantagens econômicas por parte da Odebrecht ao ex-presidente Lula, como contraprestação ao fato de ele ter viabilizado vários empréstimos externos. Em um primeiro momento, a apuração se concentrou no período de 2011 a 2015, com Lula já na condição de ex-mandatário do país. No entanto, posteriormente, o período foi ampliado, alcançando o ano de 2008. Outra providência adotada pelos investigadores foi a solicitação de abertura de inquérito policial, o que aconteceu em dezembro de 2015.

Por uma questão estratégica, as investigações policiais se concentraram em desvendar a forma como se deu a liberação e as circunstâncias dos empréstimos que viabilizaram a realização de obras pela Odebrecht em Angola. É que, na comparação entre 10 países beneficiados por financiamentos do BNDES, Angola foi o que celebrou o maior número de contratos no período, recebeu o maior volume de dinheiro, teve o menor percentual de juros e onde foi verificado um dos menores prazos médios de concessão dos empréstimos.

Uma vez instaurado, o inquérito policial partiu das informações e de documentos já reunidos pelo MPF no âmbito do PIC, aprofundando, em seguida, as investigações. Também chamaram a atenção dos investigadores algumas evidências levantadas pela Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do BNDES, como a existência de vinculações comerciais entre a Odebrecht e a empresa Exergia Brasil, de Taiguara Rodrigues dos Santos que, “embora não tivesse qualquer experiência prévia no ramo de engenharia”, firmou, de forma repentina, 17 contratos para prestar serviços complexos à Odebrecht, justamente nas obras realizadas em Angola a partir do ano de 2011. Pelos supostos serviços, a empresa de Taiguara recebeu da Odebrecht, entre 2009 e 2015, R$ 20 milhões.

Na ação, os procuradores destacam que, ainda no início do esquema, foram cooptados empresários e funcionários da Exergia Portugal. Com a promessa de subcontratações, essa empresa concedeu a Taiguara, “de maneira praticamente gratuita”, uma filial no Brasil. Além disso, passou a bancá-lo, antes mesmo que fosse contratado no processo de terceirização promovido pela Odebrecht. Nesse período, o “sobrinho” do ex-presidente recebeu, segundo as investigações, R$ 699 mil a título de despesas de viagens internacionais. Posteriormente, o repasse passou a ter o caráter de “pro labore”, cujo valor era de US$15 mil mensais, totalizando ao menos US$ 255 mil dólares.

Provas coletadas - A análise de documentos e de materiais apreendidos na chamada Operação Janus, realizada em maio de 2016 por ordem judicial, além de vários depoimentos, permitiram aos investigadores constatar e comprovar a participação de cada um dos envolvidos no esquema criminoso. No caso do ex-presidente, lembram os procuradores da República que, além de assentir na criação da Exergia Brasil, ele “supervisionou todo o processo de captação de contratos” por Taiguara junto à Odebrecht, seja aconselhando o “sobrinho" sobre os negócios em Angola, seja apresentando-o a empresários e autoridades estrangeiras nas visitas realizadas àquele país ainda em 2010. Apenas nesse ano – último do mandado presidencial de Lula, o BNDES aprovou oito contratos em favor da Odebrecht que, juntos, somaram US$ 350 milhões. As concessões continuaram nos anos seguintes, quando a empresa firmou outros 22 contratos que chegaram a US$ 2 bilhões.

Como prova da existência e do esquema criminoso, o MPF encaminhou à Justiça documentos como e-mails trocados entre os envolvidos, fotos que registraram encontro do ex-presidente com o sobrinho e empresários em Angola, além de registros que confirmam a participação, em 2010, do então presidente em uma reunião da Diretoria de Administração do BNDES, oportunidade em que “por orientação do presidente Lula”, ficou decidido que o banco público elaboraria uma agenda de ações para o período de 2011 a 2014. “Ao findar o mandato de presidente da República em dezembro de 2010, Lula deixou criadas as bases institucionais, no âmbito do BNDES, para que tivesse continuidade, nos anos seguintes, o esquema de favorecimento, mediante financiamentos internacionais, a empresas 'escolhidas' para exportação de serviços a países da África e América Latina”, reitera um dos trechos do documento enviado à Justiça.

Na ação, os procuradores frisam que, pela atuação em favor da construtora, o ex-presidente aceitou, além da remuneração pelas palestras, outras vantagens indiretas que incluíram pagamentos de despesas pessoais de seu irmão José Ferreira da Silva, conhecido como Frei Chico. Como exemplos de contas que foram arcadas pelas empresas Exergia Brasil, a ação menciona mensalidades de plano de saúde e despesas com combustíveis (10 mil reais em plano de saúde, ao menos, e, pelo menos, 10 mil reais em posto de combustível). Outros indícios de que os envolvidos agiram para ocultar a origem dos recursos foi a descoberta de inúmeros saques em espécie realizados pelos funcionários da Exergia Brasil (mais de R$ 1 milhão) e pela T7Quatro (mais de R$ 160 mil), ambas de Taiguara.

Os pedidos - O principal pedido do MPF é para que os envolvidos respondam, na medida da participação de cada um, aos crimes enumerados na ação, com os respectivos agravantes. No caso do ex-presidente, as penas máximas somadas chegam a pelo menos 35 anos de reclusão, além de multa. Já o empresário Marcelo Odebrecht, se condenado, poderá pegar ao menos 30 anos de prisão.

Veja a lista completa dos denunciados e os respectivos crimes imputados pelo MPF:

Luiz Inácio Lula da Silva – Organização criminosa, lavagem de dinheiro, tráfico de influência, corrupção passiva
Marcelo Bahia Odebrecht – Organização criminosa, lavagem de dinheiro, corrupção ativa
Taiguara Rodrigues dos Santos – Organização criminosa, lavagem de dinheiro
José Emmanuel de Deus Camano Ramos – Organização criminosa, lavagem de dinheiro
Pedro Henrique de Paula Pinto Schettino – Lavagem de dinheiro
 Maurizio Ponde Bastianelli – Lavagem de dinheiro
 Javier Chuman Rojas -– Lavagem de dinheiro
 Marcus Fábio Souza Azevedo – Lavagem de dinheiro
 Eduardo Alexandre de Athayde Badin – Lavagem de dinheiro
 Gustavo Teixeira Belitardo – Lavagem de dinheiro
 José Mário de Madureira Correia – Lavagem de dinheiro

sábado, 8 de outubro de 2016

O superministro das financas do governo corrupto e do partido mafioso: Palocci, o bandido de Um Bilhao

A Lava Jato foi informada de que Antônio Palocci teria US$ 348 milhões depositados numa conta de um banco em Miami.
Os R$ 61 milhões facilmente encontrados em suas contas bancárias no Brasil são, portanto, meros trocados.

Para chegar a Miami, os investigadores farão escala em Araçatuba.

O PT CRIOU UM BANCO PARTICULAR QUE ERA PRESIDIDO POR ANTONIO PALOCCI.

Se confirmada a informação, quem vai querer a deportação de Palocci é o governo americano.
A conta de Palocci em Miami tem R$ 1,13 bilhão, portanto, o que o torna um bilionário (não é o unico no Partido Totalitário).

quinta-feira, 19 de maio de 2016

Os maiores CRIMES do PT: aqueles nao revelados, indocumentados - Paulo Roberto de Almeida

Estou lendo trechos da entrevista do novo ministro da Secretaria Geral da PR, Geddel Vieira Lima, ao jornalista Josias de Souza (http://josiasdesouza.blogosfera.uol.com.br/2016/05/19/geddel-dilma-deixou-rombo-de-r-200-bilhoes/).
Destaco este trecho retirado dessa postagem no seu blog:

" Geddel afirma que o trabalho é dificultado pela ausência de informações nos arquivos oficiais. “Todos estão absolutamente abismados com as notícias que estão recebendo desse inventário, que está sendo feito apesar de todas as dificuldades, de não terem deixado dados, de não terem feito transição, de não terem deixado nada registrado em computadores. Uma coisa que eu chamaria de impatriótica.”
Perguntou-se ao ministro se houve o sumiço deliberado de dados. “Eu tenho que ter cautela para lhe dizer isso, mas as notícias que nós estamos tendo nesse primeiro momento são muito ruins”, respondeu Geddel. Referindo-se à sua pasta, ele afirmou: “Não ficou registro absolutamente de nada —do pagamento de emendas [de parlamentares], da transferência de recursos… Tanto que nós estamos pedindo aos ministros que suspendam pagamentos e empenhos feitos nos últimos dias, para que possamos revisitá-los.” "

Pois bem, eu, Paulo Roberto de Almeida, afirmo que essa é uma situação que vai ser encontrada em diversas outras esferas da administração, inclusive no Itamaraty, onde diversas decisões, especialmente as tomadas em relação ou em conexão com os chamados países bolivarianos, sem excluir outros, como Cuba, Angola, e vários ainda não devidamente identificados (e talvez nunca o sejam), carecem de qualquer documentação ou registro escrito.
Este é o maior crime do PT, além das imensas falcatruas que cometeu contra o país: muitas apropriações, mas também decisões, corriqueiras ou relevantes, foram tomadas "em cima da perna", como se diz, ou na "calada da noite", sem qualquer registro documental, sem seguir os procedimentos apropriados, ou seja, de forma clandestina, obscura, propriamente criminosa.
Sem mesmo ter acesso a registros, arquivos ou documentação desses diferentes serviços, inclusive do Itamaraty, ouso afirmar que esse quadro de clandestinidade, de ilegalidade, de ausência do devido registro burocrático, é constante, repetido, regular e deliberado.
Se trata de um padrão "normal" para um partido caótico, neobolchevique, criminoso, que destruiu o Brasil e metade de sua administração pública, um partido que merece ser banido do panorama político e seus líderes responsabilizados e criminalizados.
Um balanço completo de toda a roubalheira do PT, de todas as ilegalidades cometidas, de todas as fraudes cometidas, e de todos os efeitos, diretos e indiretos desses crimes, parece impossível de ser realizado justamente devido a que sequer sabemos onde, quando, quanto, como todas essas patifarias foram perpetradas contra o povo brasileiro.
Como sempre, assino embaixo do que digo e me responsabilizo pelos argumentos.
Paulo Roberto de Almeida
Brasília, 19 de maio de 2016

sábado, 12 de março de 2016

Lideres estrangeiros (manipulados pelo Instituto Lula) hipotecam solidariedade ao ladrao de faqueiro

Vou transcrever por inteiro o manifesto e os nomes dos tais líderes estrangeiros que, devidamente manipulados pelo Instituto Lula, perpetraram a vergonha de hipotecar solidariedade a um mero ladrão de faqueiro, como alguém classificou o homem que raspou metade do patrimônio da PR levando para casa, fraudulentamente, objetos que não lhe pertenciam.
Mas o tal "grande líder brasileiro" fez muito mais e possivelmente os "líderes estrangeiros" não estejam bem informados sobre a obra nefasta do chefe de quadrilha, o homem que começou a destruir a economia do Brasil -- sim com gastos estatais sempre acima do crescimento do PIB e da própria arrecadação, com programas populistas e demagógicos, e não só para os pobres, mas principalmente para os ricos, seus amigos, que retribuiram seus favores com milhões em dinheiro e em bens --, o homem que desmantelou as instituições, desrespeitando sistematicamente as leis, o homem que simplesmente retrocedeu o país no plano cultural e educacional.
Não existe nenhuma "tentativa de 'destruir a imagem' dele" por parte dos membros do MPF e da PF porque essa imagem já foi destruída pelo próprio homem que esses "líderes estrangeiros" pretendem defender, por ele mesmo e por todos os seus asseclas que tomaram de assalto como abutres e ratazanas todas as instâncias do Estado, e se dedicaram a um saque completo dos ativos do povo brasileiro.
Esses "líderes estrangeiros" ou estão mal informados, ou foram manipulados pelo Instituto Lula, ou são de má fé, e portanto merecem nosso repúdio, como bobos que são, na melhor hipótese, como inocentes úteis numa outra hipótese benigna, ou como coniventes, na hipótese menos favorável.
Faço questão de transcrever essa mensagem aqui, pois ela é mais uma prova do lado nefasto, criminoso e perigoso do personagem em questão, e dos seus asseclas, que a todo momento mobilizam os imensos recursos de que dispõem (todos roubados do povo brasileiro) para usar em benefício do, atenção que vou escrever o que penso agora, MAIOR MAFIOSO POLÍTICO DE TODOS OS TEMPOS EM QUALQUER LUGAR.
Acho que fui claro.
Como sempre, assino embaixo.
Paulo Roberto de Almeida
Brasília, 12 de março de 2016

Líderes estrangeiros manifestam apoio a Lula

Dezesseis políticos da América Latina e da Europa subscreveram uma nota que condena a tentativa de “destruir a imagem” do ex-presidente. Para eles, petista tirou milhões de pessoas da pobreza e miséria
Ricardo Stuckert/Instituto Lula
Mujica foi um dos signatários da carta de apoio ao ex-presidente Lula
Líderes estrangeiros divulgaram nesta sexta-feira (11) uma nota de apoio ao ex-presidente Lula. O documento, assinado por 16 políticos diferentes, diz que o petista não se considera acima das leis e, por isso, preocupa a tentativa de “destruir a imagem” dele. Para o grupo, formado por pessoas como a ex-presidente da Argentina Cristina Kirchner e os ex-presidentes do Paraguai Fernando Lugo e do Uruguai José Mujica. A declaração foi distribuída pelo Instituto Lula. A nota veio na esteira do pedido de prisão preventiva apresentado pelo Ministério Público de São Paulo contra o ex-presidente. Ele, junto com outras 15 pessoas foi denunciada por diferentes crimes no caso do triplex no edifício Solaris, no Guarujá. Na mesma ação, os promotores responsáveis pelo inquérito também pediram a medida restritiva de liberdade contra o petista.
Leia a íntegra:
DECLARAÇÃO
Durante várias décadas, Luiz Inácio Lula da Silva destacou-se como sindicalista, lutador social, criador e dirigente do Partido dos Trabalhadores.

Eleito Presidente da República, em 2002, Lula levou adiante um ambicioso programa de mudança social no Brasil, que tirou da pobreza e da miséria milhões de homens e mulheres. Sua política econômica permitiu a criação de milhões de empregos e uma extraordinária elevação da renda dos trabalhadores.

Seu Governo aprofundou a democracia, estimulando a diversidade política e cultural do país, a transparência do Estado e da vida pública. O Executivo, o Ministério Público e o Poder Judiciário puderam realizar investigações de atos de corrupção eventualmente ocorridos na administração direta ou indireta do Estado.

Preocupa à opinião democrática, no entanto, a tentativa de alguns setores de destruir a imagem deste grande brasileiro.

Lula não se considera nem está acima das leis. Mas tampouco pode ser objeto de injustificados ataques a sua integridade pessoal.

Estamos com ele e seguros de que a verdade prevalecerá.

Cristina Fernández de Kirchner (Argentina)
Eduardo Duhalde (Argentina)
Carlos Mesa (Bolívia)
Ricardo Lagos (Chile)
Ernesto Samper (Colômbia)
Maurício Funes (El Salvador)
Felipe González (Espanha)
Manuel Zelaya (Honduras)
Álvaro Colón (Guatemala)
Massímo D’Alema (Itália)
Martín Torrijos (Panamá)
Nicanor Duarte (Paraguai)
Fernando Lugo (Paraguai)
Leonel Fernández (República Dominicana)
José Mujica (Uruguai)
José Miguel Insulza (OEA)

Membros do MP criticam pedido de prisão de Lula

Mais sobre a Operação Lava Jato
Mais sobre Lula

sexta-feira, 24 de julho de 2015

Cartoes corporativos da PR: mais um dos crimes economicos dos petralhas

A matéria abaixo trata apenas dos gastos abusivos dos cartões corporativos da amante daquele que já foi chamado de grande Apedeuta (e de outros nomes também), ademais de mencionar en passant algumas fofocas que se sabe sobre o uso dos demais cartões corporativos em uso pelos mandarins do partido totalitário.
Na verdade, não é apenas em relação a esse caso que o segredo a pretexto de "segurança nacional" deveria ser levantado, mas em relação a TODOS os demais cartões de todos os órgãos da República.
É um escárnio contra todos nós, contribuintes compulsórios dos impostos extorsivos, que esses gastos sejam considerados segredos, como se esses tipos de ato, e sua divulgação pública, fossem atentar contra a "segurança nacional" (de quem, para ser mais exato?, do Brasil?).
Uma vergonha que esse tipo de abuso continue sendo perpetrado contra nós...
Na verdade, nem se trata de crime econômico, mas de crimes comuns, mesmo...
Paulo Roberto de Almeida

LULA & ROSE
Carlos Newton
Da edição digital da Tribuna da Imprensa, 24/07/2015
 
Está chegando ao final um dos maiores mistérios da República. Os autos do Mandado de Segurança 20895, impetrado pelo repórter Thiago Herdy e por O Globo já estão conclusos desde 27 de março, na mesa do ministro Napoleão Nunes Maia Filho, do Superior Tribunal de Justiça, para que mande cumprir o acórdão da 1ª Seção da corte, que autorizou o acesso aos dados do cartão corporativo do governo federal usado pela ex-chefe da representação da Presidência da República em São Paulo, Rosemary Nóvoa de Noronha.
O tribunal acolheu pedido feito pela rede de jornais Infoglobo e pelo jornalista Thiago Herdy Lana para terem acesso aos gastos, com as discriminações de tipo, data, valor das transações e CNPJ/razão social.

TÓRRIDA PAIXÃO
Como se sabe, desde a década de 1990, quando se conheceram no Sindicato dos Bancários de São Paulo, numa reunião conduzida pelo dirigente sindical João Vaccari Neto, Rosemary era concubina do então líder sindical Luiz Inácio Lula da Silva.
Em 2003, ao assumir o poder, Lula trouxe a companheira para perto de si, nomeando-a para o importante cargo de chefe de gabinete da Presidência da República em São Paulo. E o romance prosseguiu, com o presidente usufruindo da companhia de Rose em 32 viagens internacionais que tiveram a ausência da primeira-dama.
Tudo continua bem, até que novembro de 2012, já no governo Dilma Rousseff, Rose acabou envolvida na Operação Porto Seguro, da Polícia Federal, que investigou venda de pareceres técnicos para liberação de obras favorecendo empresas privadas, foi imediatamente demitida e está respondendo a processo.

DILMA USOU ROSE
Desde 2013, já rolava na Justiça o mandado de segurança apresentado pelo repórter Thiago Herdy e pelo O Globo para quebrar o sigilo dos gastos do cartão de Rose, sob argumento de que o acesso a documentos administrativos tem status de direito fundamental, consagrado na Constituição Federal e em legislação infraconstitucional.
Em 2014, quando cresceu no PT o movimento “Volta, Lula”, para que o ex-presidente Lula fosse candidato, Dilma Rousseff resistiu e não quis abrir mão da candidatura. Lula insistiu e ela então lançou sobre a mesa a cartada decisiva, ameaçando divulgar os absurdos gastos de Rose no cartão corporativo da Presidência, que se tornariam um escândalo capaz de destruir a campanha eleitoral do PT, Lula foi obrigado a recuar.

DIREITO LÍQUIDO E CERTO
Para o relator do caso no STJ, ministro Napoleão Nunes Maia Filho, a recusa de fornecer os documentos e as informações a respeito dos gastos efetuados com o cartão corporativo, com o detalhamento solicitado, constitui violação ilegal do direito líquido e certo da empresa e do jornalista de terem acesso à informação de interesse coletivo, assegurado pela Constituição e regulamentado pela Lei 12.527/11 (Lei de Acesso à Informação).
“Inexiste justificativa para manter em sigilo as informações solicitadas, pois não se evidencia que a publicidade de tais questões atente contra a segurança do presidente e vice-presidente da República ou de suas famílias, e nem isso ficou evidenciado nas informações da Secretaria de Comunicação”, afirmou em seu parecer.
“A divulgação dessas informações seguramente contribui para evitar episódios lesivos e prejudicantes; também nessa matéria tem aplicação a parêmia consagrada pela secular sabedoria do povo, segundo a qual é melhor prevenir do que remediar”, concluiu o ministro, que vai mandar cumprir a sentença do STJ.

O PT VAI ÀS COMPRAS
Segundo o jornalista Cláudio Humberto, do site Diário do Poder, nos governos petistas de Lula e Dilma, de 2003 a 2015, os gastos com cartões corporativos já somaram R$ 615 milhões, o que significa mais de R$ 51 milhões por ano, enquanto em 2002, último ano do governo FHC, a conta dos cartões foi de R$ 3 milhões.
Cerca de 95% dessas despesas são “secretas”, por decisão do então presidente Lula, que alegou “segurança do Estado”, após o escândalo de ministros usando essa forma de pagamento em gastos extravagantes, como pagar tapiocas, resorts de luxo, jantares, cabelereira, aluguel de carro, etc.
Humberto diz que a anarquia chegou ao ponto de um alto funcionário do Ministério das Comunicações quitar duas mesas de sinuca usando o cartão, enquanto em São Bernardo, seguranças da família do então presidente Lula pagavam equipamentos de musculação com cartão corporativo e compraram R$ 55 mil em material de construção para a filha dele, Lurian.
Quando o sigilo for quebrado, esta nação vai estremecer. Será divertido, podem esperar.

sexta-feira, 12 de dezembro de 2014

Republica Petista da Corrupcao: maior roubalheira com empreiteiras na Africa - Jorge Oliveira (Diario do Poder)

Negócios domésticos rendem, e muito, mas estão sempre mais sujeitos a controles e verificações por causa dos (incômodos, para os companheiros) sistemas de processamento de pagamentos, em princípio submetidos às tomadas de contas de órgãos como TCU e CGU (mas totalmente elididos no caso da Petrobras, desde sempre, sem que o STF se manifeste a respeito).
Mas negócios externos, esses costumam ser mais apetitosos, e em princípio sem o controle aplicada nas tramitações domésticas. Eles se prestam, assim, a maiores desvios, comissões, pagamentos a contas no exterior, enfim, roubalheira em grande estilo.
É o que pode estar ocorrendo com todas essas obras em países africanos.
Não esqueçamos que o ex-presidente Lula continuou viajando a diversos países, geralmente em jatinhos dessas construtoras, com todo o apoio do Itamaraty.
Até quando?
Paulo Roberto de Almeida

JORGE OLIVEIRA
MAIOR LAVANDERIA PETISTA É NOS PAÍSES DA ÁFRICA
Diário do Poder: 9 de dezembro de 2014 às 17:31
Brasília – Finalmente, apareceram as digitais de Zé Dirceu no roubo da Petrobrás. O ex-ministro, condenado no escândalo do mensalão, tinha contrato de consultoria com a empreiteira Camargo Correia, de quem recebeu 886 mil reais em um ano. O contrato é de abril de 2010, mas nem por isso Dirceu deixou de receber sua remuneração retroativa a fevereiro. Coincidência ou não, neste mês a construtora assinou contrato com a Petrobrás no valor de R$ 4,8 bilhões para prestar serviços na Refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco, durante os quais assinou (pasmem!) 383 aditivos com a estatal. Diante da alta soma roubada pelo seu protetor na empresa,  Renato Duque, Zé está se perguntando se também não foi enganado com um “troquinho” que recebeu da construtora quando se sabe agora que o seu diretor lá dentro se deleitava com remessas de vultosas quantias para o exterior.
Mas se você, meu caro leitor, ainda está indignado, perplexo, sobressaltado e revoltado com essa “organização criminosa” , não perde por esperar. Quando a Justiça começar a mexer nos empréstimos do BNDES para alguns tiranos dos países da África, aí, sim, a lama vai chegar no meio da canela. Durante muitos anos, no governo Lula, o banco escancarou as porteiras para financiar construtoras brasileiras que trabalham em grandes obras por lá. Sem que os brasileiros soubessem para onde estava indo o dinheiro público, bilhões de reais chegaram às mãos de ditadores africanos que fizeram a festa regada a champanhe francesa, um hábito cultivado por muitos deles.
Para mascarar a malandragem, o Lula anunciava que precisava ajudar os nossos irmãos africanos, milhares deles vítimas de guerras infindáveis, atacados por seca e chuva como se o Nordeste também não vivesse na mesma penúria. Assim é que o BNDES fez filantropia com o dinheiro dos brasileiros enquanto os petistas da cúpula fazia ponte-aérea entre o Brasil e os países da África. A mídia, ainda embevecida com o discurso social do Lula, foi incapaz de questionar essa transação ilegal do governo brasileiro. Muito desse dinheiro ninguém sabe até hoje como foi gasto e outros tantos empréstimos foram perdoados com a anuência do Congresso Nacional, a quem cabia votar o calote.
Na verdade, a organização criminosa petista foi esperta ao tentar sensibilizar o povo brasileiros para ajudar seus irmãozinhos africanos. O que se sabe hoje é que esse dinheiro caia nas mãos de ditadores sanguinários da África que o transferia para paraísos fiscais, onde cada um dos envolvidos na liberação da grana recebia sua fatia sem precisar sujar as mãos. Antes de ser condenado, Zé Dirceu, o homem mais poderoso do PT, auxiliar leal de Lula, era recebido nos países de língua portuguesa como um popstar.
Nas suas viagens à Lisboa, onde segundo se noticiou, Rosemary, amiga íntima de Lula, chegou certa vez em um aviãozinho carregado de dólares,  Zé Dirceu era recepcionado no aeroporto como um agente do desenvolvimento social. Á mesa sempre o Pera Manca, safra 2008, um vinho caríssimo até para os padrões portugueses. Como Portugal não tem uma gota de petróleo, a Petrobrás é responsável por 25% do abastecimento do país através da sua produção em Angola, o que justificava tanta paparicação ao ilustre visitante.
Depois da descoberta da quadrilha da Petrobrás, os petistas botaram a barba de molho. Têm evitado viagens, caminham mais cautelosos e esperam a qualquer  momento a prisão do seu tesoureiro João Vaccari Neto, o homem de confiança da cúpula do PT que administra todo dinheiro sujo da “organização criminosa”.  Aliás, este seria o segundo a tirar cadeia. O outro, Delúbio Soares, anda com tornozeleira do sistema penitenciário.

quarta-feira, 3 de dezembro de 2014

Estamos sendo governados por uma organizacao criminosa? Voce ainda tem alguma duvida disso?

Desde que começou o caso Mensalão, quando se revelou toda a extensão das patifarias, falcatruas, ladroagem, roubalheiras, malversações, desvios, extorsões, chantagens, mentiras mentirosas (é preciso reforçar), mistificações, cinismo e desfaçatez -- e vocês continuem buscando no dicionário todos os demais adjetivos e substantivos apropriados -- os brasileiros mais atentos, simples cidadãos bem informados, que sabem ler os jornais -- como eu e você, por exemplo -- já tinhamos chegado a esta conclusão singela: sim, estamos sendo governados por uma organização criminosa, uma máfia, no sentido estrito e em todos os sentidos latos dessa expressão.
Na verdade, a compulsão para o crime, e a criminalidade (sempre a redundância, pois neste caso é inevitáve), precede a campanha de 2002 e os "recursos não contabilizados" desde antes, durante e depois, desde sempre, e continuando, mesmo durante o Mensalão, até agora mesmo, em várias esferas que ainda não foram descobertas pelos investigadores atilados.
Os companheiros, como vários outros ladrões de galinhas, começaram modestamente: roubando a merenda das crianças, as verbas do recolhimento de lixo, os contratos de transportes públicos nas pequenas prefeituras de interior. Mas isso ainda era na fase de acumulação primitiva, quanto eles estavam no que se poderia chamar de "modo artesanal de corrupção", que é o de todo bandido dos becos e dos corredores de certos poderes, enfim, o que fazem os profissionais do ramo, no puro estilo pork barrel, como diriam os americanos (que entendem de todos os tipos de corrupção, mas são ainda superados pelos japoneses e sobretudo pelos italianos).
Depois, os companheiros passaram à extorsão pura e simples, quando chegaram a algumas prefeituras mais importantes, aquelas de PIB relevante, o que pode ter dado até uma morte ou duas, por acidentes de trabalho, digamos assim.
Nessa fase, os companheiros ainda contavam com a ajuda dos amigos de fé e bons camaradas, os cubanos, os narcotraficantes, os bolivarianos uma vez instalados no poder, e podendo contar com a sua vaca petrolífera. Foi bastante dinheiro por essa via, tanto é que agora eles estão devolvendo, até em dobro, ou o triplo, a quem é mais necessitado do que eles, quem na verdade conseguiu produzir no país um retrato perfeito do que é o socialismo: penúria, mentira, corrupção, desorganização econômica, corrupção, fraudes sem fim, Estado policiais, mais corrupção, privilégios para a nomenklatura, a nova classe, ainda mais corrupção, etc...
Mas, esses tempos de pequenos golpes de punguistas de bairro ficaram para trás. Quando os companheiros se apossaram de sua vaca petrolífera, foi como o Abre-te Sésamo do Ali Babá contemplando a caverna cheia de tesouros dos quarenta ladrões: uma riqueza infinita. Eles ficaram extasiados: não precisavam mais roubar a varejo. Finalmente, eles chegaram no modo industrial de produção, aliás até mais: na etapa superior da corrupção, da extorsão, da roubalheira generalizada. O Abre-te Sésamos era uma mina inesgotável de recursos para construir todos os projetos de dominação, comprando as vontades, os bolsos, abastecendo as contas, e até tomando conta das consciências dos amadores que os precederam.
E tudo isso montado com gente que foi treinado pela DGI e que sabe mentir como os melhores chefes de famiglia, os capi di tutti i capi. Pois é, o chefe da quadrilha conseguiu montar um império do crime. E por enquanto anda impune por aí.
Você ainda duvida de que estamos à sombra de uma organização criminosa? Não duvide mais. As provas estão pingando por todos os lados. Mas o que vai abaixo são apenas matérias para registro histórico. No fundo, todos nós já sabíamos que estávamos sendo governados por mafiosos.
Paulo Roberto de Almeida

Executivo diz que Duque e Costa ficaram com parte da propina paga por empreiteiras

Laryssa Borges
VEJA.com, 03/12/2014

Indicado pelo ex-ministro mensaleiro José Dirceu para a Diretoria de Serviços da Petrobras, Renato Duque era o responsável direto por negociar a cobrança de propina com as empreiteiras que tinham contratos com a estatal. As revelações constam do depoimento do executivo Augusto Ribeiro de Mendonça Neto, da empresa Toyo Setal, que firmou um acordo de delação premiada para revelar detalhes do esquema do petrolão em troca de possíveis benefícios judiciais. Ao lado do ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa, Renato Duque recebia listas manuscritas com o acordo feito pelas empreiteiras e sabia previamente quais empresas deveriam ser convidadas para participar das licitações da Petrobras.
Mais: todas as construtoras que participavam dos acertos tinham conhecimento prévio do valor da extorsão que tanto Costa quanto Duque pretendiam cobrar para oficializar a empresa vencedora: a propina a Costa seria de 1% por contrato, e de Duque outros 2%, embora cada empresa negociava diretamente com os diretores, em uma espécie de barganha de propina. No caso da Toyo Setal, por exemplo, Duque recebeu 1,3% de propina por contrato celebrado com a Petrobras, enquanto Costa recebeu 0,6%.
Cabia ao presidente da empreiteira UTC, Ricardo Pessoa, repassar a Duque os detalhes do acerto prévio do chamado “Clube do Bilhão”, o cartel de empresas que partilhavam os contratos da Petrobras.
Na noite desta terça-feira, o ministro Teori Zavaski, do Supremo Tribunal Federal (STF), revogou a prisão preventiva de Duque, que deixou a carceragem da Polícia Federal em Curitiba (PR) nesta quarta.
“Existia um acerto de comissões entre as empresas do Clube do Bilhão vencedoras das licitações da Petrobras e os diretores Paulo Roberto Costa e Renato Duque”, revelou Mendonça Neto. “Era importante que os dois diretores [Duque e Costa] soubessem a lista das empresas que seriam convidadas”, completou. Em alguns casos, disse o executivo em depoimento de delação premiada. Em alguns casos, 3% em comissão poderiam representar até 50% do lucro que seria auferido pela empresa vencedora. “O impacto financeiro da propina nos contratos era bastante significativo”, resumiu o empresário, que detido ao lado dos executivos das principais empreiteiras do país na sétima fase da Operação Lava Jato, no dia 14 de novembro.
Além de ter dado detalhes do esquema criminoso de pagamento de propina e fraude em licitações na Petrobras, Mendonça Neto explicou a profissionalização do “clube de empreiteiras” e disse que, para organizar o cartel e garantir que as empreiteiras saíssem vitoriosas nos contratos de seu interesse, havia um regulamento semelhante a de um campeonato de futebol. “As regras do Clube ao longo do tempo foram aprimoradas e chegaram a ser escritas como se fossem um regulamento de campeonato de futebol”, disse. A partir das reuniões do Clube, o coordenador do grupo, Ricardo Pessoa, elaborava a lista e a entregava a Renato Duque, mencionando quais as empresas que deveriam ser convidadas pela Petrobras para o certame específico. As mesmas listas foram entregues a Paulo Roberto Costa. O Clube estabeleceu uma relação direta com o então diretor de Engenharia Renato Duque para que as empresas convidadas para cada certame fossem as indicadas previamente.
O Clube era formado por Márcio Faria, da Odebrecht, Ricardo Pessoa, da UTC, João Auler, da Camargo Correa, Elton Negrão, da Andrade Gutierrez, um interlocutor citado como Vilaça, em nome da Mendes Junior. Pessoa, presidente da UTC, era o “meio de campo” e “intermediário” com Renato Duque e mandava mensagens de texto para cada representante das empresas para agendar as reuniões do Clube. “As reuniões do Clube tinham o propósito de analisar o programa de obras da Petrobras, somando as informações de todos os participantes porque, apesar do programa de obras da Petrobras ser algo anunciado pela própria estatal, a forma como os pacotes seriam divididos  e quando eles seriam efetivamente licitados eram informações que dependiam de relacionamento diário com as áreas da Petrobras”, relatou o executivo ao descrever a atuação criminosa dos empreiteiros.

Outro executivo da Toyo Setal detalha depósitos em bancos no Uruguai, na Suíça, na China continental e em Hong Kong

Reinaldo Azevedo, 03/12/2014

É, leitores, dá para escolher a natureza do crime! Que coisa! A sensação de que o país é dominado por uma quadrilha é bem mais do que isso. Parece mesmo ser um dado objetivo. Augusto Ribeiro de Mendonça Neto, um dos executivos da Toyo Setal, afirmou que a propina que a empresa pagou para o esquema fluiu na forma de doações legais ao PT. É claro que é muito grave porque isso transforma o partido numa organização criminosa que usa a sua fachada legal para extorquir empresas.
Júlio Camargo, o outro executivo da Toyo Setal, que também fez acordo, disse coisa um pouco diferente, de não menos gravidade, mas outra espécie de dolo. Segundo disse à Polícia Federal, ele pagou R$ 137 milhões em propinas: US$ 40 milhões (R$ 102 milhões pelo câmbio de hoje) a Fernando Baiano e R$ 35 milhões ao petista Renato Duque, então diretor de Serviços, e a Pedro Barusco, seu subordinado — aquele que vai devolver US$ 97 milhões aos cofres públicos.
Querem ver como as coisas começam a se complicar: segundo Camargo, ele era orientado a fazer depósitos em contas na Suíça, no Uruguai, em Hong Kong e na China continental. Em que o seu depoimento difere do de Mendonça Neto, seu parceiro de empresa? Ambos admitem que faziam, sim, pagamento de propina, mas Camargo diz que esse dinheiro não se confundia com doações; já o outro sustenta que sim. O que é melhor para o Brasil e para a Petrobras? Nem uma coisa nem outra. O que é melhor para os partidos? Entendo que o crime cometido é o mesmo, com a diferença de que o esquema revelado por Mendonça Neto traz também o crime eleitoral.
Mas atenção: uma forma não exclui a outra. Ambas podem ter convivido e se estreitado num abraço insano. Vejam que mimo: em dois contratos apenas, firmados para o Projeto Cabuínas 2 e o consórcio Interpar, Camargo confirmou ter pagado a Duque e Barusco R$ 15 milhões através de contas fora do país. Segundo ele, os repasses a Paulo Roberto eram feitos através do doleiro Alberto Youssef.
Segundo Camargo, ele criou as empresas de consultoria Treviso, Piemonte e Auguri para receber as comissões e repassar ao esquema. Os consórcios vencedores das obras depositavam o dinheiro sujo no banco uruguaio Interbotom e nos suíços Credit Suisse e Banque Cramer.
Por Reinaldo Azevedo

Se Mendonça Neto fala a verdade, a organização criminosa é mesmo o PT

Reinaldo Azevedo, 03/12/2014, às 17:15

O executivo Augusto Ribeiro de Mendonça Neto, da Toyo Setal, que fez acordo de delação premiada, afirmou em depoimento à Justiça que parte da propina manipulada pela quadrilha foi repassada ao PT na forma de doações legais, entre 2008 e 2011. Em entrevista recente, o tucano Aécio Neves afirmou que perdeu a eleição para uma organização criminosa. Será? Já chego ao ponto. Vamos ver.
Lembram-se da CPI dos Correios — ou CPI do Mensalão? Duda Mendonça admitiu que recebeu no exterior US$ 3,6 milhões como parte do pagamento pela campanha eleitoral de Lula em 2002. Atenção: o pagamento foi feito quando o Babalorixá de Banânia já era presidente da República. Origem do dinheiro? Ninguém sabe. Que era caixa dois, bem, isso era, né? Era dinheiro público? Até onde se sabe, não.
E agora? Tudo piorou. A ser verdade o que diz Mendonça Neto, o PT fez campanha eleitoral com dinheiro da Petrobras. O que isso tem a ver com doação legal? Nada! Trata-se, obviamente, de usar a lei para lavar a propina. Segundo o executivo, os pagamentos foram feitos entre 2008 — ano de eleições municipais — e 2011. Entre as duas pontas, está 2010, quando Dilma se elegeu presidente pela primeira vez. Se ele não estiver mentindo, houve dinheiro sujo na campanha.
Ah, sim: Mendonça Neto diz ainda que só a sua empresa repassou à dupla Renato Duque — o petista que era diretor de Serviços da Petrobras e que foi solto pelo ministro Teori Zavascki — e Pedro Barusco nada menos de R$ 30 milhões. Lembrança à margem: Barusco fez acordo de delação premiada e aceitou devolver a fantástica soma de US$ 97 milhões aos cofres públicos. O empresário afirmou que, no caso da Toyo Setal, Paulo Roberto Costa recebia 0,6% de propina sobre o valor do contrato; Duque, o petista, 1,3%.
Avancemos um pouco. Tanto Paulo Roberto como Alberto Youssef disseram em seus respectivos depoimentos que a prática não era diferente nas demais estatais e em ministérios. E por que deveríamos achar o contrário? Os critérios de nomeação não são os mesmos? Não se procede igualmente ao loteamento de cargos? Até hoje ninguém me respondeu por que um partido político quer a diretoria de Serviços de uma estatal. Para tocar piano?  Por razões ideológicas? Mais: o executivo da Toyo Setal se refere ao período 2008-2011. Ocorre que, quando a PF deflagrou a operação Lava Jato, a roubalheira estava em curso.
Organização criminosa?
Pois é… o senador Aécio Neves afirmou numa entrevista que perdeu a eleição para uma organização criminosa. Rui Falcão, presidente do PT, partido que ganhou a disputa, afirmou que vai processá-lo. Huuummm… Eu tinha entendido que o presidente do PSDB não se referia propriamente ao PT, mas aos métodos empregados. 
Se Mendonça Neto estiver falando a verdade, aí não se duvide: a organização criminosa é mesmo o PT.
Por Reinaldo Azevedo

‘Propina foi paga em doações legais ao PT’, diz executivo

Vanessa Borges e Marcela Mattos
VEJA.com, 3/12/2014

 O executivo Augusto Ribeiro de Mendonça Neto, da empresa Toyo Setal, disse em depoimento à Justiça, após firmar um acordo de delação premiada, que parte da propina recolhida pela quadrilha que se instalou na Petrobras foi repassada para o caixa do Partido dos Trabalhadores por meio de doações oficiais, entre 2008 e 2011. Segundo ele, os repasses foram feitos por meio das contas das empresas Setec Tecnologia e PEM Engenharia. A maquiagem nos desvios, incluindo os recursos como se fossem doações partidárias, era uma estratégia para dificultar o rastreamento do dinheiro oriundo do crime. De acordo com Mendonça Neto, apenas em relação a sua empresa, os ex-diretores da Petrobras Renato Duque e Paulo Roberto Costa receberam propina de até de 30 milhões de reais.
Braço direito de Duque, cabia ao ex-gerente de Serviços Pedro Barusco tratar diretamente da propina com a empresa. Conforme o depoimento, o ex-funcionário, que fez acordo com a justiça para devolver quase 100 milhões de dólares, recebeu os valores das empreiteiras em parcelas em dinheiro, remessas em contas indicadas no exterior e como doações oficiais ao PT. No esquema do petrolão, Barusco chegou a pedir que parte da propina fosse entregue em dinheiro vivo em um escritório em São Paulo, enquanto os pagamentos no exterior eram destinados a uma única conta definida previamente por Renato Duque. (…)
Aeroportos – O executivo da Toyo Setal informou ainda ter tido notícias de cobrança de propina durante as obras de instalações elétricas no aeroporto de Brasília em 2002. O contrato original era entre a Infraero e a Construtora Beter, mas a empreiteira subcontratou a PEM Engenharia para executar a obra, informando à subcontratada da necessidade de pagar propina ao então presidente da estatal aeroportuária Carlos Wilson. Mendonça Neto diz, porém, que “não possui nenhum elemento concreto acerca do suposto pagamento de comissão para Carlos Wilson”, porque a propina estava sendo negociada exclusivamente pela Beter.?
Duque
Indicado pelo ex-ministro mensaleiro José Dirceu para a Diretoria de Serviços da Petrobras, Renato Duque era o responsável direto por negociar a cobrança de propina com as empreiteiras que tinham contratos com a estatal. Ao lado do ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa, Renato Duque recebia listas manuscritas com o acordo feito pelas empreiteiras e sabia previamente quais empresas deveriam ser convidadas para participar das licitações da Petrobras.
Mais: todas as construtoras que participavam dos acertos tinham conhecimento prévio do valor da extorsão que tanto Costa quanto Duque pretendiam cobrar para oficializar a empresa vencedora: a propina a Costa seria de 1% por contrato, e de Duque outros 2%, embora cada empresa negociasse diretamente com os diretores, em uma espécie de barganha de propina. No caso da Toyo Setal, por exemplo, Duque recebeu 1,3% de propina por contrato celebrado com a Petrobras, enquanto Costa recebeu 0,6%.
Cabia ao presidente da empreiteira UTC, Ricardo Pessoa, repassar a Duque os detalhes do acerto prévio do chamado “Clube do Bilhão”, o cartel de empresas que partilhavam os contratos da Petrobras.
Na noite desta terça-feira, o ministro Teori Zavaski, do Supremo Tribunal Federal (STF), revogou a prisão preventiva de Duque, que deixou a carceragem da Polícia Federal em Curitiba (PR) nesta quarta.
Por Reinaldo Azevedo

Executivo diz que Duque e Costa ficaram com parte da propina paga por empreiteiras

Por Laryssa Borges, na VEJA.com:
Indicado pelo ex-ministro mensaleiro José Dirceu para a Diretoria de Serviços da Petrobras, Renato Duque era o responsável direto por negociar a cobrança de propina com as empreiteiras que tinham contratos com a estatal. As revelações constam do depoimento do executivo Augusto Ribeiro de Mendonça Neto, da empresa Toyo Setal, que firmou um acordo de delação premiada para revelar detalhes do esquema do petrolão em troca de possíveis benefícios judiciais. Ao lado do ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa, Renato Duque recebia listas manuscritas com o acordo feito pelas empreiteiras e sabia previamente quais empresas deveriam ser convidadas para participar das licitações da Petrobras.
Mais: todas as construtoras que participavam dos acertos tinham conhecimento prévio do valor da extorsão que tanto Costa quanto Duque pretendiam cobrar para oficializar a empresa vencedora: a propina a Costa seria de 1% por contrato, e de Duque outros 2%, embora cada empresa negociava diretamente com os diretores, em uma espécie de barganha de propina. No caso da Toyo Setal, por exemplo, Duque recebeu 1,3% de propina por contrato celebrado com a Petrobras, enquanto Costa recebeu 0,6%.
Cabia ao presidente da empreiteira UTC, Ricardo Pessoa, repassar a Duque os detalhes do acerto prévio do chamado “Clube do Bilhão”, o cartel de empresas que partilhavam os contratos da Petrobras.
Na noite desta terça-feira, o ministro Teori Zavaski, do Supremo Tribunal Federal (STF), revogou a prisão preventiva de Duque, que deixou a carceragem da Polícia Federal em Curitiba (PR) nesta quarta.
“Existia um acerto de comissões entre as empresas do Clube do Bilhão vencedoras das licitações da Petrobras e os diretores Paulo Roberto Costa e Renato Duque”, revelou Mendonça Neto. “Era importante que os dois diretores [Duque e Costa] soubessem a lista das empresas que seriam convidadas”, completou. Em alguns casos, disse o executivo em depoimento de delação premiada. Em alguns casos, 3% em comissão poderiam representar até 50% do lucro que seria auferido pela empresa vencedora. “O impacto financeiro da propina nos contratos era bastante significativo”, resumiu o empresário, que detido ao lado dos executivos das principais empreiteiras do país na sétima fase da Operação Lava Jato, no dia 14 de novembro.
Além de ter dado detalhes do esquema criminoso de pagamento de propina e fraude em licitações na Petrobras, Mendonça Neto explicou a profissionalização do “clube de empreiteiras” e disse que, para organizar o cartel e garantir que as empreiteiras saíssem vitoriosas nos contratos de seu interesse, havia um regulamento semelhante a de um campeonato de futebol. “As regras do Clube ao longo do tempo foram aprimoradas e chegaram a ser escritas como se fossem um regulamento de campeonato de futebol”, disse. A partir das reuniões do Clube, o coordenador do grupo, Ricardo Pessoa, elaborava a lista e a entregava a Renato Duque, mencionando quais as empresas que deveriam ser convidadas pela Petrobras para o certame específico. As mesmas listas foram entregues a Paulo Roberto Costa. O Clube estabeleceu uma relação direta com o então diretor de Engenharia Renato Duque para que as empresas convidadas para cada certame fossem as indicadas previamente.
O Clube era formado por Márcio Faria, da Odebrecht, Ricardo Pessoa, da UTC, João Auler, da Camargo Correa, Elton Negrão, da Andrade Gutierrez, um interlocutor citado como Vilaça, em nome da Mendes Junior. Pessoa, presidente da UTC, era o “meio de campo” e “intermediário” com Renato Duque e mandava mensagens de texto para cada representante das empresas para agendar as reuniões do Clube. “As reuniões do Clube tinham o propósito de analisar o programa de obras da Petrobras, somando as informações de todos os participantes porque, apesar do programa de obras da Petrobras ser algo anunciado pela própria estatal, a forma como os pacotes seriam divididos  e quando eles seriam efetivamente licitados eram informações que dependiam de relacionamento diário com as áreas da Petrobras”, relatou o executivo ao descrever a atuação criminosa dos empreiteiros.
Por Reinaldo Azevedo

Zavascki, um dos prediletos do PT, manda soltar Renato Duque, o petista que era diretor da Petrobras

Reinaldo Azevedo, 02/12/2014

O ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal, concedeu uma liminar revogando a prisão de Renato Duque, ex-diretor de serviços da Petrobras e homem do PT na empresa. Ele é ligado ao ex-ministro José Dirceu. Segundo Paulo Roberto Costa e Alberto Youssef, era Duque quem cuidava da parte da propina destinada ao PT. Só para lembrar: um subordinado de Duque, Pedro Barusco, se comprometeu a devolver US$ 97 milhões aos cofres públicos.
Até o começo da madrugada desta quarta, não se conheciam os motivos que levaram Zavascki a conceder a liminar. Ele disse que ainda divulgaria o inteiro teor da sentença. A sua única ação preventiva foi recolher o passaporte de Duque. Até agora, apesar de todas as evidências, o petista nega que tivesse conhecimento de qualquer irregularidade na estatal. Como é notório, “não saber” é uma tradição do petismo. Vamos ver qual é o critério, né? Tudo indica que, se Duque pode ter revogada a prisão preventiva, os demais presos também podem.
A Galvão Engenharia, por exemplo, entregou à Justiça Federal do Paraná provas de que pagou propina de R$ 8,8 milhões a uma empresa de consultoria do engenheiro Shinko Nakandakari. Segundo a empreiteira, tratava-se de mera operação de despiste. Shinko, na verdade, faria a coleta de dinheiro sujo em nome da Diretoria de Serviços, comandada pelo petista Duque.
O indicado de Dirceu era, sim, originariamente, funcionário da Petrobras, mas era considerado apenas “mediano”. Foi a chegada da companheirada ao poder que lhe abriu o caminho para a glória: tornou-se o titular da poderosa Diretoria de Serviços, onde permaneceu de 2003 a 2012.
A menos que haja uma razão muito particular, até agora desconhecida, para libertar Duque, pode-se esperar um festival de solturas nas próximas horas. Se ele pode sair da cadeia, por que não os outros?
Teori Zavascki compôs, ao lado de Roberto Barroso, a dupla de ministros do Supremo que abriu caminho para anular a condenação de José Dirceu, de Delúbio Soares e de José Genoino por formação de quadrilha no escândalo do mensalão. Ele e Barroso são os dois ministros do tribunal mais apreciados pelos petistas. Ganham até de Ricardo Lewandowski. E olhem que a concorrência é dura!
Por Reinaldo Azevedo 
A VERDADE QUE NÃO QUER CALAR – Em CPI, Paulo Roberto diz que roubalheira é generalizada e que esquema corrupto da Petrobras está em vigência em todos os órgãos do governo
Reinaldo Azevedo, 02/12/2014

Paulo Roberto Costa falou pouco na CPMI da Petrobras, na sessão marcada para uma acareação entre ele e Nestor Cerveró, ex-diretor da área Internacional da empresa. Falou pouco, mas bem mais do que o governo e a oposição esperavam. Ex-diretor de Abastecimento da estatal, ele fez um acordo de delação premiada com o Ministério Público Federal. Deixou claro, de saída, que não poderia entrar em detalhes, mas, ainda assim, foi inequívoco e disse que reafirma todo o conteúdo da delação premiada. Foi além. Segundo disse, o esquema de roubalheira semelhante ao da Petrobras funciona também nas outras áreas da administração, a saber: “nas rodovias, portos, ferrovias e aeroportos”.
Muito bem, leitores! Desde que esse escândalo veio à luz, tenho insistido neste aspecto: se uma quadrilha de criminosos se apoderou da Petrobras, por que seria diferente nas outras estatais e nos organismos diretamente vinculados a ministérios? Não há razão para ser. Afinal, os critérios para nomear diretores de outras estatais ou de autarquias do governo são os mesmos: loteamento entre partidos. Volto à minha pergunta de sempre: por que uma legenda faz tanta questão de ter a diretoria de uma empresa pública? Por ideologia, convenham, não é. Se a safadeza na Petrobras assume proporção multibilionária, imaginem o que se passa no conjunto do país.
Paulo Roberto admitiu ter assumido a diretoria de Abastecimento em razão de um arranjo político, indicado pelo PP. Disse ter saído em 2012 porque não aguentava mais as pressões: “Às vezes você entra em um processo e não tem como sair. Mas eu saí. Saí em 2012, mas o processo continuava.” Então pensemos: os cargos continuam a ser indicados em razão da influência política? A resposta, obviamente, é “sim”. Tanto é verdade que Sérgio Machado deve deixar de vez a presidência da Transpetro, e caberá ao presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), informalmente ao menos, indicar o substituto.
E-mail
Costa referiu-se ao e-mail que ele enviou em 2009 à então ministra Dilma Rousseff, revelado por reportagem de VEJA. Só para lembrar: na mensagem, ele alertava para o fato de que o TCU recomendara a suspensão de recursos para obras da Petrobras — justamente aquelas em que havia corrupção. E Paulo Roberto sugere que o governo deveria ignorar as advertências. E Lula as ignorou, é bom destacar.
O ex-diretor da Petrobras, nesse particular, contou uma história um pouco inverossímil: disse que só mandou o e-mail porque estava “enojado” com o que se passava na empresa. Não dá par cair nessa conversa. Membro ativo da quadrilha, o texto sugere que ele estava é preocupado com a possibilidade de ver secar a fonte. Ele sustenta ainda que o petista José Sérgio Gabrielli, então presidente da estatal, teve conhecimento prévio da mensagem.  De todo modo, aquele e-mail revela que Dilma e Lula tinham como ter estancado a sangria.
E as provas? Paulo Roberto responde: “Não tem nada na delação que eu não confirme. É um instrumento extremamente sério. Não pode ser usado de artifício. O que está lá, eu confirmo. Provas? Estão existindo, estão sendo colocadas. Falei de fatos, dados e das pessoas. Tudo o que eu falei eu confirmo”. A terra ainda pode tremer. Até porque ele reafirmou que “algumas dezenas” de políticos estão envolvidos na roubalheira.
Por Reinaldo Azevedo
 

terça-feira, 23 de setembro de 2014

Corrupcao companheira: multipliquem isso por 100...

...ou por 1000! Sim: existem milhares de oportunidades para os companheiros mafiosos exercerem seus talentos criminosos, a cada vez que uma midesta prefeitura ou uma poderosa estatal realizam uma simples compra de papel. Imaginem então uma refinaria...
Paulo Roberto de Almeida 
Por Robson Bonin, na VEJA.com, 23/09/2014

O esquema milionário montado pelo Partido dos Trabalhadores para desviar recursos de programas sociais para campanhas eleitorais de petistas na Bahia vai ser investigado por uma força-tarefa do Ministério Público. Procuradores e promotores vão reabrir o caso que tem como alvo o Instituto Brasil, uma ONG criada por petistas para camuflar a atuação do grupo criminoso. Na edição de VEJA desta semana, a presidente do instituto, Dalva Sele Paiva, revela que a entidade foi usada para fazer caixa dois para o partido por quase uma década.

O instituto chegou a movimentar, segundo Dalva Sele, 50 milhões de reais desde 2004. O caso mais emblemático, investigado pelo Ministério Púbico há quatro anos, ocorreu nas eleições municipais de 2008, quando a entidade foi escolhida pelo governo do Estado para construir 1.120 casas populares destinadas a famílias de baixa renda. Os recursos – 17,9 milhões de reais – saíram do Fundo de Combate à Pobreza. Desse total, 6 milhões de reais foram desviados para campanhas do PT. “Quem definia os que receberiam dinheiro era a cúpula do PT. A gente distribuía como todo mundo faz: sacava na boca do caixa e entregava para os candidatos ou gastava diretamente na infraestrutura das campanhas, como aluguel de carros de som e combustível”, diz Dalva Sele.
Entre os principais beneficiários desse banco citados por Dalva Sele, estão o senador Walter Pinheiro, vice-líder do PT no Senado, o atual candidato do PT ao governo da Bahia, Rui Costa, e os deputados federais Nelson Pellegrino, Zezéu Ribeiro e Afonso Florence, este último ex-ministro do Desenvolvimento Agrário de Dilma Rousseff. Mas há outros como o atual presidente da Embratur, José Vicente Lima Neto, deputados estaduais, secretários e ex-secretários do governo de Jaques Wagner, como Jorge Solla (Saúde), o ex-superintendente de Educação Clóvis Caribé, a deputada estadual Maria Del Carmen, militantes e dirigentes do PT na Bahia.
Militante histórica do PT, Dalva Sele deixou o país pouco depois de conceder entrevista. Ela afirma temer retaliações do partido e decidiu pedir proteção policial do Ministério Público tão logo comece a colaborar com as investigações. “Tenho receio daquilo que eles podem fazer comigo e com a minha família. Por isso, já estou em contato com os meus advogados para pedir proteção às autoridades”, diz Dalva.
Depois de colher informações e documentos com a operadora do caixa dois do PT baiano, a promotora Rita Tourinho irá ouvir as pessoas citadas por Dalva Sele.

sexta-feira, 4 de julho de 2014

O projeto totalitario do PT - Olavo de Carvalho

Antes de rejeitar o artigo e o autor como sendo de "direita", caberia ler e refletir sobre o que eles dizem.
Não concordo, por exemplo, com a afirmação de que o PT pretende instalar o comunismo no Brasil, pois sendo assim, ademais do rótulo de totalitários, o que os companheiros são inequivocamente, estaríamos atribuindo a eles a qualidade de estúpidos, o que eles não são. Podem ser ignorantes, ingênuos, de má-fé, mentirosos, fraudadores, ladrões, enganadores, mistificadores, demagogos, populistas, autoritários e várias outras coisas mais, mas estúpidos eles não são.
Como disse acima, eles são totalitários, e pretendem se consolidar no poder, congelar seu controle sobre a máquina pública e simplesmente extorquir os capitalistas, pois já perceberam que quem cria riquezas na sociedade são os capitalistas, e os trabalhadores, não essas baboseiras de coletivos e empresas socialistas, como estão fazendo os estúpidos dos bolivarianos, e os comunistas de Cuba, que agora são apenas totalitários, e querem arrumar fórmulas para não perder o poder, passando para uma espécie de capitalismo administrado pelo PCC, um pouco ao estilo chinês.
Portanto, os companheiros no poder no Brasil não querem construir o socialismo, eles apenas querem se eternizar no poder. Para isso vão fazer de tudo, inclusive mentir, enganar, e sobretudo tentar conquistar apoio suficiente na população para o seu projeto totalitário.
Com isso, eles distribuem migalhas ao seu curral eleitoral do Bolsa Família, ao mesmo tempo em que tentam moldar corações e mentes de imensas massas, para "provar" que o seu modelo é melhor do que qualquer outro, dos partidos tradicionais.
Até agora, auxiliados pela propaganda de tipo gramscista-freireana, do distributivismo via Estado, eles tem conseguido se manter no poder. Os brasileiros têm dificuldade em se convencer de que, se quiserem ficar ricos mais rapidamente, precisariam aderir a um sistema capitalista mais livre, inclusive porque não dispõem de educação suficiente para compreender o que é uma economia de mercado.
Portanto, o Brasil vai continuar nessa mediocridade de crescimento -- com um Estado que rouba da sociedade dois quintos da riqueza que ela produz -- e com uma extensão dos poderes públicos sobre a vida privada poucas vezes vista fora dos fascismos clássicos e do comunismo europeu.
Estamos indo a caminho da mediocridade socialista dos companheiros, com um fascismo corporativo rapidamente se disseminando.
Este é o perigo.
Paulo Roberto de Almeida

Sonho Mau
Olavo de Carvalho
(recebido em 3/07/2014) 

Muitas previsões, dizia Thomas Mann, são enunciadas não porque vão se realizar, mas na esperança de que não se realizem. Todas as que fiz, especialmente as mais alarmantes, foram assim. Com uma diferença: as previsões sempre se realizaram, a esperança nunca.

Nos assuntos humanos, a certeza absoluta é geralmente uma utopia. O máximo que se alcança é uma probabilidade razoável. E o culto devoto que o homem contemporâneo consagra aos números não o levará mais longe: uma probabilidade, calculada até os centésimos de milionésimos, continuará sempre sendo o que é -- uma probabilidade, não uma certeza.

No entanto, continua válido o preceito de que a exatidão de uma ciência se mede pela sua capacidade de fazer previsões corretas. Nas ciência humanas, e especialmente na ciência política, a previsão deve sempre assinalar as variáveis que podem modificá-la no curso do processo. Muitas dessas variáveis dependem da criatividade, da iniciativa e da coragem dos personagens envolvidos. Se as previsões mais deprimentes se realizam com exatidão quase matemática, isto se deve mais à ausência desses três fatores do que aos méritos científicos de quem as enuncia.
Numa apostila já velha, que nunca tive a ocasião de corrigir para publicação, expliquei que a liberdade é uma propriedade vital da psique humana, mas que esta não a possui como um dom perfeito e acabado, e sim apenas como uma possibilidade que de certo modo se cria e se amplia a si mesma na medida em que se assume e se exerce. Por isso é que a famosa controvérsia de determinismo e livre arbítrio não tem solução geral teórica: esses dois fatores não pesam uniformemente em todas as vidas, mas se distribuem de maneira desigual conforme um jogo dialético muito sutil que varia de indivíduo para indivíduo, de situação para situação, de caso para caso. Não há como provar a liberdade senão exercendo-a, mas colocá-la em dúvida é já abster-se de exercê-la, provando portanto sua inexistência mediante uma profecia auto-realizável.

Inversa e complementarmente, a própria psique se torna rala e evanescente quando, por abdicação voluntária ou sob a pressão de condições adversas, a liberdade cede o passo à intervenção de fatores “externos”: a pura fisiologia, os hábitos inconscientes, o jogo das influências ambientais, o acaso, etc. Numa situação extrema, já não há mais atividade psíquica livre: a psique torna-se o reflexo passivo e mecânico de tudo quanto lhe é estranho.

Essa distinção aplica-se aos indivíduos como às sociedades. Em qualquer grupo social pode-se avaliar sem muita dificuldade se ali predominam a percepção alerta, a presteza e criatividade das reações, ou o apego indolente a chavões e frases feitas que se repetem como mantras enquanto a realidade vai correndo, mudando e passando como um trator sobre a multidão de sonsos.

Depreciando instintivamente as mudanças e diferenças, a mente letárgica apega-se à “heurística disponível”, que o manual de psicologia forense de Curtis R. Bartol, muito usado nos EUA, define como um atalho mental construído com os fatos mais vulgares e acessíveis – em geral os fatos repetidos pela mídia --, simulando uma explicação.

É assim que os riscos e ameaças mais graves e iminentes passam despercebidos sob uma afetação de segurança tranqüilizante. E foi assim que os planos do PT para a implantação do comunismo no Brasil, registrados nas atas de assembléias do partido, repetidos nas do Foro de São Paulo e insistentemente explicados nos meus artigos e conferências, foram solenemente ignorados como se fossem meras tiradas verbais sem a menor conseqüência, até que agora podem ser postos em prática diante dos olhos de todos, com a certeza de que a o povo e as elites, degradados e estiolados por décadas de indolência mental e repetitividade mecânica, nem saberão como reagir.
Não é preciso dizer que, deteriorada num grupo humano a capacidade de percepção rápida e reação criativa, o curso das coisas vai se tornando cada vez mais previsível graças ao império geral da passividade mecânica. O que era apenas uma probabilidade, manejável pela livre vontade humana, torna-se o cálculo matemático de uma fatalidade. 

Pela milésima vez: Quando um homem normal diz “sociedade civil”, ele designa com isso a totalidade das pessoas dotadas de direitos civis e políticos. Quando um comunista usa o mesmo termo, ele sabe que os profanos o ouvirão exatamente assim, mas que os iniciados saberão perfeitamente que se trata apenas de um reduzido círculo de organizações e movimentos criados pelo Partido para fazer a parte suja do serviço sem comprometê-lo diretamente.

Na estratégia comunista, trocar a representação eleitoral pelo governo direto dessas organizações e movimentos é, desde há mais de um século, a virada decisiva, o “salto qualitativo” que, após uma longa acumulação de subversões e corrosões, marca a passagem de qualquer regime para uma ditadura socialista.

Para quem quer que conheça a história do comunismo, isso é uma obviedade patente, mas quem está acostumado a pensar segundo a “heurística disponível” da mídia usual, quem se recusou por mais de vinte anos a enxergar o que se preparava, talvez não venha a enxergá-lo nem mesmo depois de realizado.  Muitos irão para o Gulag ou para o “paredón” jurando que é apenas um sonho mau.

Do site Mídia Sem Máscara

Po, mas logo o companheiro que quis ajudar os companheiros; vai ter de pagar sozinho?

Os companheiros pensam estar fazendo um grande favor a todos os outros companheiros e, de repente, ZAZ, alguma coisa não dá certo e a Polícia Federal, o Ministério Público, o TCU, todo mundo cai em cima deles, como se tivessem sido eles, exclusivamente que tiveram responsabilidade na montagem da grande operação de "independência financeira", como diria um outro companheiro que agora está atrás das grades mas que logo deve sair, porque filho modelo não deve nada temer, sempre tem um desses adevogados caríssimos que logo arranjam um habeas corpus e depois estivam o processo até perder de vista...
Essas coisas causam surpresa no início, todo mundo pensa (inclusive este idiota que vos escreve) que desta vez, sim, o escândalo é tão grande que não tem como os companheiros escaparam da Justiça e da rejeição popular, e quando vamos ver, não tem mais nada, necas de pitibiriba, tudo limpinho, e os companheiros saem cantando La Cumparsita por aí, alegres e felizaes como pinto no lixo...
Paulo Roberto de Almeida

Esse é o nosso TCU!

3/07/2014

O primeiro relatório do Tribunal de Contas da União sobre a compra pela Petrobras da refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos, responsabiliza o ex-diretor Nestor Cerveró por um prejuízo adicional à estatal brasileira.
O parecer reserva um capítulo exclusivo sobre a Carta de Intenções entre a estatal brasileira e o grupo belga Astra, pela qual a Petrobras assumiu o compromisso de pagar US$ 785 milhões pelos 50% restantes da refinaria.

Segundo o relatório, a carta de intenções gerou um prejuízo adicional de mais de US$ 300 milhões, já que no contrato o valor acertado para a compra da metade da refinaria era muito inferior.

Esse texto do TCU responsabiliza Cerveró pela Carta de Intenções, e ressalta que o então diretor da Petrobras não recebeu autorização da estatal para conduzir esta negociação.

O primeiro relatório sobre a compra da refinaria de Pasadena, assinado pelo auditor Alberto Henriques de Araújo Pereira, foi iniciado ainda no ano passado. O documento pede que os diretores da Petrobras devolvam aos cofres públicos valores que somam US$ 873 milhões.

Nas 121 páginas, o relatório também responsabiliza nominalmente os conselheiros da Petrobras na época, inclusive o ex-ministro Antonio Palocci e a presidente Dilma Rousseff, que presidia o conselho. Eles são acusados de omissão e exercício inadequado do dever de diligência e por ato de gestão ilegítimo e antieconômico. Um segundo relatório, isenta os conselheiros de responsabilidade pela operação.

Procurado pelo Blog, o advogado de Cerveró, Edson Ribeiro, disse que acha tecnicamente inviável uma responsabilização do seu cliente. "Eu não conheço esse documento. Pelo que saiba ele não é oficial. Não quero me manifestar por um documento não oficial. Mas, acho tecnicamente inviável uma responsabilização de Nestor no caso Pasadena."

segunda-feira, 12 de maio de 2014

Quadrilheiros do PT: zombaria com a Justica termina aqui; agora comecamos ataques virulentos dos mensaleiros e comparsas

A Famiglia está cada vez mais descontente com o simples cumprimento da lei. Cabe agora processar is quem ofendido juizes a afrontado o STF.
Paulo Roberto de Almeida 

Barbosa revoga saida de trabalho de Delubio
MÁRCIO FALCÃO
Folha de São Paulo, 12/05/2014

O presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Joaquim Barbosa, revogou nesta segunda-feira (12) a autorização para trabalho externo do ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares.
Condenado no julgamento do mensalão,Delúbio estava trabalhando na sede da CUT (Central Única de Trabalhadores), em Brasília, desde janeiro último, recebendo salário de R$ 4.500.
Segundo Barbosa, não há como fiscalizar o trabalho do petista no sindicato. "Verifico que a fiscalização a cargo dos órgãos estatais é praticamente inexistente, uma vez que, até o presente momento, foi realizada apenas uma fiscalização no local de trabalho do sentenciado. Nesse ato precário, limitou-se o fiscal a lançar no relatório um "OK"", afirmou o despacho de Barbosa.
"Não há relatório de atividade, tampouco se registrou qualquer tipo de produção ou de tarefa que estaria sendo desenvolvida pelo apenado", completou.
O presidente do STF destacou ainda que Delúbio tem ligação pessoal com a entidade, "mesma agremiação política de que sempre foi militante". "Os atuais proponentes do emprego eram (ou são) subordinados do apenado, ou lhe prestam reverência por ter sido fundador da CUT, numa demonstração eloquente da total incompatibilidade da proposta com os fins estabelecidos pelo artigo 28 da Lei de Execuções Penais para o trabalho do condenado", disse o ministro.
A defesa de Delúbio, assim como dos outros que tiveram as autorizações revogadas, vai recorrer ao plenário do STF contra a decisão de Barbosa. Segundo o advogado, Arnaldo Malheiros, Barbosa adotou uma posição "sem solidez jurídica".
Malheiros afirmou que a autorização para trabalho não depende desse requisito temporal. "Eu acho um absurdo. Vou recorrer ao plenário que tenho certeza que irá revogar. Quando se fala em regime inicial semiaberto, é logo no início e não depois de cumprir um sexto da pena. Acho totalmente sem fundamento", disse.
O advogado disse que Delúbio "tem sido acompanhado de perto" e tem se comportado de acordo com as normas. "Se o Estado não o fiscaliza, ele não tem que ser punido por isso". Procurada pela reportagem, a CUT ainda não se manifestou.
Em fevereiro, a autorização para trabalho externo do ex-tesoureiro do PT chegou a ser suspensa após denúncias de que ele teria comido uma feijoada em um domingo dentro da prisão e de que o carro da CUT, que buscava o petista para o trabalho, teria estacionado dentro do pátio do CPP (Centro de Progressão Penitenciária) de Brasília, o que é proibido.
O petista foi condenado a seis anos e oito meses de prisão. Esse é o terceiro dos nove condenados do mensalão que tiveram suspensa a autorização para trabalhar fora.
Na sexta-feira (9), Barbosa também negou autorização para trabalho ao ex-ministro José Dirceu.
Barbosa tem alegado que os condenados não têm direito a cumprir pena no regime semiaberto, que é quando o preso sai para trabalhar durante o dia e retorna à noite para a cadeia, desde que autorizado pela Justiça, porque ainda não cumpriu um sexto da pena.
Pelo entendimento de Barbosa, Delúbio poderá sair para trabalhar quando completar 1 ano, 2 meses de prisão. Ele cumpre pena desde o dia 15 de novembro.
O presidente do STF utilizou o mesmo argumento para revogar na quinta-feira (8) a liberação para trabalhar em uma empresa do ex-deputado Romeu Queiroz e do advogado Rogério Tolentino.
O entendimento de Barbosa deve ser estendido para os ex-deputados João Paulo Cunha, Valdemar Costa Neto, Pedro Henry, Pedro Corrêa, Bispo Rodrigues, além do ex-assessor Jacinto Lamas.
STJ
Desde 1999, o STJ (Superior Tribunal de Justiça) adotou o entendimento de que a exigência do cumprimento de um sexto da pena vale só para presos em regime fechado, com pena superior a oito anos.

Para o presidente do STF, porém, essa regra desvirtua a lei. Em seu despacho, Barbosa citou duas decisões do STF, uma de 1995 e outra de 2006, que reconhece a necessidade do requisito temporal para a liberação de trabalho.
Especialistas ouvidos pela Folha criticaram interpretação restritiva da legislação pelo presidente do STF.
Alexandre Wunderlich, professor da PUC-RS (Pontifícia Universidade Católica) e conselheiro federal da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), defende que o ministro fez uma interpretação muito restritiva da lei. "Joaquim Barbosa foi duro demais. Muitos Estados da Federação já admitem o trabalho externo no regime semiaberto antes do cumprimento de um sexto da pena."
Já Janaína Paschoal, professora de direito penal da USP, considera que a exigência de cumprimento de um sexto da pena até pode ser flexibilizada, mas não para os condenados pelo mensalão, por causa do desvio de recursos públicos, segundo ela.
"Uma interpretação mais benevolente do texto legal não pode ocorrer no caso da ação penal 470, na qual foram apurados crimes com sérios danos à sociedade. Seria um desrespeito."