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domingo, 24 de março de 2019

A política externa brasileira em debate: Ricupero, FHC e Araujo - sempre disponível

Academia.edu me avisa que a famosa postagem que acabou redundando em minha exoneração como diretor do IPRI (Instituto de Pesquisa de Relações Internacionais, vinculado ao Itamaraty) por capricho do imperador – ops, atual chanceler – acabou em sua fase de "convite a debate", mas permanece disponível para os interessados, como aqui referido:

       A política externa brasileira em debate: Ricupero, FHC e Araújo”, Brasília, 4 março 2019, 18 p. Disponibilizado na plataforma Academia.edu (link: https://www.academia.edu/s/70710c9869/a-politica-externa-brasileira-em-debate-ricupero-fhc-e-araujo) e através do blog Diplomatizzando (10/03/2019; link: https://diplomatizzando.blogspot.com/2019/03/ricupero-fhc-e-ernesto-araujo-em-debate.html).

Na verdade, eu não fui exonerado por isso, mas por ter "ofendido" o patrono do chanceler, aquele patético "sofista da Virgínia", que eu também chamo de "Rasputin de Subúrbio", e por ter me referido a "fundamentalistas trumpistas", que ele tomou como uma acusação contra ele mesmo ("vestiu a carapuça", como apontei em outra postagem), quando eu me referia a um dos Bolsokids e a um medíocre assessor presidencial, mais conhecido como Robespirralho.
Não me arrependo de nada, pois o atual chanceler estava preparando minha demissão. Eu apenas antecipei o gesto inevitável, apenas lamento que ele tenha atrapalhado o Carnaval de muita gente (sobretudo jornalistas) e provocado a suspensão da vinda do sogro do atual chanceler, que tinha aceitado meu convite para falar na série "Percursos Diplomáticos" (IRBr-IPRI), marcada para o dia 8 de março. Fica para uma outra vez, se por acaso continuar, pois estão desmantelando tudo o que existia no IPRI e na Funag (o que vou demonstrar em próxima postagem).
Por enquanto fiquem com os dados relativos a esse texto acima referido.
Paulo Roberto de Almeida
Brasília, 24 de março de 2019 (dia de bacalhau familiar).


A politica externa brasileira em debate: Ricupero, FHC e Araujo


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Mourão reuniu-se com mais que o triplo de embaixadores do que o chanceler - Poder 360


O vice-presidente poderia passar suas notas de reuniões com embaixadores – certamente seu assessor diplomático as fez – ao atual chanceler, para pelo menos ajudá-lo em seu trabalho oficial. Nada para humilhar, claro...
Paulo Roberto de Almeida

Mourão reuniu-se com mais que o triplo de embaixadores do que o chanceler

Chanceler reuniu-se com 7
E o vice-presidente, com 23
Dados são de agendas oficiais


O vice-presidente da República, general Hamilton Mourão Sérgio Lima/Poder360 - 21.jan.2019
LAURIBERTO BRASIL e NATHÁLIA PASE
24.mar.2019 (domingo) - 5h50
O vice-presidente Hamilton Mourão reuniu-se com 23 embaixadores em seu gabinete no Palácio do Planalto desde a posse. O número representa mais que o triplo de vezes que o ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, recebeu representantes de outros países.

Os dados são das agendas oficiais de ambos, Mourão e Ernesto. Leia a tabela com os representantes estrangeiros que conversaram com Mourão:

Representantes recebidos por Mourão
data
autoridade
3.jan
embaixadores da Bélgica, Patrick Herman, e da Holanda, Kees Van Rij
9.jan
ebaixadores da Argentina, Carlos Margariños, da República Dominicana, Alejandro Arias Zarzuela, e da Ucrânia, Rostyslav Tronenko
14.jan
embaixador da Espanha, Fernando Garcia Casas
21.jan
embaixadores da Tailândia, Susarak Suparat, e da Alemanha, Georg Witschel
23.jan
embaixador do Grão-Ducado de Luxemburgo, Carlo Krieger
28.jan
embaixador da Palestina, Ibrahim Alzaben
30.jan
embaixador do Chile, Fernando Schmidt
31.fev
embaixador do Canadá, Riccardo Savone
11.fev
embaixadores da Irlanda, Seán Hoy, da Austrália, Timothy Francis Kane, e da República Tcheca, Sandra Lang Linkensedorová
13.fev
embaixador do Vietnã, Do Ba Khoa
18.fev
embaixadores de Portugal, Jorge Cabral, e do Kuwait, Nasser Al Motairi
19.fev
embaixador da Grécia, Ioannis Pediotis
20.fev
embaixador da Sérvia, Veljko Lazic
21.fev
embaixador da França, Michel Miraillet
13.mar
embaixadores da Geórgia, David Solomonia, e da Espanha, Fernando Garcia Casas
19.mar
embaixador da França, Michel Miraillet
20.mar
embaixador da Nova Zelândia, Chris Langley


O chanceler teve encontros com 7 embaixadores. A representante do autodeclarado presidente da Venezuela, Juan Guaidó, foi a única a reunir-se duas vezes com Ernesto:

Desde que tomou posse como ministro, o chefe do Itamaraty ficou, pelo menos, 21 dias fora do país em viagens diplomáticas. Ernesto passou por Peru, Suíça, Canadá, EUA, Polônia, Colômbia e Chile. Já Mourão viajou para fora em apenas uma oportunidade: em 21 de fevereiro para reunião do Grupo de Lima em Bogotá, na Colômbia.

DIVERGÊNCIAS

O vice-presidente discorda publicamente de políticas adotadas por Ernesto Araújo na área de relações exteriores. Chegou a se manifestar contra a transferência da embaixada do Brasil em Israel de Tel Aviv para Jerusalém,prometida por Jair Bolsonaro.
Os palestinos reivindicam Jerusalém Oriental como capital de seu futuro Estado. Do outro lado do espectro nessa disputa está Israel, que reivindica Jerusalém como sua capital indivisível, algo que a maior parte dos países que integram a ONU (Organização das Nações Unidas) não aceita.
Em 28 de janeiro, o embaixador da Palestina no Brasil, Ibrahim Alzeben, reuniu-se com Mourão. Afirmou ter saído “muito satisfeito” da reunião com o general e se mostrou otimista com as relações diplomáticas entre Brasil e Palestina.
“Tivemos uma conversa sobre a transações bilaterais entre Brasil e Palestina e saímos muitos satisfeitos que elas continuarão respeitando direitos internacionais e essa tradição brasileira ao longo dos últimos 70 anos”, afirmou.
Ernesto Araújo também foi preterido na 3ª feira (19.mar.2019) por Jair Bolsonaro ao não participar do encontro privado com Donald Trump no salão oval da Casa Branca, durante a viagem do presidente brasileiro aos Estados Unidos. Segundo relatos captados pela Folha de S. Paulo, Araújo demonstrou irritação na frente de outros ministros e foi acalmado por Paulo Guedes.
De acordo com o Itamaraty, ter recebido menos embaixadores que o vice-presidente não significa perda de prestígio do Ministro das Relações Exteriores. A função de receber embaixadores em audiências simples, segundo com o ministério, é do secretário-geral (2º na hierarquia). O levantamento do Poder360, no entanto, envolve audiências de todos os tipos com representantes (embaixadores, ou não) de outros países.
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De uma diplomacia a outra: conceitos e práticas - palestra PRA na UERJ, 3/04

Tenho de redigir minhas poucas notas sobre a “outra” diplomacia, pois até aqui temos poucos conceitos (todos errados) e muitas práticas (idem). 
Sobre a anterior, teria muito a dizer: a maior parte já foi analisada em meu livro de 2014, Nunca Antes na Diplomacia: a política externa brasileira em tempos não convencionais, agora complementado por este novo: Contra a Corrente: ensaios contrarianistas sobre as relações internacionais do Brasil, 2014-2018 (Appris, 2019), saindo do forno estes dias.
Acho que vou ter de revisar o título do livro anterior: essa coisa de "Nunca Antes" acaba de ser desmentida pelos atuais “gênios” da não-diplomacia bolsonarista, uma estrovenga extraordinária, extrovertida a partir da também estrovenga extraordinária da diplomacia trumpista. 

Nem originais os caras conseguem ser...
Paulo Roberto de Almeida

Paulo Roberto de Almeida 

O panorama visto desde uma biblioteca - Paulo Roberto de Almeida

Pois é: se empenharam tanto em criticar o que havia que se “esqueceram” (se é que eram capazes) de apresentar propostas próprias, fora de certas generalidades triviais. Governar é basicamente ter prioridades e saber administrar bem recursos escassos. Quais são as prioridades do governo?
Não vale dizer que é a reforma da Previdência, pois esta é uma imposição da realidade fiscal desastrosa.
Quero dizer prioridades específicas.
Segundo o presidente é “desconstruir”.
Magnífico! E o que pretendem colocar no lugar? Aguardo...
Até o momento, o que temos são três rebentos atrapalhando (para não usar um termo mais forte) o governo, numa perfeita divisão do trabalho: enquanto um destroi a política externa, o pitbull o faz na política interna, e um terceiro se ocupa de esconder vínculos com milícias criminosas e desvio de recursos...
Como sempre, assino embaixo do que escrevo.
Paulo Roberto de Almeida 

Brasília, 24 de março de 2019