Temas de relações internacionais, de política externa e de diplomacia brasileira, com ênfase em políticas econômicas, em viagens, livros e cultura em geral. Um quilombo de resistência intelectual em defesa da racionalidade, da inteligência e das liberdades democráticas.
terça-feira, 29 de setembro de 2009
1399) Turismo academico: de Asti a Veneza, em menos tempo que voce possa dizer saperlipopete...
Bem, um pouquinho mais: foram quase 400kms de auto-estradas italianas (pedagiadas), para vir de um almoço gastronômico a um jantar gastronômico, junto a ponte de Rialto, em Veneza.
Em Asti, onde tínhamos chegado na noite de segunda-feira, dormimos num hotel do centro, Via Cavour, uns vinte passos do Ristorante, ou melhor Trattoria Tartuffo d'Oro, que eu tinha localizado na internet, a partir de uma pequena busca efetuada ainda em Dignes-Les-Bains.
Valeu o dispêndio: antipasti di prosciuto i meloni, e bresaola e formaggio parmigiano, seguidos de risottos, acompanhandos de um bom vinho Barbera d'Asti. O ponto alto foram as porções de trufas brancas, que custaram, apenas algumas raspadas sobre os três risottos (o meu era de funghi porcini), mais do que todo o resto da refeição, vinho incluído: nada menos do que 20 euros a porção.
As trufas italianas estão ficando caras: lembro-me que da última vez que estive na região, justamente para comer trufas brancas (mas na região de Alba, não em Asti), paguei algo como 5 dólares as raspadas de trufas sobre o risoto. Inflação, ou demanda aumentada, explicam a progressão inflacionista. Total 117 euros, para os interessados.
Via Cavour 95. Os mais aventureiros podem participar de uma randonné de caça às trufas, na floresta, desde que combinado com o dono (que como todo italiano tem primos em SP), mas eu preferi ficar apenas na gastronomia.
Apesar do vinho, a estrada decorreu tranquilamente, com apenas duas paradas para dois ristretos e abastecimento.
Chegamos a Veneza em torno das 19hs locais, ainda claro (horário de verão, que termina em duas semanas).
Hotel Marconi (sim, o do rádio telégrafo sem fio), ao lado da Ponte do Rialto.
Jantar no Ristorante Canal Grande, bem em frente a ponte, à base de calamari fritti, pesce alla griglia, spaghetti alla pescatora, com um Pinot grigio del Friuli, La Turella, bastante bom, a 28 euros a garrafa. Total, 113 euros, o que me pareceu caro, posto que sem sobremesa. Mas parece que todos os turistas em Veneza são assaltados...
(Sim, o garçon tambem tinha primos em SP...)
De volta ao hotel: internet a 12 euros por 20hs de conexao, sempre a exploração dos carteis, exatamente como no Brasil. Acho que a Itália e o Brasil se parecem muito, sobretudo na corrupção, mas no Brasil não tem as delícias gastronômicas e a oferta cultural da Europa, da Itália...
Termino de ler o Le Monde, depois passo ao La Reppublica, antes de dizer boa noite aos meus fiéis leitores...
Veneza, 29 de setembro de 2009.
Um comentário:
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Estive na Europa em Maio deste ano, primeira visita ao velho continente... suas descrições estão me dando uma saudade absurda! Depois que voltei, eu, que nunca tive vontade de morar fora do Brasil, me vi fazendo planos para passar alguns anos trabalhando e vivendo por aí... ainda chego lá.
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