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sexta-feira, 25 de setembro de 2009
1390) G20: promessas cumpridas e não cumpridas
O Globo online, 25/09/2009 às 17h09m
Da BBC
Os líderes do G20, o grupo das maiores economias do mundo, prometeram tirar a economia mundial da recessão durante o encontro em abril em Londres. Na época, uma série de medidas foram acordadas entre os líderes.
Cinco meses depois, eles voltam a se reunir. Confira quais promessas foram cumpridas neste período e o que ainda falta fazer.
Pacote de US$ 1,1 trilhão para a economia
PARCIALMENTE CUMPRIDA
A maior parte do dinheiro prometido seria para o Fundo Monetário Internacional.
O G20 conseguiu aumentar a capacidade de empréstimo do FMI de US$ 500 bilhões para US$ 750 bilhões.
O G20 prometeu aumentar o comércio internacional com US$ 250 bilhões em financiamento, sendo US$ 50 bilhões de dinheiro do Banco Mundial. Apenas US$ 65 bilhões foram alocados até agora.
O G20 disse que apoiaria o aumento de empréstimos para países pobres em até US$ 100 bilhões através de bancos de desenvolvimento. Não está claro se este financiamento está acontecendo com dinheiro novo ou com recursos que já eram gastos.
US$ 5 trilhões em medidas de estímulo
PARCIALMENTE CUMPRIDA
O G20 prometeu US$ 5 trilhões em medidas de estímulo às suas próprias economias, prevendo que a produção global cresceria 4% em 2010.
Poucos países detalharam quanto foi gasto. Além disso, há preocupações de que alguns países interromperão estas medidas, já que os países estão saindo da recessão antes do previsto. Outro problema é o alto endividamento dos governos, que estão sentindo a pressão para realizar cortes nos seus gastos.
Reforma de cotas e votos do FMI
NÃO CUMPRIDA
Por motivos históricos, países europeus pequenos - como a Suíça e a Holanda - estão sobre-representados no FMI, enquanto gigantes como a China precisam de mais poder.
França e Grã-Bretanha estão entre os maiores países que devem perder cotas. O governo americano propõe mudança em 5% das cotas, em favor dos emergentes. A decisão pode ser tomada na reunião em Pittsburgh.
Mais regulação dos fundos hedge
NÃO CUMPRIDA
O G20 prometeu que os fundos do tipo hedge, que sempre foram menos regulados do que outros tipos de investimentos, deveriam receber mais supervisão.
A União Europeia apresentou uma proposta, mas ela foi considerada dura demais pela Grã-Bretanha.
No G20, existe um consenso hoje de que os fundos hedge deveriam repassar mais informações aos reguladores.
Combater paraísos fiscais
CUMPRIDA
O G20 acredita que esta é a área onde houve o maior avanço, já que os governos estão precisando aumentar a sua arrecadação para ajudar no combate à recessão.
Desde abril, 13 paraísos fiscais implementaram novos padrões fiscais. A Suíça e Liechtenstein continuam na lista de 33 locais que não tomaram medidas suficientes, mas os países já concordaram em cooperar com os esforços do G20.
Restrição dos bônus pagos a executivos
PARCIALMENTE CUMPRIDA
Houve amplo apoio para restrições aos bônus dos executivos e banqueiros, que teriam sido estimulados a tomarem riscos considerados agressivos demais.
Alguns países, como Alemanha, Holanda e França, tomaram medidas contra os bônus, mas nos Estados Unidos e na Grã-Bretanha há resistência a esse tipo de restrição.
Criação do Comitê de Estabilização Financeira
CUMPRIDA
O G20 decidiu criar o Comitê de Estabilização Financeira para tornar o sistema financeiro menos vulnerável a crises futuras. A ideia e incentivar a cooperação e regulação internacional.
Baseada na Basileia, Suíça, a agência reúne os reguladores nacionais, para que eles elaborem princípios comuns a serem adotados em vários países. Já houve duas reuniões do Comitê.
A questão do bônus foi discutida neste mês e suas conclusões foram enviadas aos líderes do G20.
Ainda não está claro, no entanto, se o Comitê conseguirá fazer suas regras serem incorporadas pelos países em suas legislações nacionais.
Um comentário:
Caro Professor,
O aumento de 5% nas cotas do FMI, já foi aprovado.
fonte: http://g1.globo.com/Noticias/Economia_Negocios/0,,MUL1318840-9356,00-G+DEFINE+AUMENTO+DE+PARTICIPACAO+DE+PAISES+EMERGENTES+NO+FMI.html
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