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quinta-feira, 10 de setembro de 2009

1367) A marcha do apartheid no Brasil

Os autores e promotores dessa lei da desigualdade racial deveriam ser processados por incitacao ao racismo explicito...
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Paulo Roberto de Almeida

Câmara aprova o Estatuto da Igualdade Racial
Agência Câmara - 09/09/2009

A comissão especial que analisou o Estatuto da Igualdade Racial (PL 6264/05) aprovou, nesta quarta-feira, a redação final do substitutivo do relator, deputado Antônio Roberto (PV-MG). O texto prevê medidas como o incentivo à contratação de negros em empresas, o reconhecimento da capoeira como esporte, a reclusão de até três anos para quem praticar racismo na internet, o livre exercício dos cultos religiosos de origem africana e o estímulo às atividades produtivas da população negra no campo. A proposta foi o resultado de mais de seis anos de discussão no Congresso.

Depois de um acordo com deputados contrários a alguns pontos da matéria, a comissão aprovou a redação final do substitutivo com mudanças em relação ao texto original. Entre elas, estão a redução de 30% para 10% da proporção de candidatos negros que os partidos devem ter nas eleições; a retirada da obrigatoriedade de reserva, nos estabelecimentos públicos, de vagas para alunos negros vindos de escolas públicas na mesma proporção dessa etnia na população; e a supressão do inciso que definia quem eram os remanescentes de quilombos.

Outra mudança foi a retirada da expressão "igualdade" do dispositivo que trata da contratação de atores negros em produções artísticas. Mesmo com as modificações, Antônio Roberto frisou: "A essência continua a mesma: a inserção do negro brasileiro nos níveis de poder".

A matéria tramita em caráter conclusivo e será enviada ao Senado. Um dos pontos do acordo foi o de que não seria apresentado nenhum recurso no sentido de que o projeto fosse votado no Plenário da Câmara.

Reconhecimento da desigualdade
Na opinião do presidente da comissão especial, deputado Carlos Santana (PT-RJ), as mudanças no texto não são significativas. Segundo ele, "já é o máximo" o fato de haver o reconhecimento da condição de desigualdade da população negra. "Para todos que estão na favela, nos cárceres, porque lá somos maioria, esta é uma vitória", sustentou.

Participante das negociações que possibilitaram o acordo, o ministro da Promoção da Igualdade Racial, Edson Santos, também considerou que a grande conquista é o reconhecimento da desigualdade: "Esse documento dá visibilidade à presença do negro na sociedade, às condições em que ficou após a Abolição da Escravatura e aos direitos que teve sonegados. Teremos condição de dar celeridade à reparação desses problemas por meio de políticas públicas do Estado."

Autor da primeira versão do projeto do estatuto no Senado, em 2003, o senador Paulo Paim (PT-RS) comemorou a aprovação. Ele disse compreender as mudanças que o projeto sofreu: "Aqui foi aprovado o texto possível. O mingau se come pelas beiradas, e foi isso que o movimento social, com muita inteligência, soube fazer."

Já o deputado Damião Feliciano (PDT-PB) reclamou das mudanças e disse que foram prejudicadas "muitas conquistas", como as cotas na educação. "Estamos aprovando um estatuto desidratado", avaliou. Ele disse que, inicialmente, era prevista uma cota de 20% de atores negros nos meios de comunicação, percentual que ficou fora da versão final.

Íntegra da proposta:
- PL-6264/2005

Veja os principais pontos da proposta aprovada

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2 comentários:

Alessandra disse...

Caro Professor Paulo
Tenho 18 anos e pretendo cursar RI, mas como sou leiga no assunto, gostaria que o senhor me desse algumas dicas pra ser uma boa profissional no ramo. Como por exemplo, o que fazer depois que terminar o curso, quais são as oportunidades de trabalho que terei, se é necessário já começar com pelo menos inglês avançado, e se é verdade que internacionalistas estão sempre de malas prontas. Eu pesquiso sobre o assunto, leio bastante, mas as dúvidas nunca acabam, e sinceramente, tenho medo de não ter emprego assegurado. Gostaria de saber também quanto ganha um profissional na área.
Desde já agradeço.
Se puder responder, ficaria muito feliz. xanda.gouveia@hotmail.com

Jefferson Tolentino disse...

Caro Professor Paulo,

Temo em acreditar ... Temo em considerar real, mas pelo visto esse Estatuto da (des)Igualdade Racial está se tornando uma realidade. Cada dia que passa a meritocracia é suplantada por esses pré-conceitos que versam que uma "raça" é inferior a outra.

Esses loucos estão reconstruindo o conceito de Estado posto por Gumplowicz, mas colocando os "pseudo" fracos no topo do ente estatal. E o mais grave ... a fraqueza desses é mental.

Uma pena...
Referendo a sua colocação ... Esses loucos merecem ser processados e pressos por apologia ao racismo!

Cordial abraço.