A presença, no governo, de guerrilheiros reciclados, de recalcados do socialismo que se foi, de derrotados pelo regime militar, enfim de várias viúvas de regimes ditatoriais desaparecidos e de órfãos de uma pretensa "democracia popular" que era uma simples mistificação, ainda vai causar dificuldades a esta administração.
O fato de que alguns desses integram a Comissão da "Verdade" (aspas triplas, já que o conceito é maleável) é mais uma garantia de que ela será mais um foco de confusão.
Minhas apostas (posso estar sendo pessimista, claro, e ser desmentido por essas surpresas que de vez em quando ocorrem, ainda que raramente) são as de que ela vai perder metade do tempo em debates internos, de procedimento, e depois vai soçobrar no irrealismo, com declarações em off de alguns de seus membros (para não serem desmentidos no dia seguinte por algum outro membro, ou demitidos sumariamente, como alguns já deveriam ter sido, por declarações intempestivas e equivocadas), com "explicações" a posteriori do governo, com reclamações de diferentes setores (não ouvidos) e um sem número de outras questiúnculas, que vão precipitar o tal grupo no redemoinho das ideias mal pensadas, mal implementadas e mal conduzidas. Enfim, ela vai soçobrar no seu próprio ridículo.
Posso ser desmentido, pois a realidade é ainda mais bizarra do que nossas previsões.
Ao fim e ao cabo, tudo é possível, inclusive a montanha parir um rato, ou uma barata...
Paulo Roberto de Almeida
Por Tânia Monteiro
Estado de S.Paulo, 18/05/2012
Ex-ministro do Exército do governo José Sarney, o general da reserva Leônidas Pires Gonçalves atacou a presidente Dilma Rousseff e a Comissão da Verdade instalada na quarta-feira, em solenidade no Palácio do Planalto, classificando-a de “uma moeda falsa, que só tem um lado” e de “completamente extemporânea”. Ao Estadão, Leônidas disse que a presidente Dilma deveria ter “a modéstia” de deixar de olhar o passado e olhar para frente, “para o futuro do País”.
Recolhido em sua residência, Leônidas, que está com 91 anos, evita fazer declarações à imprensa, mas fez questão de falar sobre a instalação da Comissão da Verdade por considerar que os militares estão “sendo injustiçados” e não vê quem os defenda no governo. Segundo ele, quando Nelson Jobim era ministro da Defesa havia um interlocutor. “Ele se colocava”, disse. “Mas o seu sucessor, Celso Amorim, que deveria se manifestar está ligado ao problema.”
O general se diz indignado com o que define como “injustiça que está sendo feita com o Exército”. Para ele, a Força está sendo “sumariamente julgada e punida”. Mas Leônidas defendeu a liberdade de expressão. “Que se respeite a minha opinião. Aqui é uma democracia. A palavra é livre e isso foi graças à nossa intervenção”, reagiu.
Para ele, “embora o discurso seja de que não haverá punição com esta Comissão da Verdade, já estão promovendo a maior punição ao Exército, que está tendo o seu conceito abalado injustamente”.
O ex-ministro do Exército acha que os comandantes militares deveriam falar em defesa da categoria e espera que eles, pelo menos, estejam levando a insatisfação dos oficiais aos demais integrantes do governo em relação à Comissão da Verdade. Leônidas declarou ainda que os comandantes do Exército, da Marinha e da Aeronáutica “têm de orientar como os militares que forem chamados à comissão devem se comportar”.
4 comentários:
"Outro lado? Quando começará o julgamento dos judeus que se rebelaram e mataram soldados nazistas no gueto de Varsóvia?"
Sim, a comparação é essa mesma. Judeus e nazistas é igual ao que se deu por aqui, onde uma internacional comunista levava revolucionários seduzidos ou mandava treiná-los e bancava com dinheiro.
A falácia da fala comparação é típica de esquerdista obtuso.
Pois, é... Esses judeus malvados, caçados como cães, em pleno estado de guerra não declarado por eles, foram maus mesmo matando judeus hein?
Gustavo Mendonça
Pois, é... Esses judeus malvados, caçados como cães, em pleno estado de guerra não declarado por eles, foram maus mesmo matando nazistas hein?
Gustavo Mendonça
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