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quarta-feira, 23 de maio de 2012

Que tal fechar a ABIN?

Os arapongas se destinam, supostamente, a defender o Estado de Direito, as instituições públicas, prevenindo ataques e desmantelando ameaças ao funcionamento normal do aparelho de Estado.
Nos últimos dez anos (e mesmo antes), e provavelmente no futuro também, os inimigos do Estado fazem o que querem, sem que haja, como deveria haver, prevenção, desarticulação, identificação dos líderes.
Curiosamente isso nunca ocorreu, seja com MST, com CUT, ou outros movimentos que poderiam ser chamados de terroristas.
Acho melhor fechar a ABIN, um órgão notoriamente castrado e sem qualquer função aparente, menos a de gastar o nosso dinheiro inutilmente...
Paulo Roberto de Almeida



Prédio do Ministério da Fazenda é invadido por trabalhadores rurais







Prédio do Ministério da Fazenda é invadido por trabalhadores rurais

A mobilização ocorreu simultaneamente em vários estados, segundo a coordenadora-geral, com o objetivo de destravar a pauta de reivindicações do movimento, encaminhada ao governo federal em abril

3 comentários:

Anônimo disse...

Oi Paulo, deve ter alguém na ABIN de quem você não gosta muito ... todo ano você solta uma dessas. Antes de pregar o fechamento da coisa, todavia, talvez fosse mais produtivo discutir a institucionalização desse tipo de atividade, por exemplo. Falar de controles efetivos. Com relação à perpetuação das ameaças ao Estado, temos três hipóteses fortes: 1- os serviços de inteligência não trabalham com essa temática (vários motivos, inclusive políticos) 2- os serviços de inteligência trabalham mal e não cumprem sua função 3- o trabalho é feito, mas o usuário não o utiliza (o que é uma forma de utilizar). Se a hipótese 1 é mais palatável para você, acho que deveria criticar o governo (por este não fortalecer o caráter "de Estado" da atividade). Se for a 2, então você está certo (mais ou menos, porque, se for por falta de eficiência, o certo seria fechar o Brasil!!!). Sendo a 3, deveria, novamente, criticar o governo, pois a falta de controle externo permite que o governo incremente a politização da atividade de inteligência. Eu desconfio, pelos governos que tivemos nas últimas décadas, que as informações sobre MST não foram utilizadas. No caso de um presidente com bases esquerdistas, é tiro no pé. Ora, o assessoramento é direto à Presidência da República, o usuário principal é esse! Só que por conta da natureza da atividade, ela é unicamente informacional. O que uma instituição de inteligência pode fazer além de informar? Acho que a ABIN não tem como impedir uma invasão e talvez nem devesse ter como. Já as polícias ... têm divisões de inteligência e capacidade de agir. Sendo assim, se você não critica os atores de peso e prefere chutar cachorro (semi)morto, sugiro que vá ao oftal, porque a miopia está fazendo mal à sua crítica! :-)

Paulo Roberto de Almeida disse...

Caro Anônimo Abinófilo,
Não conheço ninguém na ABIN, nunca estive com alguém da ABIN, e não tenho por que gostar ou desgostar desse serviço, que é um pouco híbrido, segundo o que sei: metade velhos arapongas do SNI (que já devem estar quase todos aposentados) e o material jovem recrutado por concurso, gente capacitada, sem ideologia ou com a ideologia do momento, digamos assim.
Quanto às hipóteses, eu ficaria com as três, com uma incidência maior daquela que diz que o usuário não as utiliza, o que é propriamente um outro escândalo político.
O fato é o seguinte: se a ABIN não tem gente infiltrada no MST, não faz escutas de um movimento terrorista (com a devida autorização judicial), então é muito incompetente, e não faz o seu dever, pois os gajos estão atacando propriedades do Estado. Se a ABIN não previne -- não agindo, mas alertando -- então não serve para muita coisa.
Se alerta, previne, avisa antecipadamente, e não ocorre nada, pois a autoridade deixa os terroristas agirem, então o comando da ABIN deveria fazer uma NOTA, informativa, para as autoridades de controle (TODAS ELAS) deixando claro que não foi por falha sua que as invasões de prédios públicos ocorreram, que avisou, tal data e tal local, que iriam ocorrer essas invasões.
Se os responsáveis da ABIN não são capazes de preservar sua honra e seu DEVER de ESTADO, aliás inscritos no seu mandato, presumivelmente, então que se demitam, e informem ao Congresso, a Corregedoria, ou quaisquer outros órgãos, do que vem ocorrendo.
Se não o fazem pode ser: (a) ineficiência; (b) incompetência; (c) covardia; (d) conivência; (e) corporatismo; (f) preguiça; (g) deixa-prá-lá; (h) todas as hipóteses acima...

Como disse e repito: não tenho nada a ver com a ABIN, mas acho que o Estado brasileiro, e o próprio Estado de direito estão sem defensores.
Devemos concluir que vivemos sob um bando de mafiosos?
Paulo Roberto de Almeida

Paulo Roberto de Almeida disse...

Caro Anônimo Abinófilo,
Não conheço ninguém na ABIN, nunca estive com alguém da ABIN, e não tenho por que gostar ou desgostar desse serviço, que é um pouco híbrido, segundo o que sei: metade velhos arapongas do SNI (que já devem estar quase todos aposentados) e o material jovem recrutado por concurso, gente capacitada, sem ideologia ou com a ideologia do momento, digamos assim.
Quanto às hipóteses, eu ficaria com as três, com uma incidência maior daquela que diz que o usuário não as utiliza, o que é propriamente um outro escândalo político.
O fato é o seguinte: se a ABIN não tem gente infiltrada no MST, não faz escutas de um movimento terrorista (com a devida autorização judicial), então é muito incompetente, e não faz o seu dever, pois os gajos estão atacando propriedades do Estado. Se a ABIN não previne -- não agindo, mas alertando -- então não serve para muita coisa.
Se alerta, previne, avisa antecipadamente, e não ocorre nada, pois a autoridade deixa os terroristas agirem, então o comando da ABIN deveria fazer uma NOTA, informativa, para as autoridades de controle (TODAS ELAS) deixando claro que não foi por falha sua que as invasões de prédios públicos ocorreram, que avisou, tal data e tal local, que iriam ocorrer essas invasões.
Se os responsáveis da ABIN não são capazes de preservar sua honra e seu DEVER de ESTADO, aliás inscritos no seu mandato, presumivelmente, então que se demitam, e informem ao Congresso, a Corregedoria, ou quaisquer outros órgãos, do que vem ocorrendo.
Se não o fazem pode ser: (a) ineficiência; (b) incompetência; (c) covardia; (d) conivência; (e) corporatismo; (f) preguiça; (g) deixa-prá-lá; (h) todas as hipóteses acima...

Como disse e repito: não tenho nada a ver com a ABIN, mas acho que o Estado brasileiro, e o próprio Estado de direito estão sem defensores.
Devemos concluir que vivemos sob um bando de mafiosos?
Paulo Roberto de Almeida