sábado, 2 de fevereiro de 2013

Integracao sul-americana (da droga), 2 - na mala diplomatica? - Opiniao e Noticia

E já que estamos falando de droga, tem algumas que viajam de primeira classe, e pretendem entrar sem controle, ou melhor, com todos os privilégios e imunidades da Convenção de Viena sobre Relações Diplomáticas. Vai ser preciso atualizar esse velho instrumento (1962, se não me engano) das relações internacionais...
Paulo Roberto de Almeida

O segredo da mala

PF deteve um portador de mala diplomática sob forte suspeita de carregamento de cocaína

por Leandro Mazzini
Um incidente em Brasília é digno de script hollywoodiano. Acionada no desembarque do Aeroporto Internacional, a Polícia Federal deteve um portador de mala diplomática, de origem de país sul-americano, sob forte suspeita de carregamento de cocaína. Malas diplomáticas têm passe livre e não podem ser abertas, mas a PF não liberou a entrada do material. O Itamaraty entrou no circuito e autorizou o desembarque do rapaz, que descobriu-se depois ser namorado do filho do embaixador hermano.
Abafa
O episódio ocorrido nesta semana ficou oficioso, não registrado nos autos da PF e do Itamaraty, para evitar constrangimentos e crise entre os dois países.
Volta pra casa
As autoridades brasileiras não deixaram barato: no reenvio da mala para o aeroporto de origem, avisaram da suspeita da droga. Mas o desembarque ficou um mistério.
O bem-vindo
O embaixador e o filho enamorado foram parar no aeroporto. Diplomatas convenceram a PF a liberar o passageiro. Pois não havia prova de que sabia do conteúdo.
O Mala
Caiu o conceito da Embaixada em Brasília. O rapaz envolvido é tratado como “O Mala diplomático”. Como o caso é oficioso, a coluna preserva os envolvidos.

2 comentários:

  1. Muito bom o site ; permita-me cumprimentá-lo pelo seu currículo. A pergunta que faço e não encontro resposta é a seguinte: esse ato é próprio de um país soberano? Atenciosamente. Áureo.

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  2. Aureo,
    Nesta matéria, falando não de atos soberanos, ou seja, políticas de Estado, mas de um abuso de privilégios diplomáticos por parte de um indivíduo que agiu a título pessoal, usando conexões no serviço de malas diplomáticas de seu país.
    Dependendo das conexões do "mula diplomático" (ou sob cobertura de passaporte diplomático, ou de serviço oficial), ele poderá sair impune, mas provavelmente não poderá mais retornar ao Brasil, se o nosso país for sério.
    O problema é a tolerância com esse tipo de atitude, se for um "país amigo", ou seja, encobrir o caso e pedir ou pressionar que nada seja feito na esfera judicial ou policial. Seria lamentável.
    Paulo Roberto de Almeida

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