Temas de relações internacionais, de política externa e de diplomacia brasileira, com ênfase em políticas econômicas, em viagens, livros e cultura em geral. Um quilombo de resistência intelectual em defesa da racionalidade, da inteligência e das liberdades democráticas.
O que é este blog?
Este blog trata basicamente de ideias, se possível inteligentes, para pessoas inteligentes. Ele também se ocupa de ideias aplicadas à política, em especial à política econômica. Ele constitui uma tentativa de manter um pensamento crítico e independente sobre livros, sobre questões culturais em geral, focando numa discussão bem informada sobre temas de relações internacionais e de política externa do Brasil. Para meus livros e ensaios ver o website: www.pralmeida.org. Para a maior parte de meus textos, ver minha página na plataforma Academia.edu, link: https://itamaraty.academia.edu/PauloRobertodeAlmeida.
sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013
Venezuela: oleo companheiro nao aparece, ou nao serve...
PDVSA oferece petróleo por sociedade com Petrobras
Folha de S. Paulo, 19/02/2013
Participação da venezuelana em refinaria em PE, acertada há 7 anos, ainda não foi fechada
A estatal venezuelana PDVSA propôs à Petrobras entregar petróleo cru, em vez de dinheiro, como pagamento por sua participação na refinaria Abreu e Lima (PE).
A Petrobras aguarda há sete anos uma definição da PDVSA sobre sua entrada na sociedade. Para não prejudicar as obras (que sofreram atraso de quatro anos e devem terminar no fim de 2014), a estatal brasileira tocou sozinha o projeto até agora.
Inicialmente orçada em US$ 2,3 bilhões, a refinaria vai custar, ao menos, US$ 17,1 bilhões. Mais da metade já foi injetada pela Petrobras.
A ideia da PDVSA, que deveria ficar com 40% da unidade, é fornecer ao Brasil 70 mil barris/dia em troca do aporte que deveria fazer.
A proposta sofre rejeição dentro da Petrobras, que prefere receber em dinheiro. A decisão final, porém, também passará pelo Planalto.
Fechada pelos governos de Hugo Chávez e Lula, a sociedade com a PDVSA nunca agradou a Petrobras. Entre os motivos do estouro do orçamento da refinaria, estão a entrada da venezuelana no projeto e a posterior indefinição sobre a sua participação.
A Petrobras teve de planejar "duas refinarias" em paralelo em um mesmo empreendimento, pois era incompatível processar, em uma mesma unidade industrial, o óleo venezuelano, ultrapesado, e o brasileiro, mais leve.
Com a demora da PDVSA em acertar a sociedade, a Petrobras decidiu alterar o projeto e prever apenas o refino do óleo brasileiro.
Nenhum comentário:
Postar um comentário