Dilma cobra que papa respeite “opções diferenciadas das pessoas”
Jamil ChadeO Estado de S.Paulo, 18/03/2013
ROMA – A presidente Dilma Rousseff cobra o papa Francisco, às vésperas da posse do novo pontífice amanhã. Em Roma, Dilma alertou que apenas a atenção à pobreza, já prometida pelo argentino, não seria suficiente.
“É uma postura importante”, disse Dilma em relação ao discurso de combate à pobreza de Francisco. Mas completou: “É claro que o mundo pede hoje além disso que as pessoas sejam compreendidas e que as opções diferenciadas das pessoas sejam compreendidas”, declarou.
Para Dilma, o argentino não deve ter posições revolucionárias em relação a temas como casamento entre pessoas do mesmo sexo ou aborto. “Não me parece que seja um tipo de papa que vai defender esse tipo de posição”, disse. “Não está me parecendo”, completou.
As declarações foram dadas pela presidente enquanto ela visitava uma exposição do pintor Tiziano, em Roma. A assessoria de imprensa da presidente não divulgou que ela estaria na exposição e a delegação chegou a sair por uma porta dos fundos do hotel onde se encontra.
Ontem, Dilma também usou seu tempo para fazer turismo por Roma, visitando duas igrejas. “Quem não gosta de Roma”, declarou.
Amanhã, ela estará no entronamento do papa Francisco, ao lado de 150 autoridades de todo o mundo.
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Dilma desembarca em Roma dando conselhos ao papa Francisco
O Globo, 18/03/2013
A presidente brasileira, Dilma Rousseff, disse no início da manhã desta segunda-feira que o Papa Francisco não pode ficar somente na defesa dos pobres, mas deve respeitar as opções de cada um. Em encontro com o imprensa, ela acrescentou que o Pontífice tem "uma missão a cumprir" e mostrou estar contente pela escolha de um chefe da Igreja Católica que seja latino-americano.
- É uma postura importante (a Igreja para os pobres). É claro que o mundo pede hoje, além disso, que as pessoas sejam compreendidas e que as opções diferenciadas sejam entendidas - disse à imprensa, após uma visita na exposição do pintor italiano Tiziano, na Scuderie Quirinale.
Sobre uma reforma maior na defesa de temas polêmicos da Santa Sé, Dilma não acredita que o novo Papa poderá mudar a Igreja em questões morais como o aborto ou o casamento homossexual:
- Não me parece que seja um tipo de Papa que vai defender esse tipo de posição. Não está me parecendo, pelo menos vocês (a imprensa) dizem isso.
A presidente destacou a importância de um Papa argentino para a América Latina.
- Em qualquer hipótese, um Papa latino-americano é uma honra pra a América Latina. Acho que é uma afirmação da região.
2 comentários:
O que esta senhora gosta de dar palpite, principalmente em seara alheia não é brinquedo. Já aconselhou à Angela Merckel sobre o que fazer com a crise européia e agora espera que o novo Papa concorde com o que supõe ser uma pessoa moderna. Sugiro que ela também de alguns conselhos aos espíritas, aos umbandistas, aos muçulmanos, judeus, budistas e ateus, principalmente aqueles formados pela cartilha do materialismo científico.
Fvr. avisar a "Presidenta" que o Papa é "Purpurado"(bispo de Roma) e não "Purpurinado"(apesar de usar vestes talares que lembram "vestidos"!)...as cores da bandeira da Santa Sé são branco e amarelo, "tout court"!
Vale!
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