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quarta-feira, 27 de março de 2013
Estado brasileiro: ogro famelico, obeso, ineficiente...
Alguns acham normal abrir uma estatal ou um novo ministério, a um custo de vários milhões de reais adicionais.
Esses provavelmente não sabem quanto custa, de tempo, emprego de capitais, trabalhadores, ao setor privado, para produzir UM único milhão de reais. Eles acham que dinheiro nasce nas árvores.
Paulo Roberto de Almeida
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O mostrengo administrativo existente em Brasília, caro e ineficiente, tem agora 24 ministérios, além de dez secretarias da Presidência e 5 órgãos, cujos ocupantes têm status de ministro.
Essa elite “chapa branca”, ao que tudo indica, é recorde mundial. Nos Estados Unidos, país com 315 milhões de habitantes e PIB de US$ 15,5 trilhões, são apenas 15 os ministros. Na Alemanha, a chanceler Angela Merkel toca a quarta maior economia do planeta com 17 auxiliares diretos. No Brasil, é muito provável que a presidente da República cruze com algum dos seus ministros e sequer lembre o seu nome. Muitos devem encontrá-la nas solenidades e em despachos semestrais, o que aconteceu com a ex-ministra Marina Silva na gestão de Lula. A maioria da população dificilmente será capaz de dizer os nomes de meia dúzia dessas autoridades, o que, aliás, não faz muita diferença.
Com o inchaço da máquina administrativa, o número de servidores públicos federais ativos chegou a 1.130.460 em 2012, com aumento de 136.673 funcionários em relação a 1997. No mesmo período, os cargos de Direção e Assessoramento Superior (DAS) cresceram de 17.607 para 22.417 comissionados. Como o que é ruim em Brasília costuma ser reproduzido no resto do País, a União, os estados e os municípios possuem aproximadamente 9,4 milhões de servidores públicos, conforme estudo divulgado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) em 2011. Cerca de 4,9 milhões estão nas prefeituras e 3,5 milhões nos estados. As despesas com pessoal nas três esferas de governo representam 14% do Produto Interno Bruto (PIB). Neste ano, só no Orçamento da União estão previstos R$ 226 bilhões para “pessoal e encargos sociais”, valor quatro vezes maior do que o destinado ao Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).
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Um comentário:
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-Caro Professor, em meus tempos juvenis, lá pela década de setenta, uma das brincadeiras prediletas era soletrar de memória o nome de ministros, jogadores, cantores, entre outros... curiosamente nos dias atuais, tal brincadeira "não vingaria", tanto pela quantidade quanto pela alternância... Campos... Paulinelli... Simonsen... Ueki...
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