Isso acontecia nos velhos tempos da agricultura atrasada, que não conseguia abastecer a mesa do brasileiro, e assim recorríamos a importações maciças de alimentos, e voltou a acontecer nas conjunturas (e elas foram muitas e algumas vezes muito longas) de desorganização completa da economia, com políticas erradas, controles de preços, estoques regulatórios insuficientes ou absolutamente esquizofrênicos -- ou seja, só no papel, ou então com comida estragada e sem condições de ser colocada no mercado -- enfim, em tempos anormais, num país anormal.
Mas isso era até os anos 1950 e início dos 60, quando o Brasil tinha uma economia precária e uma agricultura atrasadíssima. Depois ocorreu novamente nos anos 1980, quando o Brasil importava alimentos porque os produtores simplesmente não podiam trabalhar com os preços defasados da Sunab (os jovens nem sabem o que é isso) e as loucuras do governo, em geral.
Não imaginava que fossemos voltar a esses tempos esquizofrênicos...
Pois é...
Paulo Roberto de Almeida
Governo zera imposto de importação do feijão
A decisão é uma tentativa do governo de aumentar a oferta e aliviar a pressão na inflação A Resolução 47 da Câmara de Comércio Exterior (Camex), que está publicada no Diário Oficial da União (DOU) desta segunda-feira, 24, zerou o imposto de importação incidente sobre o feijão preto e o feijão comum, ambos secos e em grãos.
A decisão consiste na inclusão do produto na Lista Brasileira de Exceções à Tarifa Externa Comum (TEC) e é uma tentativa do governo de aumentar a oferta e aliviar a pressão na inflação.
Em 12 meses até maio, o preço do feijão carioca ao consumidor subiu 44%.
O feijão tem peso grande no cálculo da inflação (0,5%), o dobro do macarrão, por exemplo. A alíquota zero sobre a importação do feijão – antes de 10% – terá validade até 30 de novembro deste ano.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Comentários são sempre bem-vindos, desde que se refiram ao objeto mesmo da postagem, de preferência identificados. Propagandas ou mensagens agressivas serão sumariamente eliminadas. Outras questões podem ser encaminhadas através de meu site (www.pralmeida.org). Formule seus comentários em linguagem concisa, objetiva, em um Português aceitável para os padrões da língua coloquial.
A confirmação manual dos comentários é necessária, tendo em vista o grande número de junks e spams recebidos.