segunda-feira, 9 de abril de 2018

Uma mensagem aos meus leitores (2010 e 2018) - Paulo Roberto de Almeida

Quando este blog completou 200 seguidores, mais de sete anos atrás, eu escrevi um texto dirigido a essas duas centenas de inscritos como recipiendários de minhas postagens. Confesso que raramente me dirijo aos leitores habituais ou eventuais, pois não tenho por hábito incomodar a privacidade de qualquer pessoa. Eu costumo colocar meus textos à disposição de qualquer leitor, seguidor ou não, postando-o neste espaço, eventualmente chamando a atenção no Facebook (mais recentemente), ou inserindo esses arquivos na minha página na plataforma Academia.edu ou na Research Gate.
Nunca faço lista de remessas de textos a "parceiros", ou recipiendários, pois acho que não tenho o direito de invadir a caixa postal de ninguém para enviar textos não solicitados.
Antigamente, eu recebi mais comentários críticos – sempre bem-vindos – mas me parece que os mecanismos do Blogspot mudaram, convertendo os comentários para a plataforma Google +, que nem sempre me permite responder imediatamente a esses comentários.
Em todo caso, constatei agora que estou próximo de ter 800 seguidores, o que significa 4 vezes mais do que quando escrevi o texto abaixo, em Shanghai, numa missão provisória.
Ele trata de minha relação com este espaço, por isso resolvi posta-lo novamente.
Paulo Roberto de Almeida
Brasília, 9 de abril de 2018

Aos leitores deste blog: conversa tete-a-tete (ou blog-au-blog)...

Aos leitores deste blog Diplomatizzando
Paulo Roberto de Almeida
Shanghai, 28.09.2010

Tendo ultrapassado a marca de 200 seguidores, conforme constato por uma simples consulta ao rodapé desta página, este blog “obriga” seu responsável a efetuar pequena reflexão sobre suas responsabilidades enquanto “escrevinhador” voluntário, enquanto disseminador de materiais de terceiros (informações de imprensa, estudos e ensaios ocasionais) e enquanto veiculador e debatedor de “ideias”, como indicado na caixa de apresentação, com especial ênfase nos temas que motivaram sua criação e que estão simbolizados em seu título: relações internacionais e política externa do Brasil. Aqui seguem, portanto, estas minhas reflexões, no que talvez possa vir a constituir uma série de cartas mensais de interação entre este autor e seus leitores.
Entendo que muitos dos que aqui se inscreveram, o fizeram com objetivos e por motivos eminentemente práticos, sabedores da condição profissional de seu responsável e unicamente interessados, portanto, em materiais relevantes vinculados à sua preparação para a carreira diplomática. Outros, que nele esbarraram por acaso, podem ter ficado apenas curiosos, e resolveram então testar o blog, para ver o que ele poderia trazer de novo ou de interessante em função de suas preocupações específicas ou de seus objetos de pesquisa acadêmica. Muitos já podem ter desistindo de acessar o blog, ou descartam alertas eventuais que entram em suas caixas ou “assembladores” de notícias; não tenho ideia do que pode estar ocorrendo com os 200 e tantos alinhados no bloco dos seguidores. Sei apenas que eles existem.
Por não dispor de instrumentos adequados, e tampouco dispor de tempo para esse tipo de verificação, não tenho condições de afirmar se estou satisfazendo, ou não, a gregos e goianos, ou seja, a todos aqueles que resolveram seguir regularmente os posts aqui colocados (além daqueles que podem passar ocasionalmente). Apenas sei dizer que, tendo alcançado a marca de quase 120 mil visitas desde o início deste ano, quando resolvi colocar o sitemeter que figura na banda direita, isso representa aproximadamente 630 visitas por dia e mais de 4 mil por semana, o que é, sem dúvida, uma tremenda responsabilidade para quem assina os comentários e textos pessoais aqui postados. Provavelmente, mais de 80% dos materiais aqui constantes são feitos de empréstimos involuntários a terceiros autores, ou a despachos de agências de comunicações, o que talvez conforma um simples serviço público de compilação de materiais diversos. Algo é meu, no entanto, os comentários iniciais colocados em quase todos os posts, e alguns textos para leitura mais pausada, por representarem produção acadêmica ou de cunho jornalístico. 

Quaisquer que seja os motivos dos freqüentadores aqui presentes, e quaisquer que sejam os materiais aqui colocados, creio que meu dever, para com todos, a começar para comigo mesmo, seria estabelecer claramente o seguinte conjunto de compromissos. 
Meu único critério de produção – ou seja, de leitura, resumo, compilação, síntese e produção original de textos – é o esclarecimento inteligente a respeito de questões relevantes, brasileiras e internacionais.
Meu único critério de seleção – dos materiais e do que eu mesmo possa escrever, como elaboração original – é a discussão honesta e bem informada dessas realidades, sem quaisquer compromissos partidários, políticos, ideológicos, religiosos ou de natureza associativa. Entre a tela, ou o teclado, e o meu cérebro, ou o meu pensamento, está apenas uma única pessoa e uma única vontade: ler um pouco de tudo, refletir sobre o que foi lido, tentar sintetizar esse conjunto de informações e de ideias, e depois devolver à “sociedade” aquilo que dela retirei como inputs e ensinamentos, da maneira mais aberta, transparente e honesta possível. 
Não pretendo converter a ninguém, e não envio textos não solicitados a ninguém: apenas exponho o que penso sobre as questões que me interessam. Assumo plena responsabilidade pelo que escrevo e declaro ser imputável pelas minhas ideias e posições, mesmo as mais erradas, equivocadas ou aparentemente chocantes. 
Meu único critério de interação é de haver um debate inteligente sobre temas relevantes, descartando o anedótico, o superficial e o apenas formal, ou circunstancial. Não me recuso a publicar posições contrarias às minhas, desde que incidam sobre o objeto em discussão, e não constituam mera expressão de discordância descortês, ou seja, ataques sem qualquer argumento substantivo. 
Gostaria de agradecer a confiança de todos e dizer que estou ciente de minha responsabilidade em manter o nível deste blog, ao cumprir os objetivos que são os dele: informar, refletir, debater, contribuir para o avanço do Brasil na construção de uma sociedade melhor, mais educada e, por que não dizer?, mais refinada.

Paulo Roberto de Almeida (Shanghai, 28.09.2010)

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