Ninguém no mundo sabe prever o desenlace que pode ter a tragédia venezuelana. Pode terminar por um bimp, se os militares expatriarem o ditador e se submeterem ao “presidente encarregado” e à vontade popular; pode evoluir para um grande Bang, se houver guerra civil e intervenção estrangeira; e pode ter todas as variações possíveis entre esses dois extremos. Who knows?
O certo é que o Brasil está mal posicionado para participar de forma racional e coordenada de qualquer uma das hipóteses. Isso se chama ausência de liderança, posto simplesmente.
Imagino que um contato constante com todos os interlocutores desse jogo complexo — incluindo as três grandes potências, os europeus e os latinos, além de ONU, OEA, o Papa, etc. — possa ajudar no encaminhamento de uma solução com o menor custo humano possível, em qualquer hipótese com a remoção do ditador, dos cubanos e com eleições livres no menor prazo factível.
Mas, e este é um gande mas, nem todos os líderes são racionais, capazes é razoáveis. Podem prevalecer os piores instintos, como numa briga entre elefantes.
Paulo Roberto de Almeida
Brasília, 9/02/2019
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