22 de dezembro (domingo) – Há 125
anos, após um julgamento secreto de apenas quatro dias, o Capitão Alfred
Dreyfus foi condenado a prisão perpétua, na Ilha do Diabo, na Guiana Francesa,
por ter supostamente passado aos alemães segredos militares. Esteve preso nas
condições mais degradantes enquanto que, na França, aos poucos surgiam
informações que apontavam para a inocência de Dreyfus, condenado, sobretudo,
pelo ambiente de anti-semitismo reinante. Uma campanha, liderada por
intelectuais como Emile Zola “J’Acuse”), fez com que a opinião pública francesa
tomasse consciência da injustiça no “Caso Dreyfus”. Uma segunda corte-marcial,
em 1899, volta a declarar Dreyfus culpado. No mesmo ano, o Presidente da
França, Émile Loubet,
perdoa Dreyfus, um modo de salvar a face dos militares pelos erros dos dois julgamentos.
Em 12 de julho de 1906, Dreyfus foi oficialmente exonerado por uma comissão
militar. No dia seguinte, foi reintegrado no Exército e uma semana mais tarde
agraciado com a Legião de Honra.
É interessante notar a óbvia
injustiça da primeira corte-marcial e que motivou, inclusive, artigo de Rui
Barbosa para o “Jornal do Commercio” do Rio de Janeiro sobre o erro judiciário
do Caso Dreyfus, publicado em 3 de fevereiro de 1895. Em outras palavras, Rui
Barbosa foi dos primeiros defensores da inocência do Capitão Dreyfus. Vide a
respeito artigo de Leonardo Isaac Yarochewsky, Advogado Criminalista e Professor
de Direito Penal no site: http://www.justificando.com/2017/06/09/caso-dreyfus-eu-acuso/
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