Um interessante estudo sobre tendências eleitorais em países avançados, mas com diversos vieses tipicamente acadêmicos. Em todo caso, vale ler por inteiro. Não creio que se aplique ao Brasil, a despeito de similaridades superficiais.
Voto na esquerda migrou da baixa renda para mais escolarizados e dividiu elites, diz Piketty
- Thais Carrança
- Da BBC News Brasil em São Paulo
Nas décadas de 1950 e 1960, o voto na esquerda - campo que inclui partidos democratas, trabalhistas, socialistas, social democratas, comunistas e verdes - estava associado a eleitores de baixa renda e baixa escolaridade.
Gradualmente, esses partidos passaram a atrair os eleitores de maior nível educacional. Com isso, as décadas de 2000 e 2010 foram marcadas por uma divisão política das elites, com o topo de maior renda votando à direita, e o topo de maior escolaridade optando pela esquerda.
Nesse cenário, o conflito político deixou de ter como eixo principal questões econômicas e distributivas (que são aquelas voltadas a corrigir a desigualdade na distribuição de renda), e o eixo "sociocultural" e identitário ganhou importância.
Como resultado, os sistemas partidários das principais democracias ocidentais deixaram de ter as classes sociais como clivagem mais relevante, substituídas pela divisão entre as elites.
(…)
https://www.bbc.com/portuguese/brasil-57492950
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