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terça-feira, 6 de setembro de 2022

O Brasil na ONU: quatro anos impossíveis de serem acomodados na nossa trajetória exemplar de diplomacia multilateral

O Embaixador Seixas Corrêa, ex-SG e severo censor das liberdades diplomáticas enquanto teve poder – ficou deprimido com a gestão do seu genro durante a primeira fase da da diplomacia lunática do bolsolavismo, entre 2019 e março de 2021 – compôs três edições da magnífica obra "O Brasil nas Nações Unidas", compilando todos os discursos de representantes do Brasil na abertura do debate geral da Assembleia das Nações Unidas, todo ano em setembro, geralmente feitos pelos chanceleres, algumas vezes por presidentes, sobretudo depois da redemocratização, outras vezes por delegados especiais. 

A última (3a.) edição foi feita ao início da gestão da desastrada Dona Dilma, e aí parou. Poderia ter recolhido ainda os posteriores a 2011 e mesmo os três do Temer, entre 2016 e 2018. Mas cabe parar por aí. Uma nova edição JAMAIS poderia contemplar as declarações destrambelhadas e histriônicas do lunático que ocupa o poder, pois que seus discursos NÃO TÊM NADA A VER com o espírito e a letra dos 72 discursos anteriores, dado o caráter absolutamente surrealista da retórica maluca do capitão, falando mais de política interna do que externa, e, como sempre, mentindo desbragadamente (sobretudo na parte ambiental e social). Enfim, este é último ano do besteirol.

Eu já disse que precisaria colocar um parêntese nos quatro anos de diplomacia alucinada e alucinante destes quatro anos, encerrar todas as bobagens numa arca blindada e jogar no fundo do mar envolta em concreto. E esquecer a vergonha.

Paulo Roberto de Almeida


Bolsonaro decide ir à Assembleia da ONU às vésperas do primeiro turno

Presidente vai a Nova York (EUA) entre os dias 19 e 20 de setembro. Primeira fase das eleições ocorre em 2 de outubro

Flávia Said
Metrópoles, 06/09/2022

O presidente da República e candidato à reeleição, Jair Bolsonaro (PL), decidiu viajar aos Estados Unidos, no fim de setembro, para a abertura da 77ª Sessão da Assembleia Geral das Nações Unidas (ONU). Tradicionalmente, cabe ao presidente do Brasil abrir a lista de oradores da conferência, que reúne mais de 100 líderes na sede da organização, em Nova York.

Segundo o Itamaraty, Bolsonaro estará no país entre 19 e 20 de setembro de 2022. A Assembleia ocorre de 19 a 26 de setembro. O primeiro turno das eleições gerais brasileiras ocorre em 2 de outubro. Já o segundo turno, se houver, está marcado para 30 de outubro.

Em abril de 2016, em meio a processo de impeachment, a então presidente Dilma Rousseff (PT) discursou na tribuna da ONU. Na época, a Câmara dos Deputados já havia autorizado a instauração de processo de impeachment, por 367 votos a favor e 137 contra. No discurso perante os chefes de Estado mundiais, Dilma disse que o Brasil vivia um “grave momento”, com uma sociedade que construiu uma “pujante democracia” e que o povo saberia “impedir quaisquer retrocessos”.

Esta será a quarta vez que Bolsonaro participará do evento das Nações Unidas. Em 2019, o presidente afirmou aos demais chefes de Estado que o Brasil tinha “compromisso solene” com a preservação ambiental e defendeu a soberania na Amazônia.

Em 2020, o mandatário brasileiro participou da assembleia de forma remota, em razão da pandemia de coronavírus. Na ocasião, o titular do Planalto disse que o Brasil era “vítima” de campanha “brutal” de desinformação sobre a Amazônia e o Pantanal.

Em 2021, afirmou que o Brasil estava “à beira do socialismo”. E frisou que o país não é a favor da exigência de comprovação de vacinação contra a Covid-19.

https://www.metropoles.com/brasil/eleicoes-2022/bolsonaro-decide-ir-a-assembleia-da-onu-as-vesperas-do-primeiro-turno


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