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terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

Alianca do Pacifico avanca agressivamente para o livre comercio; enquanto outros...

Parece que as comparações são inevitáveis, com certos "foot-draggers" (ou seja, os indecisos) do outro lado do continente.
Os desafios existem, inclusive o de aprofundar o déficit comercial, temporariamente, como preço a pagar pelo aumento geral dos fluxos comerciais. Mais adiante os desequilíbrios são corrigidos, via câmbio ou investimentos diretos, e o país fica melhor.
Só não acham os protecionistas renitentes...
Paulo Roberto de Almeida

Pacific Alliance: moving forward

Peru's Ollanta Humala, Chile's Sebastián Piñera, Colombia's Juan Manuel Santos, Mexico's Enrique Peña Nieto and Costa Rica's Laura Chinchilla in Cartagena, Colombia
Peru's Ollanta Humala, Chile's Sebastián Piñera, Colombia's Juan Manuel Santos, Mexico's Enrique Peña Nieto and Costa Rica's Laura Chinchilla in Cartagena, Colombia
It’s all about free trade. The Pacific Alliance, a growing bloc in Latin America that stands among the world’s 10 largest economies, sealed a deal on Monday to eliminate tariffs on 92 per cent of goods and services in a move that distances it further from some of its more protectionist neighbours.
“I don’t think there has been an integration process that has taken decisions so fast as the Pacific Alliance has done,” Colombia’s President, Juan Manuel Santos, told beyondbrics.
Formed in June 2012 and cemented in May last year, the tie-up links the free-trading economies of Chile, Colombia, Mexico and Peru, and is moving quickly to fulfil the goal of unrestricted movement of capital, goods and services, as well as people.
Santos, Ollanta Humala of Peru, Enrique Peña Nieto of Mexico, and outgoing Sebastián Piñera of Chile shook hands at a presidential summit in Colombia’s colonial city of Cartagena, also agreeing that the remaining tariffs for agricultural goods will be eliminated gradually over the coming years.
The total output for the four members accounts for more than a third of Latin America’s total gross domestic product. According to the latest available data, in 2o12 the bloc attracted some 41 per cent of all foreign direct investment inflows. Exports were $550bn and imports $561bn in the same year.
Even if trade between the nations has been flowing thanks to bilateral agreements that were in place before the Pacific rim union was established, the alliance also opens the door for member countries to export to markets where some of them had limited or no access, strengthening their value chains to be more competitive in the global supply chain, with a particular focus on Asia.
Santos added:
“We have a common vision on how to manage our economies, common attitudes regarding foreign investment, the role of the market in the economy, respect for private property.”
“Because we have common denominators, we would be able to play with more specific weight on the global economy.”
Other regional economies such as Brazil, Argentina and Venezuela – which are part of another regional bloc called Mercosur – are more inward-looking when it comes to trade and capital flows, and have been struggling with slippery economic growth.
Notwithstanding, late last week, Brazil’s foreign minister, Luiz Alberto Figuereido ,said Mercosur was interested in trade integration with members of the Pacific bloc.
The Pacific Alliance is set to expand in coming months with the entrance of Costa Rica as a full member. Panama and then Guatemala are likely to follow suit. Several other countries inside and outside the region act as observers – including the US, the UK and China.
In addition to removing trade barriers, member countries have opened joint trade offices and diplomatic missions around the world in places such as Ghana, Azerbaijan and Vietnam.
Sceptics say that, for the moment, the Pacific club is not much more than a very successful marketing strategy that highlights how the member countries are open for business. Eduardo Ferreyros, Peru’s former foreign trade minister, shrugs off the argument, saying “what’s been agreed today demonstrates there are concrete results, there is dynamism.”

quinta-feira, 16 de janeiro de 2014

O Estado brasileiro contra o Brasil: liberdades economicas (3) - Paulo Roberto de Almeida

03/11/2011

O que dizem os indicadores sobre as liberdades econômicas? - III

Paulo Roberto de Almeida 
As tabelas ao lado, resumindo alguns dos dados do relatório de 2011 do Fraser Institute (Economic Freedom of the World: 2011 Annual Report; disponível: http://www.freetheworld.com/2011; para os outros anos: http://www.freetheworld.com/reports), apresentam exemplos significativos, que podem colocar em perspectiva a posição do Brasil em face de outros casos de sucesso ou de atraso relativos. Primeiro, um resumo da classificação geral, para os países mais importantes ou para os casos mais “interessantes”.

Registre-se, em primeiro lugar, a invejável posição do Chile, à frente de muitos outros países desenvolvidos, considerados, por vezes equivocadamente, como exemplos de economias de livre mercado. Para os muitos (geralmente da academia brasileira) que desprezam o “modelo chileno”, como sendo o de uma “pequena economia” dominada pelo “neoliberalismo” e sem qualquer relevância para o Brasil, pode-se retorquir que essa opção pela abertura garante ao país o acesso a praticamente 80% do PIB mundial, em função dos muitos acordos de livre comércio negociados com parceiros relevantes em todos os continentes.

Pergunta-se a esses ideólogos o que pode haver de errado em ter os seus produtos competitivos à disposição em praticamente todos os supermercados do mundo? Se existirem razões ponderáveis para se opor à competitividade chilena, seria o caso de demonstrar em quê, ou como, o livre comércio se opõe à prosperidade nacional.

Observe-se, em seguida, a inacreditável degringolada da Argentina, um país que, no início do século XX superava em prosperidade muitos países europeus, exibindo uma renda per capita que representava mais de 70% do nível dos EUA, já então um dos países mais ricos do planeta. Cem anos depois, a renda per capita dos argentinos corresponde a pouco mais de 33%, apenas, do valor dos EUA, e um terço a mais do que a dos brasileiros, quando ela era cinco a seis vezes superior um século antes.

Esses resultados catastróficos certamente têm a ver com a perda de liberdades econômicas e com os sucessivos experimentos de políticas econômicas esquizofrênicas (aliás, até hoje). Outro país que envereda pelo mesmo caminho é a Venezuela, situada em antepenúltimo lugar na escala do Fraser Institute, a despeito de uma renda per capita ainda superior à da maior parte dos países latino-americanos (devido ao petróleo, claro, mas muito mal distribuída).

Os dois outros sócios pequenos do Mercosul (Uruguai e Paraguai), assim como os três países associados (Chile, Peru e Bolívia), figuram à frente do Brasil, todos eles, com exceção da Bolívia, superando alguns países considerados avançados. Da mesma forma, o Brasil é ultrapassado por todos os demais membros do Brics, alguns deles invejados, talvez, pelo dinamismo de suas economias, mas não necessariamente famosos pelas liberdades civis ou pela qualidade de suas instituições democráticas.

A realidade, porém, é que, com a extraordinária exceção do já citado (e patético) caso da Argentina, o Brasil figura em muito má postura no quadro das liberdades econômicas em escala global. A tabela a seguir registra alguns dos dados a partir dos quais se poderia buscar as razões para essa classificação relativamente deprimente para o orgulho nacional.
(a continuar...)

quinta-feira, 2 de janeiro de 2014

Chile abre mercados com tratados de livre comercio, enquanto outros insistem na tal "nova geografia"...

Alguns, no governo anterior, insistiam numa tal de "nova geografia do comércio internacional", uma estupidez econômica envolta numa outra estupidez diplomática, a tal de "diplomacia Sul-Sul", ambas caracterizadas por uma inacreditável auto-contenção e orientação estreitamente ideológica do relacionamento exterior do Brasil, quando ele, se estivesse liberto de estúpidas viseiras ideológicas e de outras igualmente estúpidas limitações comerciais, poderia estar comerciando livremente com todos os países do mundo, como aliás faz o Chile, que tem acesso garantido a mercados que representam pelo menos 80% do PIB mundial.
Aprenderam amadores e ideólogos de ideias caducas?
Paulo Roberto de Almeida 

Exentos de aranceles 606 productos que Chile exporta a Japón y Corea del Sur

comercio
También quedaron liberados de aranceles desde hoy 215 productos que se exportan a Japón, entre los que figuran la trucha ahumada, frutas como cerezas, damascos, duraznos, ciruelas, kiwis, fresas congeladas y manzanas deshidratadas, además de algunos cueros y calzados.
Infolatam Efe
Santiago, 1 enero 2014

Las claves
  • Los productos más importantes incluidos en la lista son la carne de cerdo y ovina, uvas frescas, pasas, damascos, cerezas, duraznos, frambuesas, kiwis, arándanos, ciruelas y manzanas deshidratadas, jugo de manzana, harina de pescado y tableros de madera, entre otros.
Un total de 606 productos que Chile exporta a Corea del Sur y Japón quedarán desde hoy exentos del pago de aranceles, en el marco de los tratados de libre comercio suscritos con esos países, informó la Dirección de Relaciones Económicas Internacionales (Direcon) de la Cancillería chilena.
Según precisa el organismo en su sitio en internet, 391 de los productos en cuestión se exportan a Corea del Sur, país que a partir de hoy tendrá un 95 % de sus importaciones desde Chile exentas de arancel.
Los productos más importantes incluidos en la lista son la carne de cerdo y ovina, uvas frescas, pasas, damascos, cerezas, duraznos, frambuesas, kiwis, arándanos, ciruelas y manzanas deshidratadas, jugo de manzana, harina de pescado y tableros de madera, entre otros.
Entre enero y octubre de 2013, según cifras oficiales, las exportaciones chilenas a Corea del Sur sumaron 6.005 millones de dólares, de los que unos 3.000 millones corresponden a productos mineros, en tanto que las frutas, alimentos procesados y salmón sumaron unos 500 millones.
También quedaron liberados de aranceles desde hoy 215 productos que se exportan a Japón, entre los que figuran la trucha ahumada, frutas como cerezas, damascos, duraznos, ciruelas, kiwis, fresas congeladas y manzanas deshidratadas, además de algunos cueros y calzados.
Entre enero y octubre pasados las exportaciones de Chile a Japón alcanzaron un valor de 6.383 millones de dólares, de los que 4.395 millones correspondieron a productos mineros.

quarta-feira, 25 de dezembro de 2013

Salmao: um alerta vermelho - Le Monde


Alerte rouge sur le saumon

LE MONDE |  • Mis à jour le  |
Par Laurence Girard

Les consommateurs commencent à s'alarmer devant l'avalanche d'informations sur la pollution grandissante qui atteint les poissons, qu’ils soient sauvages ou d’élevage.

Avis de gros temps dans les fjords norvégiens. La diffusion, début novembre, sur France 2, d'un reportage de l'émission « Envoyé spécial », mettant crûment en cause le saumon norvégien, a causé quelques remous du côté du cercle polaire. Même si l'attaque n'est pas nouvelle, le moment choisi, à quelques encablures de Noël, suscite le malaise chez les acteurs de ce marché.

Qualifié de « monde secret, opaque », le secteur de l'aquaculture n'était guère à son avantage dans le reportage de la chaîne publique. De même le saumon, considéré « comme la nourriture la plus toxique au monde ». Le journaliste avait, il est vrai, choisi comme guide, pour naviguer sur les eaux froides des fjords, un militant écologiste, Kurt Oddekalv, de l'association Green Warriors of Norway, en lutte contre l'aquaculture intensive.
Des images prises à distance depuis son bateau montrent des employés pulvérisant à grands jets des pesticides sur les bassins regorgeant de poissons. Puis des vues sous-marines dévoilent les fonds des fjords détruits par l'accumulation des excréments de poisson et les produits de traitement. Enfin, des chercheurs expliquent le cocktail de PCB, de dioxines ou autres substances toxiques, que le saumon, poisson gras, stocke. Et ce d'autant plus s'il est nourri avec des farines de petits poissons pêchés dans la Baltique, polluée.

SÉRIEUX DOUTES SUR LE POISSON D'ÉLEVAGE NORVÉGIEN
Ce voyage glaçant au pays du saumon n'a pas manqué de rallumer les craintes alimentaires des consommateurs français. Et de faire planer de sérieux doutes sur le poisson d'élevage norvégien. Ramon Mac Crohon, directeur général de Caviar Kaspia, célèbre maison de produits gourmets de la mer de la place de la Madeleine à Paris, le reconnaît aisément : « Depuis, nos clients nous posent de nombreuses questions sur le saumon norvégien. »
Pour répondre aux interrogations des clients, les vendeurs se sont vu remettre une feuille d'argumentaire élaborée par Norge, le centre des produits de la mer de Norvège. Cet organisme de promotion et de lobby financé par les industriels de l'aquaculture et de la pêche a, en effet, immédiatement mis en place des contre-feux. Campagnes de publicité pour vanter le savoir-faire des professionnels norvégiens. Communiqué publié sur son site Internet pour apporter des réponses aux différentes mises en cause. Mais aussi organisation d'un voyage de presse « transparence », auquel a justement participé une équipe de France 2, pour donner un autre son de cloche. Son reportage a été diffusé lors du journal de 20 heures, lundi 16 décembre.
Il est vrai que les enjeux sont d'importance pour la Norvège. L'aquaculture et la pêche représentent la deuxième source de revenus du pays après le pétrole. Elles pesaient, en 2012, 6,6 milliards d'euros. L'exportation de saumon représente, à elle seule, 3,8 milliards d'euros. En l'espace d'une trentaine d'années, la Norvège a participé à l'explosion de ce marché très lucratif. Quasi inexistant au début des années 1980, il a dépassé la barre de 2 million de tonnes de saumons produits dans des fermes aquacoles de par le monde. La Norvège en détient toujours près de 60 %.

Ce développement accéléré a donné naissance à des acteurs de taille industrielle. Le premier d'entre eux n'est autre que le leader mondial du saumon, Marine Harvest, qui se qualifie de « fournisseur de protéines ». Cette entreprise, peu connue du grand public, a pourtant contribué, même si elle s'en serait bien passée, à un événement, lui, très médiatisé : la récente révolte des « bonnets rouges ».
L'annonce de la fermeture de deux de ses sites de production en Bretagne, dont l'un près de Carhaix, a déclenché la colère de ses salariés, mais aussi de l'un des meneurs du mouvement, Christian Troadec, maire de la commune finistérienne. La fin programmée des deux usines, au printemps 2014, jugées moins productives que leurs homologues polonaises, devrait se traduire par 400 suppressions d'emplois.
Avec ses fermes en Norvège, en Ecosse, dans les îles Féroé, au Chili ou auCanada, Marine Harvest a affiché en 2012 un chiffre d'affaires de 15,569 milliards de couronnes norvégiennes (1,85 milliard d'euros). Il entraîne dans son sillage de nombreux concurrents norvégiens. A l'instar de son principal challenger, Leroy Seafood, mais aussi de Grieg Seafood, Norway Royal Salmon ou SalMar. L'aiguillon vient aussi des îles Féroé, avec Bakkafrost. Toutes ces sociétés sont cotées à la Bourse d'Oslo.

CE POISSON PLAÎT À TOUS
Tout en industrialisant la production de saumon, de l'écloserie à la découpe, lesentreprises ont démocratisé sa consommation en nouant des liens forts avec la grande distribution. Il semble loin, le temps où le saumon fumé était un mets privilégié, réservé aux tables de fêtes.
En France, en particulier, cet aliment s'est totalement banalisé, grâce au rayon frais. Au point que l'Hexagone est désormais le premier client des fermes d'aquaculture norvégiennes. « Le saumon est devenu le produit aquatique le plus consommé par les Français », constate Dominique Defrance, délégué filière pêche et aquaculture à FranceAgriMer, qui explique : « C'est un produit qui a été très bien conditionné. Il est coupé, standardisé, facile à cuisiner et il n'a pas d'arêtes. »
Il est aussi facilement accessible, car présent dans la plupart des enseignes alimentaires, qu'il soit sous forme de darnes, de filets, de pavés, entier. Le saumon fumé n'échappe pas au mouvement. « Les ventes de saumon fumé sont passées de 6 000 à 20 000 tonnes en vingt ans et sont moins concentrées sur la période de Noël », affirme Jacques Trottier, directeur général de Labeyrie.
Dans son étude consommateurs, FranceAgriMer le démontre. Ce poisson plaît à tous, au-delà des clivages, aux enfants comme aux adultes, aux ouvriers comme aux cadres, aux citadins comme aux campagnards. Difficile de trouver un tel consensus. « Dans nos études, quand nous demandons aux sondés par quoi ils pourraient le remplacer, ils évoquent un peu le cabillaud, mais surtout la volaille ou le porc », souligne M. Defrance.

PRODUCTION À L'ÉCHELLE INDUSTRIELLE
Et finalement, entre le poulet, le porc et le saumon, les similitudes ne manquent pas. Même si le saumon l'a fait avec un temps de retard, ces productions animales sont passées du stade artisanal à l'échelle industrielle. L'objectif : offrirune alimentation abondante à faible coût au plus grand nombre. Revers de la médaille : les problèmes sanitaires ou de pollution, causés par la concentration très forte des animaux dans un espace restreint, pèsent sur les élevages les plus intensifs.

Les principaux producteurs en milliers de tonnes de saumon, en 2013, dans le monde.

Le Chili en a fait l'amère expérience. L'« autre pays du saumon », grand pourvoyeur du marché américain, même s'il pèse deux fois moins que son grand concurrent de l'hémisphère Nord, a traversé une crise sans précédent. Les premiers symptômes sont apparus en 2007. Dans les fjords chiliens, les poissons ont commencé à être touchés par des épidémies du virus AIS (anémie infectieuse du saumon). Ce virus, fatal et contagieux, qui avait déjà infecté d'autres zones d'élevage dans le monde, a progressivement décimé les cheptels. Au point que la production, divisée par trois, a touché le fond en 2010.
Depuis, les nasses se remplissent à nouveau. Et la production devrait mêmedépasser, en 2013, son niveau d'avant-crise. Il n'empêche, les stigmates n'ont pas encore disparu dans les comptes des entreprises chiliennes. Trois des principaux acteurs de ce marché, Australis, AquaChile et Camanchaca, sont toujours dans le rouge. A l'inverse, Multiexport Foods et Invermar commencent à sortir la tête de l'eau.
« Même si c'est un marché industriel, c'est un marché très difficile. Ce sont des produits biologiques, sujets aux maladies et aux aléas météorologiques. Si les eaux sont trop froides, la croissance des poissons ralentit. A l'inverse, en période estivale, la croissance est forte et les élevages arrivent dans les limites de densité autorisée. Il faut abattre sous peine d'amende », raconte François Perrone, directeur de marché chez Fish Pool, un marché à terme spécialisé, filiale de la Bourse d'Oslo, installé à Bergen.
Les aléas de production, alors que tous les voyants de consommation sont au vert, ont tendance à faire monter les prix. Ce fut le cas pendant la crise chilienne, puis les cours se sont détendus. Mais depuis la fin 2012, la tension est très forte. Les cours du marché à terme, Fish Pool, flambent. Le saumon de 3 kg à 6 kg, qui se négociait à près de 25 couronnes norvégiennes à l'automne 2012, frôle en décembre 2013 les 50 couronnes.
Cette poussée de fièvre est liée à une moins grande disponibilité de poissons au premier semestre 2013. En particulier en Norvège, où les eaux froides et la présence de poux de mer ont ralenti les croissances. « Il y a également une augmentation de la demande en Russie et dans les pays de l'Est, avec le développement des chaînes de supermarché », ajoute M. Perrone.

LES AUTORITÉS SANITAIRES CONSEILLENT LA MODÉRATION
Cette augmentation des cours satisfait les producteurs de saumon. Le bénéfice net de Marine Harvest, en forte hausse, atteint 146 millions d'euros sur les neuf premiers mois de 2013. Mais les industriels qui ne font que transformer le poisson, comme les fabricants de saumon fumé, en pâtissent.
Un certain nombre de PME françaises se sont ainsi retrouvées étranglées. La société Delpeyrat, filiale de la coopérative Maïsadour, connue pour ses foies gras, a profité de l'occasion pour se diversifier sur le marché du saumon. Elle a d'abord repris, fin 2012, la saumonerie Saint-Ferréol à Brioude (Haute-Loire), en liquidation. Puis elle s'est emparée, en septembre 2013, de Ledun Pêcheurs d'Islande à Cany-Barville (Seine-Maritime), également en liquidation. Delpeyrat a aussi souhaité se placer sur le marché du poisson frais, dont le saumon, la truite et la crevette, en mettant la main sur deux entités du norvégien Norway Seafoods, situées à Castets (Landes) et à Boulogne-sur-Mer (Pas-de-Calais).
Delpeyrat se place ainsi en concurrence frontale avec son grand rival, Labeyrie, propriété de la coopérative Lur Berri. Ce dernier revendique la place de leader du marché français du saumon fumé, dont la valeur est estimée à 540 millions d'euros en 2012. Il en détient 25 %.
« Nous nous attendons à ce que le saumon soit encore plus cher en 2014 », pronostique Frédéric Oriol, directeur général de Delpeyrat, qui dit avoir réussi àfaire passer une augmentation de prix de 15 % à 20 % sur ces produits cette année, grâce à la marque Delpeyrat.
Est-ce l'effet prix ? La mise en cause du saumon ? Ou une combinaison des deux ? En tout cas, les ventes de saumon flanchent en France depuis quelques mois. En novembre, selon les chiffres Kantar Worldpanel, elles ont chuté de 25 % en volume par rapport au même mois de 2012 pour le frais et de 10,8 % pour le fumé. Sur les onze premiers mois de 2013, les baisses respectives sont de 19 % et 6 %.
Car les autorités sanitaires conseillent désormais la modération. En France, l'Agence nationale de sécurité sanitaire de l'alimentation (Anses) a publié son avis en juillet. « Nous recommandons de consommer du poisson deux fois par semaine et non plus “au moins” deux fois comme nous l'indiquions auparavant, dont une fois, pas plus, du poisson gras. Au-delà, les bénéfices nutritionnels, comme la prévention des risques cardiovasculaires, ne compensent pas les incertitudes sur les risques toxicologiques », affirme Jean-Luc Volatier, de la direction de l'évaluation des risques de l'Anses.
« Ce n'est pas l'aquaculture en général qui est en cause. C'est grâce à elle si le saumon sauvage existe encore. Mais le consommateur doit exiger des produits de qualité, moins gras, demander des comptes sur la manière dont les saumons sont élevés et nourris et être prêt à payer », conclut Patrick Martin, directeur du Conservatoire du saumon sauvage.

Laurence GirardJournaliste au MondeSuivre Aller sur la page de ce journaliste

Lire aussi : Pesticines, dioxines... les élevages norvégiens sur la sellette
Lire aussi : Les Suédois contraints de se tourner vers la Norvège

quinta-feira, 12 de setembro de 2013

Chile: 11 de setembro de 1973, o golpe mais sangrento da AL: depoimento de Mauricio David

Recebo, de meu amigo Maurício David, este depoimento histórico sobre os acontecimentos trágicos desse dia em que o Chile também entrou em ditadura, uma das mais violentas da América Latina. Perto dela, os nossos militares foram professores de colégio, embora também tenham ocorrido episódios terríveis. Eu já tinha saído do Brasil, desde o final de 1970, ao perceber que a coisa estava ficando mais preta do que o imaginado. Estava na Bélgica, estudando (e militando contra a ditadura brasileira, e logo em seguida contra chilena, também).
Maurício e Beatriz estão muito bem: estivemos juntos em Paris, no ano passado, quando eu estava morando lá, com Carmen Lícia, dando aulas na Sorbonne.
Segue o seu depoimento.
Paulo Roberto de Almeida

Depoimento de Maurício David sobre o golpe no Chile, em 1973
(Recebido em 11 de setembro de 2013)

Recordo como se fosse hoje : a manhã daquele 11 de setembro nasceu cinzenta, como solem ser os céus de Santigo de Chile no mês de setembro. Por volta das sete da manhã, tocou o telefone : atenção, sinais de movimentos de tropas nos arrabaldes de Santiago, rumores de que o importante regimento de Los Andes (na pré-fronteira com a Argentina, a inimiga tradicional do Chile) estaria em marcha rumo a Santiago, rumores também de que a Armada havia se levantado em Valparaíso, principal base naval do país. O improvisado sistema de alerta do governo dava sinais de inquietação, mas de fato ninguém sabia de nada. Rumores deste tipo ocorriam a cada dia ou noite, nas últimas semanas...

Ainda sonolento, pulei da cama depois de mais uma noite passada em claro, montando guarda nas "oficinas" ( escritórios centrais) da CORFO, a Corporacción de Fomento de la Producción, uma espécie de BNDES chilena fundada ainda nos tempos do governo de Pedro Aguirre Cerda, o presidente eleito pela Frente Popular em 1938. Como funcionário da CORFO e membro do comando político dos trabalhadores da empresa, era rara a noite em que havia dormido em casa nas últimas semanas. Este começo de manhã havia passado em casa para tomar uma chuveirada, trocar de roupa e voltar à CORFO. Porque enquanto sonhávamos com a Revolução, havia que manter a engrenagem do governo funcionando...Desde a tentativa de golpe militar esmagada pelo General Prats a fins de julho, as "guardas" eram praticamente em sistema de revezamento não somente na CORFO como em todas as principais empresas públicas, ministérios e empresas estatizadas. Todos preparados para o golpe que viria. Na verdade, só não se sabia (doce ingenuidade da esquerda chilena...) quem daria o golpe : se a esquerda ligada ao governo, se a direita que conspirava diuturnamente. Como no filme de Bergman, através do ovo da serpente se podia ver nitidamente os contornos do embrião do monstro em gestação.

Naquela manhã do 11 de setembro - que depois se revelaria trágica, de uma tragédia de dimensão histórica...- ainda pairava no ar a esperança de que as Forças Armadas iriam se dividir. Uma ala legalista, fiel à Constituição e ao Governo, poderia se antepor aos oficiais golpistas e seus enlaces no setor civil. Assim acreditava Allende, assim acreditava parte da direção política da Unidade Popular (a coalizão de governo), assim acreditava a direção política do Partido Comunista. Que,  creiam-me !, era a força moderadora do governo. Que pregava a prudencia e procurava se antepor ao delírio que dominava avassaladoramente às forças de ultraesquerda que cercavam ao presidente Allende.

A CORFO era considerada estratégica, pois toda a política de encampação das empresas privadas de grande porte se fazia em base a resquícios legais dos anos 40, que possibilitavam ao governo requisitar ("requisicionar", de dizia em chilenês...) e passar ao controle estatal empresas privadas que estivessem sob suspeita de atuar em monopólio ou de sabotar a produção (este era o caminho legal para a implantação da via socialista, uma original contribuição chilena à transiçãos ao socialismo). Como tal, o PC chileno havia designado ao seu segundo homem na hierarquia, Orlando Millas - ex- ministro da Fazenda e experimentado dirigente político- para militar na organização de base da CORFO. A ordem era para que em cada empresa estratégica houvesse um quadro do Comitê Central. A nós, na CORFO, havia tocado Millas. Como Secretário Político da organização do PC na CORFO me cabia estar em contato permanente com ele.

Enquanto caminhava do meu apartamento para as oficinas da CORFO e saltava sobre as barreiras militares que já se posicionavam nos pontos estratégicos do centro da cidade - Santiago, como todas a cidades espanholas na América Latina, tinha um setor de moradias na zona central organizada em torno da tradicional Plaza de Armas- pela minha cabeça foram passando em câmara acelerada os eventos das últimas semanas. Meu apartamento estava em antigo edifício na área central de Santiago, justamente em frente ao campus da Universidad Catolica (minha Alma Mater, onde fui acolhido quando cheguei exilado ao Chile e onde concluí meu mestrado em economia), A não mais de algumas poucas centenas de metros do Palácio de la Moneda, a igual distancia das oficinas centrais da CORFO. No caminho, ainda meio atordoado com a tensão das últimas semanas e procurando descobrir o que fazer, fui repassando os acontecimentos recentes.

Uma semana antes a Unidade Popular organizara uma manifestação de mais de um milhão de pessoas ( muito, para uma cidade de pouco mais de dois milhões à época) em solidariedade à Allende. Enquanto a multidão desfilava na Plaza de la Constitución ( em face a uma das entradas do Palácio de la Moneda, para onde dava uma das antesalas do gabinete presidencial), o pensamento que predominava - óh ingenuidade das ingenuidades !- era um só : se os "momios" ousarem colocar as suas cabeças de fora, vamos esmagá-los com a força do povo ! ("momios" eram como eram chamados no dialeto da esquerda as forças reacionárias, conservadoras).  Embora o poder estivesse se esfarelando a olhos vistos, os dirigentes da esquerda pareciam sofrer de uma perigosa miopia política - a ilusão de que o poder estava na esquina ao alcance das mãos.

Ainda algumas semanas atrás, o general Prats - uma espécie de Lott chileno,ultimo sustentáculo do legalismo no Exército chileno-, cansado e desautorizado por seus colegas do Alto Comando, apresentara a Allende a sua renúncia em caráter irrevogável. A Allende não restara outro caminho se não o de aceitar a renúncia de Prats. E, por indicação deste, nomear como seu sucessor ao general Augusto Pinochet. Este general até então na sombra de Prats viria, em poucos dias mais, a se transformar no Francisco Franco chileno.

Quem era Pinochet ? Poucas pessoas na verdade o sabiam. Confesso que eu mesmo - sem ter a mais mínima informação sobre as razões que haviam levado à indicação de Pinochet para comandar o Exército em momento tão crucial, mas assustado com a dimensão do que estava acontecendo-  tomei a iniciativa de organizar uma reunião da base do PC na CORFO e de convidar Orlando Millas - como já mencionei o segundo homem do Partido e membro do Alto Comando da Unidade Popular - para uma reunião com o conjunto dos militantes. Millas foi (ainda não sei como, porque nestes dias reunir-se com uma figura como esta era como convocar a Dilma para uma reunião com os funcionários do BNDES...-mas era pelo menos um indicador da importância que a direção do PC atribuía à CORFO e a sua organização nela...). Na reunião, depois de agradecer a sua presença e lhe passar a palavra, assistimos a um relatório minucioso dos últimos desdobramentos políticos. Ao final da exposição, ousei indagar sobre a nomeação do Pinochet. "Não se preocupe", disse Millas, "o Exército chileno não é como o Exército brasileiro". Como se pouco fosse, complementou : "o general Pinochet é muito respeitado no Exército e tem comando. Quando se encontra com um general barrigudo (com "guata", como se fiz em chileno...), lhe diz :"general, faça tantas flexões imediatamente !". Escutei aquilo com um misto de inquietação e alívio... Inquietação porque aquela explicação me pareceu até pueril. Alívio, por que quem não quer ouvir palavras de esperança e conforto em um momento de angústia ?

No caminho da CORFO, passei pelo Palácio de la Moneda. O que vi era desolador... A Plaza de la Constitución (aquela mesma de um milhão de pessoas da semana anterior), quase deserta. Os Carabineros (uma espécie de corpo policial militarizado, muito respeitados no Chile e responsáveis pela guarda palaciana), já se haviam retirado para seu quartel central, prenunciando uma adesão ao golpe (até aquele momento de quase nada se sabia, as rádios "de derecha" tocavam hinos militares e se sucediam em entrevistas a políticos de Oposição, as rádios de esquerda - Portales e Magallanes- não sabiam bem o que transmitir). A idéia de que, em caso de golpe militar, o país se dividiria em dois - legalistas em apoio ao governo, de um lado, e "golpistas" de outro- se revelara uma quimera. Ainda antes do primeiro tiro, a batalha parecia definida...

Ao chegar aos edifícios da CORFO, foi possível,  verificar que a grande massa dos funcionários não havia vindo trabalhar (pois as rádios estavam dando desde cedo notícias sobre a movimentação militar). Os que ousaram comparecer, destes a grande maioria correu apavorada de volta as suas casas tão logo a notícia da movimentação militar se evidenciou. Um punhado de algumas dezenas de pessoas resolveu ficar, aguardando as instruções para a chamada "resistencia" e à espera das armas que nunca chegaram ( visto do prisma de hoje, o que posso dizer é que ainda bem que não chegaram, caso contrário teria ocorrido um massacre de proporções avassaladoras).

Minutos depois começou o bombardeio do Palácio de la Moneda. Das janelas da Vice-Presidência da CORFO ( as instituições chilenas, altamente hierarquizadas, eram dirigidas por Vice Presidentes) pude ver, horrorizado, os aviões passando em vôos rasantes para o bombardeio do la Moneda. A cada passada dos aviões, o edifício tremia do seu teto até os fundamentos, com a propagação das ondas do bombardeio. Estávamos todos impotentes, sem nada poder fazer (excluídos gestos suicidas).

Até hoje não sei bem como, pois a memória da tragédia se esvai com o tempo, em determinado momento recebo um telefonema da minha esposa Beatriz. Ela estava com um grupo armado do Partido Socialista, metralhadora em mãos, nos telhados do Ministério da Agricultura (que dava de frente para o la Moneda). Iam resistir ao golpe, atirando sobre o tanques e tropas militares. Escutei estardalhado a notícia, pensando com os meus botões : "ficou louca de vez !". Shakespeare diria que a diferença entre a loucura e o heroismo é menor que um frágil fio de cabelo... Horas depois, logo após a conclusão do bombardeio do palácio, Allende já morto, as primeiras conclamações da Junta Militar sendo transmitidas pelas rádios em cadeia nacional, recebo outro telefonema dela : o seu grupo armado, percebendo a inutilidade da continuidade da resistência,  havia se deslocado para as oficinas do Banco de Chile - o maior banco privado chileno, também estatizado pela CORFO, e cujas oficinas estavam em frente as da CORFO. Sem nos vermos, nos despedimos com monossílabos. Tão pertos, tão longes...

Ainda na tarde deste mesmo dia 11, vi quando as forças militares tomaram de assalto as oficinas do Banco de Chile. E da minha janela vi - ou sonhei ver - a Beatriz e seus companheiros sairem em fila indiana do  Banco de Chile andando pelo centro da rua, ladeados o grupo de resistentes por soldados armados, de ambos lados das calçadas. Como os tiroteios eram constantes em gestos desesperados de resistencia de livre-atiradores postados nos edifícios em um simulacro de resistência ao golpe, os militares diziam : se alguém atirar sobre nós, abrimos fogo em cima de vocês ! Transformados em verdadeiros escudos-humanos, os derrotados passaram a ser recolhidos aos campos de concentração que foram se organizando : primeiramente os quartéis, depois o Estádio Chile (uma espécie de Maracanãzinho), depois o Estádio Nacional onde o Brasil havia se sagrado bi-campeão mundial de fútebol 11 anos antes. Por ironia do destino, o meu cunhado Nilton Santos integrara a seleção nacional brasileira de 62...

Quanto a mim só fui detido no dia 12, quando os Exército derrubou com tiros de bazuca os pesados portões dos edifícios da CORFO e fez uma varredura, sala por sala, do imenso complexo. Restávamos um grupo relativamente pequeno de pessoas, a esta altura sentados no corredor enquanto escutávamos a soldatesca abrir a tiros sala por sala desde os andares inferiores, até chegar ao andar em que aguardávamos o encontro com nosso destino. A hora da verdade individual de cada de nós chegara, mas a tragédia individual parecia insignificante perante a imensa tragédia coletiva.

Depois de pisoteados, espancados e agredidos física e moralmente, fomos levados pelo mesmo processo de fila indiana de escudos humanos até os calabouços do Ministério da Defesa ( a três ou quatro quadras da CORFO, a metros do incendiado Palácio dela Moneda). A o ser conduzido ao Ministério da Defesa, passei ante os escombros do que era o gabinete de Allende, as paredes do velho palácio ainda fumegavam. Aí passei duas ou três noites amarrado e jogado nos subsolos. Após os primeiros simulacros de interrogatórios, efetuados com uma faca cortante sendo passada e repassada pelo pomo de adão pelos interrogadores tão aturdidos quanto os interrogados, fomos transferidos em um caminhão do Exército para o Estádio Nacional. Os primeiros a ali chegar e ser depositados. As noites e dias de terror que se seguiram fariam estremecer de orgulho a qualquer oficial da Gestapo redivivo. Pude entender em toda a sua dimensão patética a tragédia de Auschwitz.

Ali recebi a notícia da morte da minha esposa, assassinada com uma bala na cabeça no quartel a que fora recolhida após a sua prisão na sede do Banco de Chile. Mas a esta altura muito pouco me importava o meu destino pessoal. Recolhi-me ao meu infortúnio particular e deixei passar cada segundo dos dias que se sucederam como se fossem o gotejar de uma alucinante tortura chinesa. Colocado de olhos vendados ante um pelotão de fuzilamento, pude sentir como são  insondáveis os mistérios da alma humana. Confesso que sobrevivi. A princípio sem esperança de que a primavera chegasse, depois vendo que o milagre da ressurreição pode escorregar do imaginário para o plano da realidade.

Devo a minha geração - e sobre tudo aos meus filhos e netos - o contar desta estórias, destas minhas memórias do cárcere e do desterro, desta grande cordilheira-veredas de uma existência aparentemente vivida ao acaso. Não sei se terei força intelectual para tanto, mas o esforço há que se intentar. Em outro espaço e em outro momento, certamente, pois cada um de nós é um Ulysses à procura da sua Penépole em sua Ítaca, em um eterno decifra-me ou te devoro... Antes que o sono te devore, prezado leitor, deixe-me cantar como o poeta que, não fosse para tão grande estória, tão curta a vida, o primeiro passo há que se dar...

Mauricio

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40 ANOS DO GOLPE NO CHILE: 11 DE SETEMBRO DE 1973
        
Já com os aviões começando a bombardear o Palácio Presidencial (La Moneda), o presidente Allende fala por rádio e transmite uma mensagem histórica e de grande emoção ao Povo do Chile :






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segunda-feira, 2 de setembro de 2013

Golpe do Chile em 1973: o papel ativo do Brasil em apoio aos militares golpistas

O Brasil de Pinochet

Documentos chilenos revelam detalhes sobre como a ditadura militar, sob Médici, apoiou conspiradores no Chile antes, durante e após golpe que este mês completa 40 anos

O Estado de S.Paulo, 1/08/2013
Roberto Simon, enviado especial a Santiago

SANTIAGO - O expediente no Itamaraty já havia terminado quando, às 20h30 de 13 de setembro de 1973, diplomatas chilenos foram recebidos na chancelaria esvaziada, em Brasília. O presidente Emílio Garrastazu Médici estava em São Paulo, de onde telefonara dando ordens expressas para que o Brasil se tornasse o primeiro país a reconhecer a junta militar que derrubara o governo de Salvador Allende. Um avião com "20 toneladas de medicamentos" estava a caminho de Santiago.
Pinochet e tropas militares no palácio presidencial - Martin Thomas/Reuters
Martin Thomas/Reuters
Pinochet e tropas militares no palácio presidencial
"É certo dizer que o novo governo do Chile encontrará no Brasil um poderoso aliado", escreveu, emocionado, no primeiro telegrama à junta militar, o encarregado de negócios chileno em Brasília, Rolando Stein - o embaixador de Allende no País, o jurista Raúl Rettig, que décadas depois chefiaria a comissão da verdade chilena, havia renunciado naquela manhã. Stein acertou na mosca.
Com base em arquivos brasileiros, já se sabia que o governo Médici deu amplo apoio aos conspiradores chilenos antes, durante e depois do golpe que este mês completa 40 anos. Empresários brasileiros enviaram dinheiro a grupos de direita no Chile, o embaixador em Santiago, Antonio Cândido da Camara Canto, atuou como pôde para minar o governo Allende (mais informações nesta página) e, dias após a queda dos socialistas, agentes brasileiros foram enviados ao Estádio Nacional e a outros centros de repressão para prestar "consultoria" a colegas chilenos.
Estado, porém, teve acesso a centenas de telegramas diplomáticos secretos do Chile recentemente liberados - e inéditos no Brasil - que revelam novas informações sobre o grau e as formas de participação do governo Médici na derrubada do governo da Unidade Popular (UP). Ao longo desta semana, o jornal publicará reportagens exclusivas sobre como o Brasil ajudou a empurrar o Chile para o período mais sombrio de sua história.
Uma das revelações mais impressionantes dos documentos chilenos é que, logo após chegar ao poder, o governo Allende recebeu informações precisas sobre as atividades da ditadura brasileira contra o Chile - incluindo planos para derrubar à força a UP. Segundo um telegrama "estritamente confidencial", um jornalista chileno vinculado ao ex-presidente Jorge Alessandri, de direita, alertou o embaixador de Allende em Brasília que havia sido procurado "por um general brasileiro amigo". O militar lhe propôs ajuda para "organizar no Chile um movimento de resistência armada (...), estruturado em forma de guerrilha, (...) contra o ‘perigo vermelho’."
No mês seguinte, a embaixada recebeu novas e mais detalhadas informações sobre o plano de insurgência no Chile. Desta vez, porém, o alerta partiu de um informante altamente improvável: um oficial brasileiro, "com ideias políticas de esquerda", vinculado ao serviço de inteligência do Exército.
Por meio de um intermediário, o militar fez chegar a um secretário da embaixada chilena a informação de que, dentro do Ministério do Exército, no Rio de Janeiro, funcionava uma sala de operações, com maquetes da Cordilheira dos Andes e mapas, para estudar e planejar uma guerrilha anticomunista no Chile. Brasileiros participariam apenas como instrutores e os combates seriam travados por civis chilenos. Mais: como parte dos preparativos, o Exército do Brasil teria enviado "diversos agentes secretos, que entraram no Chile como turistas".
Um cidadão chileno que viva em São Paulo "e merece toda confiança" também afirmou à missão diplomática que um "corpo do Exército nessa cidade estaria procurando voluntários chilenos para empreender uma aventura bélica" no Chile. A articulação estaria sendo feita com ajuda de integrantes da Fiducia - equivalente chilena à Tradição Família e Propriedade (TFP) - que haviam se mudado para São Paulo.
Embaixador suíço. O militar brasileiro, cuja identidade não é revelada nos documentos, passou outro recado importante ao governo Allende. Entre os 70 "subversivos" brasileiros que foram ao Chile no ano anterior, trocados pelo embaixador suíço, Giovanni Bucher, havia dois espiões do Exército brasileiro. A governo Médici havia deliberadamente atrasado a negociação para libertar os presos políticos com o objetivo de colocar os infiltrados em território chileno. Lá, eles deveriam coletar informações e se comportar como "agentes provocadores".
À época, cerca de 5 mil exilados brasileiros viviam no Chile, onde conduziam intensas atividades de denúncia à ditadura. Os documentos chilenos mostram que o embaixador do Brasil em Santiago, Antônio Cândido da Câmara Canto, várias vezes apresentou protestos formais ao governo em razão de artigos e declarações de opositores brasileiros à imprensa local. Vários brasileiros que estiveram no Chile, consultados pelo Estado, disseram que muito provavelmente eles eram monitorados por meio de espiões.
O embaixador de Allende no Brasil chama atenção para o caso de duas senhoras brasileiras, parentes de exilados, que foram presas pela Aeronáutica no Aeroporto do Galeão, no Rio, ao desembarcarem do Chile, no dia 19 de janeiro daquele ano. Elas traziam cartas de brasileiros exilados, incluindo uma mensagem de Almino Afonso, ex-ministro do governo João Goulart, ao deputado Rubens Paiva. O embaixador chileno em Brasília acreditava que elas haviam sido delatas por informantes da ditadura entre os brasileiros em Santiago. No dia seguinte ao caso no Galeão, Rubens Paiva foi preso em sua casa por agentes que se diziam da Aeronáutica.

Diplomata brasileiro tinha laços com oficiais

01 de setembro de 2013 | 2h 10
SANTIAGO - O Estado de S.Paulo
Quando o rádio comunicou a morte de Salvador Allende, quase todos os funcionários da embaixada brasileira em Santiago levantaram-se em sinal respeito. "Foi uma cena horripilante", lembra José Viegas, que servia no Chile como segundo secretário e, três décadas depois, se tornaria ministro da Defesa do governo Luiz Inácio Lula da Silva.
A embaixada ficava a poucas quadras do Palácio de la Moneda. Os funcionários ouviram os estrondos do bombardeio e viram os caças sobre Santiago. A diplomacia brasileira, porém, estava longe de ser mera espectadora. "Houve muita coisa nebulosa naquela embaixada, mas o principal passou pelo SNI (Serviço Nacional de Informações), que operava um canal paralelo dentro da missão, e pelo próprio embaixador (Antônio Cândido da Câmara Canto)", diz Viegas.
Câmara Canto era colega de hipismo e tinha laços com vários dos oficiais que lideraram o golpe. O embaixador americano, Nathaniel Davis, afirmou, anos depois, que o diplomata brasileiro o convidou, em março de 1973, para organizar um golpe contra Allende.
Segundo duas fontes que estavam no Itamaraty à época, um dos últimos encontros dos chefes das quatro forças chilenas (as três armas e os carabineros) ocorreu dentro do palacete onde funcionava a embaixada brasileira. A ocasião foi a festa do 7 de Setembro - quatro dias antes do golpe. Tradicionalmente, os oficiais chilenos prestigiavam a celebração da independência na missão brasileira. Câmara Canto teria reservado uma sala para os militares - mais tarde, ele recebeu dos chilenos o carinhoso apelido de "o quinto membro da junta militar".
Na tarde do dia 13 de setembro, o embaixador surpreendeu os generais chilenos ao notificá-los de que o presidente Emílio Garrastazu Médici, em apoio ao golpe, decidira reconhecer imediatamente o novo governo. Horas depois, o encarregado de negócios chileno em Brasília, Rolando Stein, era chamado ao Itamaraty para receber a mesma informação. "Foi uma demonstração da profunda amizade do Brasil", escreveu Stein em oficio levado a Santiago por um dos adidos militares da embaixada. / R.S.

sábado, 20 de julho de 2013

Capriles, da oposicao venezuelana: para quando uma visita ao Brasil?

Capriles en Chile: “es inaceptable que un gobierno chantajeé a otro respecto de con quién hablar”

America economia, 19/07/2013
Capriles piensa acudir a organismos internacionales, como la Unasur y la ONU, no sin antes agotar todas las instancias legales en su país.
Sobre las motivaciones del gobierno de Nicolás Maduro para criticar su agenda, Henrique Capriles dijo que "quieren evitar que nosotros contemos la verdad en toda América".
El gobernador del Estado de Miranda, y reciente candidato a la presidencia de Venezuela, Henrique Capriles, se encuentra en Chile presentando su campaña de difusión internacional, de lo que él juzga y denuncia como la realidad de Venezuela, la situación que se está viviendo allá y la lucha que están dando quienes lo apoyan, contra el “ilégitimo” gobierno de Nicolás Maduro.
El canciller de Venezuela en tanto, Elías Jaua, afirmó que en Miranda hay un pueblo que necesita a su gobernador trabajando en la calle, "no conspirando en Chile con la ultraderecha más asesina de este continente contra su propia patria".
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Polémicas visitas. Recientemente el presidente venezolano Nicolás Maduro, confirmó una reunión con su par de Colombia, Juan Manuel Santos, para tratar la polémica que se desató luego de que este aceptara recibir a Capriles y escuchar su reclamo. Durante su visita a Colombia, el líder opositor pidió una auditoría exhaustiva de los resultados de los comicios presidenciales del 15 de abril, que ha impugnado tras denunciar irregularidades, a lo que Maduro replicó una conspiración contra la estabilidad del país.Al respecto, Capriles replicó el “despecho” de Jaua hacia su parte, atribuyéndolo a la frustración por la derrota que sufrió en ese mismo estado, durante las pasadas elecciones de diciembre. ”Vinimos a hablarle al pueblo chileno, no a responderle a un funcionario que no tiene ninguna legitimidad”, dijo el ex candidato.
Al anunciar su visita a Chile y Perú, también se levantaron voces en reclamo, además de la del canciller Jaua, hubo protestas de grupos opositores a Capriles cuando trató de reunirse con la Democracia Cristiana chilena.
Ante la constante presión, el gobernador de Miranda replicó al ejecutivo de su país, afirmando que “armaron todo un show en Colombia. Es inaceptable que un gobierno condicione o venga a chantajear a otro respecto a con quién hablar o no. El presidente tiene derecho de reunirse con quien quiera y donde quiera”.

Sobre las motivaciones del gobierno de Maduro para criticar la agenda de Capriles,  el gobernador de Miranda, dijo que el gobierno quiere ”evitar que nosotros contemos la verdad en toda América.”
Las elecciones. Otro de los grandes propósitos de la visita de la oposición venezolana, reunida en la Mesa de Unidad Democrática (MUD), es conseguir el apoyo de Unasur (Unión de Naciones Sudamericanas) para validar el compromiso por la impugnación de las elecciones presidenciales en Venezuela, con un recuento de votos. Cabe recordar que Capriles desconoce los resultados de estas, en las que perdió ante Maduro por una estrecha diferencia de 1,49 puntos porcentuales.
"Hubo un compromiso de Unasur y no se realizó. Se impugnó luego el proceso electoral y no hemos tenido respuesta", señaló el opositor venezolano, agregando que "se han cumplido todos los lapsos legales que tenía el tribunal para admitir el recurso".
Respecto a las opciones y vías para continuar el proceso, Henrique Capriles anunció que piensa denunciar el caso ante la Corte Interamericana de Derechos Humanos y ante las Naciones Unidas, aunque primero agotará todas las posibilidades judiciales en su país. En este marco, dijo que su trabajo apuntará para que la mayoría siga creciendo. “Si la mayoría no es suficientemente grande, no hay forma de ganar una elección por el secuestro institucional", comentó.
El caso Snowden. Otro de los temas que suscitaron el interés en la república bolivariana durante las últimas semanas, fue el polémico ofrecimiento de asilo al ex agente de la NSA, Edward Snowden, por parte de Nicolás Maduro, en medio de las amenazas de Estados Unidos a quienes ofrezcan este recurso.
Capriles comentó que “aquí no hay autoridad moral ni de ningún tipo sobre querer ser humanitario. Que empiecen por casa. Denle oportunidad a los exiliados que regresen, libertad a los presos políticos. Al señor Snowden, que se le respeten sus derechos humanos como a todos en el planeta. Ellos actúan así para generar un escándalo, para que el país hable de eso y no de otros problemas que afectan la vida de los venezolanos ni de los 21.000 muertos que hay todos los años en el país ”.

El gobernador de Miranda concluye su visita este viernes en Chile para luego viajar a Perú, no sin antes reunirse con el presidente Sebastián Piñera, quien confirmó una reunión privada fuera del Palacio de La Moneda para últimas horas del día.

segunda-feira, 1 de julho de 2013

Alianca do Pacifico: progressos rapidos para o livre comercio e ampliacao

Enquanto o Mercosul patina na liberalização interna, não consegue avançar externamente e tenta incorporar a dois bolivarianos (Equador e Bolívia), ademais do próprio bolivariano-chefe (a Venezuela, que não se sabe quando irá cumprir seus compromissos de desgravação e incorporação da TEC), a Aliança do Pacífico consolida o processo interno de livre-comércio e expande seus vínculos externos, ademais da incorporação de novos membros.
Representantes do Mercosul podem sempre dizer que o comércio recíproco dos quatro países é muito reduzido, que eles já liberalizaram o que tinham de fato consolidado nos acordos comerciais com alguns grandes parceiros (UE, EUA) e que o seu modelo livre-cambista de economias exportadoras de commodities (o que não vale para o México, e vale muito mais para o Brasil, por sinal) não serve para economias industrializadas como Brasil e Argentina, mas o fato é que credibilidade é algo que se ganha com passos nessa direção, não na direção contrária, como têm feito os membros do Mercosul.
Paulo Roberto de Almeida

Alianza del Pacífico profundiza su integración por la vía del libre comercio
America.comDom, 30/06/2013 - 20:13

De los avances conseguidos, el que más repercusión económica debe tener es el acuerdo de desgravación arancelaria que, según el ministro de Comercio de Colombia, se concluirá antes de que termine julio.
La Alianza ha concluido el 92% de la desgravación arancelaria en su comercio de bienes y servicios.

La Alianza del Pacífico, formada por Chile, Colombia, México y Perú, se confirmó este domingo como modelo de integración regional al anunciar que ha concluido el 92% de la desgravación arancelaria en su comercio de bienes y servicios y que el otro 8% lo terminará en los próximos 30 días.

El anuncio lo hicieron los titulares de Relaciones Exteriores y de Comercio de los cuatro países en una rueda de prensa que dieron este domingo en Villa de Leyva, ciudad colonial del centro de Colombia, para presentar los avances de la VIII Reunión Ministerial del bloque, que examinó lo acordado en la cumbre presidencial celebrada en mayo en Cali (suroeste).

"Hemos avanzado tan rápido que los derroteros están casi todos cumplidos", dijo la canciller colombiana, María Ángela Holguín, anfitriona de la cita junto con su homólogo de Comercio, Industria y Turismo, Sergio Díaz-Granados.
Holguín dijo que la Alianza avanza hacia "una integración profunda" que incluye, además del libre comercio, la apertura de oficinas comerciales o embajadas conjuntas, la libre movilidad de personas, el fortalecimiento de la educación y de las pequeñas y medianas empresas, entre otros factores.
La canciller anunció además que el abanico de países observadores de la Alianza seguirá ampliándose porque se han recibido solicitudes de incorporación de Turquía, Corea del Sur, China y Estados Unidos, lo que en su opinión demuestra el grado de interacción que el bloque latinoamericano va a tener con resto del mundo.
Si se aprueba su incorporación como observadores, estos países se sumarán a la docena de naciones de varias partes del mundo que actualmente tienen este estatus dentro de la Alianza, mecanismo que, según dijo a Efe el canciller mexicano, José Antonio Meade, "es una buena plataforma para mirar a Asia".
De los avances conseguidos el que más repercusión económica debe tener es el acuerdo de desgravación arancelaria que, según el ministro de Comercio de Colombia, se concluirá antes de que termine julio, tal como pidieron los presidentes en la cumbre de Cali.
"Hemos alcanzado un consenso de casi el 92% de los bienes y el resto lo haremos de manera gradual, con esto cumplimos el mandato de los presidentes de que antes de terminar el mes de julio hayamos concluido la negociación comercial", dijo Díaz-Granados.
El ministro explicó que la desgravación arancelaria del 8% que falta se negociará en una reunión de viceministros de los cuatro países miembros que se celebrará la próxima semana en Santiago de Chile.
"Antes del 30 de julio deberemos cerrar esa negociación y comunicarla a los miembros de la Alianza", reiteró.
Una vez se concluya esta negociación comercial se firmará el acuerdo sobre arancel cero, que será complementario del Acuerdo Marco que dio origen a la Alianza del Pacífico, cuyos países suman 210 millones de habitantes, equivalentes al 35% de América Latina y el Caribe, y representan el 33% del comercio de la región.
"Queda poco para que el capítulo de comercio se concretice. Ya hay un 92% de bienes acordados, un 4% adicional que ya está avanzado en el tiempo y otro 4% de (bienes de) alta sensibilidad sobre el cual dimos indicaciones para llegar a su conclusión en las próximas semanas", dijo a Efe el secretario de Economía de México, Ildefonso Guajardo Villareal,
La negociación arancelaria esta formada por 20 capítulos que tienen en cuenta el comercio de bienes y servicios, inversiones, compras gubernamentales, propiedad intelectual y solución de controversias, entre otros.
Guajardo explicó que la Alianza ha tomado el cuidado de incluir en sus negociaciones de reglas de origen un contenido regional mínimo "para mejorar las capacidades productivas de la región y que no sean otros países los que se beneficien de nuestros acuerdos".
El modelo de integración plateado por la Alianza del Pacífico no se restringe sólo al ámbito comercial sino que incluye otros considerados como "fundamentales" por los ministros, entre los que se cuentan migración y libre circulación de personas, mecanismos de promoción conjunta y cooperación.
Como parte de esa estrategia, los presidentes de los cuatro países participarán en septiembre próximo en un seminario para inversores que se celebrará en Nueva York con ocasión de la Asamblea General de la ONU para presentar los avances de la Alianza como "un gran mercado integrado", según el ministro Díaz-Granados.
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Turquía, Corea del Sur, China y EE.UU. piden ser observadores en la Alianza del Pacífico
"Esto (el pedido de ingreso de nuevos observadores) demuestra lo que ha venido siendo la Alianza, demuestra cómo va a ser la interacción con América Latina, con (el bloque) Asia-Pacífico", manifestó la canciller colombiana.

Costa Rica fue admitido como miembro pleno en la cumbre presidencial celebrada en mayo y su proceso de adhesión debe estar concluido a fines de año.

Turquía, Corea del Sur, China y Estados Unidos pidieron su ingreso como observadores en la Alianza del Pacífico, el bloque formado por Chile, Colombia, México y Perú, informaron este domingo fuentes oficiales.
El anuncio lo hizo la canciller colombiana, María Ángela Holguín, al presentar en una rueda de prensa un balance de la VIII Reunión de Ministros de Relaciones Exteriores y de Comercio de la Alianza celebrada este sábado y domingo en la ciudad de Villa de Leyva, en el departamento de Boyacá, en el centro del país.

"Esto (el pedido de ingreso de nuevos observadores) demuestra lo que ha venido siendo la Alianza, demuestra cómo va a ser la interacción con América Latina, con (el bloque) Asia-Pacífico", manifestó la canciller colombiana.
La Alianza del Pacífico, mecanismo de integración constituido en junio de 2012 ha sumado ya como observadores a Australia, Canadá, España, Guatemala, Japón, Nueva Zelanda, Panamá, Uruguay, Ecuador, El Salvador, Francia, Honduras, Paraguay, Portugal y República Dominicana.
Costa Rica, que también fue país observador, fue admitido como miembro pleno en la cumbre presidencial celebrada en mayo pasado en la ciudad colombiana de Cali y su proceso de adhesión debe estar concluido a fines de año.
Según Holguín, en la Alianza del Pacífico "están representadas de una manera plural casi todas las regiones" y los cuatro países miembros tendrán que ver cómo se van a relacionar con todas ellas.
Al respecto, el canciller mexicano, José Antonio Meade, dijo a Efe que la Alianza, por su naturaleza plural, permite varios "espacios naturales de diálogo".

"Uno de ellos es entre los países miembros con los que generamos espacios de integración, con los Estados observadores, un grupo de características muy distintas con los que podemos tener un diálogo político y hablar de cooperación, y con aquellos que no son observadores que interesan a la Alianza", manifestó Meade.