Temas de relações internacionais, de política externa e de diplomacia brasileira, com ênfase em políticas econômicas, em viagens, livros e cultura em geral. Um quilombo de resistência intelectual em defesa da racionalidade, da inteligência e das liberdades democráticas.
O que é este blog?
Este blog trata basicamente de ideias, se possível inteligentes, para pessoas inteligentes. Ele também se ocupa de ideias aplicadas à política, em especial à política econômica. Ele constitui uma tentativa de manter um pensamento crítico e independente sobre livros, sobre questões culturais em geral, focando numa discussão bem informada sobre temas de relações internacionais e de política externa do Brasil. Para meus livros e ensaios ver o website: www.pralmeida.org. Para a maior parte de meus textos, ver minha página na plataforma Academia.edu, link: https://itamaraty.academia.edu/PauloRobertodeAlmeida;
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segunda-feira, 23 de setembro de 2013
O Itamaraty deixou de ter importância para a Presidência da República - Oliveiros S. Ferreira
segunda-feira, 2 de setembro de 2013
Nunca antes no Brasil... nunca antes mesmo...
Louvo aqui a sinceridade total, a verdade exposta à luz do dia, o exercício perfeito de lucidez verbal, de satisfação com a exposição límpida, perfeita, fiel, de como as coisas realmente são.
Por isso, volto a repetir: nunca antes no Brasil tínhamos tido demonstrações tão acabadas de verdades presidenciais, manifestações tão claras de como as coisas se passam realmente.
É o caso, portanto, de repetir, com o historiador alemão Leopold von Ranke:
Wie es eigentlich Gewesen...
(como as coisas efetivamente se passaram).
Grato a todos os que colaboraram para esses momentos memoráveis da história pátria.
Paulo Roberto de Almeida
“… na próxima cerimônia que eu vou participar aqui em Campinas, que é a formação…do Bolsa Família”.
“Quiquié formação do Bolsa Família? Quando a gente dá o Bolsa Família, nós estamos permitindo que as pessoas sobrevivam..”.
“Quando a gente dá o Bolsa Família, nós temos de dá também condições pras pessoas mudarem de vida. Mudá de vida ocê muda de várias formas. Primeiro, estudano….”.
“Hoje, nós estamos entregando 1060, 1060 moradias que são na verdade, não são construção, porque uma casa pode ser de material, pode ter azulejo, ferro, aço, alumínio, mas uma casa não é isso. Uma casa é onde a gente cria os filhos, onde a gente mora com a família, onde a gente recebe os amigos, onde a gente cria os laços afetivos que qualquer ser humano quer carregar ao longo da sua vida”.
“Eu estou muito feliz, porque eu entro lá nos apartamentos para olhar o quê? Eu olho o chão, eu olho se o chão está coberto. A moça ali me perguntou, porque antes não se cobria o chão. A primeira fase, a primeira fase não se cobria o chão, agora que se começou a cobrir. Nós decidimos várias coisas, melhorias, porque você vai aprendendo. Agora é obrigado ─ é bom vocês saberem o que é obrigado a fazer: por exemplo, o chão tem de estar coberto, ou por madeira ou cerâmica, e a área social também. Se o seu não estava, ele terá de estar”.
“Eu sou, como vocês… hoje eu não sou dona de casa porque eu sou presidente, mas eu fui dona de casa até pouco tempo atrás. Quero dizer para vocês que, como qualquer dona de casa, vocês têm de fazer o seguinte: vocês têm de olhar os preços nas lojas. E olhar o preço, ver qual é o melhor e comprar o que é melhor”.
“E o professor, o professor, a pessoa professor e professora, nós, sociedade brasileira, governo, estudantes, nós temos de valorizar”
“Independentemente de quem quer que seja, nós carregamos a educação que nós conquistamos para nós”
“Nós vamos primeiro atacar o grosso”
“Gripe é aquilo que ataca cada um de nós”
“O Brasil precisa de oncologista, que vai tratar das doenças do câncer”.
sábado, 31 de agosto de 2013
Brasil: uma politica economica esquizofrenica - Rogerio Werneck, Rodrigo Constantino
O modelo equivocado tem mãe. Ou: O problema vem do andar de cima.
Brasil-Bolivia: um Senador discreto, um Advogado mais ainda - Lauro Jardim (blog Veja)
Recado dado
domingo, 28 de julho de 2013
Cada qual com seu mestre: tomando as ordens para a proxima fase...
Maduro se reunió con Fidel Castro en Cuba
Cuba – EFE – 28/07/13. El presidente de Venezuela, Nicolás Maduro, se reunió en La Habana con el líder cubano Fidel Castro, y conversaron sobre el fallecido Hugo Chávez, a quien el exmandatario también recuerda en una carta sobre el 60 aniversario del inicio de la revolución que publican hoy medios oficiales.
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'Eu e Lula somos indissociáveis', diz Dilma a jornal
sábado, 29 de junho de 2013
Popolo mobile: pesquisa de opiniao politica: to the brink, inesperadamente
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Comments by Tim Power:
sábado, 11 de maio de 2013
Chá de cadeira em Dilma - Editorial Estadao
O padrão de atraso no governo anterior era de 50 minutos, mais ou menos.
O padrão de atraso do bolivarianismo era de 1h:30ms, mas podia ser mais.
Agora, parece que aumentou para 2hs.
Sinal de progresso, de crescimento?
Paulo Roberto de Almeida
Chá de cadeira em Dilma
domingo, 24 de março de 2013
Subsidios a um dicionario de anacolutos e paradoxos (sem esquecer as metonimias)
Mas não é só ali que a inculta e bela sofre o passar do tempo, e o aprofundamento da falta de educação (uma figura de estilo, como vocês veem, pois não se pode aprofundar o que simplesmente não existe). A coisa se espalhou de tal maneira, que entendo que já temos condições de levantar todos os casos e compor uma Wikipedia inteira da novilingua brasileira, muito mais interessante, por ser alegre, colorida e chistosa (outra figura, em portuñol, a língua do papa) do que a novilíngua original do Orwell, muito chata, muito quadrada, muito inglesa...
A nossa é, como sempre, muito melhor, deitada eternamente em berço hiperbólico (êta figura...), e sempre pronta para nos atacar de surpresa, quando menos esperamos.
Vamos ter de conviver com isso certo tempo mais, minha gente.
Mais 16 ou 24 anos estaria bem?
Paulo Roberto de Almeida
O QUARTO SEGREDO DE DILMA
CELSO ARNALDO ARAÚJO
Blog do Augusto Nunes, 23/03/2013
Três anos de dilmês intensivo – em carga horária que me credenciaria a um pós-doutorado no estudo desse dialeto – e ainda estremeço ao ouvir Dilma. A reprodução que ela fez do diálogo privativo com o Papa Francisco, na coletiva depois do encontro, beira a insanidade narrativa — como o Augusto demonstrou magistralmente em post anterior. Não importa o que ele efetivamente disse a ela — certamente num português mais escorreito que o da presidente do Brasil — ou o que ela tentou dizer a ele, em dilmunhol. O grande problema é o que ela disse que ele teria dito. Não bastando dizer o que diz, Dilma ainda põe palavras suas nos lábios dos outros – e justo do papa!
Ao transcrever a conversa — que heresia — Dilma fez o novo papa falar dilmês: “Ele estava me dizeno que ele espera uma presença grande dos jovens na medida em que ele é o primeiro papa, ele é várias coisas primeiro”.
Em dilmês é assim: a conversa já tinha acabado, Dilma dava entrevista à imprensa, mas o papa ainda estava dizendo alguma coisa lá dentro. Deve ter ficado falando sozinho. E, segundo Dilma, além de sua beatitude natural, o papa tem também uma imensa platitude – a ponto de afirmar que espera grande presença de jovens numa jornada mundial de jovens. Francisco, que é “várias coisas primeiro”, é também o primeiro papa a se tornar ventríloquo de Dilma Rousseff.
Se o papa falasse como Dilma o transcreve, Jorge Mario Bergoglio não seria sacristão da capelinha da Villa 31, o bairro mais pobre de Buenos Aires. Ela empobrece e vulgariza tudo o que passa por sua fala – dos sentimentos mais nobres a uma receita de omelete. Dilma, que se diz economista e só não é doutora porque descobriram que não era, é a única usuária desse estranho patois que é o dilmês – expressão verbal que parece não ter passado por um processo completo de aquisição da linguagem. Imagine qualquer brasileiro presente na Praça de São Pedro no dia da entronização descrevendo uma hipotética conversa com o papa — nenhum diria as coisas que Dilma disse, como disse.
Assista ao vídeo de novo: a senhora que fala baixinho, dizendo em voz beatífica as maiores bobagens para soar como uma chefe de governo sintonizada espiritualmente com o pontificado de Francisco, parece uma estadista? Só se for pela pompa e pela circunstância de sua comitiva pagã – donos de agências de turismo calculam em 500 mil dólares, no mínimo, fora a parte aérea, os gastos com o beija-mão papal em Roma. Dilma não mediu custos. Foram 52 suítes no The Westin Excelsior e não se fala mais nisso. É aquela história – país rico é pais sem pobreza.
Mas não foi, em absoluto, uma viagem perdida. Na conversa com o papa, a presidente teve uma visão extraordinária, dela extraindo os Três Segredos de Dilma, a saber:
1. O papa é muito normal
2. O papa é muito modesto
3. O papa é muito importante para o momento em que vivemos
Este terceiro segredo de Dilma, como o terceiro de Fátima, ainda tem uma aura de mistério: queria ela referir-se, como mandaria a lógica, ao “momento que vivemos”, indicando uma quadra específica da vida humana na Terra; ou, como de fato disse, ao “momento em que vivemos”, o qual situa os sete bilhões de seres viventes da Terra em torno da descoberta de que estamos todos vivos, e ao mesmo tempo?
Mas há um quarto segredo, esse ainda insondável – quando for enfim revelado, virá à tona, em seus bastidores espantosos, o maior escândalo da história da República. Sempre que abre a boca, não importa o assunto, Dilma Rousseff passa a impressão de ser alguém que chegou à Presidência por um terrível engano. Os auxiliares mais próximos descobriram isso faz tempo. Não são burros — longe disso. Quando constataram o erro de pessoa, no dia mesmo em que Dilma começou a falar, ainda na pré-campanha (“Pra mim sê pré”), temeram pelo pior, temeram pelo fim do lulopetismo e das lulomamatas, com a derrota nas urnas. Mas, como nada se contrapunha ao notório engano, nem da parte da oposição nem por iniciativa da mídia, a turma relaxou e a farsa acabou vingando.
A presidente revelou-se logo tão ou mais desastrosa que a candidata, mas, de novo sem contestação, as forças que colocaram Dilma na Presidência assumiram Dilma como ela é. Atualmente, o Portal do Planalto transcreve suas falas na íntegra, sem pentear um anacoluto ou disfarçar uma verruga sintática. São peças históricas – pela ousadia e pelo deboche.
Porque simplesmente não é possível, não é normal, não é aceitável que uma pessoa investida da condição de presidente da República tenha essa dificuldade patológica de expressar uma ideia, um conceito, uma opinião, uma analogia, um sentimento, uma sensação… uma conversa amena, descontraída e privilegiada com um papa que faz questão de deixar tudo e todos muito à vontade.
O que leva alguém a supor que uma pessoa com esse nível de estrato verbal tenha competência para ser presidente da República? Que entenda e processe convenientemente, por meio de argumentos bem articulados, sem platitudes contraproducentes ou pastiches de clichês, a miríade de temas nacionais que mobiliza um presidente da República?
O quarto segredo de Dilma ainda está longe, muito longe, de ser desvendado – haja vista sua extraordinária popularidade e a certeza quase estatística de que será reeleita no primeiro turno de 2014.
Será que o Papa Francisco já está habilitado a desfazer milagres?
domingo, 24 de fevereiro de 2013
Estamos sendo governados por um poste (nao fui eu quem disse, mas elle...)
Confissão histórica
Augusto Nunes
“A primeira vez que votei para presidente foi em mim mesmo, de tanto que gostava de mim. Na segunda votação, também foi em mim; na terceira, por azar, foi num poste que está iluminando o Brasil”.
Lula, cinco vezes candidato à Presidência da República, durante a discurseira na festa dos dez anos da Descoberta dos Cofres Federais, confessando que votou em Lula só 1989 e 1994, sem revelar se em 1998, 2002 e 2006 optou pela abstenção, pelo voto em branco ou pelo adversário.